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quinta-feira, 31 de julho de 2014

SANTA CASA-SP RECEBIA O DOBRO DA TABELA DO SUS, MAS ESTADO NÃO REPASSOU A VERBA

Onde estão os R$ 74 milhões destinados a Santa Casa?


A pergunta acima, conforme insiste o ex-ministro da Saúde e candidato 
do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, deve ser respondida pelo
 governador do Estado de São Paulo, dr. Geraldo Alckmin. “Se a Santa 
Casa fechou a porta é porque o dinheiro repassado pelo Ministério da 
Saúde está no governo do Estado. Não chegou ao hospital. O governador 
tem que explicar”, cobrou Padilha.
À frente do Ministério da Saúde até o ano passado, ele garante que as 
verbas foram direcionadas pelo governo federal à entidade. “Desde a 
minha gestão, em 2011, pagamos o dobro do valor da tabela SUS para 
a Santa Casa. Tem dinheiro que estava parado no governo do Estado e 
que não era repassado, recurso maior que a dívida de R$ 50 milhões”, 
complementou.
Como vocês sabem, com uma dívida de R$ 50 milhões com fornecedores 
e sem o básico remédios e seringas de injeção  para realizar os 
atendimentos, o provedor da Santa Casa, Kalil Rocha Abdalla, fechou 
por 30 horas o Pronto Socorro e suspendeu os exames e cirurgias não 
graves da entidade. A dívida total da entidade, diz seu provedor,  chega 
a R$ 300 milhões.
Falta de diálogo transparente do governo paulista dificulta solução
Felizmente, 30 horas após a decisão que prejudicaria 8 mil pessoas 
que passam diariamente pela Santa Casa, as portas do PS foram 
reabertas quando a Secretaria Estadual de Saúde anunciou o repasse 
de R$ 3 milhões, sob a condição de realizar uma auditoria na entidade.
O Ministério da Saúde (MS), por sua vez, pediu informações à Secretaria 
Estadual de Saúde, após verificar que R$ 74,7 milhões encaminhados 
pelo governo federal à entidade, entre 2013 e 2014, não chegaram ao 
hospital. “Até o momento, as informações não foram recebidas, dificultando 
um diálogo transparente sobre a situação”, diz nota do MS.
A Pasta também detalhou que “foram  R$ 291.390.567,11 transferidos (do 
governo federal para o de São Paulo) e R$ 237.265.012 recebidos pela 
Santa Casa, em 2013. Este ano, os valores são R$ 126.375.127 e (o 
repassado) R$ 105.761.932″. O Ministério rebateu, ainda, declarações do 
secretário estadual da Saúde de São Paulo, David Uip, que afirmou haver 
“erros grosseiros” na tabela de repasses divulgada pelo Ministério.
Recursos dobrados
O governo federal aponta que os recursos da Santa Casa foram dobrados 
após a criação da política de incentivo do Ministério da Saúde.  Como 
explica o ex-ministro da pasta, Alexandre Padilha, “isso fez com que o 
Ministério da Saúde repassasse o dobro da tabela SUS para a Santa 
Casa, porque ganhou esse incentivo pela qualidade do atendimento e 
por reduzir o tempo de espera”.
Segundo o ex-ministro, “o incentivo de qualidade funciona para a Santa 
Casa de São Paulo desde 2012, mas o Ministério não pode passar o 
dinheiro direto para o hospital. Ou vai para o Estado ou para o município. 
No caso aqui da capital, o contrato é com o governo do Estado.”
http://www.zedirceu.com.br/onde-estao-os-r-74-milhoes-destinados-a-santa-casa/

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

PLANOS DE SAÚDE NÃO CUMPREM PRAZOS. PIORES QUE O SUS!

