sábado, 31 de agosto de 2013

SAMBA E HOMENAGEM AO BRASIL! NÃO É DA ELITE COLONIZADA: É DO POVO EUROPEU!!!


De repente, bandeiras do Brasil na praça principal de Nijmegen. O que será isso, em pleno interior da Holanda?


E ao mesmo tempo uma batucada meio desordenada (para nosso gosto)...


Ah, é o Samba Festival Nijmegen! Dois dias de samba na Holanda, em homenagem ao Brasil de lula, Dilma, e dos médicos cubanos!!!


Das que eu vi (são 20 espalhadas por sete pontos da cidade) esta é a melhor: veio da Inglaterra e chegou à Nijmegen às 3 da madrugada. Mas está com fôlego!


Com isso, toda a cidade de Nijmegen (pronuncia-se mais ou menos Naimerren) está enfeitada de verde-amarelo. O coração caipira vibra de emoção. E o samba ressoa em cada rua.


Na banca da Organização do festival, venda de bandeiras do Brasil. Tá cheio de holandês e turistas de outros países usando!


Amanhã contarei mais detalhes. Agora aqui são 23:00 hs, cinco a mais que no Brasil. E pensar que temos brasileiros que sentem vergonha de nossa Pátria...coitados.


VISITA À UMA PONTE LONGE DEMAIS



Um local que eu queria conhecer há muitos anos era a ponte sobre o rio Reno, em Arhem, no sudeste da Holanda. Na verdade, há várias pontes naquela região, mas uma delas ficou especialmente marcada na História, e eu ainda não a havia visitado nas outras vezes em que andei por aqui.
Ela é conhecida como "Uma ponte longe demais", título do bestseller de Cornelius Ryan, que virou filme de enorme sucesso, um dos melhores filmes de guerra de todos os tempos. A ponte, ocupada pelos nazistas, foi local de uma das mais desesperadas batalhas da II Guerra Mundial, com mais 3.500 mortos e 9.000 feridos de ambos os lados.




Depois de haver libertado a França e cruzado a Bélgica, o marechal Montgomery decidiu tomar as pontes sobre o rio Reno, em território da Holanda, para daí lançar uma ofensiva final até Berlim. Se tivesse sucesso, a "Operação Market Garden" anteciparia em um ano o fim da II Guerra.
A estratégia consistia em lançar milhares de paraquedistas sobre a Holanda, atrás das linhas alemãs, e abrir caminho pelas pontes sobre o Reno para o avanço das tropas terrestres que estavam na Bélgica. Mas tudo deu errado. Foram nove dias de combate, nos quais os paraquedistas ficaram isolados, esperando tropas inglesas que deveriam vir por terra. Tentaram atravessar o rio em balsas e a nado, mas foram fuzilados pelos nazistas bem localizados em pontos altos de Arnhem. Depois o combate prosseguiu casa a casa, os soldados ingleses e poloneses sem comida, medicamentos e nenhum tipo de suporte.
A ponte de Arnhem é um pedaço da II Guerra Mundial até hoje lembrado. No dia 7 de setembto haverá aqui uma cerimônia que se repete todos os anos, nas ruas de Oosterbeek e nos cemitérios onde estão sepultados milhares de veteranos daquela batalha. Há desfile militar, salto de paraquedistas, flores e bandas militares.
Até uns dois ou três anos atrás ainda havia alguns heróis, mas hoje estão todos mortos pela idade. Até o final, eles saltavam, alguns com mais de 90 anos, e com apoio de outro soldado, para homenagearem seus colegas abatidos naquele banho de sangue.

A histórica ponte de Arnhem, hoje.


Cenário de batalha hoje é local de lazer.


O filme "Uma ponte longe demais", de 1977, dirigido por Richard Attenborough, reuniu o maior elenco que eu já vi numa única película. Pode ser visto gratuitamente no You Tube, mas não sei se com legendas. Olhem só as feras: Dirk Bogarde, James Caan, Michael Caine, Sean Connery, Edward Fox, Elliot Gold, Gene Hackman, Anthony Hopkins, Ryan O'Neal, Lawrence Olivier, Robert Redford, Maxmilian Schell, Liv Ülmann.
O trailer pode ser visto aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=xhPkkqHfcfo








































































NO HOTEL ONDE NASCEU (?) A GLOBALIZAÇÃO


Eu já havia me hospedado no Hotel Bieldeberg, em Oosterbeek, no sul da Holanda, onde passamos o Natal de 2012. Agora, para facilitar nossas visitas ao Hospital de Arnhem, onde uma familiar se encontra, voltamos para cá por alguns dias. É um hotel muito agradável, cercado de bosques com trilhas para caminhadas e ciclismo, com várias cidades interessantes em torno.


Mas o que marcou a história deste hotel e tornou seu nome conhecido internacionalmente foi o fato de aqui ter nascido um "grupo" informal que reúne-se anualmente para decidir o que muitos consideram ser a criação de um "governo global". Nos dis 29 e 30 de maio de 1954, aqui aconteceu a primeira reunião do até hoje chamado "Clube Bieldeberg".
O conselheiro político polonês Józef Retinger teve a idéia de combater o antiamericanismo que começava a tomar conta da Europa uma década depois do final da Guerra. Procurou, e obteve, o apoio do Príncipe Bernard, da Holanda, e do primeiro-ministro da Bélgica, Paul Van Zeeland. A primeira reunião aconteceu nos dias 29 e 30 de maio de 1954, com cerca de 120 convidados entre as elites dos dois continentes.


Desde então, o Clube realiza encontros anuais, sempre na Europa ou nos EUA. A lista de participantes deixou de ser secreta, mas os temas tratados continuam totalmente sigilosos, o que dá origem a muitas teorias conspiratórias. Não são registradas atas dos debates, e os presentes assumem compromisso solene de nada dizerem a respeito, muito menos à mídia. 


O objetivo inicial do Clube Bilderberg era "estabelecer uma linha comum Europa-EUA" nos campos da Política e da Economia. Nos últimos anos, a China também tem tido representantes, mas os convites têm que ser aprovados pela direção e não podem exceder 130 pessoas a cada ano. Entre os participantes mais assíduos estão Donald Rumsfeld, secretário da Defesa de George Bush; Peter Sutherland, ex-presidente do banco Goldman Sachs e da British Petroleum; Paul Wolfowitz, ex-secretário da defesa e presidente do Banco Mundial.


