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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

SEGURANÇA DE DILMA AGUARDA O OLAVETE TERRORISTA

terça-feira, 11 de agosto de 2015

DEFENSORES DE ARMAS SÃO OLAVETES PAGOS PELAS FÁBRICAS

Indústria da bala doa quase R$ 2 milhões em 2014

Do total repassado, R$ 1,019 milhão seguiu para candidatos a uma vaga na Câmara nas últimas eleições. Deputados favoráveis à revisão do Estatuto do Desarmamento estão a serviço de empresas que monopolizam mercado armamentista, diz Instituto Sou da Paz

EBC/Brianbgv/Flickr
Bancada da bala domina discussões sobre Estatuto do Desarmamento
Dados atualizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelam que as doações da indústria armamentista nas eleições gerais de 2014 chegaram a R$ 1,91 milhão, com valores distribuídos a 21 candidatos ao cargo de deputado federal (veja tabela abaixo), 12 ao cargo de deputado estadual, dois pleiteantes ao posto de governador e um aspirante a senador. Todos os candidatos à Câmara financiados pelo setor foram eleitos ou ao menos conseguiram vaga de suplente (quatro ocorrências, nesse caso). As informações constam de levantamento do Instituto Sou da Paz, organização não governamental (ONG) de combate à violência, e foram repassadas com exclusividade ao Congresso em Foco.
Quem mais recebeu doações do setor foi o deputado estadual paranaense Pedro Deboni Lupion Mello (DEM), que foi contemplado com R$ 149,8 mil das duas empresas (R$ 74,9 mil de cada). O segundo maior beneficiário foi o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que ficou com R$ 130 mil, mas apenas da CBC. Declaradamente favorável à flexibilização do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), Faria de Sá compõe uma comissão instalada na Câmara justamente para apreciar o Projeto de Lei 3722/2012, que promove mudanças na legislação citada.
O parlamentar é um dos que foram financiados pela indústria da bala com o intuito de promover a elaboração e a aprovação de proposições que interessam ao setor, como o próprio PL 3722 – em resumo, o texto permite a posse de armas em casa, no local de trabalho (se for dono do estabelecimento) ou em propriedades rurais, aumentando o número de armas e munições por cidadão. Entre os pontos polêmicos da proposta está o que garante ao cidadão, sob certas condições, o direito de adquirir e portar na rua até nove armas de fogo. O texto também aumenta o número de munição para portadores de armamento: de 50 balas por ano para 50 balas por mês.
As campanhas foram custeadas por apenas duas das maiores empresas de armas e munições do país: a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e a Forjas Taurus S.A., que detêm o monopólio do setor. Segundo o levantamento do Sou da Paz, apenas a CBC repassou R$ 1,04 milhão, enquanto a Taurus desembolsou R$ 870 mil no pleito de 2014. Do valor total repassado, R$ 1,019 milhão foi reservado a candidatos a uma cadeira na Câmara.
No ano passado, 84% dos deputados federais e estaduais financiados pela chamada “indústria da bala” foram eleitos. Dos 36 pleiteantes a cargo eletivo, apenas três não conseguiram se eleger: o ex-deputado Vieira da Cunha (PDT), que disputou a vaga de governador do Rio Grande do Sul; Paulo Skaf (PMDB), que tentou o mesmo cargo em São Paulo; e Moreira Mendes (PSD), que disputa uma vaga no Senado. Eles receberam, respectivamente, R$ 40 mil, R$ 100 mil e R$ 50 mil.
Bancada da bala
O repasse de cifras milionárias a candidatos a cargos eletivos não é mera questão de filantropia ou afinidade ideológica entre empresas e políticos. Por trás da ajuda financeira, como atestam os mais recentes movimentos da chamada “bancada da bala”, que reúne os parlamentares – financiados ou não pelo setor – simpáticos à ideia de armar a população. E a ação é recorrente e sistemática: dos 21 postulantes financiados em 2014, dez já haviam recebido doações do setor nas eleições de 2010.
Além de figuras como o próprio Arnaldo Faria de Sá, estão nessa lista de beneficiários costumeiros nomes como Onyx Lorenzoni (DEM-RS), com R$ 100 mil em doações (R$ 50 mil de cada empresa); Alberto Fraga (DEM-DF), com R$ 80 mil da Taurus; e Pompeo de Mattos (PDT-RS), que recebeu R$ 70 mil ao todo (R$ 50 mil da CBC e R$ 20 da Taurus). Não por coincidência, todos eles compõem a comissão que discute a revisão do Estatuto do Desarmamento.
