terça-feira, 31 de janeiro de 2012

SÓ OS NERDS ACREDITAM NA VEJA: OLHA A MENTIRA DE NOVO!

Estudante “colocada” na foto não mora no Crusp (outro erro do colunista) e, classificada de “burguesota” por Azevedo, é moradora de Guaianases
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Arielli e Matarazzo batem boca na foto da Agência Estado que foi parar na capa do jornal de domingo
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A cena do secretário estadual de Cultura e pré-candidato a prefeito do PSDB Andrea Matarazzo com o dedo na cara de uma manifestante foi pras homes dos principais portais de notícias do país no sábado à tarde, logo após a inauguração parcial da nova sede do MAC, no prédio do antigo Detran, em São Paulo. No domingo, a foto de autoria de Paulo Liebert, reproduzida acima, estava na capa da edição impressa do Estadão. No mesmo dia, a revista Veja, através de seu colunista Reinaldo Azevedo, revelava a suposta identidade da manifestante: “Quem é aquela mulher (…) cordata, suave, pronta para o diálogo? (…) É Rafaela Martinelli, aluna da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e moradora do Crusp. É publicidade que ela queria, não? Aqui está”. Acontece que a estudante em questão não é Rafaela. A revista Veja errou. Trata-se de Arielli Tavares Moreira, 22 anos, estudante do quinto ano do curso de letras da USP. E há mais incorreções. O colunista também chama os manifestantes de “burguesotes”. Arielli é de família classe média-baixa da pequena cidade de Tatuí. E Rafaela, exposta e atacada pela revista de maior circulação do Brasil sem sequer aparecer na foto, é moradora de Guaianases, zone leste paulistana –e não vive no Crusp, conforme disse Veja. Para completar, mais um erro: nem Rafaela nem Arielli são filiadas ao Partido dos Trabalhadores, acusação feita por Azevedo, Andrea Matarazzo e pelo vereador Floriano Pesaro. Pelo contrário, as meninas são críticas ao governo Dilma Roussef e ao PT. A seguir os principais trechos da conversa com Arielli (que está de fato na foto) e Rafaela (que Veja “colocou” na foto):
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ARIELLI, Você pode por gentileza descrever como foi aquele momento da discussão com Andrea Matarazzo?
No momento da foto estávamos cantando o refrão “Alckimin, seu matador! Assassinando o povo trabalhador!”. Isso tem sido cantado por ativistas do movimento social do país inteiro, que estão organizando atos exigindo que o PSDB pague pelo sofrimento que tem causado, como no caso do Pinheirinho. [O secretário] apontou o dedo pra mim e me chamou de “mal-educada”. De fato, para a ideologia burguesa, hipocrisia é sinônimo de educação, e dizer a verdade sem meia palavras não é de bom tom. Tomado pelo ímpeto professoral de quem insiste em dar “aulas de democracia”, ele continuou se aproximando e me chamando de mal-educada. Em seguida um de seus assessores conseguiu convencê-lo a entrar no carro, e ele foi embora.
As entrevistas com as duas estudantes usadas pela veja e pelo Rei do Esgoto para forjarem uma agressão que não houve ao sr. Matarazzo (implicado no escândalo da Privataria Tucana), são mais uma prova da infâmia do grupo de Dom Civita. Não deixe de ler e passar adiante. É preciso salvar a sanidade mental de quem ainda continua lendo aquele panfleto da extrema-direita fascista e corrupta.Leia em:

PAULO SCHILLING, QUE CONHECI

Um bravo chamado Paulo Schilling (Rio Pardo, 1925 – São Paulo, 2012)

Assessor de Brizola nos duros dias da Campanha da Legalidade, um dos fundadores do Movimento dos Agricultores sem Terra (Master), uma organização precursora do MST, jornalista e escritor. Enfrentou uma luta particularmente dolorosa pela libertação da filha, Flávia Schilling, ferida à bala e presa no Uruguai, por fazer parte do Movimento Tupamaro. De volta ao Brasil, participou da fundação do PT e da CUT e ficou muito próximo do MST. Paulo Schilling levou uma vida exemplar de militante corajoso e dedicado. O artigo é de Flávio Aguiar.

“Então, Alemão, vamos resistir?” – Foi assim que Leonel Brizola se dirigiu a seu assessor Paulo Schilling, quando este chegou ao Palácio Piratini, em Porto Alegre, naquele 25 de agosto de 1961 em que o presidente Jânio Quadros renunciara e os ministros militares (Odylio Denis, Silvio Heck e Grum Moss) tentavam liderar um golpe desde Brasília para impedir a posse do vice-presidente João Goulart.

