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segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

TUCANO AUMENTA IMPOSTOS! CADÊ A PASSEATA?

Alckmin eleva impostos. E o "Cansei"?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há quatro anos, a elite paulista lançou o movimento “Cansei”, que tinha como eixo a reclamação contra os impostos. Aliás, a queixa contra a tal carga tributária – a qual FHC diz ser “choradeira” – sempre é personagem da tucanagem e da turma do DEM.

Portanto, se são sinceros, os nossos amigos visitadores do “impostômetro”, como Serra e outros, deveriam promover a expulsão do Governador Geraldo Alckmin. Vamos esperar com ansiedade as colunas dos comentaristas econômicos revoltados.



Porque hoje o Estadão publica que o Governo de São Paulo, em plena crise mundial e no momento em que a presidenta Dilma reduz a alíquota de IPI de diversos produtos, para favorecer o consumo:

“O Estado de São Paulo vai na contramão do governo federal e elevará os impostos estaduais de eletrodomésticos e eletrônicos em 2012. O aumento de tributos será feito de forma indireta. O governo aprovou no último dia 27 uma nova tabela do IVA (Índice de Valor Agregado), que serve de base para o cálculo do ICMS no regime de substituição tributária. Para a maioria dos produtos, os novos valores entram em vigor amanhã.

Dos 90 itens contemplados pela mudança, 76 deles terão elevação do imposto estadual. Entre eles estão fogão, geladeira, celulares, micro-ondas, TV de tubo e plasma. Alguns componentes terão redução de imposto – 14 no total, entre eles, câmeras digitais e TVs de LCD. Em média, os valores do IVA subiram 20%. O impacto desse reajuste no aumento efetivo de impostos depende da alíquota do ICMS de cada produto.

No caso da linha branca, a nova tabela terá outro cronograma. Para os produtos beneficiados pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), concedida em dezembro pelo governo federal, a mudança vale a partir de 1º de abril.”


Aguarda-se, sobretudo, a manifestação dos fundadores do “Cansei”, João Dória Jr – recém filiado ao PSDB e pré-candidato a prefeito - e de Gabriel Chalita, então tucano e agora candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

APRENDA A LER A MÍDIA BRASILEIRA


Emir Sader: O “vocabulerolero” da velha mídia

Aqui algumas indicações sobre como ler a velha mídia. Nada do que é dito vale pelo seu valor de face. Tudo remete a um significado, cuja arte é tratar de camuflá-lo bem.
Por exemplo, quando dizem liberdade de imprensa, querem liberdade de empresa, das suas empresas, de dizerem, pelo poder da propriedade que tem, de dizer o que pensam.
A chave está em fazer passar o que pensam pelo interesse geral, pelas necessidades do país. Daí que nunca fazem o que deveriam fazer. Isto e’, dizer, por exemplo: “A família Frias acha que…” Ou: “A família Civita acha que…” e assim por diante.
A arte da manipulação reside em construções em que os sujeitos (eles) ficam ocultos. Usam formulas como: “É mister”, “Faz-se necessário”, “É fundamental”, “É’ indispensável”.
Sempre cabe a pergunta: Quem, cara pálida? Eles, os donos da empresa. Sempre tentar passar a ideia de que falam em nome do país, do Brasil, da comunidade, de todos, quando falam em nome deles. A definição mais precisa de ideologia: fazer passar interesses particulares pelos interesses gerais.
Quando dizem “fazer a lição de casa”, querem dizer, fazer duro ajuste fiscal. Quando falam de “populismo”, querem dizer governo que prioriza interesses populares. Quando falam de “demagogia”, se referem a discursos que desmascaram os interesses das elites, que tratam de ocultar.
Quando falam de “liberdade de expressão”, estão falando no direito deles, famílias proprietárias das empresas monopolistas da mídia, dizerem o que bem entendem. Confundem liberdade de imprensa com liberdade de empresas – as deles.
No “vocabulerolero” indispensável para entender o que a mídia expressa de maneira cifrada, é preciso entender que quando falam de “governo responsável”, é aquele que prioriza o combate à inflação, às custas das políticas sociais. Quando falam de “clientelismo”, se referem às politicas sociais dos governos.
Quando falam de “líder carismático”, querem desqualificar os discursos os lideres populares, que falam diretamente ao povo sobre seus interesses.
Quando falam de “terrorismo”, se referem aos que combatem ou resistem a ações norte-americanas. “Sociedades livres” são as de “livre mercado”. Democráticos sao os países ocidentais que tem eleições periódicas, separação dos três poderes, variedade de siglas de partidos e “imprensa livre”, isto é, imprensa privada.
“Democrático” é o pais aliado dos EUA – berço da democracia. Totalitário é o inimigo dos EUA.
Quando dizem “Basta” ou “Cansei”, querem dizer que eles não aguentam mais medidas populares e democráticas que afetam seus interesses e os seus valores.
Entre a velha mídia e a realidade se interpõe uma grossa camada de mecanismos ideológicos, com os quais tentam passar seus interesses particulares como se fossem interesses gerais. É o melhor exemplo do que Marx chamava de ideologia: valores e concepções particulares que pretendem promover-se a interesses da totalidade. Para isso se valem de categorias enganosas, que é preciso desmistificar cotidianamente, para que possamos enxergar a realidade como ela é.
Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP – Universidade de São Paulo.

sábado, 10 de setembro de 2011

SENSACIONAL: O FRACASSO DO NOVO "CANSEI"


Protesto chique e o fracasso do Cansei

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Eles não aprendem e não desistem. Derrotados três vezes nas eleições presidenciais, os valentes da fina flor paulistana foram de novo às ruas para protestar "contra tudo o que está aí". Desta vez, o álibi foi a Marcha Contra a Corrupção organizada nas redes sociais em várias regiões do país.

