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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ARGENTINA CONSEGUE DEMOCRATIZAR A MÍDIA

Argentina avança: “os meios foram desmascarados”

publicada terça-feira, 03/01/2012 às 19:47 e atualizada terça-feira, 03/01/2012 às 19:47
Por Juliana Sada
Governo com apoio popular, oposição desacreditada e meios de comunicação perdendo a influência. São esses elementos que possibilitaram ao governo argentino de Cristina Kirchner avançar em questões espinhosas como a democratização dos meios de comunicações e o julgamento de militares envolvidos com a ditadura.
A opinião é do senador Daniel Filmus, do Partido Justicialista, que foi ministro da Educação durante o governo de Néstor Kirchner.
Em passagem pelo Brasil para participar do Ciclo de Debates sobre Direitos Humanos, Justiça e Memória, da Flacso, Filmus conversou com o Escrevinhador.
Na entrevista, Filmus comentou as prioridades do novo mandato de Cristina,  falou sobre as alianças na América Latina; e explicou como estão sendo os processos de julgamento de militares e de implantação da “ley de medios”.
Hoje você disse que a pauta dos direitos humanos não havia sido apropriada pelo conjunto da sociedade. Como que essa pauta avançou até chegar à condenação de muitos militares?
Eu acredito que há dois aspectos. Em primeiro lugar, a chama se manteve viva devido ao trabalho das avós, das mães, dos filhos e dos organismos de direitos humanos que tentavam colocar esse tema na agenda. Mas a minha opinião é que era um tema de minoria, não um assunto massivo. Inclusive, quando havia as manifestações – que acontecem todos os anos e marcam o aniversário da ditadura militar – se via que o núcleo era o mesmo e, em geral, de gente madura.
Outro aspecto é que Néstor Kirchner tomou esse tema como um assunto central. Na sua avaliação não se podia reconstruir uma sociedade, que se havia estragado não apenas pela ditadura mas também pelas políticas neoliberais, sem recuperar a memória. E ele avançou na direção de colocar o tema como central, inclusive enfrentando a resistência de muitos setores que, por medo ou cumplicidade, não queriam avançar nesta direção.  Foi ele que realmente pôs o corpo para que este tema estivesse na agenda.
Há alguns dias Cristina Kirchner voltou ao assunto pedindo que se avançasse mais nos julgamentos. Porque como são justiças estaduais não se avança com a mesma rapidez em todos os lugares.
Durante o processo quais foram os principais problemas encontrados?
Depois do julgamento [na década de 80] das juntas, onde se prenderam as cúpulas dos governos militares, houve um retrocesso. Primeiro por duas leis, a lei de obediência devida e a lei de ponto final. A primeira só culpava as cúpulas, porque todos os outros obedeciam a ordens, mesmo que tivessem torturado e matado. A outra lei fixava uma data e o que não se havia julgado até o momento ficaria para trás. Outro retrocesso foi a lei do indulto, que permitiu que alguns que haviam sido condenados fossem perdoados.
Houve um retrocesso por conta dos próprios militares e por cumplicidade de muitos civis, de alguns setores que havia sido cúmplices na época da ditadura. Parecia que estava tudo perdido, que uma pessoa estaria condenada a andar pela rua e encontrar um genocida, um torturador em qualquer lugar.
Hoje em dia essa gente está sendo julgada. Não foi fácil porque a Justiça também resistiu a fazê-lo, foi necessário trabalhar muito e temos o orgulho de dizer que isso está sendo feito com as leis que temos, não há leis especiais, não há juízes especiais, a própria Justiça argentina, sem ter ditado nenhuma norma específica, está indo nessa direção.
E sobre a lei de telecomunicações, que parece ser uma briga muito maior, como foi aprová-la e agora implantá-la? 
Bom, como você pode imaginar os próprios meios, que são monopólicos na Argentina e monopolizam também a fabricação de papel, se opuseram à lei de telecomunicações. Não foi só o partido oficial, senão muitas outras forças coincidiram que era necessário democratizar, ter pluralidade de vozes e de olhares e que era necessário desmonopolizar.
Outros setores não, alguns que historicamente concordavam que era necessário desmonopolizar preferiram estar do lado dos meios e a oposição foi muito forte. O governo nacional suportou em alguns casos 50 capas de diários seguidas contra ele, vindas dos jornais mais poderosos da Argentina e segue suportando. Mesmo com Cristina Kirchner sendo eleita com 54% dos votos, já no dia seguinte o título era negativo.
Há alguns aspectos da lei de telecomunicações em que se há avançado e outros que ainda falta avançar porque em alguns lugares os juízes acataram recursos apresentados pelos meios. Estamos discutindo na Justiça alguns aspectos, outros não, já avançaram: as universidades podem ter suas rádios e tevê; e a cada município se outorgou uma frequência FM. Estas são as coisas que avançaram e outras ainda estão pendentes porque a Justiça está retendo.
