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quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

VOCÊ FOI ROUBADO. VAI REAGIR OU DAR RISADA?

CPI da Privataria ganha apoio de movimentos sociais no Rio


Por: Maurício Thuswohl, especial para a Rede Brasil Atual
Publicado em 19/01/2012, 18:20
Última atualização em 20/01/2012, 09:03

  
CPI da Privataria ganha apoio de movimentos sociais no Rio
Lançamento de Privataria Tucana no Rio, livro que baseou requerimento de CPI da Privataria na Câmara (Foto: Divulgação/Bancários RJ)
Rio de Janeiro – Cerca de 300 pessoas lotaram na quarta-feira (18) o auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro para a noite de autógrafos do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. A obra acusa, com documentos, a existência de um esquema de desvio de recursos montado por integrantes da cúpula do PSDB durante o processo de privatizações de empresas públicas brasileiras no período em que Fernando Henrique Cardoso governava o país (1995-2002). Com a presença do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), o debate que se seguiu transformou-se em ato em defesa da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo parlamentar no Congresso Nacional para apurar as denúncias trazidas pelo livro.
O grande número de lideranças sindicais presentes ao ato confirmou que a CPI da Privataria Tucana, como está sendo chamada, tem alta ressonância nos movimentos sociais. Sugere ainda que irá angariar forte apoio, sobretudo, em setores atingidos por cortes de postos de trabalho e pelo achatamento salarial decorridos do período em que o ímpeto privatista foi mais agudo. A ausência de parlamentares – além de Protógenes, o único presente era o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ) – revela que ainda resta algum caminho a ser percorrido até que a CPI ganhe vida e se torne realidade na Câmara dos Deputados.
O deputado lembra o recesso parlamentar e relativiza a ausência de colegas: "A CPI foi proposta em dezembro, quando já estavam se encerrando os trabalhos legislativos e o Congresso estava já um tanto desmobilizado". O lançamento do livro, "tomado como um documento público importante", acabou por reforçar, segundo Protógenes, a necessidade de uma investigação parlamentar. "Essa necessidade nasceu a partir dos interesses que norteiam a política brasileira, por isso consegui, em quatro dias, 206 assinaturas de parlamentares de todos os partidos políticos, tanto da base aliada quanto da oposição. Isso criou um compromisso entre os parlamentares. Alguns deputados ainda estão indo à Secretaria da Câmara entregar ofícios para integrar a CPI", diz.
A CPI foi protocolada em dezembro com 185 assinaturas, 14 a mais do que o mínimo constitucional exigido para a abertura de uma comissão do gênero. O requerimento foi entregue ao presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), que prometeu levar o tema adiante em fevereiro, após o recesso. Ele não fixou data para isso.

Apoios

Como exemplo do amplo leque de apoios que alega estar conseguindo para a CPI da Privataria Tucana, Protógenes Queiroz cita a assinatura de um dos cinco deputados do DEM que aderiram, o amazonense Pauderney Avelino. "Ele (Avelino) foi líder (de sua bancada, aliada) do governo de Fernando Henrique Cardoso, mas assinou a CPI e quer investigar o que aconteceu naquele governo. Essa é a resposta de um parlamentar correto e que atua de forma isenta", disse o comunista, que também incluiu nesse perfil o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
A expectativa de Protógenes é reunir um número expressivo de deputados federais de todo o país durante um ato em defesa da CPI que ocorrerá no Fórum Social Temático a se realizar na semana que vem em Porto Alegre. O deputado também acompanhará Amaury Ribeiro Júnior em lançamentos do livro em outras capitais do país. "Muitos eventos como este realizado no Rio ainda vão ocorrer. Estamos assistindo a uma mobilização nacional. A CPI já nasce com o compromisso de repaginar essa história brasileira", diz.
Durante o debate, diversas intervenções cobraram de Protógenes a possibilidade de a CPI culminar na recuperação para os cofres públicos dos recursos desviados durante o período das privatizações. "É necessário que se investigue, se apurem as responsabilidades e, se possível for, que as nossas riquezas voltem ao povo brasileiro. É possível repatriar o dinheiro e punir os lavadores de dinheiro, sem conceder anistia", respondeu o deputado. Outras intervenções sugeriram que também fossem criadas CPIs para tratar de temas como a regulamentação da mídia e a destinação dos recursos do pré-sal, entre outros.

