O campo não foi construído (sobre antigas instalações de uma fábrica de munição da I Guerra) para aniquilar os presos, mas para usá-los como escravos produzindo peças, materiais de construção, uniformes para as tropas, etc. Inaugurado em março de 38, logo no mês seguinte passou ao controle das SS, as tropas mais violentas de Hitler, e logo no segundo dia ocorreram as primeiras quatro mortes de presos "por tentativa de fuga". isso não parou mais, e no fim da guerra usou-se ali a câmara de gás, e os corpos eram cremados em fornos (aparecem nas minhas fotos).
Quando os soldados americanos libertaram o local, os nazistas que não haviam fugido não resistiram, mas a revolta dos aliados era tão grande com o que viram que uns 60 SS foram metralhados, ou linchados pelos presos com a cumplicidade dos soldados norte-americanos.
O pior é que houve campos de concentração semelhantes em vários países da Europa, e isso não foi privilégio dos fascistas e nazistas: também os comunistas iriam usar métodos igualmente cruéis com seus prisioneiros políticos, como os Gulágs. A barbárie não tem ideologia.
Depois de visitar um local tão odioso, fica-se mais convencido a lutar pela tolerância que ainda temos no Brasil e contra qualquer tentativa de gerar ódios raciais, religiosos ou políticos. A Democracia é o melhor regime, e ele implica em aceitarmos as diferenças, mesmo quando elas nos revoltam ou até enojam (tive nojo da baixaria na recente campanha eleitoral, pela turma que apoiava Serra). Ou se pratica a Democracia, ou o risco de repetir-se Dachau e assemelhados está sempre presente. Vide Guantánamo, agora mesmo no século XXI, e promovida por uma nação tida como uma grande democracia...
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