E onde o governo encontrou apoio para avançar nessas mudanças?
A particularidade deste governo é que recorreu fortemente ao apoio popular. Eu te dizia que nas mobilizações de aniversário da ditadura iam umas três mil pessoas, mas na última foram 200 mil pessoas e todos jovens, que não viveram o governo militar. Como aconteceu isso, como foi isso, porque os jovens se incorporaram tem a ver com o fato de que quem lidera não vai atrás do que diz a opinião publica e sim conduz a opinião pública, em certo sentido. Se não como pode diante de um ataque tão forte dos meios de comunicação, conseguir os 54%? Realmente, implica que as pessoas já não acreditam taxativamente no que dizem os meios de comunicação. Os meios têm uma influência muito maior nas grandes cidades. No meu caso, eu fui candidato à prefeitura de Buenos Aires e fiquei em segundo. Não conseguimos ganhar a cidade, onde a presença dos meios é muito maior que em outros locais do país.
Eu me lembro de ter conversado uma vez com Lula e que ele comentou que análises mostravam que uns 87% das notas nos jornais haviam sido contrárias a ele e ele ganhou as eleições. Então, creio que hoje já se produz um efeito inverso, as pessoas desacreditam dos meios. O resultado de tudo isso é que se desnudou a essência, de que não há meios independentes e que eles têm uma posição, que, nesse caso particular, é contra o governo.
E que diferenças há nesse novo governo da Cristina, em relação ao outro? Que mudanças há no cenário político?
O primeiro governo Kirchner ganhou com os 22% dos votos [no primeiro turno, em 2003] e Cristina Kirchner teve na primeira eleição 45% e agora 54%. Então, uma coisa que muda é que cresce o apoio e, por outro lado, há o descrédito da oposição. A segunda força teve 40 pontos a menos. Assim que há uma incapacidade da oposição em apresentar uma alternativa. E também muda que os meios estão desmascarados em sua verdadeira natureza, que não são independentes e tem uma posição de defesa das grandes corporações.
Há pouco eu fiz um artigo que dizia que no dia seguinte das eleições, em que Cristina teve os 54%, os meios seguiram com a mesma estratégia e a oposição teve a mesma estratégia: de não ver nada positivo no governo, não destacar nada e dizer que estava tudo mal. E as corporações tiveram a mesma estratégia, com uma corrida cambial para que o governo desvalorize e com isso que se deteriore o consumo popular.
Cristina outro dia falou de algo que chamamos de “sintonia fina”. Nós assumimos o governo em 2003 com 25% de desocupados e com duas de cada três crianças pobres. Já em 2007, se teve que fazer outra coisa, Néstor falava de sair do inferno, já tínhamos saído do inferno. A Argentina vinha crescendo, mas havia que consolidar o crescimento e avançar em leis que democratizassem a sociedade, como a lei de telecomunicações e a lei de casamento igualitário e também as políticas de dotação [orçamentária] universal por filho, na qual cada criança tem uma renda garantida, trabalhe ou não o chefe de família; de nacionalização dos fundos de aposentadoria e de grandes empresas como água, energia e as Aerolíneas Argentinas, que haviam sido privatizadas. É uma segunda geração de medidas de transformação e mudança, que tem a ver com igualdade e com a ampliação de direitos.
Agora, quando se fala em sintonia fina, não é o crescimento em geral, há que se estudar a questão de competitividade e produtividade área por área para ver qual setor necessita de atenção. Isto não se alcança somente com a acumulação de reservas, quando assumimos havia 12 bilhões de dólares e hoje temos 45 bilhões, mas reestruturamos e pagamos a dívida externa. Tínhamos uma dívida externa de um PIB e meio e agora é de 37% do PIB argentino.
A decisão de em que área atrair investimentos exige decisões sobre o uso de recursos. Como propôs a presidenta sobre toda a luz e gás, que estavam subsidiados para todos e por igual, agora vamos focar nos que menos têm. Vamos tomar medidas mais drásticas em torno de gerar igualdade e focalizar naqueles setores que ficaram mais atrasados. Isto gera inclusive uma discussão com certos setores dos trabalhadores que tiraram vantagens durante esse processo por estarem em segmentos muito mais modernos da economia.
O governo propõe a chamada sintonia fina que é, por exemplo, ampliamos muito da matrícula escolar mas não melhoramos tanto a qualidade do ensino; ampliamos muito a cobertura sanitária mas não melhoramos muito a qualidade do atendimento. Então, a esta altura faltam coisas muito mais finas.
Leia a íntegra no excelente blog:


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

PAULO HENRIQUE E O PIG NA IMPRENSA ARGENTINA

Página/12: pauladas em
Cristina para acertar a Dilma

    Publicado em 02/01/2012
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Cristina y Dilma, en la mira de los PIG, según un reconocido periodista

Saiu no influente Página/12 da Argentina, na primeira página:

Palos a Cristina para pegarle a Dilma


Paulo Henrique Amorim, uno de periodistas más influyentes de Brasil, está entre las personas detestadas por los ejecutivos de la cadena Globo, donde trabajó por más de una década.


Por Darío Pignotti


Desde Brasilia


“La prensa brasileña, con Globo a la cabeza, tiene por costumbre hacer chanchadas como demonizar a la presidenta Cristina para reprocharle las reformas en la legislación de medios.” Dicen que Paulo Henrique Amorim, uno de periodistas más influyentes de Brasil, está entre las personas más detestadas por los ejecutivos de la cadena Globo, donde trabajó por más de una década. “Conozco a la maquinaria de Globo por dentro, la vi funcionar cuando fui editor y después corresponsal en Nueva York, entre 1985 y 1996, sé como orquestaron una campaña para destruir la reputación de Lula en las elecciones del ’89. Las campañas sucias contra gobernantes que los ponen incómodos son habituales acá y, salvando las distancias, se repiten ahora contra Cristina. Esto que digo sobre Globo alcanza a otros grandes medios a los que he dado en llamar Partido de la Imprensa (prensa en portugués) Golpista (PIG)”, senala el periodista. “El PIG se horroriza ante lo que sucede en la Argentina, es el ejemplo a no seguir; imagínese si Dilma resolviera hacer lo que hizo Cristina, por eso la colocan ante un pelotón de fusilamiento… por eso aparecen editoriales diciendo que hay una Democradura en Argentina. Un absurdo… en materia de comunicaciones, Brasil es una dictadura perfecta.”


La entrevista con Amorim se inició hace dos meses en el aeropuerto de Porto Alegre, donde un grupo de señoras lo observaba insistentemente, hasta que una de ellas se acercó hasta mí para preguntar: “¿El es Amorim, el de la televisión?”. El diálogo fue retomado la semana pasada telefónicamente, desde San Pablo, donde se desempeña como uno de los conductores de la Red Record, la única que disputa en algunos horarios el liderazgo todavía incontestable de Globo.


