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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

NO LANÇAMENTO DO "PRIVATARIA TUCANA", LIÇÕES SOBRE SERRA E O PSDB

Um debate sensacional no lançamento do livro "A Privataria Tucana" entre o autor, Amaury Ribeiro Jr., Protógenes Queiróz e Paulo Henrique Amorim. Meu amigo Irani Lima e eu estávamos na fila do gargarejo.
O importante são os dados ditos, em tom informal, pelos participantes. Vejam e compartilhem:

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A CUMPLICIDADE DA MÍDIA COM A PRIVATARIA

A mídia não sabe o que fazer com o livro

Por Gilberto Maringoni em 14/12/2011 na edição 672
Reproduzido da Agência Carta Maior, 13/12/2011; título original “A mídia não sabe o que fazer com ‘A privataria tucana’”
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Há uma batata quente na agenda nacional. A mídia e o PSDB ainda não sabem o que fazer com A privataria tucana, de Amaury Ribeiro Jr. A cúpula do PT também ignora solenemente o assunto, assim como suas principais lideranças. O presidente da legenda, Rui Falcão, vai mais longe: abriu processo contra o autor da obra, por se sentir atingido em uma história na qual teria passado informações à revista Veja. O objetivo seria alimentar intrigas internas, durante a campanha presidencial de 2010. A frente mídia-PSDB-PT pareceria surreal meses atrás.
Três parlamentares petistas, no entanto, usaram a tribuna da Câmara, na segunda-feira (12/12), para falar do livro. São eles Paulo Pimenta (RS), Claudio Puty (PA) e Amaury Teixeira (BA). O delegado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) começa a colher assinaturas para a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquéritosobre os temas denunciados no livro. Já o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) indagou: “Nenhum jornalão comentou o procuradíssimo livro A privataria tucana. Reportagens sobre corrupção têm critérios seletivos?”
O silêncio dos coniventes
O silêncio maior, evidentemente, fica com os meios de comunicação. Desde o início da semana passada, quando a obra foi para as livrarias, um manto de silêncio se abateu sobre jornais, revistas e TVs, com a honrosa exceção de CartaCapital.
As grandes empresas de mídia adoram posar de campeãs da liberdade de expressão. Acusam seus adversários – aqueles que se batem por uma regulamentação da atividade de comunicação no Brasil – de desejarem a volta da censura ao Brasil.
O mutismo sobre o lançamento mais importante do ano deve ser chamado de que? De liberdade de decidir o que ocultar? De excesso de cuidado na edição?
Um curioso espírito de ordem unida baixou sobre a Rede Globo, a Editora Abril, a Folha de S.PauloO Estado de S.Paulo e outros. Ninguém fura o bloqueio da mudez, numa sinistra brincadeira de “vaca amarela” entre senhores e senhoras respeitáveis. Que acordo foi selado entre os grandes meios para que uma das grandes pautas do ano fosse um não tema, um não-fato, algo inexistente para grande parte do público?
Comissão da verdade
Privatização é um tema sensível em toda a América Latina. No Brasil, uma pesquisa de 2007, realizada pelo jornal O Estado de S.Paulo e pelo Instituto Ipsos detectou que 62% da população eram contra a venda de patrimônio público. Nas eleições de 2006, o assunto foi decisivo para a vitória de Lula (PT) sobre Geraldo Alckmin (PSDB).
Que a imprensa discorde do conteúdo do livro, apesar da farta documentação, tudo bem. Mas a obra é, em si, um fato jornalístico. Revela as vísceras de um processo que está a merecer também uma comissão da verdade, para que o país tome ciência das reais motivações de um dos maiores processos de transferência patrimonial da História.
Como ficarão as listas dos mais vendidos, escancaradas por jornais e revistas? Ignorarão o fato de o livro ter esgotado 15 mil exemplares em 48 horas?
O expediente não é inédito. Há 12 anos, outra investigação sobre o mesmo tema – o clássico O Brasil privatizado, de Aloysio Biondi – alcançou a formidável marca de 170 mil exemplares vendidos. Nenhuma lista publicou o feito. O pretexto: foram vendas diretas, feitas por sindicatos e entidades populares, através de livreiros autônomos. O que valeria na contagem seriam livrarias comerciais.
E agora? A privataria tucana faz ótima carreira nas grandes livrarias e magazines virtuais.
Deu no New York Times
O cartunista Henfil (1944-1988) costumava dizer, nos anos 1970, que só se poderia ter certeza de algo que saísse no New York Times. Notícias sobre prisões, torturas, crise econômica no Brasil não eram estampadas pela mídia local, submetida a rígida censura. Mas dava no NYT. Aliás, esse era o título de seu único longa metragem, Tanga: deu no New York Times, de 1987. Era a história de um ditador caribenho que tomava conhecimento dos fatos do mundo através do único exemplar do jornal enviado ao seu país. As informações eram sonegadas ao restante da população.
Hoje quem sonega informação no Brasil é a própria grande mídia, numa espécie de censura privada. O título do filme do Henfil poderia ser atualizado para “Deu na internet”. As redes virtuais furaram um bloqueio que parecia inexpugnável. E deixam a mídia bem mal na foto...
***
[Gilberto Maringoni, jornalista e cartunista, é doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP) e autor de A Venezuela que se inventa – poder, petróleo e intriga nos tempos de Chávez (Editora Fundação Perseu Abramo)]