Governo suspende venda de 111 planos de saúde de 47 operadoras

Edgard Matsuki
Do UOL, em Brasília
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7 dicas para contratar plano de saúde8 fotos

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Antes de aderir a um plano de saúde, o consumidor precisa se informar sobre todas as condições do contrato, para não correr o risco de ser surpreendido no futuro. Veja, a seguir, algumas perguntas que devem ser feitas antes da assinatura do contratoShutterstock
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e o Ministério da Saúde anunciaram, nesta terça-feira (18), a suspensão da venda de 111 planos de saúde de 47 operadoras por descumprirem prazos para agendar consulta, exames e cirurgias, e por negarem cobertura
A lista completa está disponível no site da ANS
Entre as empresas atingidas estão Unimed Paulistana, Amico e Allianz. Em nota, a Unimed Paulistana informou que "continuará a não medir esforços para prestar atendimento de excelência a seus beneficiários, buscando a contínua melhoria de processos operacionais e assistenciais". A Amico afirmou que "cumprirá as determinações em relação à comercialização dos planos indicados na listagem e que o atendimento dos atuais clientes da operadora não será prejudicado". A Allianz não respondeu até o momento ao UOL.
Ao todo, 1,8 milhão de pessoas já utilizam esses planos suspensos. Os atuais usuários não serão afetados. A medida do governo impede a inclusão de novos clientes até que os problemas sejam solucionados. 
Desses 111 planos, 28 já estavam com as vendas suspensas por problemas em monitoramentos anteriores. Dentre as 47 operadoras, 31 já tinham sido punidas antes e 16 serão suspensas pela primeira vez. 
"A suspensão de vendas não é para punir as operadoras, é para garantir que atendam os beneficiários que já têm", disse oministro da saúde, Arthur Chioro.
A suspensão vale por três meses, a partir desta sexta-feira (21), e pode ser prorrogada em caso de reincidência. 
Na avaliação anterior, em novembro do ano passado, o governo tinha suspendido a venda de 150 planos de 41 operadoras

Foram mais de 71 mil reclamações em 2013

A ANS contabilizou 71.511 notificações contra operadoras de planos de saúde em 2013. Desse total, 60.320 foram resolvidas por mediação de conflitos. "A cada cinco reclamações, quatro foram resolvidas", diz André Longo, diretor-presidente da ANS.
O maior motivo de queixas é o descumprimento do prazo máximo para agendamento de consultas e exames (34,2%).

Suspensão tem gerado discussões na Justiça

A suspensão de planos pela ANS tem gerado diversas discussões na Justiça. A Abramge e a FenaSaúde, entidades que representam as empresas, questionam os critérios usados pela agência para proibir a venda.
A Justiça Federal chegou a determinar que a ANS recalculasse as reclamações, e a agência chegou a deixar as suspensões de lado por alguma semanas.

Em setembro, porém, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) autorizou a ANS a retomar a suspensão de venda dos planos.

Planos devem cumprir prazos de agendamento

A agência passou a monitorar os planos depois da publicação de uma resolução normativa de dezembro de 2011 que fixou o tempo máximo para marcação de consultas, exames e cirurgias.
Os prazos são de 14 dias para agendar consultas médicas de especialistas, como cardiologistas; 7 dias para consultas básicas, como clínica geral; e até três dias úteis para exames de sangue, por exemplo.
http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2014/02/18/governo-suspende-venda-de-111-planos-de-saude-de-47-operadoras.htm

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

OMBUDSMAN: FOLHA ESCONDEU ELOGIOS DO BANCO MUNDIAL AO SUS

Que papelão, Folha de S.Paulo! E o Manual de Redação?

Como o ex-ministro José Dirceu sempre aponta aqui nesse blog, a Folha de S.Paulo faz 
questão de ser parcial, deixar a isenção informativa completamente ao largo como um de 
seus últimos parâmetros jornalísticos e não esconder que tem lado – claro, desde que 
seja sempre contra o PT e o governo. O jornalão da Barão de Limeira, no entanto, às ve-
zes até nisso exagera.
Como aconteceu semana passada e foi apontado pela ombudsman Suzana Singer na 
edição deste domingo na pequena nota de sua coluna sob o título “Só o negativo”. Diz 
Suzana: ” A manchete de 2ª feira decretava: “Ineficiência marca gestão do SUS, diz Ban-
co Mundial”. A reportagem trazia apenas as críticas contidas no estudo, que fez um ba-
lanço de 20 anos do sistema único no país. Toda a parte elogiosa, em que se ressalta, 
entre outros pontos, um acesso mais equânime à assistência médica, foi ignorada pelo 
jornal. Ficou a impressão de que o Banco Mundial condenava o SUS.”
Quer dizer, um sistema de universalização de saúde extremamente bem elaborado, 
exemplo de inclusão de um dos maiores contingentes populacionais do mundo na assis-
tência médico-hospitalar, que não é perfeito mas busca constantemente seu aprimoramen-
to, é simplesmente desqualificado pelo jornal. À revelia de seu Manual de Redação, que 
manda ouvir os dois lados… No caso, aqui, nem era preciso, o relatório do Banco Mundial
 já apontava falhas e virtudes do sistema… Era só incluir na matéria também esta última 
parte…
Mas a ombudsman encerrou sua curta nota com uma frase que diz tudo: “Foi mais um 
ataque de pessimismo crônico da Folha.” Definição perfeita para a linha editorial perma-
nente do jornal…

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PLANOS DE SAÚDE SÃO BONS QUANDO VOCÊ ESTÁ SÃO...