“Alemão” era como o governador do Rio Grande do Sul o chamava.

Foi o próprio Paulo que me contou esse começo de diálogo, num dia em que o entrevistei, em São Paulo, no CEDI – Centro Ecumênico de Documentação e Informação – na Avenida Higienópolis. Isso aconteceu em 1983 ou 1984. Eu estava pesquisando sobre a vida e a morte do Coronel Aviador Alfeu de Alcântara Monteiro, assassinado na Base Aérea de Canoas no dia 04 de abril de 1964, por resistir ao golpe militar.

O então Tenente Coronel tivera papel decisivo em impedir o bombardeio da capital gaúcha em 1961, quando o então Chefe do Estados Maior das Forças Armadas, General Orlando Geisel, dera ou transmitira a ordem aos comandantes do 3º Exército (General Machado Lopes) e da 5ª Zona Aérea (Brigadeiro Aureliano Passos), que tem sede em Canoas, para que silenciasse o governador e sua Rede da Legalidade a qualquer custo.

Como ao fim e ao cabo o General Machado Lopes aderira ao Movimento pela Legalidade, a ordem foi reiterada diretamente à 5ª Zona Aérea. “Tudo azul em Cumbica. Boa viagem.”, foi a senha transmitida pelo telégrafo, para que os jatos Globe Meteor levantassem vôo, bombardeassem o Palácio Piratini e as torres de transmissão da Rádio Guaíba, por onde o governador falava, e pousassem depois em São Paulo. 

Alertados pelo Capitão Alfredo Daudt, os sargentos da base aérea se revoltaram e impediram os aviões de levantar vôo. Um certo número de oficiais – entre eles o Comandante e o depois cassado pelo golpe e escritor Oswaldo França Júnior – estavam dispostos a cumprir a ordem de bombardeio. No fim (deste episódio) os golpistas fugiram para São Paulo, sem as bombas, e o então Tem. Cel. Alfeu assumiu o comando da base, ficando por isso marcado para sempre pelos seus colegas de farda golpistas, o que; lhe custaria a vida em 1964.

Tudo isso, e muito mais, Paulo Schilling, com seu jeito calmo, mas firme de falar, me contou naquela tarde em S. Paulo. Evocou os dias de tensão no Palácio, os passos da resistência ao golpe, a euforia popular, sempre manifesta na Praça da Matriz (oficialmente Marechal Deodoro) em frente ao Palácio e pelo resto da cidade. Contou-me também da tremenda decepção de todos com a decisão de João Goulart de aceitar a emenda parlamentarista como solução negociada para a crise. Com sua memória aguçada, contou-me até o detalhe de que Brizola tinha a intenção de deter o avião que levava Tancredo Neves – emissário do Congresso – a Montevidéu para parlamentar com Jango, quando fizesse escala em Porto Alegre, como era praxe. O esperto Tancredo fez o avião dar voltas em torno do Aeroporto Salgado Filho, como se fosse pousar, e mandou tocar direto para a capital uruguaia...

Sobre Brizola, Paulo quase não falou, a não ser sobre a resistência durante a Legalidade. Com ele se desentendera ainda durante o exílio de ambos em Montevidéu, e se afastara.

Paulo se asilou na embaixada do Uruguai, no Rio de Janeiro, no dia 5 de abril de 1964 e seguiu, dois meses depois, para Montevidéu, com outros 20 exilados. Brizola, por sua vez, também se exilara no Uruguai, cerca de um mês depois do golpe, saindo do Brasil num vôo clandestino desde o Rio Grande do Sul. Contou-me Paulo Schilling que Brizola fora, disfarçado de brigadiano (a PM do Rio Grande do Sul se chama Brigada Militar), até uma praia do litoral gaúcho, onde um avião proveniente de Montevidéu deveria apanhá-lo. A senha para o pouso do avião deveria ser de quatro caminhões da Brigada, postos em cruz. Acontece que na hora um deles emperrou ou atolou na areia e não houve jeito de movê-lo para a sua posição na cruz. O avião deu um rasante, como fora combinado, mas sem pousar por causa da falha na senha. 

No segundo rasante (fora combinado que ele daria até três), Brizola tirou o capacete da cabeça e abanou para o aviador, que o reconheceu e só então pousou. Além de tudo, Paulo Schilling era um grande contador de histórias...
Leia a íntegra em:

DESEMPREGO É O MENOR DESDE 98, E RENDA SOBE!!!