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O LIVRO QUE DESTRÓI O POLÍTICO JOSÉ SERRA

Amaury desafia os privatas da mídia

Por Altamiro Borges

Na entrevista aos blogueiros na noite de sexta-feira (9), o jornalista Amaury Ribeiro Jr., autor do livro “A privataria tucana”, não escondeu a sua bronca contra os barões da mídia. No ano passado, em plena guerra eleitoral, ele foi alvo do linchamento da velha imprensa, que o acusou de quebra de sigilo fiscal e de fabricar dossiês contra os chefões do PSDB. Agora, eufórico, ele dá o troco!

Logo na primeira resposta às dezenas de perguntas feitas em mais de duas horas de conversa ao vivo (via tuitcam), ele criticou os privatas da mídia, que bancaram as privatizações no reinado de FHC e esconderam os seus crimes – lavagem de dinheiro, paraísos fiscais, enriquecimento de pessoas ligadas a José Serra e outras tramóias, “no maior assalto ao patrimônio público brasileiro”.

Provas contra veículos e “calunistas”

Durante a entrevista, Amaury fez várias denúncias contra veículos e “calunistas” da mídia. Garantiu ter documentos que comprovam o envolvimento na privataria de jornalões e emissoras de televisão. “Na venda da Light, a dívida milionária da Rede Globo sumiu”. Entre outros alvos, ele desafiou abertamente o pitbull da Veja, revelando os seus laços “empresariais” com chefões do tucanato.

A leitura do livro “A privataria tucana” indica que o jornalista – que já recebeu um tiro por causa das suas reportagens e ganhou inúmeros prêmios – não está blefando. Ele se exalta quando fala das suas investigações, mas não é bravateiro. A obra, com 343 páginas, apresenta dezenas de documentos oficiais comprovando a roubalheira das privatizações. Não tem adjetivos, mas provas concretas, irrefutáveis!

O “ético” José Serra 

Há mais de dez anos que Amaury investiga as conexões entre a onda privatizante e a abertura de contas nos paraísos fiscais do Caribe – “onde se lava mais branco não somente o ‘dinheiro sujo da corrupção’, mas também o do narcotráfico, do contrabando de armas e do terrorismo”. Esse trabalho, quase insano, é que lhe permitiu chegar aos endereços de vários chefões tucanos.

O livro comprova, com farta documentação, as sinistras movimentações financeiras de Verônica Serra, filha do “ético” candidato do PSDB, e as de seu marido, Alexandre Bourgeois. Mostra como eles seguiram as trilhas criminosas do ex-tesoureiro de Serra e eminência parda das privatizações, Ricardo Sérgio de Oliveira. Descreve ainda as ligações perigosas com o banqueiro Daniel Dantas.

Abalos no império midiático

O livro é demolidor, devastador! Não é para menos que já se cogita a abertura de uma CPI para apurar os crimes da privataria e que as lideranças dos movimentos sociais já discutem a idéia de se convocar uma “marcha contra a corrupção tucana”. Não é para menos que a mídia venal não dá uma linha sobre o livro, que vendeu mais de 15 mil exemplares em menos de 48 horas.

Amaury Ribeiro está agitado, elétrico. Ele tem muito para falar e escrever. “Não tenho medo de nada”. Os barões da mídia que se cuidem! Um escândalo abalou o império do Rupert Murdoch no Reino Unido. O livro “A privataria tucana” também pode servir para desvendar os segredos da mídia nativa, as suas ligações com os assaltantes do patrimônio público e com a lavagem de dinheiro nos paraísos fiscais.

http://altamiroborges.blogspot.com/

terça-feira, 6 de setembro de 2011

LIVRO CONTA AS MARACUTAIAS DO PSDB E DO SERRA


Privatas do Caribe: Amaury vem aí!

publicada segunda-feira, 05/09/2011 às 21:35 e atualizada segunda-feira, 05/09/2011 às 21:43
 por Rodrigo Vianna

