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segunda-feira, 16 de junho de 2014

DIREITA E ESTADO DE GUERRA SÃO DERROTADOS NA COLÔMBIA

A guerra é derrotada na Colômbia

Por Altamiro Borges

A Justiça Eleitoral da Colômbia anunciou na noite deste domingo (15) a reeleição do presidente Juan Manuel Santos. Com 99% das urnas apuradas, ele somava 50,8% dos votos (7.605.424) contra 45,9% (6.757.628) de Óscar Zuluaga. Este resultado representa um alívio para os colombianos e para todos os latino-americanos e amantes da paz no mundo. Apesar do conservadorismo do atual presidente, oriundo das elites empresariais e da direita local, ele vinha liderando as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para encerrar uma guerra que já se prolonga há mais de cinco décadas e que resultou na morte de milhares de pessoas e na devastação do sofrido país.

No primeiro turno, em maio, Óscar Zuluaga saiu em vantagem com a sua proposta de fim da trégua e do processo de paz. Apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, um fascistóide convicto e corrupto, ele propunha “linha dura” contra as Farc e o rompimento das relações com Cuba, Venezuela e Equador, recentemente estabelecidas. Também se definia como inimigo da integração regional, da Unasul e da Celac, e como aliado incondicional dos EUA. Sua campanha foi dirigida pelo publicitário brasileiro Duda Mendonça, que criou a marca Z, do “justiceiro” Zorro. Ele obteve o apoio do latifúndio tradicional, de setores empresariais, de parte da mídia e de grupos para-militares.

Diante do risco de retrocesso, parte das esquerdas da Colômbia decidiu apoiar criticamente Juan Manoel Santos no segundo turno. Clara López, que ficou em quarto lugar no primeiro turno e preside o Polo Patriótico, anunciou o seu voto “para avançar em direção à paz e à democracia”. No mesmo rumo, um grupo de mais de mil intelectuais e artistas divulgou um manifesto de alerta: “Uma vitória de Zuluaga pode reabrir a porta para que o fascismo coopte a Presidência da Colômbia, tomando definitivamente as rédeas do Estado e colocando-o a seu serviço. Tememos seriamente que, com isso, ressurjam todas as violências que tiveram uma metástase nos oito anos do governo de Álvaro Uribe".

A vitória de Juan Manoel Santos neste domingo permite a continuidade das negociações de paz e abre maiores espaços para o avanço das lutas populares no país vizinho. Como já foi dito, o presidente reeleito é um político conservador, oriundo de uma família tradicional e sem qualquer compromisso com as demandas sociais. Ele inclusive foi ministro da Defesa no governo Álvaro Uribe. Por motivos políticos e econômicos, o seu grupo rompeu relações com os setores fascistas da Colômbia, os principais derrotados nestas eleições. Agora, novos desafios estão postos!

http://altamiroborges.blogspot.nl/2014/06/a-guerra-e-derrotada-na-colombia.html#more

terça-feira, 20 de maio de 2014

DIREITONA JOGA SUJO NA INTERNET TAMBÉM NA COLÔMBIA

Escândalo abala candidato direitista na Colômbia

19/5/2014 12:26
Por Redação, com Reuters - de Bogotá

O vídeo no qual Zuluaga fala com um hacker, acusado de interceptar comunicações para sabotar o processo de paz
O vídeo no qual Zuluaga fala com um hacker, acusado de interceptar comunicações para sabotar o processo de paz
A divulgação de um vídeo de denúncia contra Oscar Iván Zuluaga,candidato de direita, que segundo as pesquisas de intenção de voto, disputará palmo a palmo nas urnas com o atual presidente Juan Manuel Santos dentro de uma semana, terminou a campanha pelas eleições presidenciais da Colômbia neste domingo em clima quente.
O vídeo no qual Zuluaga fala com um hacker, acusado de interceptar comunicações para sabotar o processo de paz entre o governo da Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), marcou o fim da jornada da campanha presidencial.
Zuluaga, em uma declaração, saiu em defesa de sua integridade; enquanto isso, Santos insistiu que os ataques à negociação de paz com a guerrilha não o desviarão de seu caminho para pôr fim ao conflito que já dura cinco décadas.
Outros candidatos com menos possibilidade de ganhar condenaram o escândalo, e Enrique Peñalosa, candidato da Aliança Verde, pediu a renúncia de Zuluaga, na última intenção de ganhar espaço dentro de uma campanha movida mais por escândalos do que pelas propostas e debates políticos.
O vídeo, publicado pela revista Semana em sua página na Internet, mostra o hacker acusado, Andrés Sepúlveda, atualmente preso, dizendo a Zuluaga que tinha acesso a informações militares confidenciais.
- Esse vídeo vazado à revista Semana faz parte de uma vulgar montagem que foi preparada para manchar nossa campanha – disse Zuluaga a jornalistas. “A montagem é uma farsa e não por acaso foi publicada quando ganho pontos nas pesquisas e o presidente candidato cai”, acrescentou.
Zuluaga, impulsionado pelo apoio do ex-presidente Álvaro Uribe, por seu discurso linha-dura contra a guerrilha, pelas críticas ao processo de paz e por uma agressiva campanha de publicidade, ganhou terreno nas pesquisas de intenção de voto.
O candidato de direita reconheceu depois da prisão do hacker que ele havia prestado serviços no gerenciamento de redes sociais de sua campanha e que em uma ocasião se reunira brevemente com ele para cumprimentá-lo, mas negou qualquer relação com suas supostas atividades ilícitas de espionagem.
Santos chega fortalecido à eleição por um acordo sobre drogas alcançado na sexta-feira com as Farc na negociação para acabar com um conflito que já deixou mais de 200 mil mortos, e também pela decisão das Farc e do grupo guerrilheiro Exército da Liberação Nacional (ELN) de declarar uma trégua.
Santos tratou indiretamente sobre o tema do vídeo. “Tenham a segurança de que esses ataques, esses métodos distorcidos não vão me desviar do objetivo de que a Colômbia quer a busca da paz”, afirmou o mandatário em uma solenidade de campanha.
Quase 33 milhões de colombianos estão habilitados para ir às urnas no próximo domingo. As pesquisas indicam empate técnico entre Santos e Zuluaga, que teriam que se enfrentar em um segundo turno em 15 de junho caso nenhum deles consiga mais de 50 por cento dos votos na primeira etapa.
http://correiodobrasil.com.br/destaque-do-dia/escandalo-abala-candidato-direitista-na-colombia/705010/?utm_source=