Devido ao sigilo que reveste as reuniões do Clube de Bilderberg, e a importância de seus membros na política, empresariado, academia e mídia universais, todos os anos se repetem protestos nos locais dos encontros, sempre descobertos e as vezes previamente divulgados. O Clube tem um escritório permanente em Leiden, aqui na Holanda.



REVELADO ASSUNTO ENTRE LULA E A GLOBO

Está no excelente sítio Correio do Brasil:

Globo pede a Lula que segure manifestantes e a ajude a combater o Google

A pauta do recente encontro entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente dasOrganizações Globo João Roberto Marinho, confirmado pela assessoria do Instituto Lula, vazou nesta sexta-feira em um blog na internet e revela o desespero da maior organização midiática de ultradireita na América Latina com a força das manifestações de rua, que cobram o fim do monopólio nas comunicações e o pagamento de impostos devidos pela emissora à Receita Federal. Pressionada por mais um protesto, convocado para esta sexta-feira, em frente às suas instalações, na capital paulista, e pela queda no faturamento devido ao aumento significativo da audiência na internet, a empresa visava o abrigo de um dos maiores ícones das esquerdas no país.
Segundo o titular do blog Conversa Afiada, o jornalista Paulo Henrique Amorim (PHA), Marinho “foi ao Presidente Lula pedir ajuda contra o Google”. Citando fonte, o também apresentador de um jornal noturno na Rede Record, principal adversária da Rede Globo na TV aberta, afirmou que “a publicidade está numa situação tal que pode provocar uma crise” no setor, que reúne a mídia conservadora no país e é conhecido, por sua atuação política, como Partido da Imprensa Golpista (PIG). Seu interlocutor não disse, mas “imagina-se que o Lula deva ter achado ótimo”, comentou o colunista.
Depois de culpar o Google, maior mecanismo de buscas e difusor de publicidade na web, no mundo, pela queda na arrecadação dos veículos de comunicação que controla no país, segundo PHA, “filho do Roberto Marinho – segundo esse passarinho inconfidente – passou a ‘espinafrar’ a Dilma. Que a Dilma isso, que a Dilma aquilo, e, além do mais, a Dilma não o recebe – não recebe o filho do Roberto Marinho”.
“E, aí, amigo navegante, a bomba! O filho do Roberto Marinho pediu ao Lula para voltar. ‘Volta, Lula, volta, pelo amor de Deus! Mas, como? indagou o Lula”, segundo a fonte.
– Vocês me espinafraram todo dia e você vem aqui me pedir para voltar? – teria questionado o ex-presidente

Não deixe de ler a íntegra em:

O brilhante artigo do Paulo Nogueira ensina um pouco do que era e do que se tornou o programa "Roda Viva", da ex-TV Educativa, hoje TV Tucana de São Paulo:


Novo Roda Viva ou Velha Veja?

PAULO NOGUEIRA 30 DE AGOSTO DE 2013

Não pertenço ao traço que prestigiou o primeiro Roda Viva com Augusto Nunes.
Não que eu tenha deixado de ver o programa por causa dele. Também não pertencia ao traço que via o Roda Viva com Mário Sérgio Conti, e nem com seus antecessores.
Para ser franco, as únicas vezes em que vi o Roda Viva foi quando participei,  na época em que o apresentador era um amigo, Jorge Escosteguy.
Eu era diretor da Exame, e Scot me convidava sempre que o entrevistado era da área de economia. Havia um cachê simbólico e um jantar gratuito depois do programa, e a logística era fácil para mim. Da Abril à Cultura eram cinco minutos de carro.
Três ou quatro vezes no programa e logo passei a ver aquilo como um peso, uma ocupação desagradável para uma noite de segunda. Eu tinha pouco mais de 30 anos, e São Paulo oferecia possibilidades mais excitantes que o Roda Viva.
Comecei a dar desculpas. Tinha sempre um compromisso inadiável. Para atenuar um eventual problema para Scot de falta de entrevistadores, enviava representantes. “Tenho um cara brilhante para representar a Exame”, eu dizia.
Quase sempre o “cara brilhante” que eu indicava era o único, na redação, que se dispunha alegremente a ir ao programa, o editor Nelson Blecher.
O Roda Viva jamais fez parte de minha vida, exceto pelo que contei acima, mas não tive como não ler um artigo sobre o programa que me chegou pelo twitter com altas recomendações.
Era um texto do jornalista Nelson de Sá, da Folha, sobre a estreia de Augusto Nunes no Roda Viva.
Ele notava que aquilo parecia uma reedição dos debates sobre o Mensalão com que a Veja brinda os leitores em seu site.
Augusto, o ‘professor’ Villa e Miguel Reale Júnior (o primeiro convidado do novo Roda Viva) davam o ar de remake, notou Sá.
Só faltou Reinaldo Azevedo, completou.
Foi uma mera constatação. Mas bastou isso para um ataque feroz de Azevedo.
Ele inventou que Nelson de Sá quis bani-lo do Roda Viva. Isso jamais foi escrito no texto de Sá. Mas foi o pretexto para a capoeira verbal de Azevedo. Como não é propriamente um jornalista comprometido com fatos, vale tudo para Azevedo fazer seus pontos. Num texto destinado a santificar Thatcher, por exemplo, ele afirmou que ela morreu “pobre”. A pobreza de Thatcher inclui uma casa em Mayfair, o bairro mais caro de Londres, avaliada em 20 milhões de reais.
Uma leitura menos apaixonada dos dois textos, o de Sá e o de Azevedo, sugere exatamente o contrário: que Reinaldo Azevedo estava tentando cavar uns convites, na pele de mártir.
Deu certo.
Augusto Nunes se apressou em seu blog a dizer que Reinaldo Azevedo, seu “grande amigo”, será convidado diversas vezes.
Para entrevistar quem?
O Apedeuta? Lula, segundo se soube, era a primeira alternativa para a estreia de Augusto Nunes. Lula, o bebum de Rosemary, ou o presidente-retirante, como Nunes o chamou em seu blog.
Mas Lula, pelo visto, tinha outros planos para aquela noite de segunda. Dilma, a “Dois Neurônios”, segundo o blog de Nunes, era a segunda alternativa. Mas parece não ter se animado também a provar que é mais que dois neurônios.
Talvez não seja tão fácil assim a nova administração encontrar entrevistados no mundo da política que não sejam derivações de Serra e Malafaia.
Uma possibilidade a ser considerada é que Augusto Nunes dê um upgrade na presença de Reinaldo Azevedo e o promova de entrevistador a entrevistado.

