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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

KIRSCHNER CHAMA DE IDIOTA QUEM QUER VOLTAR A 2003

Cristina Kirchner: ‘Lembremos o que éramos em 2003 para não sermos idiotas’

Ao lado de Lula, durante inauguração de hospital em Buenos Aires, presidenta da Argentina cita avanços sociais na América do Sul e alerta sobre esforço do conservadorismo por retorno ao neoliberalismo
por Redação da RBA publicado 09/09/2015
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RICARDO STUCKERT/INSTITUTO LULA
Lula
Governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli, aponta placa de hospital que homenageia ex-presidente Lula
São Paulo – A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, criticou hoje (9), ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva, os especuladores que culpam países em desenvolvimento pela extensão crise econômica mundial. A declaração foi feita em Buenos Aires, durante a inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no distrito de José C. Paz, província de Buenos Aires. O hospital leva o nome do ex-presidente brasileiro.
Ontem (8), em sua conta no Twitter, a presidenta argentina havia criticado a transferência da responsabilidade da crise econômica para os países em desenvolvimento. “O mundo foi arrastado para a crise de 2008, pela especulação financeira, e nunca se recuperou. O que têm a ver os Brics? Fora o papel de vítimas, não lhes cabe nenhuma outra qualificação”, disse a presidenta.
Em sua fala de hoje, Cristina ressaltou a importância da integração latino-americana e afirmou que enquanto as nações ricas são “praças de especulação financeira”, países como Brasil e Argentina são economias que buscam se consolidar como “praças de produção”. Apesar disso, advertiu que “se observa em toda região, em toda América do Sul, um intento de voltar às políticas neoliberais” que levaram “ao fracasso, à fome e ao desemprego.”
“Peço a cada argentino que, com sua história, sua identidade, suas ideias, pense um instante no que era 2003, não para olhar para o passado como um fiscal, mas para não sermos idiotas, não nos equivocarmos e para que não voltemos a cometer os mesmos erros”, disse. Ela pediu que Lula seja um embaixador ante os países membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), para que a Argentina possa se somar ao bloco.
Cristina também criticou a postura dos países europeus que fecham as fronteiras para os refugiados de países em guerra. “Somos um país de imigrantes e não quero que nos pareçamos com os que deixam pessoas morrerem em barcos, quero ser como nós somos: solidários, trabalhadores, porque aí está o futuro.”
Assista a vídeos com falas de Lula e de Cristina Kirchner

Heroína

Em seu discurso, Lula comparou as dificuldades enfrentadas por Cristina Kirchner e afirmou que a colega terminará o mandato como uma heroína.
"Espero, Cristina, que o projeto que começou a construir em 2003 (o ex-presidente argentino) Néstor Kirchner e que você continuou, possa ser concluído e continuado, por meio da eleição de outro candidato que leve a frente esse projeto que mudou a história da Argentina”, disse Lula. “Foi junto com Kirchner, com Cristina, com (Hugo) Chávez (ex-presidente da Venezuela), com Evo Morales (presidente da Bolívia), com (Rafael) Correa (presidente do Equador) que nós enterramos a Alca (Área de livre comércio das Américas) aqui em Mar del Plata e fortalecemos o Mercosul.”
O ex-presidente agradeceu a homenagem e lembrou que os modelos de UPA surgiram no Rio de Janeiro e se estenderam por todo o Brasil nos últimos 12 anos. "Fizemos 444 unidades e vamos chegar a 918", disse. "É uma maneira de evitar que as populações mais pobres tenha de se deslocar a hospitais distantes para recorrer a atendimento. A UPA fazem com que 95% das pessoas prescindam de hospital", afirmou Lula.
"Em dois temas a Argentina e o Brasil ainda não chegaram em um acordo: se Maradona é melhor que Pelé e se Messi é melhor que Neymar”, brincou Lula, arrancando risos do auditório. “No futebol nós ainda temos divergências, mas no comércio e nas relações políticas eu tenho orgulho de dizer que Brasil e Argentina construíram a mais importante relação entre os dois países e se os dois continuarem unidos, a América Latina estará unida.”
O governador de Buenos Aires, Daniel Scioli, candidato a presidente apoiado por Cristina Kirchner e líder nas pesquisas para as eleições de outubro, agradeceu a Lula pela experiência das UPA: "Trouxemos essa experiência do Brasil, que enfrentou o mesmo problema de ter ser seu principais hospitais instalados longe das periferias".
Com informações da Agência Télam
http://www.redebrasilatual.com.br/mundo/2015/09/ao-lado-de-lula-cristina-kirchner-critica-quem-culpa-paises-emergentes-por-crise-7009.html