Una suerte de movimiento de “Indignados” frente al bloque informativo dominante comienza a observarse en Brasil, proceso vigoroso, pero que aún permanece en los bordes del sistema, dado que aún no hizo pie en la televisión, ni cuenta con el apoyo de un diario de alcance nacional.


Encabezando esta guerrilla informativa hay centenas de blogueros y sites independientes como Carta Maior, Vermelho, Opera Mundi, Brasil Atual identificados con un bandera común: la sanción de una ley de medios.


En las últimas semanas de su gobierno, Lula bendijo al movimiento insurreccional concediéndole una entrevista en el Palacio del Planalto y elaborando un bosquejo de legislación heredado por Dilma Rousseff.


Paulo Henrique Amorim se cuenta entre los pocos, o poquísimos, conductores de televisivos de gran audiencia alineado con los reclamos que vienen de la prensa genéricamente llamada “alternativa”. Por eso sus filípicas resultan particularmente incómodas para los herederos de Roberto Marinho, patriarca del grupo Globo fallecido en 2003.


“Brasil precisa despertar, y creo que está despertando; Globo es poderosa, pero no todo lo que fue; Globo quiso, pero no pudo impedir que Lula sea electo y reelecto, quiso y no pudo impedir que gane Dilma. La familia Marinho es una amenaza a la democracia.”


Una hipotética ley de comunicación debería acabar con el modelo “monopólico donde la familia Marinho abusa de la propiedad cruzada de medios para asfixiar la competencia, en Río de Janeiro son dueños de todo, hasta del Cristo Redentor, la fundación Marinho limpió el Cristo Redentor, y el próximo paso que esperan dar es adueñarse del Mundial de 2014”. El método del mayor multimedios de América latina, sostiene Amorim, se sintetiza en una línea: “Proscribir todo debate con un mínimo de interés en el cambio”.


“Si dependiese de la familia Marinho, se interrumpirían los movimientos de rotación y traslación de la Tierra, ellos no quieren cambiar nada”, refuerza. Siguiendo la lógica de un partido político, “Globo actuó como oposición golpista contra Lula y retrasa hasta las transiciones más modestas en un país como el nuestro, donde nunca descollamos por los cambios a gran velocidad”.


“Brasil fue el último país que liberó a los esclavos (fines del siglo XIX) y para que nadie se sintiera amenazado se quemaron los archivos; un siglo después vino la transición hacia la democracia, una transición puerca, porque en el ’85 asumió la presidencia un colaborador de los militares, José Sarney. Y seguimos esperando la transición completa porque hasta hoy se obstruye toda investigación sobre la dictadura.”


El 18 de noviembre, Rousseff promulgó la Comisión de la Verdad, a la que atribuyó poderes para averiguar y ventilar los delitos perpetrados bajo el régimen de facto. El lobby militar y el “boicot” del grupo Globo serán, apunta Amorim, dos factores de poder que opondrán “total resistencia” a una comisión que, según la ley, sólo procurará develar a los responsables de asesinatos, desapariciones y torturas, pero no impulsará el juzgamiento de nadie. “Si la comisión avanza, inevitablemente saltará la complicidad de Globo, por eso van a combatirla u ocultarla; Globo fue mucho más que el vocero, fue uno de los grupos más beneficiados por los militares, que le dieron la red nacional de microondas, haciendo posible que sea el gigante que es hoy.”

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

IMPRENSA QUER SER LIVRE...DE RESPONSABILIDADES


Saiu no Tijolaço: 

“Afinal, o que quer a imprensa?”


