segunda-feira, 11 de junho de 2012

ESTADÃO LAMENTA BANCOS TEREM QUE CONCORRER


Queda dos juros incomoda o Estadão

Por Altamiro Borges

A ata da 167ª reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada ontem, não agradou os agiotas do capital financeiro. Ela sinaliza que a queda da taxa básica de juros, a Selic, deverá prosseguir nas suas próximas reuniões. Apesar da ata enfatizar que a redução será feita “com parcimônia”, os chamados analistas de mercado não gostaram do que leram. O jornal Estadão, hoje totalmente associado ao capital financeiro, foi um dos mais enfáticos nas críticas ao BC.


Em editorial hoje, o jornalão conservador afirma, já no título, que o “otimismo do Copom tem bases muitos frágeis”. Mesmo com os dados recentes sobre a queda da inflação, que desmoralizaram os urubólogos da mídia, o Estadão acha que é muito cedo para o governo adotar novas medidas de estímulo ao crescimento econômico – como a redução dos juros e o aumento do crédito.

Receituário neoliberal

“Existe a ilusão de que basta aumentar o crédito (o que em certas circunstâncias é um perigo) para que as famílias aumentem suas compras. Estamos, porém, diante de um quadro novo em que o aumento excessivo do endividamento conduz as famílias a reduzir seus gastos e a evitar novas dívidas, situação que pode se prolongar”, alerta o diário, que insiste em responsabilizar as “famílias” pelas dificuldades econômicas – sempre livrando a cara dos banqueiros e das corporações capitalistas.

Para o Estadão, o governo Dilma deveria se preocupar exclusivamente com a saúde do capital, reduzindo a “gastança” pública e estimulando a competitividade. Neste sentido, o jornal não se cansa de pregar a redução dos tributos dos ricaços, a flexibilização das leis trabalhistas, novas regressões na Previdência Social e outras medidas de corte neoliberal. A desculpa usada é sempre a do perigo da alta dos preços. Daí seu veredito final no editorial. “A inflação deveria merecer muito mais cuidado da parte do Copom”.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

AS MANOBRAS DE GILMAR-VEJA CONTRA A CPI


Decifrando os movimentos de Gilmar

Por Luis Nassif, em seu blog:

A última edição da Carta Capital, matéria de Cynara Menezes, liquida de vez com o factoide Veja-Gilmar, meramente juntando a lógica com as diversas versões apresentadas por Gilmar.


Primeiro, desmascara o teatro da indignação de Gilmar com o encontro. Ela não se coaduna com uma espera de 30 dias, sem sequer comentar o episódio com seus colegas de Supremo. A revista mostra que o único comentário foi com o presidente Ayres Brito, na 4a feira anterior à capa da Veja. E teria sido uma conversa informal, papo de cafezinho, sem nenhuma dramaticidade.

Depois, alinhava as diversas versões de Gilmar, mostrando o festival de contradições. A reportagem da revista sustentava que Nelson Jobim não ouviu toda a conversa; em uma das inúmeras entrevistas, o próprio Gilmar garante que sim.

Na versão da revista, houve pressão explícita de Lula para adiar o mensalão. Na entrevista de Manaus, Gilmar diz que houve uma breve menção ao mensalão que ele (trinta dias depois) intuiu ter sido pressão.

É certo que houve intriga da pesada de duas experientes jornalistas - uma da TV Globo, outra da Globonews. Mas se fosse tão fácil levar Gilmar no bico, ele não teria chegado aonde chegou.

O mais provável é que sua estratégia tenha sido montada rapidamente, depois do Ministro Ricardo Lewandovski, do STF, ter assumido as rédes da Operação Monte Carlo e liberado as chamadas gravações de conversas fortuitas não incluídas no relatório da PF.

É curioso também como mudou o comportamento da velha mídia em relação a Lewandovski - alvo de uma quebra de sigilo, quando filmadas as mensagens que trocava com uma colega, em uma sessão do Supremo. Agora, é tratado com deferência. A mudança se deve ao poder de que Lewandovski se viu revestido.

Agora, por sua posição no caso, tem poderes quase absolutos. Coube a ele quebrar o sigilo de todo mundo em Goiás. Pode convocar a Polícia Federal, pedir informações, quebrar sigilos.

Além da reportagem da Veja, mudou completamente o comportamento de Gilmar em relação ao Ministério Público Federal e ao próprio mensalão. De uma hora para outra criou caso com Lewandovski, pressionando-o a apressar o relatório.

Do mesmo modo, depois de qualificar o MPF como "milícias" - na Operação Satiagraha -, de repente tomou as dores do Procurador Geral Roberto Gurgel

Se o relatório tivesse sido entregue no prazo pelo qual a mídia pressionava, o julgamento começaria no dia 5 de junho. E, aí, adeus CPI do Cachoeira. Todos os jornais e a Rede Globo centrariam fogo no julgamento do mensalão, abafando completamente a CPI.