O investimento traz frutos. Desde o início desta legislatura (2015-2018), intensificaram-se os trabalhos da comissão especial do PL 3722, de autoria do deputado Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC). O colegiado já realizou diversos debates e audiências públicas desde sua instalação. O mais recente ato da comissão foi formalizado na última quinta-feira (6), quando o deputado João Rodrigues (PSD-SC) apresentou requerimento para realização de mesa redonda, na Assembleia Legislativa de São Paulo, para discutir o projeto “com diferentes setores da sociedade”. Em tempos de discussão sobre a maioridade penal e os crescentes índices de criminalidade no país, deputados favoráveis ao projeto têm conseguido impor a pauta do colegiado.
As empresas armamentistas emplacaram oito “representantes” da comissão especial. Um deles está estrategicamente acomodado no posto de presidente do colegiado, o deputado Marcos Montes (PSD-MG), a quem cabe definir pauta e ritmo dos trabalhos. O instituto lembra que um dos membros da comissão, Alberto Fraga, recebeu os recursos da Taurus por meio do comitê de campanha do DEM, o que dificulta a identificação desse registro.
Fraga é um dos mais assíduos e atuantes no colegiado. “Não surpreende que seja dele o requerimento para ouvir o representante da indústria de armas e munições, uma forma clara de devolver o apoio que recebeu para se eleger”, observa o diretor-executivo do Sou da Paz, Ivan Marques, lembrando que o deputado já protocolou três propostas, apenas em 2015, “para ampliar o mercado de armas”.
Na linha de Fraga atua o presidente da comissão, Marcos Montes. Contemplado com R$ 40 mil para sua campanha em 2010 e R$ 30 mil para o pleito do ano passado, o parlamentar mineiro é autor de três projetos de lei que beneficiam a indústria de armas e munições: o PL 633/2015, que autoriza porte de arma a fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e dos órgãos do trabalho; o PL 805/2015, que concede o porte a agentes socioeducativos; e o PL 1102/2015, que estende a prerrogativa a deputados federais e senadores.
Estratégia
Como lembra o Sou da Paz, a indústria da bala visa ampliar seu leque de possibilidades ao investir no máximo de partidos e localidades possíveis. Em 2014, 13 legendas distribuídas em 15 estados receberam doações para as respectivas campanhas. PMDB e DEM, informa o instituto, concentram 54% do volume de verbas destinados às siglas. Candidatos e partidos de São Paulo e do Rio Grande do Sul, estados que abrigam as principais fábricas de armas, receberam 50% das doações.
“Este tema ganha especial relevância quando o projeto de reforma política em discussão no Congresso Federal, em sua versão atual, já aprovada pela Câmara dos Deputados, prevê a doação de empresas unicamente aos partidos, o que dificultará ainda mais a identificação dos parlamentares cujas campanhas foram financiadas por indústrias e interesses específicos”, diz Marques, acrescentando que o retorno dado às empresas pelos parlamentares financiados é rápido.
Na justificativa de seu projeto, Rogério Peninha critica a tramitação do atual estatuto. “A par do grande impacto que causaria na sociedade brasileira, o Estatuto do Desarmamento ingressou no mundo jurídico sem a necessária discussão técnica sobre seus efeitos ou, tampouco, sua eficácia prática para a finalidade a que se destinava: a redução da violência. Fruto de discussão tênue e restrita ao próprio Congresso, sua promulgação ocorreu bem ao final da legislatura de 2003, ou, como identifica o jargão popular, no ‘apagar das luzes’”, diz o deputado.
http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/industria-da-bala-doa-quase-r-2-milhoes-em-2014/

domingo, 9 de agosto de 2015

OLAVETES ATIRAM EM HAITIANOS. ALCKMIN SERÁ CÚMPLICE?

Não dá prá ficarmos em meio-termos: o chefe da Polícia Civial e da PM paulistas é o governador Geraldo Alckmin, do PSDB. Bomba é atirada contra o Instituto de um ex-presidente da República, ex-ministros são agredidos em lugares públicos, jornalista é ofendido na Av. Paulista. Quando o governador de SP vai exibir os culpados, devidamente presos? Ou Alckmin coloca-se ao lado do terrorismo de direita? Explique-se e aja, governador!