Fica aqui a sugestão.
*  *  *
Visitem o excelente blog Diário do Centro do Mundo:

DIÁRIO DE TAUBATÉ: ROBERTO PEIXOTO VOLTA À ENGENHARIA

Ex-prefeito se aposenta
O ex-prefeito Roberto Peixoto está aposentado desde julho. Ele deu esta informação ontem ao DT, e disse que conseguiu o benefício por tempo de serviço. O ex-prefeito agora está trabalhando em seu próprio escritório de engenharia, que abriu num prédio da Rua Barão da Pedra Negra.
O ex-prefeito, como se sabe, se formou engenheiro pela Unitau, manteve escritório durante vários anos e também foi funcionário da Sabesp. Na política local, foi vereador, presidente da Câmara, vice-prefeito de Bernardo Ortiz e prefeito por oito anos. Sofreu várias ações na Justiça mas não foi condenado e orgulha-se de dizer que é ficha limpa.

FOLHA MENTIU SOBRE SUBSTITUIÇÃO DE MÉDICOS BRASILEIROS POR CUBANOS. EIS AS PROVAS:

Não vou "chupar" a excelente matéria do Miguel do Rosário, do blog "O Cafezinho", o mesmo que revelou a milionária sonegação de impostos feita pela Globo. Vale a pena visitar seu blog e conferir a longa lista de PROVAS sobre mais esta mentira da Folha de S. Paulo.

O endereço é:


Desmontando a “pegadinha” da Folha

Enviado por  on 30/08/2013 – 12:02 pm9 comentários
O Fernando Brito já escreveu alguma coisa sobre a nova farsa da Folha, cuja manchete hoje é nada mais que um ataque político rasteiro à iniciativa do governo federal de ampliar o número de médicos por habitante no país. Mas O Cafezinho também fez pesquisas sobre o tema e levantou informações interessantes.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A VEJA TE TRATA COMO UM IDIOTA. VOCÊ AINDA LÊ ESTE LIXO?


TAUBATÉ: A BOLA ESTÁ COM O PT

ESTARÁ O PT À ALTURA DO MOMENTO HISTÓRICO?

Antonio Barbosa Filho

DELFT (Países-Baixos) - A cassação do mandato de Juninho Ortiz - na qual muitos não acreditavam - colocou enormes responsabilidades sobre o principal partido de oposição, o PT. Tendo chegado ao segundo turno nas eleições fraudadas de 2012, cabe ao Partido dos Trabalhadores, agora, saber usar a oportunidade histórica de tentar chegar ao poder municipal e começar a restaurar a combalida confiança dos taubateanos na Política e nas instituições públicas.
A situação exige uma altíssima capacidade de compreensão dos fatos e de suas consequências para a cidade. Pode-se dar um grande passo adiante, mas pode-se também retroceder a um passado terrível, dando continuidade a uma crise que já dura quase nove ou dez anos. 
Sabemos que o PT é um partido democrático, onde convivem diversas tendências e grupos. Praticamente, só Lula os une - no mais, cada parcela tem uma visão política, indo do centro-esquerda à extrema. É salutar esta pluralidade interna, desde que ela não atrapalhe os objetivos estratégicos de um partido que tem mais de três décadas de vida e a enorme responsabilidade de governar o Brasil, com muito mais acertos do que erros. É preciso que o PT de Taubaté esteja à altura dessa imensa responsabilidade e não jogue no lixo a oportunidade que a História lhe dá.
Até novembro o PT vive seu processo de renovação de direções em todos os níveis. É natural que cada grupo exponha suas plataformas, e o debate se aqueça, chegando à divergência mais aguda. Mas nenhum dos setores do Partido tem o direito de colocar em risco a possibilidade da chegada ao poder municipal, o que depende, primordialmente, de uma sólida unidade. Vença quem vencer a disputa pelos cargos de direção, no dia seguinte os petistas precisam abraçar-se e partirem unidos para a luta eleitoral. Afinal, isso interessa a toda a população, e não apenas aos filiados ao Partido de Dilma Roussef. Quem jogar na divisão estará servindo ao adversário, que é a direita mais corrupta e anti-social que o Brasil já conheceu.
CENÁRIO
Apenas como hipótese de análise, baseada nos quadros que hoje mais de destacam no PT de Taubaté, tracemos um cenário possível para a organização petista diante do pleito que se avizinha. Levo em consideração que todas as principais lideranças merecem ser prestigiadas e contempladas com espaço político, interna e externamente ao partido.
Isaac do Carmo teve desempenho modesto na eleição de 2012, o que não lhe tira o mérito da luta e dedicação. Perdeu também a disputa pelo Sindicato dos Metalúrgicos, em cuja direção a partir de novembro terá um mínimo espaço. Pelo que sei de amigos comuns, estaria se preparando para disputar uma cadeira na Assembléia Legislativa, aproveitando-se da notoriedade que obteve como candidato a prefeito, e dos laços que tem com prefeitos e vereadores petistas das cidades vizinhas. É uma pretensão mais do que justa, e Isaac tem todas as condições de conseguir uma bela vitória, que seria extremamente positiva para Taubaté. 
O vereador que mais tem se destacado no PT, e na Câmara como um todo, é Salvador Soares. Tem sabido diferenciar-se da geléia-geral em que se transformou o Legislativo, onde vereadores chamam o prefeito cassado de "meu chefe", "meu líder", numa submissão que beira a falta de decoro parlamentar: vereador não existe para bajular outro Poder, mas sim para exercer independência, em nome do povo que o elegeu.
Seria ótimo vermos o Salvador exercendo a liderança do futuro prefeito do PT, e conquistando ainda mais experiência e popularidade, credenciando-se para outros passos maiores (deputado ou mesmo prefeito) a partir de 2016 ou 2020 - ele tem a vantagem de ser bastante jovem.
A vereadora Vera Saba, outra promessa do PT, mas que ainda não se confirmou como a lutadora aguerrida que esperávamos, poderia continuar na Câmara, ou participar de uma administração petista em função ligada à Promoção Social ou à defesa do emprego e dos trabalhadores, sindicalista que é. No caso de o PT preferir uma chapa puro-sangue (o que seria um equívoco, na minha visão, já que a coligação com o PMDB foi importante em 2012 e seria de todo conveniente agora) ela poderia até voltar a ser candidata a vice-prefeita, cargo que já exerceu com enorme dificuldade, marginalizada que foi pelo ex-prefeito Roberto Peixoto.
Finalmente, no meu ponto de vista (e respeitando os contrários pois aqui fala um mero observador) o nome para prefeito que melhor pode representar o PT é o do ex-prefeito e ex-deputado Salvador Khuriyeh. Hoje trabalhando na Secretaria dos Transportes da capital, como diretor da SPTrans, empresa que administra 15 mil ônibus e está iniciando uma revolução na mobilidade urbana, Salvador nunca deixou de residir em Taubaté, de viver seus problemas e de sonhar com soluções. Desde que deixou a Prefeitura, o engenheiro Salvador estudou muito, aprendeu em funções estratégicas (foi assessor da bancada do PT na Assembléia Legislativa, convivendo com ex-prefeitos e figuras ilustres da política paulista) e amadureceu como homem e como político.
Já ouvi dizer que Salvador tem alto índice de rejeição. Duvido disso, e duvido que exista alguma pesquisa séria que indique isso. Ao contrário, conheço inclusive eleitores muito conservadores que admiram e apoiam Salvador, porque ele fez uma boa administração e saiu da Prefeitura com alta taxa de aprovação popular. Quem não gosta de Salvador são os Ortizes que, aliás, só gostam de si mesmos. As calúnias lançadas por Ortiz pai contra Salvador são iguais às que lançou contra seus vice-prefeitos e seus sucessores: "bom mesmo é quem tem o sobrenome Ortiz, o resto não vale nada". 
Creio que um esquema como este, ou parecido com este, poderia unir o PT, atrair o PMDB e talvez algum outro partido menos dominado pelos Ortizes, e conquistar a maioria do eleitorado. Lembro que não teremos segundo-turno, e que o futuro prefeito poderá ser vitorioso com algo como 35 ou 40%  dos votos, conforme a divisão dos demais. 
Enfim, trata-se de uma chance preciosa, que Taubaté precisa aproveitar para limpar-se da sujeira e acabar com a guerra que caracterizou sua vida política nos últimos anos. Fica minha modesta sugestão aos companheiros petistas, pedindo-lhes que não a descartem de pronto: analisem, ponderem e proponham caminho melhor, caso o encontrem.
O que não pode acontecer, sob pena de um crime histórico, é o PT se perder em picuinhas, ciumeiras, ambições pessoais de seus líderes. O momento é este, para mostrar maturidade. A bola está quicando na área; será que o PT saberá marcar o gol pelo qual Taubaté inteira torce? 