Taxa de desemprego em 2011 foi de 10,5%, aponta Seade/Dieese

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MAÍRA TEIXEIRA
DE SÃO PAULO
Atualizado às 11h38.
A taxa média de desemprego no país caiu em 2011, passando de 11,9%, em 2010, para 10,5% no ano passado. As informações são da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em sete regiões metropolitanas e divulgada nesta terça-feira (31).
Em dezembro, a taxa recuou para 9,1%, ante 9,7% em novembro. Esta é menor taxa verificada desde o início da série histórica, em janeiro de 1998.


PSDB QUER EMPURRAR O PINHEIRINHO PARA O GOVERNO FEDERAL

Ministério das Cidades: Sobre o Pinheirinho

1.    O Pinheirinho é uma ocupação urbana localizada no município de São José dos Campos, São Paulo, que existe desde fevereiro de 2004. O terreno mede mais de um milhão de metros quadrados, e abriga aproximadamente 1,7 mil famílias;
2.    Desde 2005, o Ministério das Cidades vem reiterando seu interesse em colaborar na solução pacífica do conflito por meio de uma ação conjunta, ofertando ao município a priorização nas linhas de provisão habitacional / urbanização de assentamentos precários disponíveis no nível federal para atendimento a famílias de baixa renda. Essa manifestação foi formalizada inclusive para a Vara Cível de São José dos Campos e para o Tribunal de Justiça de São Paulo;
3.    Nas negociações entre a prefeitura, a associação de moradores, o Ministério das Cidades e em algumas rodadas contando com a participação da Câmara Municipal de São José dos Campos, sempre ficou claro que o município tem papel imprescindível na solução do conflito, considerando suas competências constitucionais de gestor do solo urbano, assim como no cadastramento, elaboração da proposta / projeto para o atendimento às famílias. Mas a prefeitura não apresentou nenhuma proposta para aquela área nas seleções de recursos federais ocorridas desde 2006, nem em outro momento;
4.    No segundo semestre de 2011, retomou-se a liminar de reintegração de posse e se reabriram as negociações de atendimentos às famílias com a participação da Secretaria Geral da Presidência e da Secretaria Estadual de Habitação de São Paulo. Novamente a prefeitura não capitaneou ou se mostrou empenhada na construção de uma alternativa de provisão habitacional;
5.    Em janeiro de 2012, os governos estadual e federal construíram uma minuta de termo de cooperação. O termo foi recebido pelo procurador da prefeitura e entregue pela associação à vara cível de São José dos Campos. Na minuta, a União se comprometia com parte dos recursos e o estado com os custos de elaboração dos projetos e alternativas. No entanto, também não houve retorno por parte do poder municipal, de quem dependia a desapropriação ou indicação de outra área para atendimento das famílias;
6.    E, finalmente, este Ministério permanece à disposição – e inclusive envidará esforço para encontro ainda esta semana – para garantir o atendimento à população de Pinheirinho ao direito fundamental da moradia digna .Aguarda, mais uma vez, a apresentação de proposta pela administração municipal, ademais hoje amplamente facilitada pela criação dos programas do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Inês Magalhães
Secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades

domingo, 29 de janeiro de 2012

McDONALD'S VENDIA RAÇÃO NOS HAMBÚRGERES. E NO BRASIL?

McDonald's muda receita após denúncia de Jamie Oliver

Chef britânico mostrou em programa que rede de fast-food usava hidróxido de amônio para converter sobras de carne gordurosa em recheio

Cris Simon
McDonald's em São Paulo
McDonald’s mudará receita, mas não admite que o fará por pressão (Paulo Fridman/Bloomberg/Getty Images)
Logotipo Exame.com  A rede de fast-food McDonald's anunciou nesta sexta-feira que mudará a receita de seus hambúrgueres nos Estados Unidos. A mudança acontece pouco tempo após ochef de cozinha britânico Jamie Oliver descobrir e mostrar em um programa de TV que a rede usa hidróxido de amônio para converter partes gordurosas de carne em recheio para seus produtos, segundo informações do site britânico Mail Online.
"Basicamente, estamos falando de comida que seria vendida por um preço muito baixo para produzir comida para cães, e que, depois desse processo, é vendida como alimento para humanos", afirmou Oliver. A receita, que o apresentador chamou de "lodo rosa", é produzida, segundo ele, em um processo pelo qual a carne é "centrifugada" e "lavada" em uma solução de hidróxido de amônio e água.
"Por que qualquer ser humano sensato colocaria carne com amônio na boca de suas crianças?", questionou o chef. De acordo com o Mail Online, o processo de conversão nunca foi utilizado no Reino Unido, nem na Irlanda – países que usam carne de produtores locais.
Ao site, o McDonal's negou que tenha optado pela troca de sua receita por causa da denúncia de Jamie Oliver. A matéria diz ainda que duas outras redes – Burger King e Taco Bell – utilizavam hidróxido de amônio em suas receitas, mas já modificaram as receitas.
Procurada, a Arcos Dourados, empresa que opera a marca McDonald's na América Latina, informou que "o aditivo em questão não é utilizado como ingrediente nem em qualquer processo da cadeia produtiva da marca na região". A companhia ainda acrescentou: "os hambúrgueres são preparados com 100% de carne bovina e que toda a produção é validada pelas autoridades regulatórias locais".