Haitianos baleados e fascistas soltos!



Por Altamiro Borges

No sábado passado (1), seis haitianos foram baleados na Baixada do Glicério, região central de São Paulo. O triste episódio não teve qualquer repercussão na mídia - nem nos programas policialescos que exploram a violência e estimulam o ódio na sociedade. Os feridos, entre eles uma mulher, foram internados no Hospital do Tatuapé, na zona leste da capital, com as balas alojadas nas pernas e nos quadris. Tudo indica que o ataque teve motivação politica, incentivado pela recente onda fascista na sociedade. Do carro em que foram feitos os disparos, um boçal gritou; "Haitianos, vocês roubam os nossos empregos" - relatou o jovem haitiano Patrick Dieudanne, que ajudou no socorro às vítimas. 

Segundo a União Social de Imigrantes Haitianos (USIH), entidade filiada à central sindical Conlutas, o atentado confirma o aumento da xenofobia no país. Recentemente, ela já havia denunciado o ataque a dois haitianos em Curitiba (PR). A entidade pretende acionar o Ministério da Justiça para investigar o episódio. "A associação irá denunciar e buscar justiça, bem como dar atendimento aos feridos e aos familiares das vítimas... Pedimos a todos os sindicatos, movimentos sociais e ativistas que ajudem na denúncia e apoiem essa luta da USIH", afirma Wilson Ribeiro, dirigente da Conlutas.

A cena deprimente faz lembrar, de imediato, o vídeo postado por um integrante do grupo 'Revoltados Online' no início de junho passado. Daniel Barbosa, trajando roupas militares, ameaçou um haitiano durante seu trabalho como frentista de um posto de gasolina de Canoas (RS). Xenófobo e racista, ele acusou o governo “comunista” de Dilma Rousseff de tirar o emprego de brasileiros para beneficiar os imigrantes. Ele também questionou o haitiano sobre treinamento militar. Após a ação fascista, a Rádio Guaíba revelou que o sujeito é um marginal, com várias passagens pela polícia gaúcha:

"A Polícia Civil começou a investigar as ofensas proferidas a um haitiano que trabalha num posto de combustíveis de Canoas, na região metropolitana. A 20ª Delegacia da Capital registrou a ocorrência ao identificar o caso via internet. Um vídeo foi feito pelo agressor e divulgado na rede mundial de computadores. A polícia não informou o nome do agressor, mas confirmou que, na sua ficha criminal, há antecedentes por roubo a estabelecimentos comerciais e sequestro. A TV Record identificou que o homem que aparece no vídeo é Daniel Barbosa”. Ainda segundo a rádio, o escrivão da 20ª Delegacia, Leonel Radde, registrou queixa contra o fascista por crime de preconceito racial.

Também na ocasião, o sempre antenado Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania, foi conferir a história bizarra. Ele descobriu que Daniel Barbosa é um dos chefetes do grupo fascista “Revoltados Online”, que organizou em março e abril as marchas pelo impeachment de Dilma e pela volta dos militares ao governo - e que está convocando um novo protesto para 16 de agosto. Até hoje, porém, nada foi feito para incriminar o fascista que ameaçou o jovem frentista. Agora, seis haitianos foram baleados. Até quando as autoridades públicas vão deixar impunes estes trogloditas, que pregam o ódio racial, o preconceito e atentam contra a democracia no Brasil? O ovo da serpente fascista já foi chocado e a impunidade só estimula novos e mais bárbaros atos de violência no país.
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/08/haitianos-baleados-e-fascistas-soltos.html#more