Em São Paulo, apesar dos esforços de alguns blogueiros histéricos, o protesto fracassou: segundo a Policia Militar, apenas 500 pessoas se animaram a sair de casa neste belo feriado de 7 de setembro com muito sol para ir à avenida Paulista levantar cartazes contra a corrupção.

A personalidade mais conhecida identificada pela imprensa foi a socialite Rosangela Lyra, sogra do jogador Kaká e representante da Dior no Brasil.

Era a mesma turma chique do "Cansei", um "movimento cívico" criado em julho de 2007, para protestar contra o "caos aéreo", pelo presidente da OAB paulista, Luís Flávio Borges D´Urso, agora pré-candidato do PTB de Roberto Jefferson a prefeito de São Paulo, mas nem ele foi visto hoje na avenida Paulista.

De outro líder do "Cansei", o executivo Paulo Zotollo, ex-presidente da Phillips, não se ouviu mais falar. Na época, ele causou um enorme dano para a imagem da empresa ao declarar em entrevista ao jornal "Valor":

"Não se pode pensar que o país é um Piauí, no sentido de que tanto faz como tanto fez. Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado".

O Piauí ainda existe, virou até nome de revista, vai bem, cresce e seu povo está melhorando de vida, ao contrário do infeliz executivo que apenas vocalizou o que pensava boa parte da elite paulistana sobre os nordestinos, quando o presidente do país era o pernambucano Lula.

A direção nacional OAB nacional na época, que ainda não era dominada por tipos como Ophir Cavalcante (quem?), o novo Álvaro Dias predileto da mídia, decidiu não participar do movimento e criticou a sessão paulista da entidade.

O então presidente da OAB-RJ, Wadih Dammus, resumiu do que se tratava. "O Cansei é um movimento de fundo golpista, estreito e que só conta com a participação de setores e personalidades das classes sociais mais abastadas de São Paulo".

Foi o que se viu no 7 de setembro de protestos na avenida Paulista. São os mesmos. Só mudou o mote.

Em tempo (atualizado às 19h12):

No final da tarde desta quarta-feira, 7 de setembro de 2011, os números sobre o tamanho das manifestações em São Paulo variavam nos portais da grande mídia, que ajudaram a promover os protestos na avenida Paulista.

Segundo a "Veja", em nova manifestação promovida à tarde, no mesmo local, havia entre 2 e 4 mil pessoas no protesto, dependendo do informante e do blogueiro.

No portal da "Folha", o maior jornal do país, a multidão de protestantes chegou ao máximo de 700 manifestantes, em seus diferentes informes ao longo do dia.

Até o final da tarde, segundo o portal do "Estadão", um dos mais empenhados promotores das manifestações na avenida Paulista, em nenhum momento, até as 19 horas, o protesto passou de 500 participantes.

Seja como for, foi bem menos gente do que o registrado na maior manifestação do fracassado "Cansei", promovida no dia 17 de agosto de 2007, na praça da Sé, em São Paulo, com o apoio da Febraban (a federação dos bancos) e da Abert ( a associação das grandes emissoras de televisão), entre outras mais de 60 entidades da "sociedade civil organizada".

Segundo a Polícia Militar, havia 5 mil pessoas naquele dia em São Paulo protestando contra o "caos aéreo" do governo Lula e outras mazelas nacionais.

A grande imprensa brasileira, que se uniu para promover o golpe militar de 1964 e eleger Fernando Collor em 1989, parece ter perdido seu poder de mobilização. E seus blogueiros, colunistas e editores amestrados continuam latindo para cada vez menos gente.

http://altamiroborges.blogspot.com/

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PROTESTO NÃO É CONTRA TODA A CORRUPÇÃO


Que tal a marcha contra escravocratas?
Por Altamiro Borges

Neste 7 de setembro, Dia da Independência, a Juventude do PSDB, os chefões demotucanos e alguns “calunistas” da mídia deram apoio às chamadas “marchas contra a corrupção”. O motivo é nobre e seduziu algumas pessoas contrárias aos “malfeitos” com o dinheiro público. Já os animadores dos protestos não são tão nobres assim. Muitos deles são mais sujos do que pau de galinheiro.

Mas já que decidiram deixar suas mansões e ir às ruas para protestar, aproveito para fazer uma sugestão. Por que não convocam também atos contra as empresas corruptoras ou contra os empresários que sonegam impostos e desviam grana para os paraísos fiscais? Já que estão tão indignados, por que não protestam contra os escravocratas, que crescem como praga no país?

