quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

BBB: CONTINUAM OS PROTESTOS PELOS CRIMES

Pela imediata responsabilização da TV Globo no caso BBB

19/01/2012 |
Dois fatos muito graves ocorreram esta semana envolvendo o Big Brother Brasil. O primeiro foi com a participante Monique, que pode ter sido vítima de crime praticado por outro integrante do programa. O segundo foi a absurda atitude da TV Globo frente ao ocorrido. Em relação ao primeiro, cabe à polícia apurar e à justiça julgar, buscando ouvir os envolvidos, garantindo que eles estejam livres de pressões e constrangimentos. Já em relação ao segundo, é preciso denunciar a emissora e os anunciantes que sustentam o programa, e cobrar as autoridades do setor.
Frente a indícios de um possível abuso sexual contra uma mulher participante de um de seus principais programas, a Globo, além de não impedir a violência no momento em que ela poderia estar ocorrendo, tentou escamotear o fato, depois buscou tirar de circulação as imagens e finalmente assumiu o ocorrido sem nomeá-lo. Na edição de domingo do programa, após todas as denúncias que aconteciam pela internet, ela transformou a suspeita de um crime em uma cena "de amor". O espírito da coisa foi resumido pelo próprio apresentador Pedro Bial: “o espetáculo tem que continuar”. A atitude é inaceitável para uma emissora que é concessionária pública há 46 anos e representa uma agressão contra toda a sociedade brasileira.

Pelas imagens publicadas, não é possível dizer a extensão da ação e saber se houve estupro. A apuração é fundamental, mas o mais importante é o que o episódio evidencia. Em primeiro lugar, a naturalização da violência contra as mulheres, que revela mais uma vez a profundidade da cultura machista no país. No debate público, foram inúmeras as tentativas de atribuir à possível vítima a responsabilidade pela agressão, num discurso ainda inacreditavelmente frequente. O próprio diretor do programa, Boninho, negou publicamente que as imagens apontassem para qualquer problema.

Em segundo lugar, o episódio revela o ponto a que pode chegar uma emissora em nome de seus interesses comerciais. A Globo fatura bilhões de reais anualmente pela exploração de uma concessão pública, e mostra, com esse episódio, a disposição de explorá-la sem qualquer limite nem nenhum cuidado com a dignidade da pessoa humana. O próprio formato do programa se alimenta da exploração dos desejos e das cizânias provocadas entre os participantes e busca explorar situações limite para conquistar mais audiência. Assim, o que aconteceu não é estranho ao formato do programa; ao contrário, é exatamente consequência dele.

Em terceiro lugar, fica evidente a ausência de mecanismos de regulação democrática capazes de apurar e providenciar ações imediatas para lidar com as infrações cometidas pelas emissoras. Como já vem sendo apontado há anos pelas organizações que atuam no setor, não há hoje regras claras que definam a responsabilidade das emissoras em casos como esse, nem tampouco instrumentos de monitoramento e aplicação dessas regras, como um Conselho Nacional de Comunicação ou órgãos reguladores.

Uma das poucas regras existentes para proteger os direitos de crianças e adolescentes – a classificação indicativa – está sendo questionada no STF, inclusive pela Globo. A emissora, que costuma tratar qualquer forma de regulação democrática como censura, é justamente quem agora pratica a censura privada para esconder sua irresponsabilidade. É lamentável que precise haver um fato como esse para que o debate sobre regulação possa ser feito publicamente.

Frente ao ocorrido, exigimos que as Organizações Globo e a direção do BBB sejam responsabilizados, entre outros fatos, por:

    • Ocultar um fato que pode constituir crime;
   • Prejudicar a integridade da vítima e enviar para o país uma mensagem de permissividade diante de uma suspeita de estupro de uma pessoa vulnerável;
    • Atrapalhar as investigações de um suposto crime;
   • Ocultar da vítima as informações sobre os fatos que teriam se passado com ela quando estava supostamente desacordada.

É preciso garantir, no mínimo, multas vultosas e um direito de resposta coletivo para as mulheres, que mais uma vez tiveram sua dignidade atingida nacionalmente pela ação e omissão da maior emissora de TV brasileira.

Os anunciantes do BBB – OMO (Unilever), Niely Gold, Devassa (Schincariol), Guaraná Antártica e Fusion (Ambev) e FIAT – também devem ser entendidos como corresponsáveis, e a sociedade deve cobrar que retirem seus anúncios do programa ou boicotá-los. Suas marcas estão ligadas a um reality show que, para além de toda a crítica sobre os valores que propaga à sociedade – da banalização do sexo e do consumo de álcool à mercantilização dos corpos – , permite a violação de direitos fundamentais.