sexta-feira, 31 de julho de 2015

MÃO FORTE CONTRA O TERROR, ANTES QUE CAUSE VÍTIMAS



ATENTADO CONTRA INSTITUTO LULA 

ACENDE ALERTA VERMELHO

atentadolula
A bomba jogada contra entidade liderada pelo ex-presidente da República, na noite de quinta-feira, revela perigos que rondam o cenário político.
Tudo leva a crer que o ato terrorista teve origem em alguma franja da direita, animada pelo clima de ódio antipetista diuturnamente alimentado pelos principais meios de comunicação e líderes da oposição.
A escalada é notável, transitando das agressões verbais nas redes sociais para o terreno do enfrentamento físico.
O primeiro sinal veio com a coação de ex-ministros em restaurantes paulistanos, além de ataques irregulares contra sedes do PT.
No início da semana, o presidente fluminense do partido e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, tomou um empurrão que o jogou ao chão enquanto dava entrevista a alguns jornalistas.
Sentindo-se à vontade, de mãos livres para fazerem o que bem entendem, extremistas do conservadorismo agora aumentam a altura do sarrafo e miram na principal liderança da esquerda brasileira.
Seria irresponsabilidade afirmar que o atentado contra o Instituto Lula, cujos objetivos parecem ser intimidação e propaganda, representa prova de que a oposição de direita esteja saindo da institucionalidade para a violência.
Mas é cristalino que o discurso do reacionarismo, estimulando clima de caça às bruxas contra o petismo, identificando-o como campo político a ser aniquilado por todos os meios, está na origem da atual onda de truculência.
Basta ver a audácia dos que resolveram escolher Lula como alvo de suas intentonas. Não se trata mais de situações casuais e fortuitas, mas de operação planejada e armada, o que indica proliferação e recrudescimento de grupos dispostos ao terror.
Também chama atenção a reação frágil e intimidada do governo federal a respeito de fato tão relevante.
Ataque desta natureza contra um ex-presidente da República, ainda mais da estatura de Lula, sem o qual jamais a atual administração teria sido eleita e reeleita, exigiria resposta de alta intensidade, através de todos os canais possíveis.
Para começo de conversa, as investigações deveriam ser imediatamente federalizadas e caberia, à chefe de Estado, chamar rede nacional de rádio e televisão, com o intuito de proclamar claramente o repúdio ao ódio fascista e a determinação de empenhar todos os esforços para impedir sua difusão na sociedade.
A claudicante contraposição petista ao atentado da rua Pouso Alegre, no mais, revela as sequelas de uma estratégia conciliatória que foi incapaz de preparar o governo, os partidos de esquerda e os movimentos sociais para uma etapa como a atual, de radicalização do confronto entre projetos de nação.
Ao deixar intacto o monopólio da mídia, o petismo cevou seus piores inimigos, que agem como máquinas de animação e mobilização das entranhas mais apodrecidas do país, na busca de onda restauradora que possa colocar enterrar, a qualquer preço, o processo de mudanças iniciado com a eleição de Lula em 2002.
Mantendo ares de normalidade, o governo e o PT banalizam a gravidade dos acontecimentos, desorganizam sua própria militância e abrem alas para o conservadorismo seguir em seu movimento ascensional, que já combina hegemonia institucional com disputa das ruas e, agora, o recurso à violência.
A história, aliás, está repleta de exemplos sobre o que se passa quando as forças progressistas e democráticas comportam-se como avestruzes.
Ofensivas reacionárias, afinal, não costumam ser detidas com bom-mocismo, falta de audácia e encolhimento.
http://operamundi.uol.com.br/brenoaltman/2015/07/31/atentado-contra-instituto-lula-acende-alerta-vermelho/#.Vbv1148XBaM.facebook

quinta-feira, 30 de julho de 2015

MINISTRO CARDOZO JÁ MANDOU PRENDER O TERRORISTA DE MARICÁ?

MARCO ZERO: AGRESSÕES A LIDERANÇAS PETISTAS DEIXAM DE SER VERBAIS E PASSAM A SER FÍSICAS


Enquanto o sonolento e entediado ministro da Justiça José Eduardo Cardozzzzo defende um republicanismo que entrega a cabeça da presidenta Dilma às Salomés da oposição, a vida real mostra que as agressões ao governo e em especial a líderes petistas marcha do virtual para o real em ritmo acelerado.