O Tijolaço reproduz o artigo do jornalista Mair Pena Neto, no site Direto da Redação:


“A maioria dos grandes meios de comunicação da América Latina está em conflito aberto com os presidentes eleitos de muitos países, trazendo à tona o debate sobre deveres, limites e responsabilidades da informação. Em nome de uma suposta liberdade de imprensa, os meios rejeitam qualquer tipo de regulamentação, sempre acusada de censura, e afirmam que já existem os canais de controle da sociedade sobre possíveis erros ou excessos cometidos pelos jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. Um destes caminhos seria a Justiça comum. Um cidadão, político, artista, jogador de futebol ou o que seja, teria a lei a seu lado para exigir reparações no caso de se sentir ofendido ou injustiçado. A situação não é tão simples assim, já que os danos que uma matéria mal apurada ou mal intencionada podem causar são, muitas vezes, irreparáveis. Ter o seu nome estampado nas páginas como ladrão, corrupto ou assassino é uma mancha difícil de apagar, mesmo que a Justiça venha a estabelecer alguma reparação, geralmente de caráter pecuniário. Os meios de comunicação não costumam se desculpar por seus erros e o que se resolve nos tribunais não merece grande espaço nos noticiários. O recurso à Justiça foi a opção tomada pelo presidente do Equador, Rafael Correa, contra um artigo do jornalista Emilio Palacio, no jornal El Universo, no qual afirmava que o dirigente máximo do país teria ordenado “fogo à vontade contra um hospital cheio de civis e inocentes” durante a rebelião policial de setembro de 2010, quando o próprio Correa foi mantido por 12 horas como refém no mesmo hospital, cercado pelos revoltosos. De vítima do que foi considerado tentativa de golpe de Estado e que valeu a Correa a solidariedade de vários presidentes latino-americanos e até de líderes conservadores mundiais, como o francês Nicolas Sarkozy, o presidente do Equador passou a “assassino de lesa humanidade”, que, de acordo com o articulista do El Universo, poderia vir a ser processado por futuros presidentes. Correa entrou com processo contra o jornal em março deste ano e, em julho, decisão de primeira instância condenou três diretores do jornal e o jornalista Emilio Palacio a três anos de prisão e multa de US$ 40 milhões por injúria. As duas partes recorreram. Os advogados de Correa consideraram a quantia insuficiente, pois o dano causado seria irreparável, já que o editorial ficaria nos anais da história, nas bibliotecas do país e do mundo e permanentemente na internet. Os advogados do jornal pediram nulidade do processo, considerando decisão incompleta por fixar multa mas não a responsabilidade penal da empresa. Decisão de segunda instância, nesta semana, confirmou a condenação e o caso vai agora à Corte Nacional de Justiça. “Tudo isso foi muito duro mas necessário”, afirmou Correa após a decisão. Seus advogados já tinham afirmado após a primeira decisão que pela primeira vez na história do país tinha sido eliminado o “direito ao insulto” e que qualquer cidadão seria capaz de exigir que sua honra fosse restaurada. A história poderia ter sido diferente se o jornal tivesse provas de que Correa mandara abrir fogo contra o hospital, o que normalmente se exige do bom jornalismo. Depois, poderia ter sido mais responsável e evitado a publicação do texto diante da gravidade das acusações e da falta de sustentação do que era afirmado. Nada disso foi feito. Os gestores do jornal se eximiram da responsabilidade sobre o artigo e propuseram uma retificação escrita pelo próprio presidente, que a recusou, considerando a proposta um insulto à inteligência. A decisão judicial pode levar ao fechamento do jornal, com muitos prejuízos envolvidos. Correa anunciou que não pretende ficar com um tostão do dinheiro a ser pago e cogita utilizá-lo para garantir o emprego dos jornalistas que lá trabalham. O radicalismo da situação reflete bem o que acontece em boa parte da América do Sul. A grande imprensa tem ou teve problemas com Correa, com Lula, com Evo e com Chávez, desde que se candidataram à presidência de seus respectivos países. Os dirigentes da grande mídia costumam atribuir os conflitos a um caráter ditatorial dos presidentes legitimamente eleitos, mas parece muito mais que não aceitam a ascensão ao poder de líderes populares, que buscam acabar com privilégios e reduzir as desigualdades e a pobreza no continente.”



quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

MÃES DA PRAÇA DE MAIO

POLÍTICA - Dilma e Cristina Kirchner "são mulheres revolucionárias".