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

DEMOCRATIZOU A MÍDIA E VENCE AS ELEIÇÕES: CRISTINA KIRSCHNER



APESAR DA CRISE

Cristina está próxima de vencer eleições presidenciais e em Buenos Aires

Presidenta se garantiu também ao designar a Luiz Zanini para a vice-presidência, e está próxima de eleger o segundo cargo político do país, o governador de Buenos Aires, com Anibal Fernandes
por Emir Sader
JOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Cristina Kirchner
Panorama politico argentino parece se definir para o primeiro turno do dia 25 de outubro
Durante os governos kirchneristas foram instituídas as prévias por bloco de partidos, realizadas em agosto do ano das eleições presidenciais, para definir que candidato tem maioria no bloco. Foram realizadas neste domingo (9) as prévias, que serviram mais para medir forças entre os três principais candidatos do que para decidir qual seria ele – tema praticamente decidido antes das prévias. O voto é obrigatório também nessas prévias, o que permite medir a relação de forcas entre os principais candidatos presidenciais.
Foi de fato o que ocorreu. No bloco kirchnerista, Cristina já havia conseguido que os outros pré-candidatos desistissem – numa impressionante demonstração de autoridade política da parte dela –, deixando apenas o governador da província de Buenos Aires – Daniel Scioli – na campanha. Embora não fosse o candidato preferido dela, foi quem sempre melhor se situou nas pesquisas, acabando por se impor nas hostes governamentais.
Entre os dois principais candidatos opositores, o moderado Sergio Massa perdeu força, deixando para o ex-prefeito de Buenos Aires Mauricio Macri o posto de principal desafiante do candidato do governo. As prévias confirmaram o favoritismo de Scioli, com 38,5% dos votos, próximo dos 40% necessários para triunfar no primeiro turno e da distância de 10% do segundo colocado. Matematicamente lhe faltaria 1,5%, dado que o bloco de apoio a Macri ficou com 30% e o de Massa, com 2%.
Scioli conta a seu favor com o apoio de mais de 50% dos argentinos que tem Cristina no final do seu mandato, com a economia em recuperação, depois de dois anos de recessão e com o dinamismo militante de La Campora, agrupação de jovens peronistas que tomou seu nome do fiel aliado de Peron – Hector Campora – e que congrega grande parte da militância jovem que o kirchnerismo recuperou. O próprio filho da Cristina, Massimo, eleitor deputado com grande votação pela província original da família, Santa Cruz, é o máximo dirigente do grupo, que deve eleger cerca de 30 parlamentares, além de muitos prefeitos.
O ginásio Luna Park lotado no domingo à noite, em apoio a Scioli, contrastava com a frieza dos espaços alugados pelos outros dos principais candidatos opositores, que acusaram os maus resultados. Macri já havia conseguido eleger seu sucessor na prefeitura da capital, duas semanas antes, no segundo turno, com uma vantagem de apenas 3%. O que levou, nessa mesma noite, a uma tentativa de mudança do seu perfil radical de direita, ao anunciar que, caso ganhasse, manteria a estatização das Aerolineas Argentinas e da YPF, a empresa petrolífera argentina, ambas recuperadas pelo governo, diante das duras críticas do próprio Macri. Esse também anunciou que manteria os programas sociais do governo, a começar pela Assignação Universal às Crianças, o principal dele.
Não bastou para que Macri contivesse a sua queda de popularidade. Massa, por sua vez, que havia saído do governo e tinha chegado a liderar as pesquisas, com seu perfil moderado, foi se esvaziando, com alguns dos seus aliados voltando ao kirchnerismo. A aliança entre Macri e Massa é bastante improvável, porque Massa perderia muitos adeptos, caso renunciasse. Pelo perfil distinto dos que o apoiam.
Assim, depois de um período relativamente indefinido, o panorama político argentino parece se definir para o primeiro turno do dia 25 de outubro. Cristina se garantiu também ao designar a Luiz Zanini, fiel aliado, para a vice-presidência, e está próxima de eleger o segundo cargo político do país, o governador da província de Buenos Aires, com Anibal Fernandes, igualmente fiel ministro do governo.
http://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2015/08/cristina-esta-proxima-de-vencer-nas-presidenciais-e-em-buenos-aires-3012.html

domingo, 26 de julho de 2015

111 FILMES LATINO-AMERICANOS EM SÃO PAULO. E GRÁTIS!

Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo celebra 10ª edicão 

O Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que acontece de 30 julho a cinco de agosto, celebra a sua 10º edicão este ano, com uma programação que inclui os destaques da produção mais recente feita na região e vários títulos inéditos no Brasil . O Festival vai homenagear os premiados cineastas Hector Babenco e Lírio Ferreira.  