Finalmente, é fundamental que o Ministério das Comunicações coloque em discussão imediatamente propostas para um novo marco regulatório das comunicações, com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos capazes de atuar sobre essas e outras questões.

Este é mais um caso cujas investigações não podem se restringir à esfera privada e à conduta do participante suspeito. Exigimos que o Poder Executivo cumpra seu papel de fiscal das concessionárias de radiodifusão e não trate o episódio com a mesma "naturalidade" dada pela TV Globo. Esperamos também que o Ministério Público Federal se coloque ao lado da defesa dos direitos humanos e da dignidade da pessoa humana e responsabilize a emissora pela forma como agiu diante de uma questão tão séria como a violência sexual contra as mulheres.


Brasil, 18 de janeiro de 2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

TUCANOS ASSUMEM: SÃO O PARTIDO ANTI-POVO

Maria Inês Nassif: Tucanos fazem a opção preferencial contra os pobres

DEBATE ABERTO
O horror e a opção preferencial contra os pobres
Nada mais precisa ser dito para descrever a operação de despejo de Pinheirinho, em São José dos Campos, e a ação policial contra os usuários de crack no centro da capital, na chamada Cracolândia. Mas existem muitas explicações para a truculência, a desumanidade, a destituição do direito de cidadania aos pobres pelo poder público paulista.
É o horror. Nada mais precisa ser dito para descrever a operação de despejo de Pinheirinho, em São José dos Campos, e a ação policial contra os usuários de crack no centro da capital, na chamada Cracolândia. Mas existem muitas explicações para a truculência, a desumanidade, a destituição do direito de cidadania aos pobres pelo poder público paulista.
A primeira delas é tão clara que até enrubesce. Nos dois casos, trata-se de espantar o rebotalho urbano de terrenos cobiçados pela especulação imobiliária. O Projeto Nova Luz do prefeito Kassab, que vem a ser a privatização do centro para grandes incorporadoras, vai ser construído sob os escombros da Cracolândia, sem que nenhuma política social tenha sido feita para minorar a miséria ou dar uma opção séria para crianças, adolescentes e adultos que se consomem na droga.
O terreno desocupado com requintes de crueldade em São José dos Campos, de propriedade da massa falida do ex-mega-investidor Naji Nahas, que já era de fato um bairro, vai ser destinado a um grande investimento, certamente. O presente de Natal atrasado para essas populações pobres libera esses territórios antes que terminem os mandatos dos atuais prefeitos, e o mais longe possível do calendário eleitoral. Rapidamente, a prefeitura de São Paulo está derrubando imóveis; a prefeitura de São José não deve demorar para limpar o terrreno de Pinheirinho das casas – inclusive de alvernaria – das quais os moradores foram expulsos.
Até outubro, no mínimo devem ter feito uma limpeza na paisagem, o que atenua nas urnas, pelo menos para a classe média, a ação da polícia. A higienização justifica a truculência policial. A “Cidade Limpa” de Kassab, que começou com a proibição de layouts na cidade, termina com a proibição de exposição da pobreza e da miséria humana.
A segunda é de ordem ideológica. Desde a morte de Mário Covas, que ainda conseguia erguer um muro de contenção para o PSDB paulista não guinar completamente à direita, não existe dentro do partido nenhuma resistência ao conservadorismo. Quando Geraldo Alckmin reassumiu o governo do Estado, em janeiro de 2011, muitas análises foram feitas sobre se ele, por força da briga por espaço político com José Serra dentro do partido, iria trazer o seu governo mais para o centro. A referência tomada foi o comando da Segurança Pública, já que em seu mandato anterior a truculência do então secretário, Saulo de Castro Abreu Filho, virou até denúncia contra o governo de São Paulo junto à Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos.
O fato de ter mantido Castro fora da Segurança e se aproximado do governo federal, incorporando alguns programas sociais federais, e uma relação nada íntima com o prefeito da capital, deram a impressão, no primeiro ano de governo, que Alckmin havia sido empurrado para o centro. O que não deixava de ser uma ironia: um político que nunca escondeu seu conservadorismo foi deslocado dessa posição por um adversário interno no partido, José Serra, que, vindo da esquerda, tornou-se a expressão máxima do conservadorismo nacional.
Isso não deixa de ser uma lição para a história. Superado o embate interno pela derrota incondicional de José Serra, que desde a sua derrota vinha perdendo terreno no partido e foi relegado à geladeira, depois da publicação de “Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, Alckmin volta ao leito. O governador é conservador; o PSDB tornou-se orgânicamente conservador, depois de oito anos de governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) e oito anos de posição neoudenista. A polícia é truculenta – e organicamente truculenta, já que traz o modelo militar da ditadura e foi mais do que estimulada nos últimos governos a manter a lei, a ordem e esconder a miséria debaixo do tapete.
O nome de quem faz a gestão da Segurança Pública não interessa: está mais do que claro que passou pelo governador a ordem das invasões na Cracolândia e em Pinheirinho.
Outra análise que deve ser feita é a da banalização da desumanidade. Conforme a sociedade brasileira foi se polarizando politicamente entre PSDB e PT, a questão dos direitos humanos passou a ser tratada como um assunto partidário. O conservadorismo despiu-se de qualquer prurido de defender a ação policial truculenta, de tomar como justiça um Judiciário que, nos recantos do país, tem reiterado um literal apoio à propriedade privada, um total desprezo ao uso social da propriedade e legitimado a ação da polícia contra populações pobres (com nobres exceções, esclareça-se).
Para os porta-vozes desses setores, a polícia, armada, “reage” com inofensivas balas de borracha à agressão dos moradores que jogam pedras perigosíssimas contra escudos enormes da tropa de choque. No caso de Pinheirinho, a repórter Lúcia Rodrigues, que estava na ocupação, na sexta-feira, foi ela própria alvo de duas balas letais, vindas da pistola de um policial municipal. Ela não foi atingida, mas duvida, pela violência que presenciou, das informações de que tenha saído apenas uma pessoa gravemente ferida daquele cenário de guerra.
(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo

sábado, 21 de janeiro de 2012

PRIVATARIA FAZ SUCESSO NO RIO DE JANEIRO

CPI da Privataria ganha apoio de movimentos sociais no Rio

Por: Maurício Thuswohl, especial para a Rede Brasil Atual
Publicado em 19/01/2012, 18:20
Última atualização em 20/01/2012, 09:03
  
CPI da Privataria ganha apoio de movimentos sociais no Rio
Lançamento de Privataria Tucana no Rio, livro que baseou requerimento de CPI da Privataria na Câmara (Foto: Divulgação/Bancários RJ)
Rio de Janeiro – Cerca de 300 pessoas lotaram na quarta-feira (18) o auditório do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro para a noite de autógrafos do livro "A Privataria Tucana", do jornalista Amaury Ribeiro Júnior. A obra acusa, com documentos, a existência de um esquema de desvio de recursos montado por integrantes da cúpula do PSDB durante o processo de privatizações de empresas públicas brasileiras no período em que Fernando Henrique Cardoso governava o país (1995-2002). Com a presença do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), o debate que se seguiu transformou-se em ato em defesa da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) proposta pelo parlamentar no Congresso Nacional para apurar as denúncias trazidas pelo livro.
O grande número de lideranças sindicais presentes ao ato confirmou que a CPI da Privataria Tucana, como está sendo chamada, tem alta ressonância nos movimentos sociais. Sugere ainda que irá angariar forte apoio, sobretudo, em setores atingidos por cortes de postos de trabalho e pelo achatamento salarial decorridos do período em que o ímpeto privatista foi mais agudo. A ausência de parlamentares – além de Protógenes, o único presente era o deputado estadual Gilberto Palmares (PT-RJ) – revela que ainda resta algum caminho a ser percorrido até que a CPI ganhe vida e se torne realidade na Câmara dos Deputados.
O deputado lembra o recesso parlamentar e relativiza a ausência de colegas: "A CPI foi proposta em dezembro, quando já estavam se encerrando os trabalhos legislativos e o Congresso estava já um tanto desmobilizado". O lançamento do livro, "tomado como um documento público importante", acabou por reforçar, segundo Protógenes, a necessidade de uma investigação parlamentar. "Essa necessidade nasceu a partir dos interesses que norteiam a política brasileira, por isso consegui, em quatro dias, 206 assinaturas de parlamentares de todos os partidos políticos, tanto da base aliada quanto da oposição. Isso criou um compromisso entre os parlamentares. Alguns deputados ainda estão indo à Secretaria da Câmara entregar ofícios para integrar a CPI", diz.
A CPI foi protocolada em dezembro com 185 assinaturas, 14 a mais do que o mínimo constitucional exigido para a abertura de uma comissão do gênero. O requerimento foi entregue ao presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), que prometeu levar o tema adiante em fevereiro, após o recesso. Ele não fixou data para isso.