Outro dia postei aqui DAS BENGALADAS EM JOSÉ DIRCEU AOS ATAQUES (POR ENQUANTO APENAS VERBAIS) A PETISTAS. O QUE VEM POR AÍ? . Ali, escrevi:

Em 2005, o criador do factóide do mensalão, àquela altura ainda deputado Roberto Jefferson, disse que José Dirceu despertava nele "instintos primitivos". Por conta desses tais instintos, ele atacou o petista e deu o show que a mídia queria, acusando-o de líder de um esquema de propinas. 
Embora, confessadamente, tenha recebido R$ 4 milhões, sem dizer o que fizera com o dinheiro, Jefferson virou o herói da mídia, por atacar o PT e especialmente José Dirceu.
A pressão era tanta que acabou levando um senhor de 67 anos a atacar o líder petista a bengaladas em plena Câmara. 
Agora, o mesmo atrevimento se espalha pelo país, com agressões verbais ao ex-ministro Mantega, ao prefeito Haddad, ao ex-ministro Padilha... 
Sem contar pilantras, como o líder do Revoltados Online, que usa suas agressões ao PT para vender camisetas e faturar algum dinheiro dos incautos.
(...) 
Tivemos até o caso de um agente da polícia federal que usou uma silhueta de Dilma como alvo para treinamento de tiro, expôs a cafajestada nas redes sociais e foi punido com... quatro dias de suspensão. 
A pergunta que me faço é a seguinte: estão esperando o assassinato de um petista, até mesmo da presidenta, para tomar alguma providência? 

Bom, agora os inimigos da democracia e do PT partiram para a primeira agressão física a uma liderança petista. O presidente do PT no Rio de Janeiro e prefeito de Maricá Washington Quaquá foi agredido covardemente pelas costas, enquanto dava entrevista a uma emissora de TV (veja o vídeo).

O que pode vir por aí, ministro Cardozzzzzo, enquanto V.Exa. defende um republicanismo de algibeira para livrar a própria imagem diante da mídia que açoita o governo que lhe acolhe?


http://blogdomello.blogspot.com.br/2015/07/marco-zero-agressao-liderancas-petistas.html?spref=fb