O filme "Ato, Atalho e Vento”, de Marcelo Masagão, abre o festival para convidados na quarta-feira (29).  O filme "Ato, Atalho e Vento”, de Marcelo Masagão, abre o festival para convidados na quarta-feira (29).  
No total, são aproximadamente 111 filmes, representando 17 países da América Latina e do Caribe. Entre eles estão as pré-estreias nacionais de "Ato, Atalho e Vento”, de Marcelo Masagão, filme que abre o festival para convidados na quarta-feira (29); “Sermão dos Peixes”, novo filme de Cristiano Burlan, com pré-estreia marcada para a quinta-feira (30), às 21h30, no Cinesesc; e "Trago Comigo" de Tata Amaral, que pré-estreia mundial na sexta-feira (31), às 21h, no Memorial.

Também faz parte da programação do festival a exibição de “As Fábulas Negras”, que marca o encontro antológico de quatro dos nomes mais importantes do terror brasileiro: Rodrigo Aragão, Petter Baiestorf, Joel Caetano e José Mojica Marins, o eterno Zé do Caixão, que estreia no sábado (1º /8), às 17h, no Memorial.

O Festival também traz outras obras inéditas no Brasil como “Mar”, coprodução Chile/Argentina selecionada para o Festival de Berlim e dirigida por Dominga Sotomayor; “Videofilia (e Outras Síndromes Virais)”, a primeira produção peruana a vencer o Festival de Roterdã, filme de Joanna Lombardi"; "Ragazzi”, do cineasta argentino Raúl Perrone, “As
Insoladas”, inédito no Brasil, de Gustavo Taretto que também dirigiu "Medianeras. O diretor estará presente no festival.

A programação acontece em vários locais da cidades como Memorial da América Latina, Cinesesc, Cine Olido, Centro Cultural São Paulo (Sala Lima Barreto e Sala Paulo Emílio), Cinusp Maria Antonia, Cinusp Paulo Emílio, Reserva Cultural e Espaço Itaú de Cinema – Frei Caneca, Cinemateca Brasileira e Centro de Pesquisa e Formação - Sesc. Todas as projeções têm entrada franca.


Fonte: www.festlatinosp.com.br  

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

LIVRO E DEBATE SOBRE DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA

Deputados discutem a democratização da comunicação no Brasil


Para debater a democratização da comunicação no Brasil, a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados promove, nesta terça-feira (5), às 15 horas, uma roda de conversa sobre o tema, após o lançamento do livro Para Garantir o Direito à Comunicação – A Lei Argentina, o Relatório Leveson e o HLG da União Europeia, de Venício A. de Lima.


Parlamentares debatem democratização da comunicação no BrasilParlamentares debatem democratização da comunicação no Brasil
O evento reunirá no debate com o autor Venício A. de Lima; os deputados Alice Portugal (PCdoB-BA), presidente da Comissão de Cultura; Paulo Teixeira (PT-SP), vice-presidente do colegiado; Luciana Santos (PCdoB-PE), e Sônia Corrêa, diretora de Políticas Públicas do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

A deputada Alice Portugal defende a continuidade do debate sobre o tema da democratização da comunicação na Câmara, destacando que desde sua criação, em março de 2013, a Comissão de Cultura acompanha e promove discussões sobre o assunto. "Democratizar a comunicação é garantir a diversidade e os direitos culturais em nosso país", afirma, ao defender a construção de um marco legal mais atual para o país.

O livro, organizado pelo jornalista e sociólogo Venício A. de Lima e coeditado pela Fundação Perseu Abramo e Fundação Maurício Grabois,, reúne três documentos de origem e natureza diversas sobre o tema, tendo em comum a preocupação em assegurar as condições mínimas para o exercício do direito à comunicação por parte dos cidadãos. Segundo Venício, a ideia é dar acesso direto a esses documentos para qualificar o debate sobre regulamentação democrática da mídia.

“Os três documentos, na sua diversidade de origem e natureza, testemunham como a regulamentação da mídia é central no mundo contemporâneo, não importa se em um país latino-americano, de uma democracia consolidada ou da união de países de diferentes histórias e tradições culturais e políticas. O direito à comunicação constitui hoje uma demanda universal da cidadania”, escreveu o autor em artigo publicado no portal Observatório da Imprensa.

Serviço:
Lançamento do livro e debate - Para Garantir o Direito à Comunicação – A Lei Argentina o Relatório Leveson e o HLG da União Europeia, de Venício A. de Lima.
Data - 5/8/2014
Horário – 15 horas
Local - Plenário 15 - Anexo 2 - Câmara dos Deputados Federais