Mário Scheffer: Câncer e doenças do coração, os tratamentos que planos de saúde mais negam

por Conceição Lemes
Quase todo mundo tem familiar, amigo, vizinho ou colega de trabalho que teve tratamento ou exame negado por plano ou seguro de saúde. Uma parte dos casos, porém, vai parar na Justiça.
Mário Scheffer, doutor em ciências e pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, acaba de divulgar um estudo justamente sobre a judicialização da assistência médica suplementar.
Ele analisou 782 decisões judiciais relacionadas à exclusão de cobertura, julgadas em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) em 2009 e 2010. Aqui, existem 489 empresas de planos de saúde e 18,3 milhões de usuários; 44,5% da população do estado e 59% da capital têm plano privado.
“Das 782 decisões judiciais analisadas, 88% foram favoráveis ao usuário, obrigando o plano de saúde a arcar com a cobertura negada; em 4% dos casos concedeu parte da cobertura solicitada”, revela Mário Scheffer. “Em 7,5% das decisões, o juiz acatou o argumento do plano de saúde.”
“Os principais motivos dessas ações são as negativas de tratamento de câncer e de doenças do coração”, informa Mário Scheffer. “Já entre os procedimentos médicos mais excluídos destacam-se quimioterapia, radioterapia e cirurgias diversas. Os insumos mais negados são órteses e próteses, principalmente stents, marcapassos e próteses ortopédicas (quadril, joelho),  exames diagnósticos e medicamentos de alto custo.”
ESMIUÇANDO
Os tratamentos negados para os diversos tipos de câncer (leucemia, linfomas, mama, próstata, colo de útero etc)  representam 36,57% das ações judiciais. Em segundo lugar estão as doenças do aparelho circulatório, incluindo acidente vascular cerebral (AVC, mais conhecido como derrame), infarto do miocárdio e outros problemas cardíacos, com 116 ações judiciais (19,46%).
Os dois grupos de doenças mais citados – câncer e cardiopatias – referem-se (em ordem inversa) às duas principais causas de adoecimento e morte no Estado de São Paulo. Em comum com as demais exclusões citadas nas ações, os tratamentos dessas doenças são onerosos.
Quimioterapia e radioterapia para tratamento do câncer são os procedimentos mais negados: correspondem a 33% das ações judiciais que mencionam procedimentos médicos excluídos pelos planos de saúde. Em seguida, as cirurgias (mastectomia, cirurgias cardíacas e bariátricas, aneurisma, vesícula etc);  sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e reabiltações; hemodiálise; transplantes, dentre outros procedimentos.
“Isso reforça a tese de que os planos excluem os tratamentos caros”, acrescenta Scheffer. “Em estudo que fiz sobre as ações julgadas pelo TJSP de 1999 a 2004, o tratamento de aids aparecia em terceiro lugar. Já como hoje ele é 100% garantido  pelo SUS, os pacientes adoecem e internam muito menos, resta aos planos cobrir poucos exames e consultas. A surpresa é o aumento da negação de atendimento em casos de obesidade mórbida, sob a alegação de que se trata de cirurgia estética, quando não é.”
O QUE OS PLANOS DE SAÚDE ALEGAM PARA DIZER “NÃO”
Entre os motivos usados pelos planos e seguros de saúde para negar o atendimento da demanda, destacam-se:
* O procedimento não consta no rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
* O contrato possui cláusula que exclui a cobertura solicitada (comum nos planos antigos, assinados antes da lei 9656, de 1998, e que não fizeram a migração).
* A doença é preexistente.
* Prazo de carência não foi cumprido.
* Hospital ou serviço utilizado não é credenciado do plano de saúde.
* O tratamento médico não foi indicado corretamente, está fora de diretriz clínica ou da “bula”, segundo auditoria do plano de saúde.
* Não é obrigação do plano de saúde cobrir medicamentos, sobretudo de uso ambulatorial, domiciliar e oral.
* A finalidade do procedimento é estética (mesmo em casos de reconstrução de mama devido ao câncer e redução de estômago para tratar obesidade mórbida).
* O plano de saúde é coletivo (pessoa jurídica, associação etc), logo prevalece o contrato entre as partes e não se aplica o Código de Defesa do Consumidor. A garantia irrestrita à saúde é dever do Estado e não do plano de saúde.
“Na verdade, o que chega à Justiça é a ponta do problema. Antes, muitos já tentaram solução junto ao plano de saúde, ANS  e Procon.  Como são casos urgentes, diante da negativa o mais comum é o usuário arcar com os  custos particulares ou buscar socorro na rede pública, o que sobrecarrega e onera o SUS.”
