segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GLOBO PROTEGE ERROS NA CRACOLÂNDIA

Globo "esquece" Aécio e Serra

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A semana não foi nada boa para o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), marcada por duas desastradas ações policiais, com ampla desaprovação popular – a continuação da ocupação policial da cracolândia e a agressão de um estudante negro da USP –, sem falar do desabamento de um laje de uma obra da secretaria estadual de cultura, em que um operário morreu.



Mas no Jornal Nacional, da TV Globo, o tucano tem sido mostrado como se nada tivesse a ver com os problemas, pelo contrário, fosse o herói pronto para resolvê-los. O governador liberou a Polícia Militar para ocupar a USP (Universidade de São Paulo), inclusive com repressão. Quando a coisa desandou para a agressão ao estudante, o Jornal Nacional noticiou, com atraso de um dia, o que deu tempo de editar uma matéria ao gosto do Palácio dos Bandeirantes. Alckmin foi mostrado dando declarações dignas de "justiceiro", dizendo que puniria os erros e não toleraria abusos.

No caso da cracolândia, o noticiário do Jornal Nacional foi tendenciosamente favorável à ação, colhendo só depoimentos favoráveis. O tratamento "vip" dispensado ao governador tucano paulista mostra que Alckmin é a atual aposta da TV Globo para "salvador da pátria" contra Dilma, Lula e o PT.

José Serra (PSDB-SP) é tratado pela imprensa como carta fora do baralho. Desde seu "até breve" no dia da derrota na eleição presidencial de 2010, ele não dá as caras no Jornal Nacional. Aécio Neves (PSDB/MG), de promessa, virou decepção, e também está descartado. Não tem a língua afiada de um Carlos Lacerda. Seu suposto carisma não ultrapassa as fronteiras de Minas. O "conciliador" virou desagregador com o fato do livro "A Privataria Tucana" ter raízes no jornal Estado de Minas. O suposto "hábil articulador", em um ano de liderança da oposição, fez o DEM, PSDB e PPS minguarem, deixando a oposição mais frágil do que nunca esteve antes.

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