Mostrando postagens com marcador convênio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador convênio. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

SÓ MUITA CORRUPÇÃO PODE EXPLICAR FALÊNCIA DA UNIMED-SP


Unimed Paulistana quebra e troca de gestor será em 30 dias, ordena ANS

Fernando Rodrigues




É o maior fracasso do mercado de saúde no Brasil
Empresa tem 744 mil clientes e fatura R$ 2,7 bi ao ano
Clientes estão protegidos durante a transição
A crise no sistema de saúde complementar no Brasil se agravou hoje com a decisão da ANS sobre a Unimed Paulistana. A operadora terá de entregar sua carteira de clientes para um outro administrador em 30 dias, a contar da data da notificação, publicada nesta 4ª feira (2.set.2015) no “Diário Oficial da União”.
Essa entrega dos clientes para outro operador é a chamada “alienação'' compulsória, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar. Eis o trecho que trata da Unimed Paulistana no “Diário Oficial'' (clique na imagem para ampliar):
DOU-ANS-Unimed-2set2015A troca obrigatória do controlador terá de ocorrer, segundo a ANS, por causa de “anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocam em risco a continuidade do atendimento à saúde”. Estão suspensas as vendas de planos de saúde da Unimed Paulistana.
Pelo porte da empresa, trata-se do maior fracasso financeiro de uma operadora de saúde complementar da história brasileira.
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar em um comunicado distribuído nesta 4a feira (2.set.2015), “a Unimed Paulistana possui aproximadamente 744 mil beneficiários, em sua maior parte residente no município de São Paulo, e dos quais 78% estão em planos coletivos (empresariais e por adesão)”.
Quando se considera uma mensalidade média de R$ 300 por cliente, a Unimed Paulistana fatura em torno de R$ 2,678 bilhões por ano.
No ranking das maiores empresas de saúde publicado pelo jornal “Valor”, a Unimed Paulistana aparece na 5ª posição em 2014. E a 4ª com o maior lucro operacional. As tabelas estão ao final deste post.
Os clientes da Unimed Paulistana estão preservados no período de transição para um novo operador da empresa.
A ANS informou que a nova operadora interessada em assumir a carteira de 744 mil clientes “deverá possuir situação econômico-financeira adequada e manter as condições dos contratos sem prejuízos aos consumidores”. Será dada prioridade a alguma outra Unimed.
Caso nenhuma das Unimed (uma rede de cooperativas de prestação de serviços de saúde complementar) se interessar, a ANS fará uma oferta pública “para que operadoras interessadas ofereçam propostas de novos contratos aos beneficiários da Unimed Paulistana”.
http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2015/09/02/unimed-paulistana-quebra-e-troca-de-gestor-sera-em-30-dias-ordena-ans/

quinta-feira, 31 de julho de 2014

SANTA CASA-SP RECEBIA O DOBRO DA TABELA DO SUS, MAS ESTADO NÃO REPASSOU A VERBA

Onde estão os R$ 74 milhões destinados a Santa Casa?


A pergunta acima, conforme insiste o ex-ministro da Saúde e candidato 
do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, deve ser respondida pelo
 governador do Estado de São Paulo, dr. Geraldo Alckmin. “Se a Santa 
Casa fechou a porta é porque o dinheiro repassado pelo Ministério da 
Saúde está no governo do Estado. Não chegou ao hospital. O governador 
tem que explicar”, cobrou Padilha.
À frente do Ministério da Saúde até o ano passado, ele garante que as 
verbas foram direcionadas pelo governo federal à entidade. “Desde a 
minha gestão, em 2011, pagamos o dobro do valor da tabela SUS para 
a Santa Casa. Tem dinheiro que estava parado no governo do Estado e 
que não era repassado, recurso maior que a dívida de R$ 50 milhões”, 
complementou.
Como vocês sabem, com uma dívida de R$ 50 milhões com fornecedores 
e sem o básico remédios e seringas de injeção  para realizar os 
atendimentos, o provedor da Santa Casa, Kalil Rocha Abdalla, fechou 
por 30 horas o Pronto Socorro e suspendeu os exames e cirurgias não 
graves da entidade. A dívida total da entidade, diz seu provedor,  chega 
a R$ 300 milhões.
Falta de diálogo transparente do governo paulista dificulta solução
Felizmente, 30 horas após a decisão que prejudicaria 8 mil pessoas 
que passam diariamente pela Santa Casa, as portas do PS foram 
reabertas quando a Secretaria Estadual de Saúde anunciou o repasse 
de R$ 3 milhões, sob a condição de realizar uma auditoria na entidade.
O Ministério da Saúde (MS), por sua vez, pediu informações à Secretaria 
Estadual de Saúde, após verificar que R$ 74,7 milhões encaminhados 
pelo governo federal à entidade, entre 2013 e 2014, não chegaram ao 
hospital. “Até o momento, as informações não foram recebidas, dificultando 
um diálogo transparente sobre a situação”, diz nota do MS.
A Pasta também detalhou que “foram  R$ 291.390.567,11 transferidos (do 
governo federal para o de São Paulo) e R$ 237.265.012 recebidos pela 
Santa Casa, em 2013. Este ano, os valores são R$ 126.375.127 e (o 
repassado) R$ 105.761.932″. O Ministério rebateu, ainda, declarações do 
secretário estadual da Saúde de São Paulo, David Uip, que afirmou haver 
“erros grosseiros” na tabela de repasses divulgada pelo Ministério.
Recursos dobrados
O governo federal aponta que os recursos da Santa Casa foram dobrados 
após a criação da política de incentivo do Ministério da Saúde.  Como 
explica o ex-ministro da pasta, Alexandre Padilha, “isso fez com que o 
Ministério da Saúde repassasse o dobro da tabela SUS para a Santa 
Casa, porque ganhou esse incentivo pela qualidade do atendimento e 
por reduzir o tempo de espera”.
Segundo o ex-ministro, “o incentivo de qualidade funciona para a Santa 
Casa de São Paulo desde 2012, mas o Ministério não pode passar o 
dinheiro direto para o hospital. Ou vai para o Estado ou para o município. 
No caso aqui da capital, o contrato é com o governo do Estado.”
http://www.zedirceu.com.br/onde-estao-os-r-74-milhoes-destinados-a-santa-casa/