“Treze anos depois de aprovada a lei 9656, dos planos de saúde, o estudo mostra falhas na legislação e omissão da ANS”, avalia Scheffer. “Infelizmente, a ANS não cumpre com rigor o seu papel de regulação e fiscalização.”
15 DICAS PARA VOCÊ E SEUS FAMILIARES NÃO SEREM VÍTIMAS
O que fazer para que você não ter atendimento negado pelos planos e seguros de saúde?
Baseado nas suas pesquisas e na sua experiência de trinta anos anos como ativista na área de saúde, Mário Scheffer dá estas dicas:
1. Você tem direito a informações claras e adequadas, com especificação correta sobre a qualidade do plano de saúde, o que inclui redação com destaque, nos contratos, das cláusulas que possam limitar direitos.
2. Verifique se a empresa está registrada na ANS. Caso esteja sob direção fiscal ou técnica, isso significa que ela tem problemas (www.ans.gov.br e 0800 701 9656).
3. Leia atentamente o contrato antes de assinar, exija uma cópia.  As informações e “promessas” do corretor obrigam a operadora a cumpri-las, pois ele representa a empresa. Peça que o corretor entregue por escrito os benefícios prometidos.
4. Se você tem um contrato “novo” (assim chamado os contratos assinados a partir de 1999), verifique se o atendimento negado consta no rol de procedimentos da ANS. Esse rol define uma lista de consultas, exames e tratamentos que os planos de saúde são obrigados a oferecer. Se o seu contrato é “antigo”, você pode se valer do Código de Defesa do Consumidor para discutir a exclusão de cobertura.
5. O preço da mensalidade e as coberturas ofertadas têm a ver com: tipo de plano contratado, abrangência  (municipal, estadual ou nacional) e tamanho, extensão e qualidade da rede credenciada.
6. Leia atentamente a descrição da rede oferecida (médicos, laboratórios e hospitais), que deve fazer parte do contrato. Quanto mais restrita a rede, mais dificuldades você poderá ter para o atendimento.
7. O contrato pode impor carências (24 horas para urgências e emergências, dois anos, no caso de doenças preexistentes; 300 dias em caso de parto; 180 dias para os demais casos).
8. Se o seu plano é antigo (anterior a 1999) e tem cláusulas restritivas, veja se a empresa oferece a migração e se isso compensa financeiramente.
9. Muitos planos anunciam a “compra” ou redução de prazos de carências para você mudar de plano. Exija esse compromisso por escrito.
10. Atente ao que o plano oferece e exige para pessoas que já têm alguma doença, idosos, mulheres em idade fértil e outras necessidades de saúde especiais.
11.  Desconfie de mensalidades muito baixas de planos de saúde. Você pode estar caindo em alguma “arapuca”; por exemplo, ter dificuldade para agendar consultas, exames e cirurgias (em razão da reduzida rede credenciada) ou ver a empresa “quebrar” após longos meses pagando mensalidades.
12. Cuidado com os “cartões de desconto”, que oferecem consultas e exames mais baratos, mas não são planos de saúde e não dão nenhuma garantia de atendimento.
13. Cuidado com os “falsos” planos coletivos. São planos para duas, três ou mais pessoas em que você tem de apresentar o CNPJ de uma empresa para assinar o contrato. Os reajustes não são controlados pela ANS e as operadoras entendem que podem cancelar o contrato a qualquer momento (prática que, felizmente, vem sendo rejeitada pela Justiça).
14. Se o seu plano é da empresa onde você trabalha, informe ao setor de recursos humanos ou a seu chefe sempre que tiver um atendimento negado. Se o seu plano é individual ou familiar, tente primeiro uma solução com a operadora. Se não resolver, denuncie à ANS e ao Procon. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) tem em seu site ( www.idec.org.br) modelos de cartas para formalizar a reclamação.
15. Se decidir entrar na justiça, você tem que ajuizar uma ação por meio de advogado. É comum o juiz de primeira instância, na qual o processo é iniciado, conceder a liminar ou a tutela antecipada.
O plano de saúde é, então, obrigado a atender a imposição judicial; aí, ele recorre da decisão nas instâncias superiores. Na maioria das vezes, a Justiça tem dado ganho de causa ao paciente, mas há também decisões favoráveis aos planos de saúde. Muitas ações contra planos de saúde passaram a ser movidas junto aos juizados especiais cíveis (JECs), mais ágeis na tentativa de conciliar as partes litigantes – quando o valor envolvido vai até 40 salários mínimos. Nos JECs, se a causa for até 20 salários mínimos não é necessária a presença de advogado.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O QUE VALE PARA LULA, VALE PARA TODOS!

