segunda-feira, 28 de maio de 2012
MAIS UM MEMBRO DO STF DESMENTE A FARSA DA VEJA
“EPISÓDIO ANÔMALO”
Comportamento de Lula é indecoroso, avaliam ministros
Por Rodrigo Haidar
Agora há pouco, conversei com Marco Aurélio, que afirma não ter a menor condição de saber qual versão sobre o encontro é a correta – a de Gilmar Mendes ou de Nelson Jobim -, mas enfatiza que jamais viu qualquer sinal de Lula tentando influenciar o Supremo.
“O ex-presidente tem um modo peculiar de falar, mas jamais emitiu qualquer sinal de tentativa de influenciar o Supremo”, diz Marco Aurélio.
Mello considera que o episódio em si é lamentável porque enfraquece o Judiciário e logicamente não se pode imaginar o STF vulnerável a tais pressões. “Mas o leigo acaba imaginando que integrantes do Supremo sejam sujeitos a pressão”, lamenta ele.
Pergunto se é correto um Ministro do STF emitir juízo sobre hipóteses não confirmadas. Diz ele: “A liturgia do Tribunal realmente é incompatível com certas óticas. Apenas costumo dizer que cada qual assuma a responsabilidade”.
Digo-lhe que não cometerei a indelicadeza de pedir que ele analise a atitude do Ministro Celso Melo – emitindo juízos sobre hipóteses. Ele concorda: “Fica muito difícil para mim criticar o meu decano. O que se tem é esse contexto. Temos que esperar para ver o que ocorre durante a semana”.
As declarações de Marco Aurélio de Melo – reproduzidas no Consultor Jurídico – refletem exclusivamente sua preocupação com o quê a opinião pública poderia pensar do STF, após o episódio. Ele rebate apenas a possibilidade de ocorrerem pressões.
Mostra pelo menos um Ministro preocupado com a imagem de sua instituição:
“Não concebo uma tentativa de cooptação de um ministro. Mesmo que não se tenha tratado do mérito do processo, mas apenas do adiamento, para não se realizar o julgamento no semestre das eleições. Ainda assim, é algo inimaginável. Quem tem de decidir o melhor momento para julgar o processo, e decidirá, é o próprio Supremo”.
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