LULA: ÉPOCA DEVE PREFERIR EMPREGOS NA CHINA OU EUA
Instituto Lula divulgou nota, neste sábado, em que contesta mais uma capa de Época que o acusa de fazer lobby para construtoras nacionais no exterior; "A exportação de bens e serviços brasileiros gera empregos no Brasil, mas a Época deveria preferir que eles fossem gerados na China ou nos Estados Unidos", diz o texto "As novas mentiras da revista Época"; nota lembra ainda que "a Odebrecht não ganhou a referida licitação, e a Guiné Equatorial não tem nenhum financiamento do BNDES"; "O ex-presidente não recebe remuneração para defender empresas brasileiras, de qualquer setor, no exterior. Faz isso porque acredita na importância disso para o desenvolvimento do Brasil. Fez quando era presidente e continuará fazendo como ex-presidente", enfatizou o Instituto
3 DE OUTUBRO DE 2015 ÀS 15:52
247 – O Instituto Lula divulgou nota, neste sábado, em que contesta mais uma capa de Época (confira aqui) que o acusa de fazer lobby para construtoras nacionais no exterior.
"A exportação de bens e serviços brasileiros gera empregos no Brasil, mas a Época deveria preferir que eles fossem gerados na China ou nos Estados Unidos", diz o texto "As novas mentiras da revista Época".
Nota lembra ainda que "a Odebrecht não ganhou a referida licitação, e a Guiné Equatorial não tem nenhum financiamento do BNDES".
Lula afirmou, ainda, que continuará a defender empresas brasileiras. "O ex-presidente não recebe remuneração para defender empresas brasileiras, de qualquer setor, no exterior. Faz isso porque acredita na importância disso para o desenvolvimento do Brasil. Fez quando era presidente e continuará fazendo como ex-presidente", enfatizou o Instituto.
Confira, abaixo, a íntegra:
As novas mentiras da Revista Época
A Revista Época insiste em mentir, distorcer documentos, misturar acontecimentos sem relação e enganar o leitor de forma impressionante na sua sanha de atacar a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em sua nova edição, a revista começa falando de uma conversa entre Lula e o vice-presidente da Guiné Equatorial. Lula nunca escondeu que defendeu a promoção de empresas brasileiras no exterior e não recebe remuneração por isso. A exportação de bens e serviços brasileiros gera empregos no Brasil, mas a Época deveria preferir que eles fossem gerados na China ou nos Estados Unidos. A Odebrecht não ganhou a referida licitação, e a Guiné Equatorial não tem nenhum financiamento do BNDES.
O ex-presidente Lula sempre defendeu a ampliação das relações comerciais entre Brasil e África, de forma pública e não remunerada. Fez isso inúmeras vezes, inclusive, em um seminário em Brasília, no dia 22 de maio de 2013, em evento organizado pelo jornal Valor Econômico, intitulado “As Relações do Brasil com a África, a Nova Fronteira do Capitalismo Global”. Nesse evento, Lula disse: “Quando assumi a presidência, tinha consciência de que o Brasil precisava conversar com quem tinha maior compromisso histórico ou proximidade com a gente. Isso era essencial para o nosso crescimento, para a nossa expansão. Acabou o tempo em que a gente fica na expectativa do que os americanos iriam gostar. Acabou o tempo em que a Europa ditava as regras. O Brasil está aprendendo o seu tamanho, a sua importância, a sua capacidade de fazer as coisas. Hoje o mundo comercial é competitivo e ninguém vai dar colher de chá para nós”.
O ex-presidente não recebe remuneração para defender empresas brasileiras, de qualquer setor, no exterior. Faz isso porque acredita na importância disso para o desenvolvimento do Brasil. Fez quando era presidente e continuará fazendo como ex-presidente.
Lula recebe remuneração profissional apenas e especificamente quando é contratado para dar palestras para empresas privadas, o que fez não só para a Odebrecht, mas 71 vezes para 42 empresas diferentes ao longo de 4 anos e 6 meses. Lula não faz lobby ou consultoria. O valor que foi recebido pelo ex-presidente por palestra para a Odebrecht é o mesmo que o cobrado para palestras para outras empresas. Nem mais, nem menos. Todas as palestras contratadas aconteceram e os dados sobre elas e as viagens do ex-presidente foram repassados ao Ministério Público. A empresa Infoglobo, por exemplo, do mesmo grupo proprietário da revista Época, pagou o mesmo valor que outras empresas por uma palestra de Lula feita no Rio de Janeiro, em 2013. A lista completa de empresas que contrataram palestras de Lula entre 2011 e 2014 é pública. Repetindo: Lula não é lobista, consultor, ou funcionário de nenhuma empresa. É contratado para palestras e só.