Bancos estaduais

Algumas lideranças sindicais lembraram o sofrimento vivido pelos movimentos sociais durante o ciclo de derrotas simbolizado pelo processo de privatizações. Ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Fernanda Carisio lembrou a privatização do Banerj, comandada pelo então governador tucano Marcello Alencar: “Recebemos a notícia de que o Banerj seria privatizado durante um plantão no sindicato, na virada do ano de 1997. Essa luta, aliada à luta contra a privatização do Banespa, em São Paulo, e do Meridional, no Rio Grande do Sul, foi um processo recheado de heroísmo. Tudo estava contra a gente, mas assim mesmo conseguimos resistir por muito tempo”, disse. Para Fernanda, “o escândalo da privatização dos bancos estaduais mereceria um outro livro”.
Oriundo do movimento de trabalhadores da Telebrás, o deputado estadual Gilberto Palmares ressaltou que boa parte das lideranças do movimento sindical atual foi forjada nas lutas contra as privatizações. Representantes de diversas categorias, como aeroviários, petroleiros, professores e estudantes, entre outras, compareceram ao ato em defesa da CPI.
Trabalhadores do setor financeiro se fizeram presentes em maior número. Além do presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, Almir Aguiar, que coordenou o debate, compareceram ao ato dirigentes dos sindicatos dos bancários da Baixada Fluminense e de Petrópolis, além de representantes da Federação dos Bancários do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

TUCANOS ASSUMEM: SÃO O PARTIDO ANTI-POVO

Maria Inês Nassif: Tucanos fazem a opção preferencial contra os pobres

DEBATE ABERTO
O horror e a opção preferencial contra os pobres
Nada mais precisa ser dito para descrever a operação de despejo de Pinheirinho, em São José dos Campos, e a ação policial contra os usuários de crack no centro da capital, na chamada Cracolândia. Mas existem muitas explicações para a truculência, a desumanidade, a destituição do direito de cidadania aos pobres pelo poder público paulista.
É o horror. Nada mais precisa ser dito para descrever a operação de despejo de Pinheirinho, em São José dos Campos, e a ação policial contra os usuários de crack no centro da capital, na chamada Cracolândia. Mas existem muitas explicações para a truculência, a desumanidade, a destituição do direito de cidadania aos pobres pelo poder público paulista.
A primeira delas é tão clara que até enrubesce. Nos dois casos, trata-se de espantar o rebotalho urbano de terrenos cobiçados pela especulação imobiliária. O Projeto Nova Luz do prefeito Kassab, que vem a ser a privatização do centro para grandes incorporadoras, vai ser construído sob os escombros da Cracolândia, sem que nenhuma política social tenha sido feita para minorar a miséria ou dar uma opção séria para crianças, adolescentes e adultos que se consomem na droga.
O terreno desocupado com requintes de crueldade em São José dos Campos, de propriedade da massa falida do ex-mega-investidor Naji Nahas, que já era de fato um bairro, vai ser destinado a um grande investimento, certamente. O presente de Natal atrasado para essas populações pobres libera esses territórios antes que terminem os mandatos dos atuais prefeitos, e o mais longe possível do calendário eleitoral. Rapidamente, a prefeitura de São Paulo está derrubando imóveis; a prefeitura de São José não deve demorar para limpar o terrreno de Pinheirinho das casas – inclusive de alvernaria – das quais os moradores foram expulsos.
Até outubro, no mínimo devem ter feito uma limpeza na paisagem, o que atenua nas urnas, pelo menos para a classe média, a ação da polícia. A higienização justifica a truculência policial. A “Cidade Limpa” de Kassab, que começou com a proibição de layouts na cidade, termina com a proibição de exposição da pobreza e da miséria humana.
A segunda é de ordem ideológica. Desde a morte de Mário Covas, que ainda conseguia erguer um muro de contenção para o PSDB paulista não guinar completamente à direita, não existe dentro do partido nenhuma resistência ao conservadorismo. Quando Geraldo Alckmin reassumiu o governo do Estado, em janeiro de 2011, muitas análises foram feitas sobre se ele, por força da briga por espaço político com José Serra dentro do partido, iria trazer o seu governo mais para o centro. A referência tomada foi o comando da Segurança Pública, já que em seu mandato anterior a truculência do então secretário, Saulo de Castro Abreu Filho, virou até denúncia contra o governo de São Paulo junto à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.
O fato de ter mantido Castro fora da Segurança e se aproximado do governo federal, incorporando alguns programas sociais federais, e uma relação nada íntima com o prefeito da capital, deram a impressão, no primeiro ano de governo, que Alckmin havia sido empurrado para o centro. O que não deixava de ser uma ironia: um político que nunca escondeu seu conservadorismo foi deslocado dessa posição por um adversário interno no partido, José Serra, que, vindo da esquerda, tornou-se a expressão máxima do conservadorismo nacional.
Isso não deixa de ser uma lição para a história. Superado o embate interno pela derrota incondicional de José Serra, que desde a sua derrota vinha perdendo terreno no partido e foi relegado à geladeira, depois da publicação de “Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, Alckmin volta ao leito. O governador é conservador; o PSDB tornou-se orgânicamente conservador, depois de oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) e oito anos de posição neoudenista. A polícia é truculenta – e organicamente truculenta, já que traz o modelo militar da ditadura e foi mais do que estimulada nos últimos governos a manter a lei, a ordem e esconder a miséria debaixo do tapete.
O nome de quem faz a gestão da Segurança Pública não interessa: está mais do que claro que passou pelo governador a ordem das invasões na Cracolândia e em Pinheirinho.
Outra análise que deve ser feita é a da banalização da desumanidade. Conforme a sociedade brasileira foi se polarizando politicamente entre PSDB e PT, a questão dos direitos humanos passou a ser tratada como um assunto partidário. O conservadorismo despiu-se de qualquer prurido de defender a ação policial truculenta, de tomar como justiça um Judiciário que, nos recantos do país, tem reiterado um literal apoio à propriedade privada, um total desprezo ao uso social da propriedade e legitimado a ação da polícia contra populações pobres (com nobres exceções, esclareça-se).
Para os porta-vozes desses setores, a polícia, armada, “reage” com inofensivas balas de borracha à agressão dos moradores que jogam pedras perigosíssimas contra escudos enormes da tropa de choque. No caso de Pinheirinho, a repórter Lúcia Rodrigues, que estava na ocupação, na sexta-feira, foi ela própria alvo de duas balas letais, vindas da pistola de um policial municipal. Ela não foi atingida, mas duvida, pela violência que presenciou, das informações de que tenha saído apenas uma pessoa gravemente ferida daquele cenário de guerra.
(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo

sábado, 21 de janeiro de 2012

PRIVATARIA FAZ SUCESSO NO RIO DE JANEIRO

CPI da Privataria ganha apoio de movimentos sociais no Rio

Por: Maurício Thuswohl, especial para a Rede Brasil Atual
Publicado em 19/01/2012, 18:20
Última atualização em 20/01/2012, 09:03
  
CPI da Privataria ganha apoio de movimentos sociais no Rio
Lançamento de Privataria Tucana no Rio, livro que baseou requerimento de CPI da Privataria na Câmara (Foto: Divulgação/Bancários RJ)
Rio de Janeiro – Cerca de 300 pessoas lotaram na quarta-feira (18) o auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro para a noite de autógrafos do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. A obra acusa, com documentos, a existência de um esquema de desvio de recursos montado por integrantes da cúpula do PSDB durante o processo de privatizações de empresas públicas brasileiras no período em que Fernando Henrique Cardoso governava o país (1995-2002). Com a presença do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), o debate que se seguiu transformou-se em ato em defesa da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo parlamentar no Congresso Nacional para apurar as denúncias trazidas pelo livro.
O grande número de lideranças sindicais presentes ao ato confirmou que a CPI da Privataria Tucana, como está sendo chamada, tem alta ressonância nos movimentos sociais. Sugere ainda que irá angariar forte apoio, sobretudo, em setores atingidos por cortes de postos de trabalho e pelo achatamento salarial decorridos do período em que o ímpeto privatista foi mais agudo. A ausência de parlamentares – além de Protógenes, o único presente era o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ) – revela que ainda resta algum caminho a ser percorrido até que a CPI ganhe vida e se torne realidade na Câmara dos Deputados.
O deputado lembra o recesso parlamentar e relativiza a ausência de colegas: "A CPI foi proposta em dezembro, quando já estavam se encerrando os trabalhos legislativos e o Congresso estava já um tanto desmobilizado". O lançamento do livro, "tomado como um documento público importante", acabou por reforçar, segundo Protógenes, a necessidade de uma investigação parlamentar. "Essa necessidade nasceu a partir dos interesses que norteiam a política brasileira, por isso consegui, em quatro dias, 206 assinaturas de parlamentares de todos os partidos políticos, tanto da base aliada quanto da oposição. Isso criou um compromisso entre os parlamentares. Alguns deputados ainda estão indo à Secretaria da Câmara entregar ofícios para integrar a CPI", diz.
A CPI foi protocolada em dezembro com 185 assinaturas, 14 a mais do que o mínimo constitucional exigido para a abertura de uma comissão do gênero. O requerimento foi entregue ao presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), que prometeu levar o tema adiante em fevereiro, após o recesso. Ele não fixou data para isso.