quarta-feira, 21 de maio de 2014

INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA PASSA PELA COMUNICAÇÃO

A integração também é necessária nos meios latino-americanos

Escrito por: Redação
Fonte: Prensa Latina
Os meios podem contribuir cada vez mais com a integração que se gesta hoje na América Latina, lembraram diretores de emissoras de rádio e televisão públicas de 12 países que se reuniram em Mar del Plata, Argentina.
A diretora de Relações Internacionais do Instituto Cubano de Rádio e Televisão (ICRT), Katiuska de Homem Cabrera, disse para a Prensa Latina que essa foi a tese que prevaleceu no Encontro de Meios Públicos da América Latina.
Esse evento se desenvolveu no marco do evento Mercado de Indústrias Culturais do Sul, MICSUR 2014, que foi inaugurado na quinta-feira passada pela nova ministra da Argentina, a compositora Teresa Parodi.
Os participantes se comprometeram a trabalhar em um plano dirigido a integrar 32 meios públicos dos 12 países que intervieram no fórum realizado na quinta-feira e sexta-feira, assinalou Katiuska, que viajou nesta madrugada para Havana.
"Assinamos uma Declaração Final, que tem a proposta de impulsionar e fortalecer todas as iniciativas que atualmente se encontram em desenvolvimento no processo de integração regional", apontou Katiuska.
No encontro estiveram presentes os responsáveis pelas rádios e televisoras públicas da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O documento do encontro contempla, entre outros compromissos, promover a comunicação conjunta dos meios públicos da região na luta contra a manipulação da informação.
Também chama a impulsionar a construção de um modelo próprio de comunicação pública para a América Latina que atue pela paz e em defesa da humanidade e dos projetos populares e nacionais.
Na inauguração do evento, a ministra Parodi disse que "o papel dos meios é hoje definidor na construção de um país e cada vez mais essencial sua contribuição à integração regional".
"Os meios fazem possível a visibilidade de toda a diversidade que existe e que tem sido relegada pelo modelo imperante e pela globalização", opinou a recente titular e destacou que "aprendemos a construir nossos próprios espaços alternativos nos quais debatemos e pensamos nosso países".
http://fndc.org.br/clipping/a-integracao-tambem-e-necessaria-nos-meios-latino-americanos-936699/

segunda-feira, 19 de maio de 2014

RODRIGO VIANNNA: GLOBO TEM QUE SER FATIADA, COMO FOI O CLARÍN, NA ARGENTINA


Lula avisa a Globo: acabou a brincadeira; regulação da velha mídia vem aí!

publicada sexta-feira, 16/05/2014 
A Globo precisa ser partida em vários pedaços – como a Argentina fez com o grupo Clarin. “E não me venham falar que isso é censura” – disse Lula. O movimento de blogueiros colheu uma enorme vitória. Ajudou a pautar esse debate, agora encampado pelo ex-presidente.
Sob os olhares de Ênio Barroso e Conceição Lemes, Lula avisa: a brincadeira acabou
por Rodrigo Vianna
O debate de abertura ainda não tinha acabado, quando um burburinho começou a se ouvir pelos corredores. E não era Stanley quem se aproximava. Mas Lula. O ex-presidente e a regulação da mídia no Brasil são dois fantasmas, que provocam calafrios na velha imprensa dos Civita, Frias e Marinhos. Então, podem se preparar: os calafrios vão aumentar. Os locutores gagos da CBN vão ficar ainda mais gagos.
O auditório estava lotado: mais de trezentos blogueiros e ativistas digitais de todo o Brasil. Três dezenas de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos da velha mídia já se aglomeravam no fundo do salão. Na mesa, o jornalista espanhol Pascual Serrano demolia o surrado conceito de “liberdade de imprensa” que os donos da mídia usam para brecar qualquer regulação.
“Só um setor da sociedade pode utilizar a chamada liberdade de imprensa. É um direito apenas para o empresariado”, disse Serrano, um dos convidados internacionais do Quarto Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais.
O norte-americano Andrés Conteris, do site Democracy Now, disse que os blogs – no mundo todo – cumprem um papel decisivo: “ir aos locais onde está apenas o silêncio”.
O professor brasileiro Venício Lima, da UnB, falou sobre a regulação necessária. Não na Venezuela, nem em Cuba. Mas na Inglaterra. A regulação foi um imperativo, depois da barbárie imposta pelos jornais do multimilionário Murdoch.

Rodrigo Vianna, Luiz Carlos Azenha e eu.