Apoios

Como exemplo do amplo leque de apoios que alega estar conseguindo para a CPI da Privataria Tucana, Protógenes Queiroz cita a assinatura de um dos cinco deputados do DEM que aderiram, o amazonense Pauderney Avelino. "Ele (Avelino) foi líder (de sua bancada, aliada) do governo de Fernando Henrique Cardoso, mas assinou a CPI e quer investigar o que aconteceu naquele governo. Essa é a resposta de um parlamentar correto e que atua de forma isenta", disse o comunista, que também incluiu nesse perfil o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS).
A expectativa de Protógenes é reunir um número expressivo de deputados federais de todo o país durante um ato em defesa da CPI que ocorrerá no Fórum Social Temático a se realizar na semana que vem em Porto Alegre. O deputado também acompanhará Amaury Ribeiro Júnior em lançamentos do livro em outras capitais do país. "Muitos eventos como este realizado no Rio ainda vão ocorrer. Estamos assistindo a uma mobilização nacional. A CPI já nasce com o compromisso de repaginar essa história brasileira", diz.
Durante o debate, diversas intervenções cobraram de Protógenes a possibilidade de a CPI culminar na recuperação para os cofres públicos dos recursos desviados durante o período das privatizações. "É necessário que se investigue, se apurem as responsabilidades e, se possível for, que as nossas riquezas voltem ao povo brasileiro. É possível repatriar o dinheiro e punir os lavadores de dinheiro, sem conceder anistia", respondeu o deputado. Outras intervenções sugeriram que também fossem criadas CPIs para tratar de temas como a regulamentação da mídia e a destinação dos recursos do pré-sal, entre outros.

SEJA IDIOTA, MANDE GRANA PARA O BBB

É irritante ter que tratar da canalhice histórica da Rede Globo, e da imbecilidade de algumas pessoas que ainda a respeitam. Penso viver num país em pleno avanço cultural, vejo pessoas inteligentes no meu entorno, mas de repente, e frequentemente, acho que estou iludido.
Este lance do pseudo-estupro no BBB é um exemplo da manipulação que a velha mídia ainda consegue exercer sobre parte do povo brasileiro. Não é o BBB que transformou os brasileiros em idiotas: a Globo faz isso faz tempo.
Quando a Xuxa, atriz de filmes pornôs, amante do Pelé e do Airton Senna, virou apresentadora de programas infantis, o desastre estava anunciado. Escrevi e falei sobre isso na época. Seu programa era feito de competições entre crianças, que ganhavam brinquedos. Quem bolava os quadros eram as fábricas de brinquedos. Ou seja: criança, para ser inteligente, tem que desejar e competir e, afinal, ganhar, o brinquedo que eu produzo.
Muito educativo, né?
A Globo surgiu em 67 para ajudar a ditadura a se espalhar pelo país. Fazer a cabeça dos que não estavam sentindo os efeitos terríveis do governo militar. Quem era contra, morria. Quem apoiava ou ficava alheio, vibrava com o "Este é um país que vai prá frente". Enquanto o país era vendido, e os ricos de um século ficavam muito mais ricos, os sindicatos eram fechados, a imprensa era censurada, o salário era reduzido. E a Globo crescia.
Roberto Marinho aprendeu com Assis Chateaubriand, um gangster que montou 60 jornais, revistas e introduziu a televisão no Brasil à custa de chantagens e dinheiro público. Nunca pagou dívidas. Roberto Marinho aprendeu direitinho: até hoje um monte de dinheiro que lhe foi dado pela ditadura e governos posteriores. Não é a toa que em cada Estado os afiliados da Globo são políticos de direita, herdeiros da roubalheira da ditadura.
Os próprios militares perceberam que foram usados como bucha de canhão por civis sem-Pátria, pilantras sem limites. A ditadura acabou também pela fadiga dos militares de serem cúmplices desses civis criminosos.
BBB
A Globo sempre trabalhou para manter o povo brasileiro na ignorância. Ela jamais fez algum programa educativo ou cultural. Quem disser o contrário, estará pensando em concertos de música clássica transmitidos aos domingos às 9:00 horas da manhã, ou em novelas de autores importantes, como Dias Gomes. Mas isso eram petiscos, espaços espertamente usados pela Globo para não se distanciar totalmente das pessoas inteligentes que sempre existiram no Brasil. E algumas delas têm muito dinheiro, patrocinam a programação de melhor qualidade.
O BBB é uma invenção de holandeses, que na Holanda durou duas ou três versões. A audiência não gostou da baixaria, e hoje existem algumas cópias em emissoras de segunda classe, e mesmo assim, com um conteúdo muito superior ao que se faz no Brasil. Não se faz sexo na "casa" ou na "fazenda". Os participantes têm um nível cultural mil vezes melhor que aqui. E não se escolhe as pessoas pela bunda por pelos biceps, mas por algum real talento.
O que a Globo nos oferece (aos que têm a paciência de assistir esta merda) é lixo puro. Uma competição de ignorantes para ver quem é mais sacana, mais traidor, mais gostosa, mais submissa a um prêmio e a uma fama que não dura um ano. É uma vergonha, um péssimo exemplo para as crianças, uma lavagem cerebral criminosa.
Tomara que a Globo seja punida, nos termos da Lei que existe, por tais abusos. Ela pode fazer muito pelo povo brasileiro, se deixar do "vale-tudo" em que se meteu há décadas. Caso não se corrija, cabe ao Governo, em nosso nome, cassar a concessão que nós, via gOverno, demos aos Marinho.
É simples assim.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