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

CANDIDATA DA ESQUERDA SOFRE ATENTADO NA COLÔMBIA. MÍDIA ESCONDE.

E se isto tivesse ocorrido na Venezuela?
Por: Atilio Boron | quinta-feira, 27/02/2014 20:41h|
No passado fim de semana as agências de notícias informaram sobre o atentado sofrido no domingo 23 de fevereiro por Aída Avella, a candidata presidencial da União Patriótica para as próximas eleições que terão lugar na Colômbia em 25 de maio.
Avella ia acompanhada por Carlos Lozano, candidato a senador por essa força política, quando transitavam numa caravana pelo Departamento de Arauca, fronteiriço com a Venezuela. Subitamente, seu veículo foi atacado por dois pistoleiros desde uma motocicleta de alta cilindrada, os quais dispararam com armas de grosso calibre tanto ao automóvel blindado em que se encontrava Avella e Lozano como aos de sua escolta.
Felizmente, não houve vítimas fatais a lamentar. Se os matadores tivessem atingido seu objetivo, Avella teria sido a terceira candidata presidencial da União Patriótica a ser liquidada e uma mais, provavelmente com Lozano, a engrossar a lista de uns 5.000 militantes da UP assassinados pela direita colombiana, no governo e fora dele.
A UP surgiu como resultado de uma negociação entre as FARC e o governo do presidente Belisario Betancur em princípios da década dos oitenta, fruto da qual foi feito um acordo, em 1984, para admitir a incorporação ao jogo institucional de uma força política partidária que possibilitasse a progressiva incorporação da guerrilha à legalidade política do país.
Assim se conformou a UP, que apresentou candidatos a todos os cargos em disputa.
Porém, esta iniciativa abriu as portas do inferno e tanto os paramilitares como os narcos e as próprias forças de segurança do Estado colombiano aproveitaram a vinda à superfície dos quadros e militância da esquerda – fossem eles guerrilheiros ou não – para perpetrar um genocídio político sem precedentes, exterminando aqueles que haviam confiado no que fora pactuado com Betancur e acreditaram que o estado de direito e a vontade de pôr fim ao conflito armado tinham finalmente sido implantados na Colômbia.
Como consequência deste banho de sangue foram assassinados os dois candidatos presidenciais apresentados sucessivamente pela UP em 1985 – Jaime Pardo Leal e Bernardo Jaramillo Ossa – aos quais se somaram 8 parlamentares, 13 deputados, 70 vereadores, 11 prefeitos, além de milhares de militantes de base desaparecidos ou mortos por esta sangrenta operação.
Esta história trágica não é suficientemente conhecida, mas constitui o pano de fundo das difíceis negociações travadas em Havana entre o governo colombiano e as FARC, cujos integrantes e simpatizantes se perguntam, à luz dos crueis ensinamentos da verdade histórica, se a coisa agora poderá ser diferente.
No entanto, o objetivo destas linhas não é resenhar este deplorável capítulo da história colombiana e sim ressaltar a infame manipulação da imprensa de direita – na Argentina como no resto do mundo – que silenciou o atentado sofrido por Avella, ao passo que difundia manchetes em oito colunas com suas mentiras e suas fotos forjadas sobre os incidentes e as mortes desencadeadas pela tentativa golpista na Venezuela.
Conclamo aos leitores tão somente a pensar como teria reagido a imprensa autoproclamada “livre e independente”, que nos manipula e desinforma, se um atentado similar tivesse ocorrido na Venezuela contra Henrique Capriles. A gritaria da SIP, da CNN, da NTN24 e de todas as cadeias de rádio e televisão, além da imprensa escrita, teria sido ensurdecedora.
E os Vargas Llosa, Montaner, Krauze e companhia nos teriam sufocado com suas filípicas condenações à “tirania chavista” e seu fustigamento criminoso praticado contra seus opositores.
Mas, nada disto aconteceu porque a Colômbia está midiática e politicamente blindada pelo império e seus comparsas regionais. A notícia, nos escassos casos em que foi exposta, foi relegada a uma breve nota nas páginas interiores de alguns jornais, ou a um fugaz flash no rádio ou na televisão.
Claro que a Colômbia é uma peça vital no xadrez do império na região: não à toa seu Ministro de Defesa, Juan Carlos Pinzón, elaborou um minucioso documento de 55 páginas dirigido a seus parceiros do Pentágono e da Casa Branca, incluindo o diretor da CIA, John Brennan, com os quais se reunirá nesta sexta-feira.
Escrito em inglês perfeito, para facilitar o trabalho de seus anfitriões, foi dado a conhecer à imprensa por algum funcionário do ministério.
Seu conhecimento permitiu comprovar, entre outras coisas, que Bogotá ratifica sua total submissão aos imperativos estratégicos dos Estados Unidos e a necessidade de reforçar a cooperação entre ambos países, tendo em conta os graves “desafios potenciais” que representam para a região governos como os da Nicarágua, Venezuela, Rússia e Irã.
Por isso um atentado como o sofrido por Avella não é notícia, enquanto que as tropelias dos opositores venezuelanos aparecem como a nobre cruzada de uns patriotas desejosos de pôr fim a uma tirania abjeta.
Com tal de atingir este objetivo supremo, deixa-se de lado qualquer limite ou escrúpulo moral.
Por isso o inverossímil Prêmio Nobel da Paz que ocupa a Casa Branca se permite exigir do presidente Maduro que ponha em liberdade aos sediciosos: quer dizer, não os manifestantes que protestam pacificamente, senão que aqueles que por meio da violência conspiram para derrubar um governo legítimo surgido das urnas (e que se cometessem o mesmo nos Estados Unidos passariam o resto de suas vidas numa prisão de segurança máxima), ao passo que mantém injustamente na prisão aos lutadores antiterroristas cubanos e aos presos de Guantánamo, enjaulados como se fossem animais ferozes e privados do mais elementar direito à defesa e a um juízo justo.
Disto tudo esta imprensa “livre e independente” não disse, e nem dirá, uma só palavra.
PS do Viomundo: A CNN en español é máquina do golpe 24 horas por dia, 7 dias por semana.
http://www.viomundo.com.br/denuncias/atilio-boron-e-se-tivesse-acontecido-na-venezuela.html