Venício também analisou a lei aprovada na Argentina: a chamada “Ley de Medios” não trata do conteúdo. Não impõe qualquer censura. “É uma lei antimonopólio, que regula o mercado”, explicou Venício.
Quando o professor terminava sua fala, o burburinho aumentou. Era Lula que chegava. Inspirado, bem-humorado, dirigiu-se primeiro ao grupo de jornalistas que trabalham para a velha mídia: “a imprensa me trata sempre muito bem; só que quando faço críticas à imprensa, dizem que é um ataque, e quando a imprensa me ataca eles dizem que são apenas críticas”.
Lula trouxe a Comunicação para o centro do debate. Lembrou os ataques violentos desferidos pela velha mídia contra os blogueiros que o entrevistaram recentemente: “eu não sabia que vocês chamavam tanta atenção da imprensa”, disse o ex-presidente. “Fiquei meio deprê com a violência que os meios utilizaram para atacar quem estava naquela entrevista”.
Lula contestou também a imprensa pela tentativa de criar um clima de pessimismo na economia. “A inflação está controlada há 11 anos; mas pra controlar a inflação eles querem provocar desemprego. É isso que os tucanos querem. Nós não queremos”.
Atacou ainda a elite brasileira, que não aceita os programas de inclusão social, não aceita negros e pobres nas universidades. “Nós cansamos de ser apenas pedreiros, nós queremos ser engenheiros”, falou Lula.
O ex-presidente atacou o clima de “antipolítica” insuflado pela mídia. “Quando se tenta negar a política, o que vem depois é muito pior”; e lembrou de Hitler e Mussolini. “A tentativa é de desmoralizar não a Política, mas as instituições.”
Lula defendeu uma Constituinte exclusiva para a Reforma Política. “Esse Congresso não fará a Reforma Política que o Brasil precisa”. E defendeu também a Regulação da Mídia. Mandou o recado, com todas as letras: “Daqui pra frente, em cada ato que eu for, toda vez que eu abrir a boca, vou lembrar a questão da regulação da mídia”.
Lula estava em grande forma. Mas o mais importante foi a sinalização. Ele tinha sido o primeiro presidente a dar entrevista a blogueiros dentro do Palácio (2010). Há menos de um mês, deu outra entrevista aos blogs – deixando os mervais e os comentaristas gagos da CBN bastante irritados.
Agora, Lula deu o sinal para o PT: a disputa política não se fará sem encarar de frente a batalha da Comunicação.
A mídia vai acusar o golpe. Será que vão continuar brincando de “Volta, Lula”? Se Lula voltar, vem aí – com ele – a regulação da velha mídia no Brasil. A Globo precisa ser partida em vários pedaços – como a Argentina fez com o grupo Clarin. “E não me venham falar que isso é censura” – disse Lula.
O movimento de blogueiros colheu uma enorme vitória. Ajudou a pautar esse debate, agora encampado pelo maior líder popular brasileiro.
E Lula nem precisa voltar. Ele pautou a Regulação da mídia. Dilma não poderá mais escapar do tema. A fase dos omeletes com Ana Maria Braga está encerrada.
Lula sabe que não há escolha. O PT fugiu desse debate durante muitos anos. Mas o debate veio até o PT.
Sentado, na primeira fila, enquanto Lula falava aosblogueiros, estava o prefeito Fernando Haddad. Assim como Dilma, Haddad parece não ter percebido que essa era uma batalha absolutamente necessária. Depois de eleito com apoio das redes sociais e de amplos movimentos digitais, Haddad mandou dizer que o tema da Comunicação não era prioridade. Nomeou um jornalista convencional para cuidar da Comunicação. A política da Prefeitura de São Paulo é ligar para Folha e Estadão e pedir espaço pra responder aos ataques.
Haddad, sem Comunicação, está com a popularidade em baixa. Tem se queixado. Lula disse claramente ao prefeito que “é preciso entender melhor esse meio chamado internet”. Aplausos intensos tomaram o plenário.
Mais adiante, Lula voltou ao tema, dirigindo-se de novo ao prefeito paulistano. Alguém, no fundo do auditório gritou: “Haddad, você precisa fazer sua propaganda”. E Lula respondeu: “Não é propaganda. É enfrentar o debate”.
Enfrentar o debate. O recado estava dado. Haddad apenas ouviu. Não se sabe até que ponto compreendeu o que o ex-presidente quis dizer.
O PT passou doze anos legitimando o grande inimigo. Ministros petistas (?) foram às páginas amarelas da “Veja”. Líderes petistas disputam espaço nas colunas de jornais – que são a ponta de lança da oposição tucana.
Lula entendeu que é preciso tratar a velha mídia como o inimigo a ser derrotado.
Foi essa mídia velha que levou Vargas ao suicídio em 54. O povão trabalhista sabia quem era o inimigo. Por isso, a massa enfurecida queimou “O Globo” e o jornal de Carlos Lacerda em 54.
Não é mais preciso queimar a Globo. Basta aprovar uma lei democrática para a Comunicação. Pra isso, é preciso travar esse debate. O povão lulista também sabe reconhecer o inimigo mais perigoso.
Lula entrou na briga. Pra valer.
http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/lula-avisa-a-globo-acabou-a-brincadeira-a-regulacao-da-velha-midia-vem-ai.html#more-29331