Campanha pela coerência já!

OK, o pessoal que está cobrando coerência do ex-presidente Lula de se tratar no SUS já que ele defende tanto o sistema conseguiu me convencer. Por isto, abro aqui uma campanha de coerência geral.
  1. Que o ex-presidente FHC que chamou os aposentados de “vagabundos” abra mão das suas cinco aposentadorias para mostrar coerência.
  2. Que o ex-candidato José Serra só se trate com medicamentos genéricos e sempre pegos no programa Dose Certa.
  3. Que o prefeito Gilberto Kassab só ande de ônibus e não de helicóptero.
  4. Que os donos das empresas de comunicação demitam todos os seus filhos e parentes dos comandos de redação para combater o nepotismo de que tanto falam ser contra.
  5. Que a revista Veja, o jornal Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo prestem contas à sociedade do dinheiro público que recebem da venda de milhares de assinaturas feitas pelo governo estadual, assim como cobram das entidades e ONGs que recebem verbas do governo.
  6. Que o pessoal do CQC se tiverem filhas consideradas feias que permitam que sejam estupradas e ainda agradeçam.
  7. Se vivo fosse, seria justo pedir que o ex-ministro Paulo Renato de Souza matriculasse seus filhos nas escolas estaduais (pois foi secretário de Educação de SP), que vivesse com o salário de um professor da rede (pois foi contra o aumento da categoria quando era secretário) e também que exigisse que os seus filhos estudassem nas faculdades e “unis” particulares da qual foi responsável pela sua expansão quando era ministro.
  8. Que os brancos que adoram “Casa Grande e Senzala” obriguem suas filhas a trabalharem como domésticas em casas de famílias negras e que sejam estupradas pelos patrões como eram as africanas escravizadas na época da colonização.
  9. Que os “democratas” da Europa e EUA apóiem a proposta de referendo do primeiro ministro grego com relação ao pacote econômico imposto pelos credores.
  10. Que quem chama prostituta de mulher de vida fácil passe noites e noites ao relento exposto a violência e topando transar com quem se dispor a pagar.
  11. Que todo homem que acha certo bater na companheira, tope casar com uma mulher maior, mais forte e de preferência capoeirista faixa preta.
  12. Que quem é contra o Estado da Palestina tope que uma família inimiga da sua, agressiva e bem armada tome conta de 2/3 da sua casa e que decida quando você pode sair e entrar na sua própria casa.
  13. Que quem acha que favelado é privilegiado porque não paga conta nenhuma troque sua confortável casa por um barraco em qualquer favela.
  14. Que quem defende que a Polícia e as Forças Armadas devem entrar nos morros do Rio de Janeiro arrepiando para pegar os “traficantes” tope que façam o mesmo no seu bairro (inclusive com tanques passando por cima de carros estacionados como foi no Rio) caso apareça alguns meninos fumando um baseado na esquina.
  15. Que quem condena as religiões de matriz africana porque maltrata os animais pare de comer qualquer carne, não tome mais nenhum remédio, vacina ou soro (pois ela é feita com base em experiências e procedimentos em animais).
  16. Leia a íntegra em: http://www.revistaforum.com.br/dennisdeoliveira/