JORNALISTA ELOGIA CUBA NA GLOBO!!! SERÁ DEMITIDO?


O repórter Jorge Pontual, correspondente da Rede Globo em Nova Iorque cometeu um ato que pode custar seu emprego: ousou falar a verdade sobre a Medicina em Cuba, para a qual, ele afirma: "Temos que tirar o chapéu". Por dizer tal verdade reconhecida em todo o mundo, Pontual teve seu vídeo censurado no portal da Globo, mas a repercussão foi grande demais e o portal voltou a exibir os três minutos de análise séria sobre o que significa a Saúde Pública naquela país, organizada a princípio por Che Guevara (outro nome vetado na Globo, a não ser para ser achincalhado).
Nós, jornalistas, somos solidários a Jorge Pontual pela sua coragem. Vivemos tempos em que o simples cumprimento do mais elementar dever profissional precisa ser elogiado! Fazer Jornalismo de verdade dentro da Globo é quase impossível, devido à pauta única imperante: não importam os fatos, é preciso atacar o governo Lula/Dilma, os demais governos progressistas da América Latina, e tudo que lembre trabalhismo, socialismo, comunismo ou outras culturas que não a do capitalismo selvagem.
Vejam a intervenção do repórter Jorge Pontual, que a própria Globo tentou censurar na internet. E tirem suas conclusões:



quinta-feira, 29 de agosto de 2013

VOCÊ PODE VOTAR EM AUDÁLIO DANTAS PARA O TROFÉU JUCA PATO


AUDÁLIO DANTAS SERÁ ELEITO "INTELECTUAL DO ANO", PELA UBE

Antonio Barbosa Filho

Audálio Dantas e o deputado Protógenes Queiróz no lançamento de meu livro "A Imprensa x Lula".


Num jantar em São Paulo, Audálio, sua mulher Vanira Kunc, Marianne Lemmen e eu. 

Na Feira de Pinheiros, Audálio Dantas (o segundo da esq. para a direita; José Hamilton Ribeiro (Globo Rural), sua mulher Odete e eu.

