Transcrição das palavras de Kennedy Alencar
Bom dia, Milton. Bom dia, ouvintes.
- Kennedy, Quais são os efeitos na área política da doença do ex-presidente Lula?
Essa notícia em si foi uma bomba, né Milton?
- Kennedy, Quais são os efeitos na área política da doença do ex-presidente Lula?
Essa notícia em si foi uma bomba, né Milton?
O Lula tem funcionado como um escudo, como uma barreira ali de proteção ao Governo Dilma. No mundo político e na imprensa, Milton, boa parte da boa avaliação e do apoio que a Dilma tem, se deve ao medo de Lula voltar em 2014.
Eu já ouvi de mais de um político a seguinte frase: “é melhor apoiar a Dilma, porque senão o Lula volta!”. Então, publicamente a oposição tem tido uma atitude respeitosa e comedida porque não pode optar politicamente por uma questão de decoro, mas nos bastidores acha que pode se beneficiar porque que este escudo está doente. Esta barreira de proteção está doente.
No PT e no Governo as atitudes foram de apavoramento, de surpresa completa. Virou licença para fábulas. O Lula ficou maior que o PT, ele é a referencia do PT. Então, isso causou muito temor no PT, enfim. Agora com a palavra dos médicos de que a chance de cura é altíssima, que é alta, houve um alívio. A doença de alguma forma tende a mitificar mais ainda o Lula. Porque é mais um desafio na trajetória dele. Convenhamos o Lula não é um político que enfrentou poucos desafios. Desde quando saiu do nordeste em um pau de arara para o sul maravilha. Então ele é um lutador, é um forte.
Eu acho que para 2012, com respeito à pré-candidatura do Fernando Haddad é completamente o contrário ao que a maioria das pessoas estão falando. O Fernando Haddad se fortalece, porque ninguém vai contrariar um desejo do Lula agora. Numa situação normal já seria difícil. Agora então me parece impossível.
É claro que ele vai diminuir o ritmo de viagem dele. A agenda dele. Ele já diminuiu. Cancelou viagem até janeiro. Agora esta agenda, Milton, era uma agenda basicamente internacional, de compromissos, de homenagens. O grosso da agenda do Lula não era articulação política. Tem muito pouco a ver com articulação política. E Ele pode continuar estas articulações políticas durante o tratamento. Não tem o menor problema.
Vou dar um bastidor aqui, Milton. Esta agenda do Lula é uma forma que ele encontrou. Cheia de palestras aí que ele está cobrando pra fazer. É uma forma que ele encontrou, 66 anos, para construir fora do governo um patrimônio para deixar para a mulher, os filhos e os netos. O Lula não é um político rico. Em 40 anos de política ele não ficou rico ao contrário de muitos políticos. Então, ele tem feito isso até como uma forma ali de deixar pros filhos e netos, até porque ele ficou muito tempo à política. Foi um pai que ficou muito tempo fora de casa. Na cabeça dele isto é importante.
Acho que é uma injustiça, sabe Milton, que se comete com o Lula ao trata-lo como um presidente mais tolerante com a corrupção do que os antecessores e a Dilma, né? A tolerância do Lula em relação à corrupção é igual ou menor que a dos demais presidente. Isto é a política como ela é mesmo, Milton. Há uma coisa que são as palavras e outra que são os atos.
O Lula, por exemplo, indicou para procurador geral da república, que é a única autoridade que pode processar o presidente, indicou o mais votado da categoria. Fernando Henrique nomeou um aliado, que num fazia denúncia contra o governo. As ações da polícia federal de combate à corrupção aumentaram no Governo Lula. Ele não mudou a constituição pra se reeleger. Fernando Henrique mudou. Ele não cedeu à tentação do terceiro mandato.
Ah, o Lula errou em algumas palavras! Errou sim. Há críticas ao Governo Lula, e houve escândalos de corrupção no governo Lula, como houve no do Fernando Henrique, como tem havido no da Dilma. Agora eu acho que o Lula foi um presidente muito bom. Agora minha opinião vale muito pouco. As pesquisas mostram isto. Oitenta por cento de uma avaliação ótimo e bom. Não é resultado de quem manipulou o povo, é o resultado de quem melhorou a vida do povo. Sobretudo dos mais pobres, né?