Apoios

Como exemplo do amplo leque de apoios que alega estar conseguindo para a CPI da Privataria Tucana, Protógenes Queiroz cita a assinatura de um dos cinco deputados do DEM que aderiram, o amazonense Pauderney Avelino. "Ele (Avelino) foi líder (de sua bancada, aliada) do governo de Fernando Henrique Cardoso, mas assinou a CPI e quer investigar o que aconteceu naquele governo. Essa é a resposta de um parlamentar correto e que atua de forma isenta", disse o comunista, que também incluiu nesse perfil o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
A expectativa de Protógenes é reunir um número expressivo de deputados federais de todo o país durante um ato em defesa da CPI que ocorrerá no Fórum Social Temático a se realizar na semana que vem em Porto Alegre. O deputado também acompanhará Amaury Ribeiro Júnior em lançamentos do livro em outras capitais do país. "Muitos eventos como este realizado no Rio ainda vão ocorrer. Estamos assistindo a uma mobilização nacional. A CPI já nasce com o compromisso de repaginar essa história brasileira", diz.
Durante o debate, diversas intervenções cobraram de Protógenes a possibilidade de a CPI culminar na recuperação para os cofres públicos dos recursos desviados durante o período das privatizações. "É necessário que se investigue, se apurem as responsabilidades e, se possível for, que as nossas riquezas voltem ao povo brasileiro. É possível repatriar o dinheiro e punir os lavadores de dinheiro, sem conceder anistia", respondeu o deputado. Outras intervenções sugeriram que também fossem criadas CPIs para tratar de temas como a regulamentação da mídia e a destinação dos recursos do pré-sal, entre outros.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GLOBO PROTEGE ERROS NA CRACOLÂNDIA

Globo "esquece" Aécio e Serra

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A semana não foi nada boa para o governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), marcada por duas desastradas ações policiais, com ampla desaprovação popular – a continuação da ocupação policial da cracolândia e a agressão de um estudante negro da USP –, sem falar do desabamento de um laje de uma obra da secretaria estadual de cultura, em que um operário morreu.



Mas no Jornal Nacional, da TV Globo, o tucano tem sido mostrado como se nada tivesse a ver com os problemas, pelo contrário, fosse o herói pronto para resolvê-los. O governador liberou a Polícia Militar para ocupar a USP (Universidade de São Paulo), inclusive com repressão. Quando a coisa desandou para a agressão ao estudante, o Jornal Nacional noticiou, com atraso de um dia, o que deu tempo de editar uma matéria ao gosto do Palácio dos Bandeirantes. Alckmin foi mostrado dando declarações dignas de "justiceiro", dizendo que puniria os erros e não toleraria abusos.

No caso da cracolândia, o noticiário do Jornal Nacional foi tendenciosamente favorável à ação, colhendo só depoimentos favoráveis. O tratamento "vip" dispensado ao governador tucano paulista mostra que Alckmin é a atual aposta da TV Globo para "salvador da pátria" contra Dilma, Lula e o PT.