Dilma e Cristina Kirchner “são mulheres revolucionárias”, diz líder das Mães da Praça de Maio


Yara Aquino, Agência Brasil

”A líder das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, classificou hoje (31) como “bela” a reunião que teve com a presidenta Dilma Rousseff e a mandatária argentina Cristina Kirchner, junto com outras organizações de direitos humanos.

Para Bonafini, as chefes de Estado “são mulheres revolucionárias que lutaram ao lado dos nossos filhos e se tornaram presidentas”.

Dilma foi presenteada com um lenço branco, símbolo do movimento, durante o encontro que mantiveram hoje (31) na Casa Rosada, sede do governo argentino. A presidenta Dilma negou que as representantes da associação tenham pedido a abertura dos arquivos da ditadura militar no Brasil. “Elas fizeram uma manifestação imensa de carinho por mim, identificando em mim o que elas perderam ao logo dos anos”.

As Mães da Praça de Maio se identificam com a presidenta Dilma por também terem a história ligada à luta contra a ditadura militar. A associação de mães e avós foi criada há 30 anos, durante a ditadura argentina, entre 1976 e 1983, e cobram o paradeiro dos desaparecidos políticos e a punição dos envolvidos em tortura e assassinatos durante o período. Nos lenços brancos que usam na cabeça está escrito o nome do desaparecido político.”
Fonte: Blog Brasil, Brasil.

O SIMBOLISMO DE DILMA NA ARGENTINA


A presidenta Dilma fez sua primeira viagem internacional à Argentina, indicando que seu governo dará prioridade à integração latino-americana e ao Mercosul - ela preferiu não atender antes da posse o convite que recebeu de Barack Obama para visitar os Estados Unidos, e receberá seu colega norte-americano em Brasília, já em março. 
O encontro das duas presidentas dos países mais avançados da América do Sul foi cheio de simbolismos, destacando-se a audiência da presidenta brasileiras às Mães e Avós da Praça de Maio. Ali Dilma demonstrou sua preocupação com os Direitos Humanos, e deixou claro em entrevistas que não "negociará" sobre este princípio básico. Tomara que siga o exemplo da Argentina, que vasculha seu passado, revela os responsáveis pelos crimes e manda para a cadeia até mesmo ex-presidentes da República e generais do período ditatorial. 




segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

ABRAÇO DE DILMA E CRISTINA: A AMIZADE BRASIL-ARGENTINA


Quem diria que um dia Brasil e Argentina seriam governador por mulheres, e que os dois países-irmãos estariam tão integrados na maior parte dos assuntos - o Futebol é uma das poucas exceções...
O encontro desta segunda-feira entre Cristina Kirschner e Dilma Roussef tem grande significado, e simboliza que as duas Nações podem conviver com muita amizade, e até um carto carinho mútuo (ao contrário do que pensavam os generais das duas ditaduras, que viviam fazendo planos para se defender de uma "provável" agressão do vizinho). 


Dilma e Cristina, Brasil e Argentina.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

AGENDA DE DILMA NA ARGENTINA

La agenda de Rousseff en Argentina

La presidenta de Brasil se reunirá con la presidente Cristina Fernández con quien firmará una serie de acuerdos bilaterales en presencia de varios ministros de ambos países. Rousseff buscará impulsar la industrialización regional. Se entrevistará también con las Madres de Plaza de Mayo. ¿Y con Techint?

27/01/2011 | 13:15

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CIUDAD DE BUENOS AIRES (Urgente24). En lo que marcará su debut internacional como presidente de Brasil tras haber asumido el cargo, el 1 de enero de este año, Dilma Rousseff, visitará nuestro país en el marco de su primer gira presidencial.

Rousseff llegará a Buenos Aires el domingo 30 a las 18:30 horas e iniciará sus actividades oficiales el lunes 31 con un encuentro privado con su homóloga, la presidente argentina Cristina Fernández, seguida de una reunión ampliada con la presencia de ministros y asesores de Brasil y Argentina.