terça-feira, 29 de abril de 2014

TODA CONCESSÃO É REGULAMENTADA, MENOS A MÍDIA

'Avanço da democracia não chegou à comunicação', diz Franklin Martins

Ex-ministro das Comunicações participa de seminário promovido pela CUT no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 28/04/2014 15:09,
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ROBERTO PARIZOTTI/CUT
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Sebastian Rollandi, Venício Lima, Rosane Bertoti e Franklin Martins, na abertura do seminário da CUT
São Bernardo do Campo (SP) – O ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins detecta "crescente mal-estar" da sociedade em relação aos meios de comunicação, setor que, segundo ele, não acompanhou a evolução democrática do país. Ao mesmo tempo, Franklin afirma que a questão deve ser assumida pela sociedade e que é preciso ter "competência política" para formar maioria e realizar as mudanças. "Não adianta botar toda a culpa na Dilma", disse Franklin, durante seminário promovido pela CUT São Paulo, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, como parte das atividades do 1º de Maio.
"O Brasil se tornou um país democrático nos últimos dez, 12 anos, e não cabe mais no cercadinho dos grupos oligopolizados de comunicação. O rádio e a televisão não conseguem acompanhar as transformações no país", afirmou o jornalista. "Queiram ou não os grandes grupos, terá de haver uma nova pactuação. Seguramente, temos a legislação mais antiquada do mundo." Franklin lembrou que a lei que rege o setor é de 1962, quando havia mais "televizinhos" do que aparelhos de televisão.
O ex-ministro classificou de "farofa" a afirmação sobre competição entre as atuais empresas. "Ninguém compete mais. Todo mundo toca de ouvido. Temos uma voz única e uma sociedade que quer ouvir mais vozes."
A questão não é restringir, lembrou, mas garantir a participação de mais veículos. "Todos os serviços que envolvem concessões públicas são regulados. A exceção é a radiodifusão. Na verdade, eles não estão preocupados com a liberdade de expressão, mas com a competição", afirmou.
Para Franklin, todos os elementos para um novo pacto no setor já estão previstos pela Constituição: garantia de liberdade de expressão, respeito ao sigilo da fonte, direito de resposta proporcional ao agravo e com rapidez, respeito à privacidade, proibição de oligopólios e monopólios, prioridade a atividades jornalísticas, entretenimento e cultura, complementaridade entre comunicação privada, pública e estatal, apoio a culturas regionais, produção independente.
O professor aposentado Venicio Lima, consultor do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, observou que o mercado se estrutura de tal forma que restringe a formação de grupos no setor, o que se reflete no conteúdo. "Desde seu início, a legislação não fixou nenhum limite para a propriedade cruzada. O Brasil só adotou parte da legislação norte-americana, que tratou desse tema, além de criar uma agência reguladora. Aqui também não há impedimento para que políticos em exercício de mandato tenham concessões", acrescentou Venicio, que fez um resumo histórico da legislação do setor.
Ele considera o atual sistema "totalmente assimétrico em relação a outros serviços públicos (regulados), desatualizado, não regulamentado, omisso em relação à propriedade privada". E na prática isso resulta, complementou, "no cerceamento da liberdade de expressão da maioria da sociedade brasileira".
A experiência da Argentina, com sua Ley de Medios, também foi tema do debate. "A construção foi feita de baixo para cima, a lei foi debatida profundamente e por longo tempo", lembrou o diretor de Relações Institucionais e Comunitárias da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca, responsável pela implementação e cumprimento da legislação), Sebastian Rollandi. "É uma lei que tem um espírito profundamente antimonopolista. Foram quatro anos duros (desde a aprovação), e seguem sendo duros."
Rollandi lembra que, antes da lei, 90% da produção audiovisual argentina vinha da região metropolitana de Buenos Aires, o que tolhia o direito à informação de outras regiões. Hoje, segundo o diretor, 53 rádios funcionam a partir de universidades, três canais são ligados a comunidades indígenas, e a televisão tem 4.200 novas horas de conteúdo, incluído canais infantis com produção local.
"A lei não interfere com os conteúdos, o que era outro fantasma para a direita", afirmou o diretor da Afsca. Rollandi informou que os diversos grupos empresariais, incluindo o mais conhecido, o Clarín, já apresentaram seus planos de adequação à lei. Ele acredita que até agosto todos deverão estar adequados. "Assim vamos estabelecer uma igualdade na regulação dos serviços."
Ainda segundo Rollandi, nos últimos quatro anos foram criados 100 mil empregos no setor. "Outro mito da direita foi derrubado", afirmou. "A característica mais importante (da lei) é que as decisões têm de ser tomadas no Parlamento, não nos escritórios das empresas."
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, está é uma batalha ainda por ser travada. "Temos de disputar a agenda da informação, que está centrada em poucos órgãos de imprensa. Os trabalhadores têm de aumentar o raio de ação."
"A gente é permanentemente 'machucado' no dia a dia", acrescentou o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, referindo-se a ataques contra movimentos sociais e partidos de esquerda. "Informar errado é um grande ataque contra a democracia."
http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2014/04/avanco-da-democracia-nao-chegou-a-comunicacao-diz-franklin-martins-2421.html

