Até o jornalista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, registrou a mancada do José Serra ao divulgar uma nota de balanço do governo Dilma como se fosse resultado de discussão do recém-criado Conselho Político do PSDB.
O Conselho foi o prêmio de consolação e ao mesmo tempo o confinamento que seu partido deu ao Serra para mantê-lo quieto, sem atrapalhar ainda mais a oposição do que já fez. Serra não tem programa, não tem uma idéia lúcida, e só faz política por baixo do pano, intrigando, fofocando, destruindo adversários e aliados.
Seu método já está gasto, e ninguém o suporta mais. Tanto que Geraldo Alckmin, que já foi traído por Serra duas vezes, no mínimo, já o "lançou" candidato a prefeito de São Paulo - maneira sutil de isolar o derrotado Serra no âmbito municipal. Serra perde para prefeito e assim encerra a carreira de uma vez, dando espaço a novas lideranças que possam surgir na oposição aos governos de esquerda.
Vejam como Josias ( que jamais poderia ser acusado de anti-Serra, e muito menos a Folha) descreve a malandragem do Serra:
Resultou em atrito a primeira reunião do Conselho Político do PSDB sob a presidência de José Serra.
A portas fechadas, Serra distribuiu um texto aos demais conselheiros. Eis o título: “Conselho Político – A nossa missão”.
Contém elogios rasgados aos Anos FHC, cujo governo Serra hesitou em defender na campanha presidencial de 2010.
Anota críticas duras a Lula, um presidente que, na campanha, Serra chegou a dizer que estava “acima do bem e do mal”.
Investe também contra Dilma Rousseff numa fase em que a ela achegou-se a FHC, enviando-lhe carta com felicitações pelo aniversário e elogios pela biografia.
O documento foi à mesa na última quarta (27). O desejo de Serra era o de que a peça fosse divulgada no mesmo dia.
Não houve, porém, consenso entre os presentes. De resto, nem todos os conselheiros puderam participar da reunião.
De molho desde que caiu do cavalo, há duas semanas, o senador Aécio Neves era um dos ausentes.
Presidente nacional do PSDB e membro do conselho, o deputado Sérgio Guerra (PE) recomendou prudência.
Ficou entendido que o texto de Serra seria submetido à análise de todos e, eventualmente, emendado. Só então seria divulgado.
Serra deu de ombros para o acerto. Nesta sexta (1o), ele pendurou o documento no site pessoal que mantém na internet (aqui, a íntegra).
Quem lê fica com a impressão de que se trata de coisa já referendada pelo partido. No cabeçalho, Serra anota:
“Este é o documento, revisado, que apresentamos na reunião do Conselho Político, na última quarta-feira…”
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2011-07-01_2011-07-31.html#2011_07-03_06_04_30-10045644-0
http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/arch2011-07-01_2011-07-31.html#2011_07-03_06_04_30-10045644-0
Barbosa,
ResponderExcluirQue o Serra é mentiroso todos sabemos. Que o Serra está morto politicamente poucos sabem. Que o Serra usou Lula no seu programa de campanha à Presidência, por quem se derreteu em elogios, já caiu no esquecimento popular. Que o Serra usurpou os genéricos como se a idéia fosse dele, o recém-falecido ex-presidente Itamar Franco (aliás, ele será sepultado hoje) sabia e contou para todo mundo. Serra é farsante. Será esquecido pela história, ou entrará para ela como o grande traidor desta nação. Abraços