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Irani Lima: QUANTO MAIS SE PERDE DE VISTA O 22 DE JANEIRO DO P...

Irani Lima: QUANTO MAIS SE PERDE DE VISTA O 22 DE JANEIRO DO P...: Conheci Geraldo Alckmin em meu início de carreira no jornalismo, em 1980. Era o prefeito mais jovem do Brasil e Pindamonhangaba se orgulhava...

POLICIA DE SP TEM SEGUNDO PIOR SALÁRIO DO BRASIL

Delegados fogem da Polícia de SP

    Publicado em 14/03/2011
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O Governador e o Secretario que pagam o 2º pior salário do Brasil

Saiu no jornal Diário de S. Paulo, neste domingo, nas págs. 2 a 4:

Delegados fogem dos baixos salários de São Paulo e migram para outros Estados.

O delegado Marcos Araguari de Abreu, de 32 anos, saiu de São Paulo com um salário de R$ 4 mil líquidos.

Hoje, no Paraná, em Foz do Iguaçu, ele ganha R$ 11 mil: “se eu ficasse em São Paulo, jamais teria uma casa própria.”

“Muitos querem vir para cá,” diz Marcos. “Outros já estão batalhando para mudar de profissão, de juiz ou promotor.”

O delegado José Salmazo Filho, do 77º. DP, em Santa Cecília, capital de São Paulo,  reclama dos computadores, da falta de impressoras e da falta de investigadores.

Ele espera SEIS HORAS para registrar um boletim de ocorrência.

Só o Pará paga aos policiais civis menos que São Paulo.

31% dos 645 municípios do estado não têm delegados titulares.

E o Secretário de Segurança, em lugar de denunciar à Polícia ou ao Ministério Público, entrega a um repórter – em encontro secreto e filmado – os dados que comprovam a corrupção de alto funcionário da Secretaria.

Clique aqui para ver o vídeo “secreto” do encontro..

(O alto funcionário administrava as estatísticas de criminalidade. Vendia a construtoras e escondia dos compradores de imóveis em áreas arriscadas. Não se tem notícia de que Paulo Maluf – padrão da Moralidade Paulista – tivesse feito algo semelhante.)

Não é à toa que este ansioso blog trata São Paulo como a Chuíça (*) brasileira.

E o jenio ainda quer ser Presidente …


Paulo Henrique Amorim


(*) Chuíça é o que o PiG de São Paulo quer que o resto do Brasil ache que São Paulo é: dinâmico como a economia Chinesa e com um IDH da Suíça.

VOCÊ FOI ROUBADO. VAI REAGIR OU DAR RISADA?

CPI da Privataria ganha apoio de movimentos sociais no Rio


Por: Maurício Thuswohl, especial para a Rede Brasil Atual
Publicado em 19/01/2012, 18:20
Última atualização em 20/01/2012, 09:03