O jornalista Audálio Dantas é o único concorrente ao prêmio "Intelectual do Ano - Troféu Juca Pato", conferido há 51 anos pela União Brasileira de Escritores. A entrega da honraria deverá ocorrer em setembro, durante o Congresso Internacional de Escritores que acontecerá no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Um dos mais respeitados jornalistas brasileiros em atividade, Audálio começou sua carreira na Folha de S. Paulo, tendo passado pelas revistas O Cruzeiro, Realidade e 4 Rodas, entre outras. Tornou-se conhecido na década de 60, quando descobriu durante uma reportagem numa favela da capital paulista a moradora Carolina Maria de Jesus, que escrevia diários em cadernos que recolhia no lixo. Editados pelo repórter, os diários ganharam forma do livro, "Quarto de Despejo", que foi o maior sucesso editoral daqueles anos, traduzido em 13 idiomas e com mais de um milhão de exemplares vendidos.
Em 1975, Audálio era o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo quando uma onda de sequestros perpetrados pelo DOI-Codi do então II Exército culminou com o assassinato do jornalista Vlado Herzog. Ao lado do arcebispo Dom Paulo Evaristo Arns, do rabino Henri Sobel e do pastor James Wright, o sindicalista organizou o Ato Ecumênico pela morte de Herzog, na Catedral da Sé, que tornou-se um marco na luta pela redemocratização do país.
Eleito deputado federal pelo MDB, em 1978, Audálio foi considerado pela imprensa um dos dez parlamentares mais influentes da Câmara, e o mais atuante da bancada paulista. Em 1981, recebeu nas Nações Unidas, em Nova Iorque, o prêmio David Kenneth Kaunda de Direitos Humanos, que dividiu com o ex-presidente Jimmy Carter e a atriz sueca Liv Ülmman.
No ano passado, lançou seu décimo-primeiro livro, "As Duas Guerras de Vlado", aguardado depoimento de um dos principais protagonistas dos trágicos fatos de 1975. Nos últimos anos, Audálio dirige a revista "Negócios da Comunicação", percorre o país para lançamentos e palestras e coordena os trabalhos da Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas, da qual é presidente.
Sobre sua indicação ao Juca Pato, feita inicialmente por 50 associados da UBE e depois por muitas adesões espontâneas, Audálio declarou: "Sem falsa modéstia, devo dizer que não me julgo merecedor desta distinção. Afinal, trata-se de uma honraria já atribuída a alguns dos mais importantes intelectuais brasileiros, um prêmio de alto prestígio cultural". Os últimos agraciados com o troféu foram Tatiana Belinky (2012), Aziz Ab'Saber, Lygia Fagundes Telles, e Antonio Candido.
Para votar em Audálio não é preciso ser sócio da UBE, bastando enviar uma declaração de apoio para secretaria@ube.org.br.

(texto de Antonio Barbosa Filho, publicado também no Observatória da Imprensa)

SENADOR URUGUAIO EXPLICA NOVA LEI DO ABORTO

Carlos Baráibar, senador pela Frente Ampla do Uruguai


Uruguai rompe tabus

O Parlamento uruguaio ao discutir e atualizar legislação sobre aborto, drogas, união civil entre pessoas do mesmo sexo, torna-se referência para a América Latina. “O país tem muita predisposição para repensar criativamente sobre todos os temas”, declara o senador da Frente Ampla, Carlos Baráibar

O Parlamento uruguaio tem enfrentado com sucesso o debate sobre temas polêmicos para grande parte sociedades, em especial a latino-americana. A união de fato, casamento civil entre pessoas mesmo sexo, a descriminalização do aborto, e a legalização da maconha e derivados, já foram aprovadas. E uma nova lei de  comunicação que visa a democratização dos meios massivos foi encaminhada em julho pelo presidente Pepe Mujica ao Congresso. Conversamos com senador Carlos Baráibar, da Frente Ampla, sobre algumas dessas novas políticas.



 
Senador, como foi possível a aprovação no Parlamento uruguaio de medidas, em geral, bastante polêmicas nas sociedades?
Carlos Baráibar: A explicação é relativamente simples. O Uruguai é um país liberal, no qual a Igreja e o Estado estão separados há mais de cem anos, o divórcio já foi consagrado há quase um século. Há alguns anos se aprovou, quase sem maiores discussões, uma lei sobre a união de fato. O tema das drogas e da luta contra as drogas é cada vez mais importante e o Estado, do qual eu faço parte, não estava achando as soluções adequadas.
Temos um movimento feminino muito forte, os movimentos de afrodescendentes, mesmo sendo uma minoria, têm importância. O Uruguai é um país de imigrantes: todos, três gerações atrás, descenderam de navios que vinham de Cádiz, na Espanha, ou de Gênova, na Itália, e de outros países. Recentemente celebramos os cem anos de uma comunidade russa instalada no interior do país que mantém suas tradições. O Uruguai é um país muito respeitoso da cultura dos imigrantes, uma vez que todos em algum momento fomos imigrantes, nossos avós foram imigrantes, e isso nos faz pensar de forma aberta.
Jorge Batlle, no século passado, embora não tenha sido do nosso partido, e sim do Colorado, foi um homem claramente progressista. O Partido Colorado, que esteve no governo até há pouco tempo, lamentavelmente diz reivindicar o batllismo, mas o faz da boca para fora, não nos conteúdos. Há operários batllistas na Frente Ampla.
No plano do combate à pobreza, dos direitos dos trabalhadores, dos direitos de segurança social, Batlle foi um homem de reformas importantes. Algumas de direitos sociais, antes de sua aplicação na Europa, já estavam sendo implementadas no Uruguai. Isso forma um quadro político no qual a Frente Ampla, que conjuga a ideologia e o pensamento de todas essas tendências que acabo de mencionar, tem muita predisposição a repensar criativamente sobre todos os temas. Assim, foi possível aprovar a despenalização do aborto, não sem discussão, porque tivemos fortes discussões. Na legislatura passada, quando já éramos governo, a lei foi aprovada no Parlamento, mas o presidente da República (Tabaré Vásquez), que é do nosso partido, a vetou. Atualmente, outra lei foi apresentada e por fim aprovada, incorporando algumas ideias dos que não estão totalmente de acordo com a despenalização do aborto. Tanto que muitas feministas não concordam com o projeto aprovado. No entanto, claramente marca uma linha em ascensão do pensamento de defender os direitos da mulher, dando mais garantias, evitando que as que queiram abortar tenham de fazê-lo na clandestinidade, situação em que a taxa de mortalidade é elevada, principalmente entre as mulheres pobres, uma vez que as ricas têm condições de fazê-lo em clínicas mais bem equipadas.
A lei é, na realidade, uma medida de saúde pública?
Baráibar: Sim, é uma lei nacional do Estado, encomendada à saúde pública, que também regulamentou sua aplicação. Estabelece um protocolo para a mulher que queira abortar, que consiste em passar por uma consulta médico-técnica, com ginecologista, psicólogo e assistente social, na qual ela expressa os motivos que a levaram a querer abortar, lhe é dado um prazo para refletir e, se durante esse tempo não mudar de ideia, o aborto é realizado com todas as garantias, nos hospitais públicos e privados conveniados. Se a mulher, por motivos de consciência, preferir outro local, isso é possível desde que sejam oferecidas as garantias necessárias.
Leia a íntegra desta entrevista, da editora da revista Teoria e Debate Rose Spina, em:

