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domingo, 31 de julho de 2011

PRÁ RIR OU CHORAR? BUEIROS EXPLOSIVOS DA LIGHT-RJ

Bueiro fez mal à moça







O melhor texto do humor brasileiro não é de Millôr, nem de Veríssimo ou do Agamenon. Ninguém – mas ninguém mesmo - consegue superar nosso noticiário.

Estou há quase 24 horas rindo sem parar com a notícia sobre mais dois bueiros que explodiram no Rio de Janeiro.

Minha filha acabou de passar: “Papai, por que você tá rindo tanto?” Tentei explicar, mas ela não viu a menor graça. Por aqui os bueiros são sossegados, não costumam explodir.

Peço desculpas se você, leitor carioca, foi uma das vítimas ou conhece alguém que se machucou com um desses projéteis. Perdoem minha insensibilidade. Mas que as manchetes parecem coisa de louco, isso parecem.

Veja só algumas frases que pesquei ontem na web: “Começou de novo: mais dois bueiros explodem no Rio”; “Governo se preocupa com bueiros explosivos”, e minha favorita: “População tem medo de bueiros”. Parece um telejornal apresentado pelo Monty Python.

Que tal essa notícia: “Segundo levantamento feito há 60 dias pela Light, o Rio possui, hoje, 27 bueiros com 100% de risco de explosão devido a vazamento de gás.”

Que diabos significa “bueiro com 100% de risco de explosão”? Um bueiro que vai explodir a qualquer momento?

E esses dois bueiros que explodiram ontem, faziam parte do grupo de 27?

Se faziam, por que não foram consertados em dois meses?

Se não faziam, significa que o número de 27 está errado? Então quantos bueiros estão na mesma situação?

Mas isso é detalhe. O que importa é que os bueiros explosivos já viraram lenda urbana. Como a Loira do Banheiro e o Bebê-Diabo. Nas esquinas, nos botecos, nos mafuás, só se fala em pesados discos de ferro que mandam cidadãos inocentes pelos ares.

Antigamente, quando alguém vinha ao Rio, as recomendações eram sempre as mesmas: “Cuidado com os táxis na rodoviária”, “Não ande com a câmera no pescoço” e “Evite a Linha Amarela”. Agora é “Filhinho, não pise no bueiro!”

Já vejo os classificados de imóveis: “Vendo lindo sobrado no Catete, bem em frente a um bueiro com apenas 10% de chances de explosão”.

E já imaginou se outros utensílios públicos também decidem se rebelar?

“Mais um poste atinge velhinho no Catumbi”

“Orelhões de Copacabana se revoltam e atacam idosos na praia”

“Tubos de esgoto ameaçam emporcalhar a cidade durante a Copa”

Agora, a mais hilariante de todas as notícias de ontem foi a seguinte:
“A Light será multada em R$ 100 mil cada vez que um bueiro explodir e causar danos a pessoas ou a patrimônio público ou privado. Inicialmente, a Light pedia que a multa fosse aplicada apenas quando as vítimas morressem ou tivessem ferimentos graves ou gravíssimos. A empresa cedeu após uma semana em que seis bueiros apresentaram problemas na cidade em menos de 48 horas.”
Juro, nem o Groucho Marx seria capaz de escrever um texto desses: “Cada vez que um bueiro explodir”! Quer dizer que estão prevendo várias explosões? Parece até que “bueiro” virou sinônimo de “objeto que explode”.

Não deixe de visitar este excelente e hilariante (às vezes)  blog:


quarta-feira, 6 de julho de 2011

PRIVATIZADA POR SERRA, LIGHT PODE EXPLODIR O RIO DE JANEIRO!

O brilhante deputado Brizola Neto publica em seu blog tijolaco.com (visite sempre) um post sobre a situação caótica e perigosa a que a privatizada Light expõe os cariocas:



O martelinho de Serra e os bueiros explosivos


Serra, Ministro do Planejamento, bate o martelo da venda subsidiada da Light
Outro bueiro acaba de explodir no Rio de Janeiro. Uma tampa de ferro foi arremessada de uma galeria entre as ruas Dias da Rocha e Barata Ribeiro,em Copacabana, felizmente, desta vez sem provocar vítimas.
Por mais boa-vontade que se tenha, não é possível deixar de dizer que isto é um acidente.
Não há indício de que seja, também, sabotagem, pois não é possível que isso não deixasse vestígios.
O nome não pode ser outro senão incompetência e descaso com a segurança dos passantes num campo minado em que a concessionária transformou a cidade nas áreas onde sua rede é subterrânea.
Até agora, só o Ministério Público e a Prefeitura  agiram para responsabiliza-la por isso.
A Light, a jóia da privatização do setor elétrico, está um caco.
Mas, na  imprensa, até agora, não há um comentário sobre o que foi feito nestes quase 15 anos de controle – e desinvestimento – privado na empresa.
E ela, como a Eletropaulo, em São Paulo, foi comprada com dinheiro subsidiado. Pelos franceses da EDF e pelos americanos da AES, com aporte de capital do BNDES e da Eletrobras, diretamente e através da Companhia Siderúrgica Nacional, também privatizada.  depois, quando a Light privatizada comprou a Eletropaulo e separaram-se: a empresa do Rio ficou para os franceses e a de São Paulo para os americanos. E o rombo, claro, para o BNDES.
Aliás, isso só ocorreu porque Fernando Henrique mudou a legislação para permitir o financiamento do BNDES a grupos estrangeiros.
Estes dias, os comentaristas da grande imprensa e o próprio Fernando Henrique, num cinismo grosseiro, reduziram a participação do ex-presidente a um mero “ele não me atrapalhou”.
Por semelhança, então, é possível dizer que quer privatizou a Light não foi Fernando Henrique, mas Serra, seu então Ministro do Palnejamento, que bem poderia vir com aquele martelinho consertar os bueiros explosivos.
Porque no mesmo famoso vídeo onde FHC diz que Serra foi o responsável pela privatização da Vale, o ex-presidente diz, enfaticamente: “E da Light, também. Foi o Serra”.