  
CPI da Privataria ganha apoio de movimentos sociais no Rio
Lançamento de Privataria Tucana no Rio, livro que baseou requerimento de CPI da Privataria na Câmara (Foto: Divulgação/Bancários RJ)
Rio de Janeiro – Cerca de 300 pessoas lotaram na quarta-feira (18) o auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro para a noite de autógrafos do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. A obra acusa, com documentos, a existência de um esquema de desvio de recursos montado por integrantes da cúpula do PSDB durante o processo de privatizações de empresas públicas brasileiras no período em que Fernando Henrique Cardoso governava o país (1995-2002). Com a presença do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), o debate que se seguiu transformou-se em ato em defesa da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo parlamentar no Congresso Nacional para apurar as denúncias trazidas pelo livro.
O grande número de lideranças sindicais presentes ao ato confirmou que a CPI da Privataria Tucana, como está sendo chamada, tem alta ressonância nos movimentos sociais. Sugere ainda que irá angariar forte apoio, sobretudo, em setores atingidos por cortes de postos de trabalho e pelo achatamento salarial decorridos do período em que o ímpeto privatista foi mais agudo. A ausência de parlamentares – além de Protógenes, o único presente era o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ) – revela que ainda resta algum caminho a ser percorrido até que a CPI ganhe vida e se torne realidade na Câmara dos Deputados.
O deputado lembra o recesso parlamentar e relativiza a ausência de colegas: "A CPI foi proposta em dezembro, quando já estavam se encerrando os trabalhos legislativos e o Congresso estava já um tanto desmobilizado". O lançamento do livro, "tomado como um documento público importante", acabou por reforçar, segundo Protógenes, a necessidade de uma investigação parlamentar. "Essa necessidade nasceu a partir dos interesses que norteiam a política brasileira, por isso consegui, em quatro dias, 206 assinaturas de parlamentares de todos os partidos políticos, tanto da base aliada quanto da oposição. Isso criou um compromisso entre os parlamentares. Alguns deputados ainda estão indo à Secretaria da Câmara entregar ofícios para integrar a CPI", diz.
A CPI foi protocolada em dezembro com 185 assinaturas, 14 a mais do que o mínimo constitucional exigido para a abertura de uma comissão do gênero. O requerimento foi entregue ao presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), que prometeu levar o tema adiante em fevereiro, após o recesso. Ele não fixou data para isso.

Apoios

Como exemplo do amplo leque de apoios que alega estar conseguindo para a CPI da Privataria Tucana, Protógenes Queiroz cita a assinatura de um dos cinco deputados do DEM que aderiram, o amazonense Pauderney Avelino. "Ele (Avelino) foi líder (de sua bancada, aliada) do governo de Fernando Henrique Cardoso, mas assinou a CPI e quer investigar o que aconteceu naquele governo. Essa é a resposta de um parlamentar correto e que atua de forma isenta", disse o comunista, que também incluiu nesse perfil o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
A expectativa de Protógenes é reunir um número expressivo de deputados federais de todo o país durante um ato em defesa da CPI que ocorrerá no Fórum Social Temático a se realizar na semana que vem em Porto Alegre. O deputado também acompanhará Amaury Ribeiro Júnior em lançamentos do livro em outras capitais do país. "Muitos eventos como este realizado no Rio ainda vão ocorrer. Estamos assistindo a uma mobilização nacional. A CPI já nasce com o compromisso de repaginar essa história brasileira", diz.
Durante o debate, diversas intervenções cobraram de Protógenes a possibilidade de a CPI culminar na recuperação para os cofres públicos dos recursos desviados durante o período das privatizações. "É necessário que se investigue, se apurem as responsabilidades e, se possível for, que as nossas riquezas voltem ao povo brasileiro. É possível repatriar o dinheiro e punir os lavadores de dinheiro, sem conceder anistia", respondeu o deputado. Outras intervenções sugeriram que também fossem criadas CPIs para tratar de temas como a regulamentação da mídia e a destinação dos recursos do pré-sal, entre outros.

Bancos estaduais

Algumas lideranças sindicais lembraram o sofrimento vivido pelos movimentos sociais durante o ciclo de derrotas simbolizado pelo processo de privatizações. Ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Fernanda Carisio lembrou a privatização do Banerj, comandada pelo então governador tucano Marcello Alencar: “Recebemos a notícia de que o Banerj seria privatizado durante um plantão no sindicato, na virada do ano de 1997. Essa luta, aliada à luta contra a privatização do Banespa, em São Paulo, e do Meridional, no Rio Grande do Sul, foi um processo recheado de heroísmo. Tudo estava contra a gente, mas assim mesmo conseguimos resistir por muito tempo”, disse. Para Fernanda, “o escândalo da privatização dos bancos estaduais mereceria um outro livro”.
Oriundo do movimento de trabalhadores da Telebrás, o deputado estadual Gilberto Palmares ressaltou que boa parte das lideranças do movimento sindical atual foi forjada nas lutas contra as privatizações. Representantes de diversas categorias, como aeroviários, petroleiros, professores e estudantes, entre outras, compareceram ao ato em defesa da CPI.
Trabalhadores do setor financeiro se fizeram presentes em maior número. Além do presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar, que coordenou o debate, compareceram ao ato dirigentes dos sindicatos dos bancários da Baixada Fluminense e de Petrópolis, além de representantes da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.