JUVENTUDE ESPANHOLA TEM GRUPOS FASCISTAS





O jornal espanhol El País (que é conservador, mas faz dez vezes melhor jornalismo do que todos os grandes jornais brasileiros somados) publica fotos de membros do grupo Nuevas Generaciones, integrantes do Partido Popular que governa a Espanha, fazendo a saudação fascista. O PP, do ex-primeiro ministro Aznar (grande amigo de Fernando Henrique Cardoso...) tem sido muito tolerante com essas condutas, que se repetem com muita frequência.
Numa das fotos aparece o secretário de Esportes da executiva do PP em Valencia, Jorge Roca; em outra, a conselheira de Juventude do partido no município de Canals, Carmen Melissa Ferre, em frente a uma bandeira franquista. A União de Promotores Progressistas pretende denunciar o fato à Justiça, embora alguns dirigentes do PP aleguem que as fotos não são recentes e algumas foram feitas "por brincadeira". Valencia foi uma das cidades que mais resistiu a retirar imagens e símbolos da ditadura de Francisco Franco.
A "Nueva Generaciones" reúne sete mil jovens filiados ao PP. É um péssimo exemplo que os jovens brasileiros devem evitar, nesta hora em que grupelhos neofascistas tentam conquistar adesões em meio aos jovens idealistas que protestam por justos avanços políticos e sociais. 


O franquismo dominou a Espanha entre 1939 e 1976, e tomou o poder depois de três anos de guerra civil na qual morreram mais ou menos um milhão de pessoas. Uma definição simples, que aparece no Wikipedia:
Ideologicamente, o franquismo é baseado no fascismo, adaptado para a Espanha pelo movimento falangista. As bases do regime franquista foram definidas pela unidade nacional espanhola (nacionalismo de estado), pelo catolicismo e pelo anti-comunismo. Apesar de o regime ter-se autodefinido como democracia orgânica com fins propagandísticos, não pode ser considerado de forma alguma como democrático, em comparação às democracias parlamentaristas contemporâneas. É mais adequado defini-lo como ditadura ou regime totalitário.
(Texto e tradução, Antonio Barbosa Filho)

LUIS NASSIF: GLOBO É PUNIDA POR CONCORRÊNCIA DESLEAL


O amigo e grande jornalista Luis Nassif publica em seu blog importante notícia para os que lutam pela Democratização da Comunicação. A Globo usou de práticas monopolistas contra seus concorrentes, contribuindo para o fechamento do excelente Jornal do Brasil. O caso acaba de ser julgado pelo CADE. Veja o texto de Nassif sobre esta pequena vitória - muitas outras precisam vir até conseguirmos Liberdade de Informação no Brasil:

Em decisão histórica nesta quarta-feira, o Cade (Conselho Administrativo de Direito Econômico) proibiu as práticas da Infoglobo Comunicações e Participações S/A junto ao mercado publicitário. É a primeira vez que um órgão de defesa da concorrência age contra práticas monopolistas da mídia.
A Infoglobo mantinha uma política de descontos do Globo, Extra e Expresso da Informação – controlados por ela – pela qual adaptava os descontos à verba disponível do anunciante, inclusive para comerciais na TV Globo, impondo a condição da exclusividade. Com isso, alijava do mercado os concorrentes, já que seus jornais dominam mais de 75% do mercado do Rio.
O caso teve início em 2005, com denúncia do JB e de O Dia. Apenas em 2012 o caso foi julgado pela Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, que concluiu que a prática configurava infração à ordem econômica, recomendando a condenação da empresa.
O Cade acertou um TCC (Termo de Compromisso de Cessação) com a Infoglobo. Por ela, a Infoglobo fica proibida de conceder descontos que, na contratação dos seus três jornais, impliquem valor inferior àquele estipulado para anúncio em um só veículo. O acordo estipulou um pagamento de R$ 1,94 milhão, a título de “contribuição pecuniária”.
Entre a denúncia e a conclusão, o JB saiu do mercado.

VOCÊ NÃO VIU NA GLOBO: GUERRA NA DISNEYLÂNDIA!







Em dezembro de 2012 a TV Al-Jazeera produziu reportagem que jamais vimos ou veremos na TV brasileira. Mostra os violentos confrontos entre polícia e manifestantes na cidade de Anaheim, onde fica a Disneylândia, o segundo mais popular parque de diversões do mundo.
Na cidade turística, dois jovens  foram mortos a bala pela polícia, sem que estivessem portando armas. Ambos eram de origem hispânica; em seis meses, sete hispânicos foram assassinados de maneira semelhante. Um deles, Manuel Díaz, de 25 anos, ficou caído num gramado, com uma bala na cabeça, enquanto a polícia, ao invés de socorrê-lo atirava com balas de borracha na multidão que cercou o local, enfurecida. Dezenas de pessoas ficaram feridas, e os protestos de rua duraram vários dias, com novos confrontos.
Os crimes da polícia revoltaram a população da cidade, que promoveram grandes manifestações pedindo um fim à repressão racista e a punição dos soldados-assassinos. As imagens do vídeo são impressionantes e uma das testemunhas compara as cenas com as de guerra que costumamos ver no Oriente Médio e em países conflagrados.
Nada disso chegou ao conhecimento dos brasileiros e telespectadores de outros países. A Al-Jazeera, que faz uma cobertura impecável de temas internacionais, só foi autorizada a operar nos EUA há poucas semanas, depois de milhares de pedidos de pessoas interessadas. Mas a empresa que ela usava como canal a cabo a tirou do ar em menos de 48 horas. Liberdade de informação, um dos fundamentos da "democracia" norte-americana, só para a Fox e canais comerciais de péssima qualidade.
O vídeo está no link abaixo, tem 24 minutos, e está em inglês. Mas as imagens bastam para conhecermos um pouco mais sobre as liberdades civis no império decadente:



Anaheim: A tale of two cities - Fault Lines - Al Jazeera English
(Antonio Barbosa Filho)