Por aí é possível entender a agonia de Gilmar, pressionando pelo relatório de Leeandovski.

Celso Melo e Marco Aurélio Melo já se manifestaram contra essa pressão da velha mídia. E consideraram que a pressão procura transformar o julgamento quase em um rito sumário, prejudicando o direito de defesa. Celso de Melo já opinou que a criação de um mutirão para acelerar o relatório comprometeria o rito legal da corte.

domingo, 3 de junho de 2012

PARA QUEM QUER SABER A VERDADE SOBRE O "MENSALÃO"


Verdades incômodas sobre o mensalão

O leitor que tiver paciência de ler esta nota até o fim terá elementos melhores para julgar o debate envolvendo Lula e Gilmar Mendes.
Escrevi em nota anterior que o pano de fundo deste conflito envolve o ambiente político em torno do mensalão.
Uma das partes tem interesses em politizar o debate no ponto máximo. A outra tem esperança de convencer os ministros a apoiar-se em argumentos de natureza técnico, no exame das provas.
A leitura do relatório do delegado da Polícia Federal Luiz Flávio Zampronha, disponível na internet, é rico em detalhes e bastante completo na abordagem.
Só para o leitor ter uma ideia da radicalização da situação. Tratado pela imprensa, o relatório já foi exibido como prova definitiva da existência do mensalão. Também foi apontado como prova do contrário.
Em suas conclusões, o relatório mostra que se o PT não pode estar feliz com as denúncias apuradas, a oposição não tem o direito de festejar por antecipação.
É por isso que o julgamento é aguardado com tensão. Todo mundo espera um proveito político mas ninguém sabe o que pode acontecer.
Ninguém quer prestar atenção ao relatório.
Zampronha juntou os fios dos empréstimos bancários e dos contratos de publicidade do Banco do Brasil e concluiu que houve sim desvio de dinheiro público para pagar os compromissos assumidos pelo PT. Os dados estão lá.
O PT pode alegar, corretamente, que o mensalão de Delúbio Soares é igual ao mensalão mineiro e até pode dizer que o esquema dos tucanos mineiros está melhor demonstrado. Tudo isso é verdade. Mas a culpa de Marcos Valério em Minas pode até ajudar a denúncia em seu devido lugar. Mostra que o esquema do PT tinha antecedentes.
Mas nada disso ajuda a demonstrar que ele era inocente quando se juntou ao PT.
Pelo relatório, petistas e não petistas que deixaram sua assinatura em algum documento oficial terão dificuldades muito grandes para demonstrar que são inocentes.
O problema, para a oposição, é que essas conclusões estão longe de demonstrar a culpa dos 38 réus. Pior ainda. Para quem transformou José Dirceu no cérebro e gênio do mal, a investigação da Polícia Federal é uma decepção.
Evitando mencionar hipóteses que estão na mente de muitas pessoas, mas não podem ser comprovadas com fatos, o relatório não apresenta uma linha contra Dirceu.
Embora Zampronha não dê entrevistas, é fácil concluir o que aconteceu.
A culpa de Dirceu não foi registrada pela equipe de policiais encarregada de apurar os fatos capazes de incriminá-lo. Não há provas contra ele.
Não há uma denúncia nem uma testemunha. O próprio Roberto Jefferson, que fez acusações políticas a Dirceu em 2005, não apontou um caso específico nem uma situação precisa. Aliás: quem voltar à entrevista de Jefferson a Renata Lo Prete, na Folha, irá encontrar palavras em que ele testemunha a reação de Dirceu de crítica ao próprio Delúbio. Jefferson contou a Lo Prete que, ao ser informado do que ocorria, Dirceu até deu socos na mesa. (Ele também disse que Lula chorou).
Puro teatro maquiavélico, você pode dizer. Coisa de tem treinados profissionais do crime. São todos farsantes, mentirosos…Esses políticos são todos iguais. Quem sabe?
Falando para os autos, Jefferson também não falou sobre o esquema de “compra de votos no Congresso” nem de “compra de consciências”.  Jefferson repete nos vários depoimentos que deu à Polícia que jamais votou em projetos do governo em troca de dinheiro. Lembra que ele e sua bancada estavam de acordo com as propostas de Lula. Dá exemplos.
Fala que o problema é que os petistas combinaram e não entregaram recursos para a campanha de 2004.
Jefferson, neste aspecto, concorda com aquilo que Delúbio sempre disse. Era dinheiro de campanha.