HOJE, PROTESTO EM FRENTE A GLOBO-SP

Proteste em frente à Globo

    Publicado em 19/01/2012
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O Conversa Afiada publica convocação para protestar contra o Big Brothel Brasil:

Entidades realizam protesto contra a Globo nesta sexta, em São Paulo

A Frente Paulista pelo Direito à Comunicação e Liberdade de Expressão (Frentex), a Rede Mulher e Mídia e o Fórum Nacional pela Democratização na Comunicação (FNDC) realizam um ato contra a Rede Globo por causa da postura da emissora diante da suspeita de estupro no programa Big Brother Brasil 12, e contra todas as formas de violência contra a mulher. A manifestação será na sexta-feira (20), a partir das 12h, em frente à emissora, em São Paulo.

Segundo as redes que convocam o ato, a Globo deveria ser responsabilizada por quatro motivos: ocultar um fato que pode constituir crime; prejudicar a integridade da vítima e enviar para o país uma mensagem de permissividade diante de uma suspeita de estupro de vulnerável; atrapalhar as investigações de um suposto crime e ocultar da vítima as informações sobre os fatos que teriam se passado com ela quando estava desacordada.

As entidades questionam também a naturalização da violência contra a mulher pela emissora, que transformou um possível abuso sexual em “caso de amor”. Para elas, o próprio formato do programa se alimenta da exploração dos desejos e das cizânias provocadas entre os participantes e busca explorar situações limite para conquistar mais audiência.

O protesto também co-responsabilizará os anunciantes do programa (OMO, Niely, Devassa, Guaraná Antarctica e Fiat), cobrando que eles se pronunciem, retirem seus anúncios do programa ou que os consumidores boicotem os produtos.

As entidades reforçam ainda a necessidade de o Ministério das Comunicações colocar em discussão imediatamente propostas para um novo marco regulatório das comunicações, com mecanismos que contemplem órgãos reguladores democráticos capazes de atuar sobre essas e outras questões.

Protesto contra a postura da Globo no caso BBB


Sexta-feira, dia 20, 12h às 14h


Av. Dr. Chucri Zaidan, esquina da Av. Roberto Marinho

Contatos:


Renata Mielli (Barão de Itararé/FNDC) – 9327-1747


João Brant (Intervozes/FNDC) – 8635-9825


Terezinha Ferreira (Rede Mulher e Mídia) – 9629-4892

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

BOICOTE OS PATROCINADORES DO ESTUPRO NA GLOBO!

Acusado é eliminado do BBB. E a Globo?

Por Conceição Oliveira, no blog Viomundo:

De acordo com o blog de Patrícia Kogut em O Globo.com, às 20:19: “O modelo Daniel, de 31 anos, acaba de ser eliminado da 12ª edição do “Big Brother Brasil”. A decisão foi tomada pela direção do programa no início da noite desta segunda-feira, 16, depois que a Polícia Civil esteve no Projac para investigar o possível abuso sexual cometido pelo participante na madrugada de domingo, 15. A eliminação de Daniel será anunciada ao público logo mais, ao vivo.”