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

PODE TER SAÍDO ACORDO ENTRE FARC E GOVERNO DA COLÔMBIA !!!



A direitona-burra (e sem votos)  do Brasil var perder uma de suas principais pautas. Do que viverá Olavo de Carvalho se as FARC depuserem as armas e virarem partido político? A paz incomoda muita gente...
Logran FARC y Gobierno colombiano acuerdo sobre participación política

La Habana, 6 nov (RHC-EFE-ANSA-TeleSur) Las Fuerzas Armadas Revolucionarias de 
Colombia-Ejército del Pueblo (FARC-EP) y el Gobierno de Juan Manuel Santos anun-
ciaron en La Habana un acuerdo sobre la participación del grupo insurgente en la vida 
política del país sudamericano, segundo punto en la agenda pactada para los Diálo-
gos de Paz en Cuba.
A través de un comunicado conjunto emitido desde el Palacio de Convenciones de la 
capital cubana, ambas delegaciones aseguraron que con el acuerdo firmado está 
garantizado que se den las características necesarias para que surjan nuevas opciones 
políticas.
“Hay consensos en temas de derechos y garantías de posición política para los nuevos 
movimientos que surjan tengan acceso a los medios de comunicación", señaló el documento.
Asimismo, el texto agregó que “en el acuerdo se estima garantizar los mecanismos de 
participación ciudadana en los diferentes niveles sociales con el objetivo de promover 
participación política regional y local de todos los sectores en igualdad de condiciones".
“Este acuerdo amplía y robustece la democracia; promueve el pluralismo, la cultura 
democrática y ayuda a la apertura del fin del conflicto”, detalló.
Las partes precisaron también que “la línea de tiempo (en el que se aplicará este 
acuerdo) se convendrá en el sexto punto de la agenda.
En tanto, los principales medios de difusión colombianos abrieron amplios espacios a los 
acuerdos de las FARC-EP y el Gobierno sobre el segundo punto de la agenda de paz, la 
participación política posconflicto.
Igualmente, el coordinador residente y humanitario de la ONU en Colombia, Fabrizio Hochs-
child, felicitó a los negociadores del Gobierno y de las FARC por el "importante avance" 
alcanzado en el acuerdo sobre participación política de la guerrilla tras una eventual firma 
final de la paz.
La ONU expresó su respaldo a este pacto parcial, el segundo que logran en un año de 
platicas, en un comunicado en el que también destacaron la "importancia de la continuidad 
del diálogo para lograr poner fin al conflicto armado que sigue causando gran sufrimiento 
cotidiano y otras graves consecuencias humanitarias".