Uma das fotos que Amaury deve utilizar no livro...
Na tela do computador, o título chamativo:  “A GRANDE LAVANDERIA”. Logo abaixo, um pequeno resumo explica o que são ”as ilhas que lavam mais branco…”. Ilhas do Caribe. É o capítulo 4, de um total de 15, que já seguiram para a editora. Agora, falta a revisão final. E depois tudo vai para a gráfica. À frente do computador, o jornalista responsável pela investigação: Amaury Ribeiro Júnior.“Olha essa frase, tá bom isso, ocê não acha? Hem, hem?” Ele saboreia cada capítulo como se fosse um filho.
“Siga o dinheiro, ele sempre conta a história”, diz Amaury, resumindo o foco de uma apuração que durou 10 anos. O repórter premiado começou a investigar os caminhos (e descaminhos) dodinheiro das privatizações da Era FHC quando ainda era repórter de “O Globo”. Pergunto se conseguiu publicar alguma coisa no jornal carioca: “ocê é doido, rapaz, eles não mexem com isso não”.
O Amaury tem um jeito de matuto. Numa profissão em que jovens jornalistas gostam de se vestir como se fossem executivos do mercado financeiro, ele  prefere a simplicidade. E com esse jeito de mineiro que não está entendendo bem o que se passa em volta, consegue tudo: papéis, documentos, informações. Sobre a mesa de trabalho, o caos criativo. Parte daquela papelada vai parar no livro, na forma de anexos: são documentos que ajudam a contar a história.  ”Tá bom o livro, não tá? Hem, hem?”. Quase todas as frases do Amaury terminam com esse “hem, hem!”.  
Um outro colega passa em frente à mesa do Amaury, e finge que vai levar parte dos documentos: “Ocê é doido, faz isso não”. Depois, emenda uma frase meio enrolada. Parece que ele usa aquela tática do velho Miguel Arraes: metade do que o Amaury diz a gente não entende. Mas o que ele escreve é fácil de entender.
O capítulo 4 conta a história da Citco, empresa com sede nas Ilhas Virgens Britânicas. “E o que é a Citco?” eu pergunto. “A Citco é uma espécie de barco dos corsários, é por ali que o dinheiro circula”. Segundo Amaury Ribeiro Junior, a Citco é especializada em abrir empresas “offshore”. O termo vem da época dos corsários de verdade: “eles saqueavam os mares, e depois escondiam o fruto dos saques ’offshore’, ou seja, fora da costa, longe dos olhos das pessoas”, explica o repórter.
Em setembro de 2010, publiquei aqui no Escrevinhador um aperitivo sobre o tema: “Citco, esse é o mapa da mina” . Agora, recebo mais mais detalhes, que estarão no livro. Quem já usou esse esquema, Amaury? “Os doleiros do Banestado usavam, a turma da Georgina usava nas fraudes da Previdência, e a turma que faturou com as privatizações também usou”. É o que Amaury vai explicar (e provar, ele garante) no livro “OS PRIVATAS DO CARIBE”. Hoje, ele me mostrou alguns capítulos. Já estão todos prontos. Os títulos dão uma pista do que vem por aí:
- “OS TUCANOS E SUAS EMPRESAS-CAMALEÃO”
“OS SÓCIOS OCULTOS DE SERRA”
“MISTER BIG, O PAI DO ESQUEMA”
“A FEITIÇARIA FINANCEIRA DE VERÔNICA”   
“DOUTOR ESCUTA, O ARAPONGA DE SERRA”.
Quais são as empresas camaleão? Quem administrava as empresas? Quais foram as feitiçarias de Verônica? E quem é o “doutor escuta”? Tudo isso o Amaury promete  contar em detalhes.
Aqui, no “VioMundo” do Azenha, você lê um dos capítulos. 
Vocês se lembram que, durante a campanha eleitoral de 2010, Amaury foi acusado de quebrar o sigilo da família de Serra, num esquema que serviria ao PT. Amaury nega tudo. Ele tem certeza que as acusações – publicadas com destaque na imprensa serrista – eram uma retaliação: “os tucanos sabiam que eu tinha investigado isso tudo, e que a investigação ia virar livro, tentaram me queimar”. Na reta final da eleição, um emissário de Serra chegou a procurar Amaury. Ligou até na redação da Record atrás dele. Amaury acha que os tucanos queriam propor algum tipo de acordo…
Ao fim da campanha, com Serra derrotado, muita gente chegou a duvidar da existência do livro sobre as privatizações. ”O Amaury blefou”, diziam alguns leitores. A turma do PSDB mesmo deve ter achado que ele não teria coragem de publicar os resultados da investigação de uma década. Agora, podem ter uma surpresa.
Mas não pensem que o livro ficará barato para o PT. Amaury mostra como ele virou pivô de uma luta interna nos bastidores da campanha de Dilma. Um capítulo inteiro é dedicado a essa história:“COMO O PT SABOTOU O PT”.
 Amaury só não explica uma coisa: como é que consegue escrever livro sobre dinheiro no Caribe, produzir reportagens especiais pra TV em São Paulo e ainda administrar “a melhor pizzaria do Brasil”. A pizzaria fica em Campo Grande (MS).
“Mas Amaury, repórter dono de pizzaria é piada pronta”, provoco. “Ocê precisa experimentar minha pizza, é a melhor do Brasil”, ele diz, maroto. E emenda mais uma frase incompreensível sobre mussarela e calabresa. 
A pizza eu não quero. Prefiro o livro.


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