Pelo visto com a visita da polícia ao Projac Pedro Bial deve ter mudado sua opinião. Entretanto, não tenho dúvidas de que hoje a audiência do programa vai aumentar e mesmo com seus comentários infelizes, Bial e Boninho ficarão contentes com isso.

Gostaria de deixar algumas perguntas:

Se for confirmada a eliminação do participante Daniel do programa, qual será o caminho a ser tomado pelo MPRJ, acionado pela SPM?

Ministério da Justiça, Ministério das Comunicações, os ministros do STF e Congresso Nacional como vão agir diante de uma emissora (concessão pública) que transmite ao vivo cenas de ‘um possível abuso sexual’?

Nota do Viomundo (1): Ontem, segundo relatos, Pedro Bial referindo-se a Daniel e Monique disse que ‘o amor é lindo’. Hoje, Bial avisando que o participante Daniel havia sido eliminado disse que a ‘direção do programa’ analisou as cenas, verificou que houve ‘infração’ (sem explicar o que Daniel fez) e para encerrar com chave de ouro, disse: ‘o show tem de continuar!’ Incrível, cenas de um suposto estupro de vulnerável na visão da Globo é ‘infração’. O que a Globo pensa sobre você, espectador(a)? (Conceição Oliveira)

Nota do Viomundo (2): Não deixem de ler nos comentários as respostas dadas por Xad Camomila às minhas duas questões. (Conceição Oliveira)

Nota do Viomundo (3): Alguns dos patrocinadores que financiam o BBB: energético da Ambev Brasil; Avon, FIAT, Guarana Antartica, Niely (cosméticos), Unilever (OMO) cerveja Devassa, Fusion e Assolan. (Conceição Oliveira).

OBA! GLOBO TEM ESTUPRO AO VIVO!!!

Estupro não é escândalo na Globo?

Por Igor Felippe Santos, no blog Escrevinhador:

A Globo fez um escândalo sem precedente quando, em 2009, trabalhadores rurais derrubaram pés de laranjas (menos de 1% do total na área, contaminados por agrotóxicos, de acordo com o governo dos Estados Unidos) em protesto para denunciar que a fazenda era grilada pela Cutrale, as terras ficam no município de Borebi, na região de Iaras (SP).



Foram dias e dias de exposição por mais de uma semana, dia e noite, das imagens (sem contextualizá-las) de um trabalhador rural passando o trator sobre os pés de laranja. Esse escândalo teve como consequência a instalação de uma CPMI contra a Reforma Agrária, a paralisação da criação de assentamentos e tentativa de desmoralização do MST.

Agora suspeita-se que um integrante de um reality show, o BBB12, teria feito sexo sem consentimento com outra participante, desmaiada e sem consciência, o que configuraria estupro. Esta denúncia não vai aparecer no Jornal Nacional, no Bom Dia Brasil, no Jornal Hoje e no Jornal da Globo? As imagens, inclusive, não estão mais no arquivo da Globo…

Escândalo para a Globo é fazer um protesto contra a grilagem de uma empresa transnacional, contra a pobreza no campo e pela Reforma Agrária. Mas a suspeita de estupro dentro da suas instalações, transmitido ao vivo por suas câmeras (com consentimento da produção do programa?), não está sujeita a virar notícia.

Não dá nem para dizer que são dois pesos e duas medidas. Porque o escândalo no caso da Cutrale era a grilagem das terras, que foi omitida, assim como o episódio no BBB12. A Globo cria os escândalos que quer. E com todo o seu poder apaga aqueles que se configuram como tal que não convêm para seus interesses. Aposto que, daqui uma semana, o programa transcorrerá como se nada tivesse acontecido…

Tanto que a “história” e os “procedimentos” para a continuidade da “atração” já foram combinados entre produção e participantes, uma vez que “por volta das 19h30 desta segunda-feira, o áudio do pay-per-view do programa foi cortado e só voltou às 20h20. Às 20h, os brothers que estavam na área externa da casa tiveram que entrar imediatamente” (de acordo com o blog SRZD).

Não há democracia num país que tem uma emissora de TV que manda e desmanda, escandaliza e “des-escandaliza” (transforma verdadeiros escândalos em… nada). É hora da sociedade se movimentar e pressionar para que o governo federal jogue peso no projeto de regulamentação dos meios de comunicação. É preciso colocar amarras nesse monstro criado pela ditadura chamado Organizações Globo, que deveria escandalizar todos aqueles que defendem a democracia.