A revista depois cita visita do ex-presidente em Gana. Mesmo no trecho parcial do documento exposto por Época, é o presidente de Gana, John Dramani Mahama que cita a questão de financiamento, não Lula. O ex-presidente não interferiu no processo técnico ou critérios de autorização de empréstimo para aquele país. A conversa com o presidente de Gana foi acompanhada e relatada pelo corpo diplomático brasileiro. Qualquer solicitação e liberação de empréstimo no BNDES tem que seguir o mesmo processo de liberação, cuja decisão tem órgãos definidos e responsáveis. Impressiona que a revista Época fale de um chefe de estado estrangeiro sem procurar ouvir a sua versão da história (e errando a grafia do seu nome). Talvez não fizesse o mesmo se a matéria se referisse ao governo norte-americano ou francês.
Época ainda confunde o leitor sobre as atividades de Lula como ex-presidente ao mencionar dois telegramas diplomáticos de quando Lula era presidente: um de 2007, quando recebeu o presidente de Moçambique e, segundo o telegrama, teve uma atuação absolutamente institucional no encaminhamento de um comunicado do chefe de estado daquele país e o outro uma mensagem diplomática da embaixadora Leda Lucia Camargo sobre possíveis financiamentos à empresa Marcopolo, que como a própria revista registra, sequer aconteceram. É Época que confunde o leitor sobre a diferença de um presidente e um ex-presidente. Não Lula.
Época manipula também seu contato com o Instituto Lula para uma simulação da prática do “outro lado”, ou suposta checagem de informações (que não faz) com o Instituto Lula. A revista diz que o Instituto teria dito que processará jornalistas de Época. É mentira. A Assessoria de Imprensa do Instituto Lula (ou qualquer outra pessoa do Instituto) não disse que processará os jornalistas. O Instituto informou, por e-mail registrado, que o ex-presidente já processa a revista Época por reparação de danos morais, em ação que foi protocolada na Justiça em agosto, por matéria da revista publicada em abril, conforme foi divulgado no site do Instituto Lula , e que por isso não comenta documentos citados pela revista a não ser que tenha acesso ao conteúdo original deles. Por atitudes desse tipo, faz tempo que todos os contatos com a revista Época são feitos através de e-mail ou gravados, para registro, devido ao histórico de alguns jornalistas da revista de distorcer respostas e documentos.
A revista Época já ultrapassou qualquer fronteira da imparcialidade e objetividade jornalística em uma campanha para tentar criminalizar a prática da diplomacia comercial e as atividades de Lula como ex-presidente, quando já não mais ocupava qualquer cargo público. A revista, por exemplo, até hoje não corrigiu nenhum dos erros factuais apontados em matérias anteriores, como os citados no texto “As sete mentiras da Revista Época"
Todas as viagens e atividades do ex-presidente foram divulgadas para a imprensa quando aconteceram e elas poderiam ter sido acompanhadas naqueles países se houvesse real interesse nas atividades de Lula na África. Mas a revista insiste em tratá-las como se fossem viagens clandestinas e ignorar as ações do Instituto Lula em prol do desenvolvimento social do continente africano – como a participação em reunião da comissão da Unaids no Malauí, e importante Conferência de combate à fome na África organizada pelo Instituto Lula na Etiópia, junto com a FAO e a União Africana, além das inúmeras reuniões e atividades sobre África no Brasil com empresários e acadêmicos, como mostram nosso relatório de atividades.
Especificamente sobre a viagem de 2013 mencionada pela revista Época, copiamos aqui as informações que a revista ignorou. E no próximo link, um relato das atividades da Iniciativa África do Instituto Lula em 2013.
Reiteramos a absoluta certeza na legalidade das atividades do ex-presidente Lula, antes, durante e depois da presidência da República. E lamentamos a falta de objetividade, ética, boas práticas jornalísticas e acima de tudo, os preconceitos da revista Época em relação a África e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Assessoria de Imprensa do Instituto Lula
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