COLÔMBIA PODE REDUZIR PENAS SE GUERRILHA DEPUSER ARMAS




A Corte Suprema da Colômbia aprovou na semana passada, por 7 votos a 2,  uma nova legislação penal que permite reduzir ou anular penas para os guerrilheiros que deponham suas armas. Ao mesmo tempo, o presidente Juan Manuel Santos abriu a possibilidade de negociar a paz com o Exército de Libertação Nacional - ELN - segunda maior força guerrilheira do país, depois das FARC, que já estão dialogando com as autoridades.
Nesta semana o ELN libertou o refém canadense Gernot Wober, que estava retido há meses pela guerrilha. Esta era uma das exigências do governo Manuel Santos para abrir canais de diálogo com o grupo.
Tanto o ELN como as FARC - Forças Armadas Revolucionária da Colômbia, vinham atacando principalmente oleodutos e linhas de transmissão de energia, pois são contra a exploração das riquezas minerais por empresas estrangeiras. O ELN combate desde 1964, tendo resistido a forças armadas de doze sucessivos governos.
(Antonio Barbosa Filho)

HOJE, SONHO DE LUTHER KING SERIA UMA SOCIEDADE ACROMÁTICA





John Lewis, hoje congressista democrata por Alabama, é o único sobrevivente entre os líderes da Marcha sobre Washington que há 50 anos marcou o auge da luta pelos Direitos Civis e contra as leis racistas nos EUA. Ele tem 73 anos de idade, e era então dirigente e fundador do Comitê de Ações Estudantis Não-Violentas, pelo que já havia sido preso e espancado pela polícia em 1965.
Em entrevista publicada pelo jornal espanhol El País do domingo, 25/08/2013), o veterano líder dá sua visão sobre o muito que ainda falta para a verdadeira integração racial em seu país:
"Falta ainda elegermos muitos mais políticos e autoridades das minorias raciais, latinos, asiáticos, afro-americanos. A eleição de um afro-americano como Barack Obama para a presidência pode fazer pensar que já conseguimos esse passo tão importante, mas há muitos outros candidatos que ficaram no meio do caminho. A chegada de Obama à Casa Branca não deve ser interpretada como uma era pós-racial. Todo mundo se pergunta se o seu mandato significa que está cumprido o sonho de Martin Luther King, e eu creio que isso foi só um sinal", afirma.
Perguntado pela repórter Cristina F. Pereda, do El País, sobre os desafios futuros, John Lewis responde que "O desafio atual é conseguir organizar e mobilizar um grande número de pessoas para que formem parte de outro grande movimento que converta este país em uma nação acromática, que não distinga entre raças, que seja verdadeiramente multi-racial. Porém isso exige trabalhar em várias frentes ao mesmo tempo: que mais cidadãos participem nas eleições e em todo o processo democrático, que mais afro-americanos acedam ao sistema judicial, que se convertam em advogados, promotores, juízes... que façam o possível para que de verdade a Justiça esteja ao alcance de todos".
Interpretando o pensamento de Martin Luther King, Lewis acrescenta: "Faltam mais asiáticos e hispânicos, e muitas mulheres, para que continuemos quebrando barreiras. O reverendo King sempre defendeu que não precisamos apenas de cidadãos livres, mas chegar a sermos uma Nação livre. Esse processo de mudanças nunca irá para trás, agora só podemos avançar. Nunca retrocederemos. (...) Eu gostaria que se cumprisse o sonho de King e verdadeiramente nos tornassemos uma Nação em comunidade, uma sociedade de paz, e creio que se fizermos tudo certo poderemos nos converter em um modelo de integração para o mundo. (...) Agora mesmo temos 11 milhões de pessoas neste país que têm que viver escondidas, nas sombras. Sei que se Martin Luther King fosse falar na marcha que se realiza esta semana, ele pediria ao Congresso que regularizasse todos os sem-documentos (imigrantes ilegais) e que o fizesse de maneira imediata".
(Texto e tradução, Antonio Barbosa Filho)

MORRE O LANÇADOR DOS BEATLES NOS EUA, SID BERNSTEIN



Faleceu aos 95 anos de idade o jornalista e empresário artístico Sid Bernstein, responsável pelo lançamento dos Beatles nos Estados Unidos, em 1964, transformando a banda inglesa num sucesso mundial. Ele ficou sabendo, em finais de 63, que uma banda pop de Liverpool estava causando cenas de histeria entre os fãs, e convenceu o todo-poderoso do show business Brian Epstein a promover um show no Carnegie Hall, em Nova Iorque, onde até então só se realizavam concertos bem-comportados. Ao fazê-lo, Sid ainda não havia escutado nenhuma gravação dos Beatles, mas farejava neles a mina de dinheiro em que, de fato, se transformaram.
Organizou uma entrevista e apresentação prévia no programa de Ed Sullivan, na TV, que teve 70 milhões de telespectadores. Quando a banda desembarcou na América já foi recebida por milhares de jovens ensandecidos. Surgia a beatlemania.
No ano seguinte, Bernstein promoveu o primeiro show em estádio esportivo da História, quando os Beatles já haviam elevado seu cachê de 6 mil para 180 mil dólares! O público foi de 60 mil pessoas.Foi no Shea Stadium, em 15 de agosto, com um recorde de bilheteria que demorou anos a ser superado. No mesmo local voltaram a apresentar-se em 66, já com menor lotação - foi a época em que se declararam mais famosos que Jesus Cristo.
Sid Berstein tentou reproduzir o fenômeno trazendo outras bandas inglesas, como Animals, The Kings e os Rolling Stones, todos no Carnegie Hall. Logo as bandas inglesas começaram a gravar mais ritmos originários dos EUA, como o rock and roll e o rhythm and blue.
Nos anos 70, Bernstein tentou reunir novamente os Beatles, no que seria um espetáculo beneficente, pela Paz, como estava ocorrendo com outros artistas e grupos. Em 1976, publicou anúncio de página inteira no New York Times, convidando a banda a entrar na nova onda, mas ficou sem resposta.
(Antonio Barbosa Filho)


MEU AMIGO RICARDO KOTSCHO DÁ MAIS UMA AULA: MÉDICOS CUBANOS.