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

ARGENTINA VAI INVESTIGAR A MORTE DO PRESIDENTE GOULART

A Justiça da Argentina anunciou, nesta quinta-feira, a intenção de investigar os motivos que levaram à morte do ex-presidente do Brasil, Jango Goulart, e de outros brasileiros desaparecidos durante exílio no país vizinho. A ação será tomada após o pedido do Ministério Público argentino, que investiga a Operação Condor – nome dado à série de golpes na América Latina durante as décadas de 60 e 70 e que tiveram influência dos Estados Unidos.
Procurador federal, Miguel Angel Osorio recebeu do governo brasileiro centenas de documentos oficiais da época, onde a maioria contém informações sobre os exilados e perseguidos. Jangogovernou o Brasil de 1961 a 1964, quando foi deposto pelo golpe militar. Após o evento, ele se exilou com a família no Uruguai e, depois, na Argentina, onde morreu, no dia 6 de dezembro de 1976 em Mercedes, cidade do Norte do país.
Em maio de 2013, foi anunciada a exumação dos restos mortais para serem periciados. O trabalho, feito em novembro envolveu, além da Comissão Nacional da Verdade, o Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, a Secretaria de Direitos Humanos e a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. A expectativa da comissão e dos parentes de Goulart é que os resultados sejam entregues no fim do primeiro semestre deste ano.
Comissão da Verdade
Na capital gaúcha, a Comissão da Verdade do Rio Grande do Sul, com o apoio declarado da Comissão da Verdade de São Paulo, quer pedir ajuda aos Estados Unidos para que colaborem nas investigações através dos depoimentos dos agentes norte-americanos que atuaram na Operação Condor, de repressão a opositores dos regimes ditatoriais da América do Sul.
João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart (1919-1976), depôs na comissão Vladmir Herzog, da Câmara Municipal de São Paulo na antevéspera e, durante sua exposição, disse esperar que o Ministério Público brasileiro “tenha a autonomia e a soberania necessária para abrir uma ação cautelar que permita realizar a oitiva de agentes norte-americanos” que atuaram no país durante a ditadura militar (1964-1985). A solicitação de ajuda aos EUA, através do governo brasileiro, será feita depois que saírem os resultados da exumação, “algo que pode demorar entre seis meses e um ano”. Presidente da Comissão da Verdade de São Paulo, o médico e vereador Gilberto Natalini apoia a ideia de Goulart Filho.
– Tudo se encaixa. O regime foi eliminando de 75 em diante todos aqueles que viriam a atrapalhar o processo de abertura – assegura.
Exames póstumos
Para legitimar o pedido, João Vicente citou como exemplo o juiz Baltasar Garzón, que pediu ao governo argentino informações sobre o desaparecimento de espanhóis durante a ditadura no país sul-americano e do Chile, que solicitou esclarecimentos sobre a morte de seu ex-presidente Eduardo Frei Montalva, em 1982, por suspeitas de envenenamento.
Em relação à morte de Jango, os depoimentos citam o serviço de inteligência norte-americano, a CIA, além do chefe do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) de São Paulo, o delegado Sérgio Fleury. Mas, segundo indicou Natalini, eles podem ter relação com muitos outros assassinatos.
A família de João Goulart aguarda, atualmente, os resultados da exumação do corpo do ex-presidente, deposto pelo golpe militar de 1964. O procedimento está sendo feito no exterior porque “o Brasil não tem a tecnologia necessária para examinar os ossos em busca de uma das 35 mil substâncias que podem comprovar que houve envenenamento”, disse João Vicente. Em seu depoimento, ele lembrou do testemunho do uruguaio Mario Neira, que contou à Polícia Federal em 2006 que o ex-presidente teria sido envenenado com uma troca de comprimidos, tomados diariamente por problemas no coração. Neira teria trabalhado para a ditadura uruguaia.
http://correiodobrasil.com.br/noticias/politica/argentina-avisa-ao-brasil-que-investigara-a-morte-do-presidente-jango-goulart/

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

NADA JUSTIFICA MEDO QUE O GOVERNO TEM DA MÍDIA CARTELIZADA

Palmas para Llosa: “Não existe democracia 

digna deste nome com concentração de mídia”

