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sábado, 5 de fevereiro de 2011

RIQUEZA É CONCENTRADA ATÉ NO CONGRESSO

Dez mais ricos têm metade do patrimônio no Congresso
Do total de R$ 1,6 bilhão em bens declarados pelos 567 parlamentares empossados ontem, R$ 792 milhões estão em nome de apenas uma dezena de congressistas. Veja a relação dos multimilionários
por Mário CoelhoEdson Sardinha eRudolfo Lago, do Congresso em foco
A elevada concentração de renda no Brasil está explícita no novo Congresso. Metade de todo o patrimônio declarado pelos 567 congressistas empossados ontem (1º) está nas mãos de apenas dez parlamentares, ou seja, de menos de 2% dos eleitos em outubro na Câmara e no Senado. Do montante de R$ 1,6 bilhão em bens declarados pelos 513 deputados e 54 senadores, R$ 792 milhões estão em nome desse pequeno grupo de multimilionários.
Os dados fazem parte de levantamento feito pelo Congresso em Foco com base em informações prestadas pelos então candidatos à Justiça eleitoral. Na média, cada parlamentar declarou possuir R$ 2,9 milhões em imóveis, empresas, fazendas, veículos, objetos de arte, dinheiro em espécie e aplicações financeiras, entre outros bens.

OS DEZ MAIS RICOS DO CONGRESSO

Fonte: Congresso em Foco com base na declaração patrimonial dos candidatos ao TSE
O parlamentar com maior patrimônio declarado vem do estado com pior índices de desenvolvimento humano (IDH) e uma das menores rendas per capita do país, Alagoas. De volta à Câmara após quatro anos, o deputado João Lyra (PTB-AL) tem uma fortuna declarada de R$ 240,39 milhões.
O petebista, que já foi senador, é dono de um império que reúne mais de dez grandes empresas no estado, entre as quais usinas sucroalcooleiras, fábrica de fertilizantes, empresas de táxi aéreo, de comunicação e concessionária de veículos. A renda per capita gira em torno de R$ 6 mil em Alagoas, estado com um dos maiores índices de analfabetismo e mortalidade infantil do país.
O grupo dos maiores milionários do novo Congresso é formado por seis deputados e quatro senadores. Há representantes das cinco regiões do país e de dez estados. São três do Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), dois do Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), dois do Nordeste (Alagoas e Ceará), dois do Norte (Amazonas e Rondônia) e um do Sul (Paraná). Eles são de cinco partidos políticos: três do PMDB, dois do PR, do PP e do PSDB e um do PTB. Não há nenhuma mulher entre eles.
A força do agronegócio
Depois do deputado João Lyra, o dono da maior fortuna é o senador Blairo Maggi (PR-MT). O ex-governador de Mato Grosso é proprietário do Grupo Amaggi, um dos maiores produtores e exportadores de soja do Brasil, com negócios em diversas atividades econômicas, incluindo logística de transportes, pecuária e produção de energia elétrica.
Blairo já foi considerado o maior produtor individual de soja do mundo, responsável por 5% da produção anual do grão brasileiro. Em 2005, o então governador foi “homenageado” pela ONG Greenpeace com o prêmio Motoserra de Ouro. A organização não-governamental acusou o então governador de contribuir com o desmatamento para plantar soja no estado.
O terceiro mais rico também tem fortes ligações com o agronegócio. Reeleito para o segundo mandato consecutivo, o deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR) informou ter R$ 95,7 milhões em bens. Mais da metade da riqueza do paranaense tem como origem cotas da Diplomata Industrial e Comercial, uma das maiores produtoras de aves para abate do país.

Mabel e Maluf
Entre os multimilionários estão o deputado Sandro Mabel (PR-GO), dono do quinto maior patrimônio declarado, com R$ 70,9 milhões. Candidato derrotado na disputa pela presidência da Câmara ontem, o deputado é dono da fábrica de biscoitos e roscas Mabel.
Logo atrás dele, aparece o deputado Paulo Maluf (PP-SP), com R$ 39,4 milhões em bens. Em março do ano passado, Maluf entrou para o chamado livro vermelho da Interpol. O deputado pode ser preso se deixar o país. Ele foi denunciado por um promotor de Nova York por suposta “conspiração com objetivo de roubar dinheiro da cidade de São Paulo a fim de possuir fundos no Brasil, Nova York e outros lugares, e ocultar dinheiro roubado”. Maluf nega a acusação. Ele conseguiu a vaga na Câmara após reverter uma condenação na Justiça em São Paulo, que havia barrado sua eleição com base na Lei da Ficha Limpa.
O poder econômico dos parlamentares reflete a concentração de riqueza no Brasil, um dos países com pior índice de distribuição de renda no mundo. Embora a distância entre pobres e ricos tenha caído nos últimos anos, pesquisa divulgada em 2008 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostrou que os 10% mais ricos no Brasil concentram 75% da riqueza produzida no país.

domingo, 2 de janeiro de 2011

DACHAU, EXTREMO DA MALDADE HUMANA

Perto de Munique, no sul da Alemanha, visitamos o campo de concentração de Dachau, lugar que impressiona e deprime - uma instalação enorme, imaginada, construída e utilizada para causar sofrimento e morte a milhares de seres humanos.
O campo não foi construído (sobre antigas instalações de uma fábrica de munição da I Guerra) para aniquilar os presos, mas para usá-los como escravos produzindo peças, materiais de construção, uniformes para as tropas, etc. Inaugurado em março de 38, logo no mês seguinte passou ao controle das SS, as tropas mais violentas de Hitler, e logo no segundo dia ocorreram as primeiras quatro mortes de presos "por tentativa de fuga". isso não parou mais, e no fim da guerra usou-se ali a câmara de gás, e os corpos eram cremados em fornos (aparecem nas minhas fotos).
Quando os soldados americanos libertaram o local, os nazistas que não haviam fugido não resistiram, mas a revolta dos aliados era tão grande com o que viram que uns 60 SS foram metralhados, ou linchados pelos presos com a cumplicidade dos soldados norte-americanos.
O pior é que houve campos de concentração semelhantes em vários países da Europa, e isso não foi privilégio dos fascistas e nazistas: também os comunistas iriam usar métodos igualmente cruéis com seus prisioneiros políticos, como os Gulágs. A barbárie não tem ideologia.
Depois de visitar um local tão odioso, fica-se mais convencido a lutar pela tolerância que ainda temos no Brasil e contra qualquer tentativa de gerar ódios raciais, religiosos ou políticos. A Democracia é o melhor regime, e ele implica em aceitarmos as diferenças, mesmo quando elas nos revoltam ou até enojam (tive nojo da baixaria na recente campanha eleitoral, pela turma que apoiava Serra). Ou se pratica a Democracia, ou o risco de repetir-se Dachau e assemelhados está sempre presente. Vide Guantánamo, agora mesmo no século XXI, e promovida por uma nação tida como uma grande democracia...