quarta-feira, 8 de julho de 2015

DISCURSO DE ÓDIO E A MÍDIA MUNDIAL: ENTENDA MELHOR

As máquinas de vender intolerância e preconceito

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Para compreender onda de fundamentalismo e crimes de ódio, que se espalha por países como EUA e Brasil, é indispensável examinar papel de certos programas de TV
Por Sandro Ari Andrade de Miranda
O crescimento dos crimes de ódio é um fenômeno global! Sustentada por preconceitos e por valores fundamentalistas, temos observado uma onda de violência desmedida em diversos lugares do planeta, exatamente no momento em que explodem os meios de comunicação, o que, em tese, deveria garantir maior acesso à informação.
O ataque a igrejas das comunidades negras nos Estados Unidos, o espancamento de casais homoafetivos nas metrópoles brasileiras ou, simplesmente, de pessoas que se acredita serem homoafetivos (como num caso recente onde pai e filho foram espancados por simples manifestação de carinho), o incêndio criminoso de mesquitas na França, o massacre diário de palestinos pelo governo de Israel, são apenas alguns exemplos de aberrações que vivenciamos todos os dias.
Pior do que isto, o simples ato de ser levantada opinião contrária à dos ofensores ou dos grandes meios de comunicação também acaba resultando em ameaças, perseguições e agressões. A internet, que deveria ser o caminho da disseminação das informações transformadoras, tem sido canal de propaganda da violência moral, da étnica, da sexual e da simbólica.
Se durante o Iluminismo a luta por liberdade de imprensa e de opinião resultou numa conquista sem precedentes para a humanidade, criando os alicerces para a derrubada de impérios absolutistas, no mundo contemporâneo, na maior parte das vezes, os meios de comunicação não oferecem suporte à democratização da sociedade. Infelizmente, não são raros os exemplos onde a mídia de massa funciona como elemento de fomento a ódios, preconceitos e violência desmedida, como no caso do nazismo, do fascismo, e da islamofobia instaurada depois de 11 de setembro.
Os meios de comunicação, especialmente os canais de televisão, cumprem um papel decisivo no fomento ao preconceito, especialmente através da construção de arquétipos, de personagens onde o oprimido é sempre objeto de piadas. Portanto, os grandes meios de comunicação, dominados por oligopólios e grupos conservadores, também são o ponto de partida para vários crimes de ódio.
Num evento pré-campanha eleitoral em 2014, a novela Meu Pedacinho de Chão da Rede Globo de televisão, direcionada a um público infanto-juvenil, com primoroso trabalho estético e com rara qualidade de direção e interpretação, mesmo com sua projeção atemporal, apresentou todos os personagens negros como empregados, criticou o direito de voto dado aos analfabetos, uma conquista democrática de 1988, sem questionar a origem do problema, transformando trabalhadores analfabetos em pessoas desinteressadas na aprendizagem e converteu o Coronel, vilão da história, em herói redimido, num gritante retrocesso em relação ao roteiro da novela original, que foi construída sobre o alicerce da crítica social.
O que era para ser uma obra de arte, nos momentos citados foi palco para a disseminação de preconceitos de forma subliminar, e reforço para a campanha de ódio contra formas de pensar democráticas que é exercitado no dia a dia pelos telejornais da emissora. Por sinal, as novelas da Rede Globo, com raras exceções, sempre foram instrumentos de construção de arquétipos destinados ao controle dos avanços sociais. Vejam o exemplo “do bom e do mau sem-terra” no péssimo roteiro da reprisada novela O Rei do Gado, uma “obra-prima do preconceito”.
E aqui nem falo de uma recente novela das 18 horas (Buggy Uggy) ambientada na década de setenta, que tinha um militar moralista como “pai de família exemplar”, e não fez qualquer referência aos crimes praticados durante a “ditadura verde oliva” exercitados na mesma época. Também nem falo da reiterada imposição da “ditadura da maternidade” pelas novelas como única forma concreta de realização feminina. Normalmente as personagens que não sonham em ser mães são apresentadas como vilãs ou satirizadas, em síntese: mais uma forma de preconceito propagandeado.
Nesses folhetins televisivos vemos a construção de “bons políticos” que pregam discursos de um moralismo lamentável, enquanto passam o tempo todo convivendo de forma pacífica com seus parceiros e “bons correligionários”: latifundiários, grandes empresários, jornalistas com condutas duvidosas e famílias tradicionais. Ou seja, “nas novelas globais, o bom político é sempre aquele que defende o ideário e os interesses da emissora, mesmo que estes estejam em conflitos com o avanço da Democracia”.
No ano de 2011 os canais da Discovery divulgaram um interessante documentário sobre o “perfilhamento racial” nos Estados Unidos e a forma como a polícia, mesmo em Illinois, reduto eleitoral de Barak Obama, continua prendendo pessoas de forma indiscriminada e sem justificativa com base em elementos étnicos, muitos dos quais terminam na morte dos acusados, sempre negros, pela ação policial.
Em algumas situações observamos a autovitimização do opressor como instrumento de pregação do preconceito e de perpetuação do poder dominante, como nos discursos inflamados de brancos contra as políticas de quotas e de ação afirmativa, ou a patética conduta de alguns parlamentares e religiosos brasileiros defendendo o “orgulho hetero”, num claro ato de homofobia.
Aliás, enquanto o direito civil caminhou durante milhares de anos, desde a sua matriz romano-germânica, para reconhecer que não existe direito “de família”, mas “de famílias”, em suas diversas formas, observamos a lamentável tentativa de retrocesso, com a tramitação no Congresso Nacional brasileiro, do projeto de Lei do Estatuto da Família, mais um arremedo de fundamentalismo, sexismo e homofobia.
O uso de símbolos opressivos ainda é pouco enfrentado na sociedade brasileira, mesmo que a violência simbólica seja criminalizada na “Lei Maria da Penha”. Este tipo de violência ainda é visto por determinados setores da sociedade como não violência, como algo que afeta apenas a subjetividade das vítimas. Assim, a violência simbólica segue servindo como ponte para diversos tipos de preconceitos, ou como porta de passagem para a violência física sem nenhum tipo de controle.
Portanto, se formos buscar a fonte da disseminação inconsequente dos crimes de ódio, não poderemos deixar de questionar o papel dos meios de comunicação de massa, ou da ação de alguns ocupantes de assentos nos Parlamentos. Enquanto aceitarmos de forma acrítica que valores conservadores sejam impostos às nossas casas todos os dias pelo rádio, televisão ou internet, ou que o presidente da Câmara vá ao púlpito do Congresso para ofender minorias, ou negarmos a violência simbólica, ainda continuaremos convivendo com a chaga do preconceito!
http://outraspalavras.net/blog/2015/06/30/as-maquinas-de-vender-intolerancia-e-preconceito/#more-10809