SERRA E PAULO PRETO ENVOLVIDOS COM A DELTA


Serra, diante das acusações de Pagot, entra na mira da CPMI do Cachoeira

2/6/2012 16:05,  Por Redação - de São Paulo
Serra
Paulo Preto volta a assombrar o passado do candidato à prefeitura de São Paulo, José Serra
Ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o engenheiro Luiz Antonio Pagot comandou a instituição desde 2007, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2011, quando foi demitido pela presidenta Dilma Rousseff, após uma série ruidosa de notícias veiculadas na mídia conservadora, capitaneada pela revista semanal de ultradireita Veja, com base em dados produzidos pela quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, oCarlinhos Cachoeira, segundo provas recolhidas por agentes da Polícia Federal (PF). Pagot conversou longamente com repórteres da revista semanal de centro IstoÉ, que está em bancas, e denunciou a existência de uma rede de corrupção, comandada por integrantes do PSDB, com objetivo de drenar os recursos das obras do Rodoanel, em São Paulo, para a campanha presidencial de José Serra, em 2010.
Nesta manhã, parlamentares da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira disseram que pretendem convocar Pagot para depor na comissão. Segundo ele, o ex-presidente da estatal Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), Paulo Vieira de Sousa, vulgo Paulo Preto, responsável pelas obras do Rodoanel, pediu-lhe, em 2009, que aprovasse um aditivo de R$ 264 milhões para a obra viária. Pagot teria negado, alegando que o governo federal já havia pago sua parte na obra. Mas em seguida, segundo ele, os tucanos teriam conseguido a aprovação dos recursos sem a necessidade da aprovação do Dnit. Pagot diz que, na ocasião, o procurador de uma empreiteira denunciou o desvio de 8% dos recursos do trecho sul do Rodoanel.
– Veio procurador de empreiteira me avisar: ‘Você tem que se prevenir, tem 8% entrando lá’. Era 60% para o Serra, 20% para o Kassab e 20% para o Alckmin – afirmou.
Em 2010, Preto foi acusado de desviar recursos de um suposto caixa dois dos tucanos. Na época, ele negou as acusações e processou os acusadores. Serra primeiro negou que o conhecesse. Paulo Preto disse então, em tom de ameaça:
– Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro.
Logo em seguida, Serra foi à imprensa para dizer que se confundiu por conta do apelido quando questionado “se conhecia algum ‘Paulo Preto“.
A reportagem da revista apurou que o comitê de Serra recebeu R$ 40 milhões em doações oficiais de empreiteiras que construíram o Rodoanel. Pagot também disse que que o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) teria lhe pedido ajuda a pagar as dívidas contraídas por ele com a Delta Engenharia, como se estivesse cobrando a empreiteira. Ele ainda afirmou, categoricamente, que o desvio de verbas da obra para o caixa 2 da campanha de José Serra era amplamente conhecido nos meios empresariais.

