A guerra é derrotada na Colômbia
Por Altamiro Borges
A Justiça Eleitoral da Colômbia anunciou na noite deste domingo (15) a reeleição do presidente Juan Manuel Santos. Com 99% das urnas apuradas, ele somava 50,8% dos votos (7.605.424) contra 45,9% (6.757.628) de Óscar Zuluaga. Este resultado representa um alívio para os colombianos e para todos os latino-americanos e amantes da paz no mundo. Apesar do conservadorismo do atual presidente, oriundo das elites empresariais e da direita local, ele vinha liderando as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para encerrar uma guerra que já se prolonga há mais de cinco décadas e que resultou na morte de milhares de pessoas e na devastação do sofrido país.
No primeiro turno, em maio, Óscar Zuluaga saiu em vantagem com a sua proposta de fim da trégua e do processo de paz. Apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, um fascistóide convicto e corrupto, ele propunha “linha dura” contra as Farc e o rompimento das relações com Cuba, Venezuela e Equador, recentemente estabelecidas. Também se definia como inimigo da integração regional, da Unasul e da Celac, e como aliado incondicional dos EUA. Sua campanha foi dirigida pelo publicitário brasileiro Duda Mendonça, que criou a marca Z, do “justiceiro” Zorro. Ele obteve o apoio do latifúndio tradicional, de setores empresariais, de parte da mídia e de grupos para-militares.
Diante do risco de retrocesso, parte das esquerdas da Colômbia decidiu apoiar criticamente Juan Manoel Santos no segundo turno. Clara López, que ficou em quarto lugar no primeiro turno e preside o Polo Patriótico, anunciou o seu voto “para avançar em direção à paz e à democracia”. No mesmo rumo, um grupo de mais de mil intelectuais e artistas divulgou um manifesto de alerta: “Uma vitória de Zuluaga pode reabrir a porta para que o fascismo coopte a Presidência da Colômbia, tomando definitivamente as rédeas do Estado e colocando-o a seu serviço. Tememos seriamente que, com isso, ressurjam todas as violências que tiveram uma metástase nos oito anos do governo de Álvaro Uribe".
A vitória de Juan Manoel Santos neste domingo permite a continuidade das negociações de paz e abre maiores espaços para o avanço das lutas populares no país vizinho. Como já foi dito, o presidente reeleito é um político conservador, oriundo de uma família tradicional e sem qualquer compromisso com as demandas sociais. Ele inclusive foi ministro da Defesa no governo Álvaro Uribe. Por motivos políticos e econômicos, o seu grupo rompeu relações com os setores fascistas da Colômbia, os principais derrotados nestas eleições. Agora, novos desafios estão postos!
A Justiça Eleitoral da Colômbia anunciou na noite deste domingo (15) a reeleição do presidente Juan Manuel Santos. Com 99% das urnas apuradas, ele somava 50,8% dos votos (7.605.424) contra 45,9% (6.757.628) de Óscar Zuluaga. Este resultado representa um alívio para os colombianos e para todos os latino-americanos e amantes da paz no mundo. Apesar do conservadorismo do atual presidente, oriundo das elites empresariais e da direita local, ele vinha liderando as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para encerrar uma guerra que já se prolonga há mais de cinco décadas e que resultou na morte de milhares de pessoas e na devastação do sofrido país.
No primeiro turno, em maio, Óscar Zuluaga saiu em vantagem com a sua proposta de fim da trégua e do processo de paz. Apoiado pelo ex-presidente Álvaro Uribe, um fascistóide convicto e corrupto, ele propunha “linha dura” contra as Farc e o rompimento das relações com Cuba, Venezuela e Equador, recentemente estabelecidas. Também se definia como inimigo da integração regional, da Unasul e da Celac, e como aliado incondicional dos EUA. Sua campanha foi dirigida pelo publicitário brasileiro Duda Mendonça, que criou a marca Z, do “justiceiro” Zorro. Ele obteve o apoio do latifúndio tradicional, de setores empresariais, de parte da mídia e de grupos para-militares.
Diante do risco de retrocesso, parte das esquerdas da Colômbia decidiu apoiar criticamente Juan Manoel Santos no segundo turno. Clara López, que ficou em quarto lugar no primeiro turno e preside o Polo Patriótico, anunciou o seu voto “para avançar em direção à paz e à democracia”. No mesmo rumo, um grupo de mais de mil intelectuais e artistas divulgou um manifesto de alerta: “Uma vitória de Zuluaga pode reabrir a porta para que o fascismo coopte a Presidência da Colômbia, tomando definitivamente as rédeas do Estado e colocando-o a seu serviço. Tememos seriamente que, com isso, ressurjam todas as violências que tiveram uma metástase nos oito anos do governo de Álvaro Uribe".
A vitória de Juan Manoel Santos neste domingo permite a continuidade das negociações de paz e abre maiores espaços para o avanço das lutas populares no país vizinho. Como já foi dito, o presidente reeleito é um político conservador, oriundo de uma família tradicional e sem qualquer compromisso com as demandas sociais. Ele inclusive foi ministro da Defesa no governo Álvaro Uribe. Por motivos políticos e econômicos, o seu grupo rompeu relações com os setores fascistas da Colômbia, os principais derrotados nestas eleições. Agora, novos desafios estão postos!
http://altamiroborges.blogspot.nl/2014/06/a-guerra-e-derrotada-na-colombia.html#more
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