ABr082413VCVAC 8476 É desumana esta campanha contra médicos cubanos
Toda a polêmica criada nos últimos dias sobre a vinda de médicos cubanos para suprir as carências de assistência à saúde das populações mais pobres do país _ ainda temos 701 municípios sem nenhum médico residente _ agitou as redes sociais neste final de semana e serviu para revelar como podem ser desumanos e hipócritas os que colocam seus interesses pessoais, profissionais, partidários ou ideológicos acima das necessidades básicas de sobrevivência dos brasileiros que não têm acesso ao SUS, muito menos aos planos de saúde.
É como se fossem dois países chamados Brasil: um, daqueles que têm todos os direitos garantidos e não abre mão dos seus privilégios assegurados pelo Estado desde Cabral ( o Pedro Álvares), dispondo de alguns dos melhores hospitais do mundo; outro, o dos que se virem por conta própria com benzedeiras, rezas e curandeiros. Para deixar bem claro: é desumana a campanha não contra a vinda dos médicos cubanos, que chegaram ao Brasil felizes da vida, mas contra os pacientes pobres brasileiros sem assistência.
A ofensiva contra o Mais Médicos criado para trazer profissionais do exterior e instalá-los nas regiões onde os brasileiros se recusam a trabalhar, começou logo após o programa ser lançado pelo governo federal por medida provisória em julho, e ganhou mais força com a chegada dos primeiros profissionais cubanos na semana passada.
Boa parte da classe médica brasileira e suas entidades representativas, numa violenta demonstração de xenofobia e corporativismo, foram às ruas para fazer protestos com narizes de palhaço e ocuparam espaços generosos na mídia para declarar guerra ao governo, mas não apresentaram nenhuma proposta alternativa parar minorar o sofrimento de milhões de brasileiros abandonados à sua própria sorte nas regiões mais remotas do país e nas periferias das grandes cidades.
Em seus argumentos hipócritas (não confundir com o juramento a Hipócrates), mostraram-se preocupados com a formação dos médicos estrangeiros e sua capacidade de atender com qualidade à população, como se o trabalho deles fosse uma maravilha de dedicação e competência em todos os hospitais e postos de saúde públicos.
Preocuparam-se até com os salários de R$ 10 mil pagos aos médicos cubanos, acertados num convênio do Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), porque uma parte será repassada ao governo cubano, que os formou, ficando uma parcela de 25% a 40% para os profissionais. Chegaram a classificar esta medida, semelhante à estabelecida pela Opas com outros 58 países, como "trabalho escravo".
"Nós somos médicos por vocação e não por dinheiro. Trabalhamos porque nossa ajuda foi solicitada, e não por salário, nem no Brasil nem em nenhum lugar do mundo", rebateu o médico cubano Nélson Rodriguez, um dos primeiros 206 profissionais daquele país que desembarcaram sábado no Brasil.
Além da Opas, o programa Mais Médicos recebeu a aprovação da Organização Mundial de Saúde e, segundo as pesquisas mais recentes, é apoiado por 54% da população brasileira(contra 47% no final de junho). Entre quem apontou o PT como seu partido de preferência, este número sobe para 62%. Já entre os que preferem o PSDB, a maioria (49%) respondeu que é contra a importação de médicos, números que podem explicar o Fla-Flu nas redes sociais que é dominado por baixarias de todo tipo.
De outro lado, sete entre nove cartas sobre a polêmica publicadas nesta segunda-feira no "Painel do Leitor" da Folha dão seu apoio à importação de médicos estrangeiros e fazem duras críticas aos médicos brasileiros. Melhor é deixar o povo falar o que pensa.
Alguns exemplos:
Jalson de Araújo Abreu (São Paulo, SP): "O exame Revalida, ao qual médicos formados no exterior estão sujeitos, deveria ser aplicado nos formandos brasileiros. Esperamos que não confirme o resultado do exame do Cremesp, que reprovou 80% dos avaliados".
Alcides Morotti Junior (São Roque, SP): Os médicos cubanos que disseram que são médicos por vocação, e não por dinheiro, estão seguindo o juramento de Hipócrates. Já os brasileiros _ pelo menos a grande maioria _, não."
Luiz Carlos Roque da Silva (São Paulo, SP): "É incrível a atitude da maioria dos doutores contra o Mais Médicos: eles não vão para as regiões carentes e não deixam ninguém ir. Agora, vendo que a população apoia o programa, concentram-se nos cubanos. Estes já estão no Haiti, na África, no norte do Brasil. Os nossos, não. O mesmo se dá com os Médicos sem Fronteiras que arriscam a vida na Síria.".
Carlos Roberto Penna Dias dos Santos (Rio de Janeiro, RJ): "Gostaria de condenar a campanha que a máfia de branco está fazendo contra o programa Mais Médicos. A histeria destas entidades médicas lembra o macarthismo. Tenho certeza de que a maioria da população apoia a vinda dos médicos estrangeiros e repudio a posição nazifascista de algumas entidades".
Edgard Gobbi (Campinas, SP): "Um jornalista flagrou uma médica da Prefeitura de São Bernardo do Campo batendo o ponto e indo atender pacientes no seu consultório. Será que ela aprendeu com aquela médica de Ferraz de Vasconcelos quer marcava ponto com dedos de silicone com a impressão digital de outros médicos? E alguém duvida que a prática é comum no Brasil?"
Entre as duas cartas críticas, uma foi enviada pelo médico Fernando Piason França, de São Paulo, SP. Só pode ser deboche:
"Há uma determinação para que médicos não circulem pelas ruas de jalecos por questão de higiene. Os cubanos desembarcaram no aeroporto assim trajados. Nem começaram a já cometeram a primeira infração. Mau começo".
Se todas as infrações cometidas diariamente por médicos brasileiros se limitassem a isso, estaríamos bem servidos. Aliás, se eu for atropelado daqui a meia hora na esquina de casa e aparecer alguém de jaleco branco, não vou querer saber de onde vem, não vou lhe pedir o currículo. Basta que ele salve a minha vida.
Não se trata de discutir o regime cubano nem a legislação trabalhista vigente naquele país. Não é problema meu. Neste ponto, estou absolutamente de acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, quando ele diz:
"Quem tem crítica pode fazer sugestões para aprimorar. Agora, não venham ameaçar a saúde da população que não tem médicos".
É este o ponto. O resto é querer se aproveitar de uma solução de emergência, por todas as razões necessária, para criticar o governo, seja o do Brasil ou o de Cuba ou o de qualquer outro país que nos possa ajudar a enfrentar este gravíssimo problema da população ainda desassistida de saúde pública _, entre outros motivos, porque a maior parte dos nossos médicos não parece preocupada com isso.

Dois grandes amigos e mestres do Jornalismo: Audálio Dantas e Ricardo Kotscho.