DEPUTADO DIZ VERDADES SOBRE A GRÉCIA

O discurso do deputado do Partido Comunista da Grécia Enviado por luisnassif, sab, 02/06/2012 - 11:10 Por Morales Uma prática parlamentar revolucionária em ação. O discurso do deputado do Partido Comunista da Grécia, Thanasis Pafilis. Notem que ele usa a tribuna do parlamento burguês para desmascarar a farsa da "democracia" dos ricos e o papel dos deputados dos partidos que servem aos capitalistas. Faz uso da tribuna para aumentar o nível de consciência dos trabalhadores. Põe o mandato a serviço das lutas sociais. Não me lembro de ver um parlamentar brasileiro, no passado recente, fazer um papel semelhante! Obrigado aos camaradas do Partido Comunista Português da cidade de Lagos por postarem o vídeo no Facebook. Fiz a tradução das legendas em inglês para o português brasileiro. ---------------------------------------------------------- O Sr. Dendias acusa o KKE (Partido Comunista da Grécia) de influenciar a vida política deste país desde 1974. Nós assumimos esta acusação! Cada conquista da classe trabalhadora deste país não se compara à riqueza que ela produz e lhes é roubada pelos parasitas do Capital. Sim! Nós influenciamos muito durante todos estes anos. Mas são vocês que têm governado. É o Estado de vocês. Do [partido] Nova Democracia (partido da Direita grega) e do PASOK (partido da “esquerda” oportunista grega). Isto é, o Estado dos empresários e do grande Capital. Vocês nacionalizaram grandes empresas para ajudar os capitalistas. Vocês entregaram ao povo empresas “queimadas”, que eles espoliaram. O povo pagou para salvá-las e vocês as devolveram de graça. Sempre foi um Estado de classe. Nós tivemos uma superioridade moral? Claro que tivemos! E nós a teremos de novo. E nós já a temos. Nós a reconquistamos e vocês estão apavorados. Porque nós representamos um sistema social humano, sem exploração. E vocês servem à barbaridade capitalista. Aquela que joga à morte os que produzem a riqueza social. E vocês só enganam a si mesmos, se pensam que isto passará sem luta. Porque vocês, o governo, os partidos que o apoiam, a mídia, todos esses jornalistas bem alimentados, que ganham 10.000, 20.000 euros por mês do suor do povo grego, todos estes “economistas” a soldo, eles estão por aí, criando uma sombra de medo sobre o povo grego, descrevendo o que ocorreria em caso de quebra, se este monstruoso mnemonioum (projeto de lei), que vocês apresentaram, não é aprovado. Tão grosseiros, tão cínicos! Vocês falam ao povo e lhe dizem: ou vocês trabalham e vivem com 400 euros. E com 300 euros de aposentadoria. Ou nós vamos reduzi-los a 100 ou a 50 euros. E eu pergunto, pessoalmente, a vocês: se todos os benefícios sociais do Estado são cortados e vocês tivessem somente 400 euros, vocês sobreviveriam? Sim ou não? Vocês, pessoalmente, ministros, primeiro-ministro e todos os outros? Se lhes dessem 450 euros por mês, vocês sobreviveriam? Não, vocês não podem! Vocês estão assegurados e servem aqueles que roubam o povo. Para “salvar a Grécia”! É serio! Qual “Grécia”? O que é a Grécia? Estas 500 grandes empresas? Um punhado de capitalistas que enriqueceu durante todos estes anos? Essa é a Grécia que vocês estão tentando salvar. Mandando para o túmulo todos os demais. E, principalmente, vocês estão tentando fazer o povo se sentir culpado. Vocês não têm vergonha, porque este é o sistema de vocês. Vocês acusam aqueles que produzem toda a riqueza, aqueles que morrem nas construções, aqueles que sofrem queimaduras nos porões dos navios. Vocês acusam os produtores da riqueza social. Aqueles que trabalham nas propriedades rurais e se sentem desesperados. Os pequenos-burgueses que pensaram que se tornariam parte do grande Capital. Vocês dizem que a culpa é deles. Pela dívida e pela vergonha do país. Não há limite para esta hipocrisia. É culpa deles? Eles pegaram o dinheiro? Foram eles que encheram os bolsos? Foram eles que mandaram 600 bilhões de euros para a Suíça? São eles que têm 500 bilhões de euros em paraísos fiscais? São eles que gastam em uma noite o que um trabalhador levaria uma vida para juntar? Claro que não! Não são eles! Mas as mentiras acabaram para vocês todos, defensores do sistema! As mentiras acabaram. Eles pegaram vocês! Em maio, vocês disseram as mesmas coisas. “Ou vocês aprovam o mnemonioum, ou vamos para o abismo.” Seriamente, quem vocês estão chantageando e com que moral? O 1,5 milhão de desempregados? Aqueles que estão desempregados há um ano e mal sobrevivem? A juventude que está desempregada? Os milhares que não são pagos há meses e mal conseguem 100 euros? O que vocês dizem a eles e com que moral? “Vocês vão quebrar?” Quem? Os que já estão quebrados? São esses e o resto deles a quem vocês pedem que vivam como há 200 anos. Porque é para essa situação que vocês os conduzem. Porque vocês estão destruindo até mesmo o mais fundamental que eles conquistaram: poder lutar coletivamente por seus salários. Vocês estão demolindo com o que já se chamaram “leis trabalhistas”. Para estes, o Partido Comunista diz: “mantenham suas cabeças erguidas!” Vocês não têm nada a perder a não ser seus grilhões. E vocês devem tomar o que produzem em suas próprias mãos. Vocês devem, todos, colaborar! Vocês são poderosos! E, quanto ao terrorismo do governo, hoje, vocês receberam sua resposta! Uma das maiores manifestações jamais vistas em Atenas. Com todos os corvos da mídia a ameaçar com a quebra do país. E escutem isso: “Não teremos nem óleo!” Então, para todos vocês, que defendem o sistema, Respondam a esta simples questão. E o povo também deveria. Ciência, tecnologia, produtividade do trabalho, tudo elevado a níveis jamais vistos. E vocês os pedem para viver na Idade Média. Cavalheiros, vocês estão acabados! O capitalismo, simplesmente, não pode mais fazer isto! Está tão podre até a medula, que conduz a Humanidade à Idade Média. E, daqui há pouco, todas estas pessoas a quem vocês tentam infundir medo, se darão conta: “Ou vocês, capitalistas, ou nós. Nós não queremos vocês. Nós não precisamos de vocês, porque vocês são parasitas. Somos nós que produzimos a riqueza.” E eu desafio qualquer um a vir, aqui, e dizer se não são eles que produzem toda a riqueza.