A “lista suja” da escravidão

No final de julho, o Ministério do Trabalho divulgou o seu Cadastro dos Empregadores. Ele mostra que o uso do trabalho escravo tem crescido no país. A “lista suja” do governo traz 251 nomes de empresários do campo e das cidades – o maior número desde a criação da lista, em 2004. Em julho do ano passado, ela continha 151. Em cerco de um ano, o salto dos criminosos foi de 65%.

Segundo o ministério, esse aumento decorre do aperto na fiscalização. Ela hoje seria mais eficiente, como comprovou o recente escândalo do uso de trabalho escravo nas oficinas subcontratadas pela multinacional espanhola Zara. Será que o correspondente do El País, Juan Arias, que adora falar besteiras sobre o Brasil, toparia participar de uma “marcha contra os escravocratas”?

Cadê os indignados demotucanos?

A “lista suja” também confirma que a maioria dos escravocratas explora na zona rural – são os velhos latifundiários, alguns deles travestidos de modernos barões do agronegócio. Dos 251 criminosos listados, 183 infrações foram cometidas no campo. O total de trabalhadores resgatados nestes locais foi de 7.963. O Pará é o estado que concentra o maior número de escravocratas (62).

Será que o senador tucano Álvaro Dias, muito ligado aos ruralistas, toparia convocar uma marcha contra o trabalho escravo? Pelo twitter, ele foi um dos entusiastas dos protestos de ontem. O “indignado” demo ACM Neto também poderia ser acionado. Alguns tucaninhos, filhinhos de papai de ruralistas, poderiam até usar seus carrões para agitar a “marcha contra os escravocratas”.

Desarquivar a PEC do trabalho escravo

Esta marcha não teria somente um caráter de denúncia, não seria apenas um oba-oba oposicionista. Ela serviria para pressionar os deputados a desarquivarem a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) contra o trabalho escravo. Até hoje o DEM e o PSDB, além dos ruralistas de outros partidos, bloqueiam a tramitação deste projeto civilizatório. Será que rola dinheiro dos escravocratas?

Ela também poderia exigir maior fiscalização do Estado. Afinal, os escravocratas são notórios corruptores. Eles corrompem fiscais, juízes, policiais e… parlamentares. A bancada ruralista no Congresso Nacional é expressiva e atuante. Para peitar os escravocratas corruptores é urgente aumentar a fiscalização e endurecer as punições. Quem topa a marcha contra os escravocratas?


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

BILIONÁRIO PAGA MENOS IMPOSTO QUE VOCÊ, SABIA?


aiu no Tijolaço, de Fernando Brito:

De um bilionário americano para a turma do “Cansei”


Aquele pessoal Associação Comercial de São Paulo que patrocina o impostômetro e a turma do “Cansei” deveriam ler o artigo que publica hoje, no The New York Times, o megainvestidor americano Warren Buffett, o terceiro homem mais rico do mundo. Aliás, ele era o primeiro, antes de ser ultrapassado por Bill Gates e pelo mexicano Carlos Slim, o tubarão das telecomunicações.


O título do artigo diz tudo: “Parem de mimar os ricos“.


Buffett não poderia ser mais claro. Usa o valor do que ele próprio paga de imposto de renda e o compara com o que pagam seus subordinados: é ele quem paga menos, proporcionalmente.

http://blogprojetonacional.com.br/


Tudo o que ele diz sobre os Estados Unidos, mais seriamente se poderia dizer sobre o Brasil.



Já tivemos 13 alíquotas diferentes de Imposto de Renda, variando entre zero e 55% da renda, de acordo com seu valor. Chegamos a ter apenas duas e, hoje, são cinco, até 27,5%, no máximo. Os EUA, por exemplo, têm cinco faixas, com alíquota maior de 39,6%. No Reino Unido, são três faixas, de 20% a 40%. A França mantém 12 faixas (5% a 57%), e a China nove faixas (15% a 45%).


Além dos pobres, castigados por um sistema regressivo de impostos, que carrega o preço dos produtos muito mais fortemente que a renda – um estudo do Ipea mostra que os pobres pagam, proporcionalmente, três vezes mais ICMS que os ricos – também a  nossa classe média é onerada de forma injusta. A incidência percentual de Imposto de Renda é a mesma para quem ganha R$ 3,7 mil ou R$ 370 mil por mês.


Nos últimos anos, até que se diminuiu essa injustiça, criando faixas mais baixas de tributação para rendas menores (7,5%, para renda até  2.246,75) e uma mínima ampliação (de 25% para 27,5%) para a faixa mais alta, embora o “alta” aqui seja uma piada,, em termos mundiais. Mesmo assim, como você vê na tabela, um imposto de renda  baixo, em relação a quase todos os países do mundo.


E do qual os mega-rendimentos, por uma série de artifícios, escapam, enquanto o assalariariado não tem como fugir.


Quem sabe um dia apareçam aqui também grandes empresários e investidores que tenham a coragem de dizer o que o bilionário Buffett? Vale a pena ler o seu artigo, que posto no blog Projeto Nacional.