Esta reunión será la primera vez en que ellas se encuentren como máximas líderes de sus respectivos países, puesto que Cristina Fernández no estuvo presente en la ceremonia de asunción de Rousseff realizada en Brasilia a comienzo de este mes.

Por parte del gobierno brasileño estarán presentes en esa reunión los ministros de Relaciones Exteriores, Antonio Patriota; de Ciencia y Tecnología, Aloizio Mercadante; de Defensa, Nelson Jobim; y de Desarrollo, Industria y Comercio, Fernando Pimentel.

Acuerdos comerciales

Ambos presidentes, según destacó la información oficial, negociarán expandir su cooperación en áreas de seguridad y energía nuclear, así como en proyectos de desarrollo social y tecnología digital, además de inversiones en minería.

No se descarta un pronunciamiento de Rousseff a favor de posición argentina respecto a las Islas Malvinas y su reclamo soberano.

Tras la firma de los acuerdos, Rousseff y Kirchner ofrecerán una conferencia de prensa conjunta.

El pasado 10/01, el canciller Patriota visitó Argentina junto a nueve ministros para preparar los detalles de la cumbre presidencial.

Según se informó en su momento, los gobiernos de ambos países pretenden avanzar, entre otros, en el proyecto de construcción del complejo hidroeléctrico de Garabi, localizado entre la provincia argentina de Corrientes y la brasileña de Río Grande do Sul.

Se espera que la obra, que permitirá la generación de 2.900 megawatts, comience a ser construida en 2012.

La presidente de Brasil, Dilma Rousseff, impulsará una nueva fase de la integración productiva con Argentina y apunta a desarrollar en América del Sur un gran polo industrial que se complemente con el salto brasileño en la producción petrolera.

Argentina es el tercer socio comercial de Brasil detrás de China y Estados Unidos, mientras que Brasil es el principal de los argentinos. Y ambos son los mayores socios del Mercosur, bloque comercial que integran también Paraguay y Uruguay y que proyecta incluir a nuevos miembros, como Venezuela, que está ya en proceso de adhesión.

El comercio bilateral entre ambos países es intenso; sólo en 2010, su intercambio comercial fue de US$ 32.900 millones, con 4.100 millones a favor de Brasil.

Derechos humanos

Si bien estaba originalmente planeado, se descarta ahora una visita de la mandataria brasilera al Museo de la Memoria, construido en homenaje a las víctimas de la última dictadura militar argentina (1976-1983) en la Escuela de Mecánica de la Armada, por problemas de agenda.

Sin embargo, la presidenta brasileña sí se reunirá en Buenos Aires con las dirigentes de las Madres de la Plaza de Mayo.

Vele recordar que Rousseff fue presa política y sufrió largas horas de tortura durante la dictadura brasileña (1963-1985).

"La presidenta, evidentemente, tiene una sensibilidad muy grande para estas cuestiones relacionadas con los derechos humanos, valoriza mucho la acción emblemática que esas damas tuvieron en la historia política reciente de Argentina, entonces pidió para tener un encuentro con ellas", dijeron fuentes gubernamentales brasileras.

Corolario

Si bien un comunicado oficial de la Presidencia de Brasil subraya que durante su visita, Rousseff buscará consolidar las pautas de la política externa de su gobierno, basada en la valorización de las relaciones regionales, y de Sudamérica en especial, no se puede ser ajeno a la coyuntura:

La elección de Rousseff de Argentina como primer destino pareciera delimitar las prioridades de su gobierno en materia de política externa y las relaciones con sus vecinos más próximos de la región, pero sin renunciar a su intención de obtener la transnacionalización de empresas argentinas para que trasladen sus operaciones a Brasil tal como anunciaba en su campaña presidencial.

Leída la elección de Rousseff bajo el prisma de la negativa del presidente de USA, Barack Obama de visitar nuestro país, queda claro que Brasil se consolidará aún más como el referente de la región y el interlocutor natural con USA, mal que le pese a las autoridades nacionales.