José Serra (PSDB-SP) é tratado pela imprensa como carta fora do baralho. Desde seu "até breve" no dia da derrota na eleição presidencial de 2010, ele não dá as caras no Jornal Nacional. Aécio Neves (PSDB/MG), de promessa, virou decepção, e também está descartado. Não tem a língua afiada de um Carlos Lacerda. Seu suposto carisma não ultrapassa as fronteiras de Minas. O "conciliador" virou desagregador com o fato do livro "A Privataria Tucana" ter raízes no jornal Estado de Minas. O suposto "hábil articulador", em um ano de liderança da oposição, fez o DEM, PSDB e PPS minguarem, deixando a oposição mais frágil do que nunca esteve antes.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

PSDB MENTE AOS PRÓPRIOS FILIADOS

Efeito Privataria Tucana: PSDB mente e 'acusa' Itamar pela venda da Vale

O PSDB mentiu até para sua própria "militância", e acusou o ex-presidente Itamar Franco pela privataria da Vale.

Itamar Franco deve esta sacudindo no túmulo, pois ele se opôs a esta privataria, com declarações públicas da época. Itamar é responsável pela privatização da CSN, mas não da Vale.

A mentira se deu em texto do Instituto Teotônio Vilela (órgão de formação política do PSDB), para orientar a "militância" tucana a reagir ao livro "A Privataria Tucana".

Mas o texto é um desastre em mentiras e falsificações históricas, onde passa a impressão de que FHC tem vergonha de ter privatizado a Vale, e tenta jogar na conta de Itamar.


http://www.itv.org.br/arquivos/upload/Brasil%20Real_90_privatizacao.pdf

Observe a picaretagem do texto.

Nem o fato de citar o venda da Vale em 1997 (quando FHC já era presidente) atenua, pois joga a privatização da mineradora numa inventada "primeira fase" da qual a Vale faria parte no mesmo lote da CSN.

No texto envergonhado para enganar tucanos desavisados, FHC só entra na privataria das Teles.

O leitor tucano teimoso deste texto poderia perguntar: Ahhh... mas então o governo Itamar já havia planejado a privataria da Vale, e apenas foi concluída no governo do FHC? Também não é verdade.

Só em junho de 1995, no governo FHC, a mineradora foi incluída na lista da privataria, conforme prova o decreto abaixo, assinado por FHC e Serra:

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D1510.htm

TUCANOS MENTEM SOBRE A PRIVATARIA

Santayana: Só falta o Millenium adotar Getúlio Vargas

Teotônio Vilela e as  privatizações
As circunstâncias políticas levaram o governador Teotônio Vilela Filho a inscrever-se no PSDB — assim como muitos outros de seus companheiros de geração. Quando o fizeram, o partido surgia como uma grande esperança de centro-esquerda, animada, ainda, de proclamada intenção de saneamento dos costumes políticos. Provavelmente, se seu pai não tivesse morrido antes, ele, durante o governo do senhor Fernando Henrique Cardoso, teria mudado de legenda.
O intrépido e arroubado patriota que foi Teotônio Vilela pai teria identificado, nos paulistas que, desde então, controlam o partido, os entreguistas que, na herança de Collor, desmantelaram o Estado e venderam, a preços simbólicos, os bens nacionais estratégicos aos empresários privados, muitos deles estrangeiros, e teria aconselhado o filho a deixar aquele grupo.
O PSDB — e, com muito mais inquietação, a ala paulista do partido — se assusta com a hipótese de que a abertura do contencioso das privatizações, a partir das revelações do livro de Amaury Ribeiro Júnior, venha a trazer a punição dos responsáveis, e trata de defender-se. Seus dirigentes não parecem muito preocupados com as vicissitudes de José Serra, que não defendem claramente, mas, sim, com a provável devassa de uma Comissão Parlamentar de Inquérito  —  uma vez que conseguiram fosse frustrada a primeira investigação.
O partido se vale, agora, do Instituto Teotônio Vilela, para defender a entrega do patrimônio público,  e isso constrange os que conheceram de perto o grande alagoano e o seu entranhado patriotismo. Ele, se não estivesse morto, iria exigir que retirassem seu nome da instituição, que nada tem a ver com as suas ideias e a sua luta. Mas ele não é o único morto que teria queixas nesse sentido.
Como sabemos, os “democratas” deram o nome de Tancredo ao seu instituto de estudos, quando o grande mineiro sempre se pôs contra as oligarquias e sempre se opôs à ditadura. Só falta, agora, o Instituto Millenium adotar o nome de Vargas.
A “Carta da Conjuntura”, do PSDB,  datada de dezembro último, não se limita a cantar loas a Fernando Collor e a Fernando Henrique. Em  redação ambígua, dá a entender que coube a Itamar iniciar o processo de privatização da Vale do Rio Doce, consumada em 1997.
Vejamos como está redigido o trecho:
“A transferência paulatina de empresas públicas para o capital privado tornou-se política de governo a partir da gestão Fernando Collor, por meio da implantação do Programa Nacional de Desestatização. Dezoito foram vendidas em sua curta passagem pelo Planalto. O presidente Itamar Franco não retrocedeu e manteve a marcha, privatizando mais 15 companhias. Nesta época, os principais alvos foram as siderúrgicas, como a CSN, a Usiminas e a Cosipa, e as mineradoras, como a então Companhia Vale do Rio Doce (hoje apenas Vale). A Embraer também entrou na lista, no finzinho de 1994”.
Ora, é público e notório, para quem viveu aquele tempo  —  não tão remoto assim  —  que Itamar reagiu com patriótica indignação contra a privatização da Vale do Rio Doce. Reuniu, em 1997,  vários nomes do nacionalismo brasileiro em seu escritório de Juiz de Fora, quando foi redigido  —  e com minha participação pessoal  —  um Manifesto contra a medida. Mais ainda: Itamar impediu, como governador de Minas, a privatização da Cemig e de Furnas, como todos se recordam.
Os defensores da privatização usam argumentos que não resistem a um exame combinado da ética com a lógica e a tecnologia. Eles se referem à privatização da telefonia como “a jóia da coroa das privatizações”. A telefonia era, sim, a joia da coroa do interesse estratégico nacional. E se referem ao aumento e barateamento das linhas telefônicas e dos celulares. A universalização da telefonia e seu custo relativamente baixo, hoje, se devem ao desenvolvimento tecnológico.
Com o aproveitamento maior do espectro das faixas de rádio-frequência, a miniaturização dos componentes dos aparelhos portáteis e as fibras óticas — para cuja adequação à telefonia nacional foi decisivo o trabalho desenvolvido pelos técnicos brasileiros da CPT da Telebrás.  Se assim não fosse, os nômades da Mongólia não estariam usando celulares, nem os usariam os camponeses do vasto interior da China, como tampouco os habitantes da savana africana. Como ocorreu no mundo inteiro, o desenvolvimento técnico teria, sim, universalizado o seu uso no Brasil, com a privatização e, principalmente, sem ela.
Ao ler o texto, lembrei-me dos muitos encontros que tive com Teotônio Vilela, nos seus últimos meses de vida, em São Paulo, no Rio e em Belo Horizonte. Ele lutava com bravura contra o câncer e contra a irresponsabilidade das elites nacionais. A memória daquele homem em que a enfermidade não reduzia a rijeza moral nem o amor ao Brasil — o Brasil dos vaqueiros e dos jangadeiros do Nordeste, dos homens do campo e dos trabalhadores do ABC —  me confrange, ao ver seu nome batizando uma instituição capaz de divulgar documentos como esse.
É necessário, sim, rever todo o processo de privatizações, não só em seus aspectos éticos e contábeis, mas também em sua relação com o sentimento nacionalista de nosso povo. Os arautos da entrega alegam, no caso da Vale do Rio Doce, que a empresa tem hoje mais lucros e recolhe mais impostos do que  no passado, mas se esquecem de que isso se faz na voraz exploração de nossas jazidas, que jamais serão recuperadas, e sem que haja compensação justa aos municípios e estados produtores.
E há mais: foi o dinheiro brasileiro que financiou a privatização das telefônicas e vem financiando as empresas “compradoras”, como se vê nos repetidos empréstimos do BNDES para sua expansão e fusões, como no caso da Telefônica de Espanha.
Enfim, os “pensadores” do PSDB acham que os brasileiros são parvos.
PS do Viomundo: Curiosamente, os tucanos são mestres em se apropriar 100% de invenções alheias (FHC-real, Serra-genéricos), mestres em cavar espaço para aparecer com realizações alheias (Bolsa Família, revolução do consumo no Brasil) e mestres em se escandalizar com práticas das quais se utilizam de forma corriqueira (espionagem, caixa dois de campanha).