terça-feira, 1 de setembro de 2015

O SILÊNCIO DE ZÉ DIRCEU NA FARSA DA CPI



PORQUE DIRCEU PERMANECEU EM SILÊNCIO NA CPI DA PETROBRAS

Os jornais de hoje noticiam que José Dirceu, seguindo a orientação de seu advogado, Roberto Podval, permaneceu em silêncio, como é direito seu, na reunião da CPI da Petrobras em Curitiba (PR). O motivo da decisão é o fato de que Dirceu ainda não foi ouvido pela Justiça Federal. E um depoimento político não pode anteceder um depoimento jurídico. “Acho prematura essa convocação porque o ex-ministro sequer foi denunciado pela Procuradoria da República. Dirceu é investigado, está preso, mas não é réu. Até por respeito ao próprio Judiciário não pode falar à CPI antes de falar com o juiz. Esta é a minha orientação”, disse  Podval na quinta-feira.
Hoje, Podval reiterou este argumento. De acordo com o Estado de S. Paulo, o criminalista explicou que Dirceu é alvo de investigação e está prestes a ser denunciado criminalmente pela Procuradoria. Assim, qualquer coisa que ele fale pode prejudicar o cliente, já que não se conhece a acusação. Ainda de acordo com o jornal, Podval disse que a CPI ‘faz parte do jogo político’. “Na maioria, na medida do possível, as pessoas (parlamentares) foram educadas, corretas, tirando uma ou outra pergunta desnecessária, me parece. O jogo político não é a minha praia, trabalho no meio jurídico. Era o que deveria ser feito (Dirceu em silêncio). Talvez a CPI tenha sido desnecessária na medida em que está atrasada em relação a investigação. A CPI está vindo depois da investigação. É difícil colher dados em uma CPI quando a investigação está aí, as pessoas já estão presas. Fica difícil a CPi trabalhar.”

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