Postado em 14 Jan 2014
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Vargas Llosa, um dos queridinhos da mídia brasileira por suas posições quase 
sempre conservadoras, deve sumir dos jornais e revistas do país, a partir de 
agora.
É que Llosa disse, numa entrevista, uma coisa que a mídia não quer que se dis-
cuta: que a concentração é uma real ameaça à democracia.
“Nenhuma democracia digna deste nome permite monopólio de mídia”, afirmou 
Llosa.
Liberdade de imprensa só é liberdade de imprensa, de verdade e não de menti-
rinha, quando há uma diversidade de opiniões que só a desconcentração da 
propriedade permite.
É óbvio.
Mas no Brasil esta é discussão que a mídia, pela voz de seus fâmulos, não quer 
que se trave porque não é de seu interesse.
A atitude mais comum, quando se levanta o assunto, é dizer que se está procu-
rando “censurar” a imprensa.
É quando o cinismo se encontra com a vigarice.
Cristina Kirchner, na Argentina, foi valente o bastante para enfrentar – e afinal 
derrotar – o monopólio do Clarin.
O Clarin sempre recorreu ao mais surrado lugar comum para atacar Cristina: 
que ela estava tentando calar uma “voz crítica”.
Ora, quem acredita nisso, nos bons propósitos do Clarin, acredita em tudo.  
Um grupo predador foi simplesmente enquadrado, no que provavelmente é a 
maior realização de Cristina.
Mas no Brasil da governabilidade as coisas são diferentes.
As quatro ou cinco famílias que controlam a mídia não são importunadas, pa-
ra infortúnio da sociedade, que paga um preço elevado por isso.
FHC era aliado delas, mas e Lula e Dilma?
Eles jamais colocaram na agenda nacional uma questão vital para o desen-
volvimento social do Brasil.
A desculpa é sempre a mesma: não há condições políticas. Como enfrentar, 
por exemplo, a ira da Globo?
Sejamos mais modestos: como lidar com Sarney, que seria fortemente atin-
gido por uma lei que limitasse a propriedade de mídia?
Há no PT a tese de que Sarney teria salvado Lula do impeachment em deter-
minado momento do mensalão.
Ora, é apenas uma especulação. Diferente da falta de apoio popular, político 
e social de Collor, Lula tinha força e alta capacidade de mobilização. Tentar 
tirá-lo no grito no Congresso, como se fez com Collor, era uma manobra de 
altíssimo risco.
O país poderia entrar em convulsão, com protestos de sindicatos e de estu-
dantes,  e os golpistas talvez terminassem mal.
Mas ainda que Lula tenha uma dívida com Sarney. É uma dívida dele e, no 
máximo, do PT – e não do país.
Não é aceitável que coisas essenciais como uma reforma da mídia não an-
dem porque Sarney – ou os Marinhos, ou quem for – não podem ser aborre-
cidos.
Cristina Kirchner teve cojones, e não me venham dizer – outra justificativa 
clássica e tíbia – que as circunstâncias eram diferentes.
Tudo é sempre diferente, de país para país, e este não pode e não deve ser 
um fator que imobilize.
Vargas Llosa tem razão: não existe democracia decente com concentração 
de mídia.
E no Brasil ela, a concentração, é simplesmente abjeta.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

ARGENTINA PROÍBE FÁBRICA DA MONSANTO; NO BRASIL O VENENO É LIBERADO

Justicia argentina prohibió a trasnacional Monsanto


 construir nueva planta en Córdoba


La justicia de Córdoba prohibió a la transnacional Monsanto continuar la construcción de una planta en la municipalidad de Malvinas Argentinas, al aceptar un recurso interpuesto por ambientalistas y vecinos de esa localidad cordobesa.


Jueves 09 de enero de 2014 | 14:03
Grandes protestas se dieron en contra de la nueva planta en Córdoba
El dictamen ordena al gobierno local de esa municipalidad, a unos 14 kilómetros de la capital provincial, a abstenerse de emitir algún tipo de autorización a la empresa hasta tanto se concluya un estudio sobre los efectos de esa planta sobre el ambiente en la zona.
De hecho, el veredicto revoca un fallo anterior que autorizaba la construcción de esa industria.
Miembros de organizaciones ecologistas y residentes de Malvinas Argentinas se congregaron la víspera frente a la sede de la Cámara de Apelaciones de Córdoba para festejar la decisión, con carteles entre los que se leía, por ejemplo, “Basta de saqueo y contaminación”.
La instalación que construye Monsanto es similar a la de Rojas, en provincia de Buenos Aires, y se edifica en un predio de 27 hectáreas ubicado sobre la ruta provincial A-188, a unos 14 kilómetros de la capital cordobesa.

Herbicidas y transgémicos

Desde el pasado septiembre, los vecinos de Malvinas Argentinas apoyados por grupos defensores del ambiente iniciaron el pleito legal contra la autorización otorgada por la municipalidad a la empresa, proveedora de productos químicos para la agricultura, en su mayoría herbicidas y transgénicos.
Entre sus productos más conocidos se encuentran el glifosato bajo la marca “Roundup” y el maíz modificado genéticamente, conocido por el código Mon810.
Monsanto genera polémicas alrededor del mundo, debido a múltiples denuncias sobre perjuicios a la salud, impactos ambientales negativos y el desconocimiento acerca de los efectos que podría producir la alteración genética de los alimentos. PL