Então é assim, quem conviveu com o Lula, sabe que ele é uma boa pessoa, uma pessoa generosa, carinhosa. Acho que tem uma certa injustiça com o Lula que tem sido feita nos últimos tempos, de trata-lo de uma maneira até desrespeitosa. A gente tem visto muita crueldade nas redes sociais. Acho que a imprensa tem uma parcela de culpa nisto porque muitas vezes a imprensa que faz um registro muito a quente da história, não ver as coisas em perspectivas, a complexidade que é presidir o Brasil, e o conjunto da obra que foi o governo Lula. Então eu acho que é assim, ela é que está vendo um papel menor pro Lula na história. Ele já venceu muitos obstáculos. Acho que agora é mandar um abraço pra ele.
Eu já ouvi de mais de um político a seguinte frase: “é melhor apoiar a Dilma, porque senão o Lula volta!”. Então, publicamente a oposição tem tido uma atitude respeitosa e comedida porque não pode optar politicamente por uma questão de decoro, mas nos bastidores acha que pode se beneficiar porque que este escudo está doente. Esta barreira de proteção está doente.
No PT e no Governo as atitudes foram de apavoramento, de surpresa completa. Virou licença para fábulas. O Lula ficou maior que o PT, ele é a referencia do PT. Então, isso causou muito temor no PT, enfim. Agora com a palavra dos médicos de que a chance de cura é altíssima, que é alta, houve um alívio. A doença de alguma forma tende a mitificar mais ainda o Lula. Porque é mais um desafio na trajetória dele. Convenhamos o Lula não é um político que enfrentou poucos desafios. Desde quando saiu do nordeste em um pau de arara para o sul maravilha. Então ele é um lutador, é um forte.
Eu acho que para 2012, com respeito à pré-candidatura do Fernando Haddad é completamente o contrário ao que a maioria das pessoas estão falando. O Fernando Haddad se fortalece, porque ninguém vai contrariar um desejo do Lula agora. Numa situação normal já seria difícil. Agora então me parece impossível.
É claro que ele vai diminuir o ritmo de viagem dele. A agenda dele. Ele já diminuiu. Cancelou viagem até janeiro. Agora esta agenda, Milton, era uma agenda basicamente internacional, de compromissos, de homenagens. O grosso da agenda do Lula não era articulação política. Tem muito pouco a ver com articulação política. E Ele pode continuar estas articulações políticas durante o tratamento. Não tem o menor problema.
Vou dar um bastidor aqui, Milton. Esta agenda do Lula é uma forma que ele encontrou. Cheia de palestras aí que ele está cobrando pra fazer. É uma forma que ele encontrou, 66 anos, para construir fora do governo um patrimônio para deixar para a mulher, os filhos e os netos. O Lula não é um político rico. Em 40 anos de política ele não ficou rico ao contrário de muitos políticos. Então, ele tem feito isso até como uma forma ali de deixar pros filhos e netos, até porque ele ficou muito tempo à política. Foi um pai que ficou muito tempo fora de casa. Na cabeça dele isto é importante.
Acho que é uma injustiça, sabe Milton, que se comete com o Lula ao trata-lo como um presidente mais tolerante com a corrupção do que os antecessores e a Dilma, né? A tolerância do Lula em relação à corrupção é igual ou menor que a dos demais presidente. Isto é a política como ela é mesmo, Milton. Há uma coisa que são as palavras e outra que são os atos.
O Lula, por exemplo, indicou para procurador geral da república, que é a única autoridade que pode processar o presidente, indicou o mais votado da categoria. Fernando Henrique nomeou um aliado, que num fazia denúncia contra o governo. As ações da polícia federal de combate à corrupção aumentaram no Governo Lula. Ele não mudou a constituição pra se reeleger. Fernando Henrique mudou. Ele não cedeu à tentação do terceiro mandato.
Ah, o Lula errou em algumas palavras! Errou sim. Há críticas ao Governo Lula, e houve escândalos de corrupção no governo Lula, como houve no do Fernando Henrique, como tem havido no da Dilma. Agora eu acho que o Lula foi um presidente muito bom. Agora minha opinião vale muito pouco. As pesquisas mostram isto. Oitenta por cento de uma avaliação ótimo e bom. Não é resultado de quem manipulou o povo, é o resultado de quem melhorou a vida do povo. Sobretudo dos mais pobres, né?
Então é assim, quem conviveu com o Lula, sabe que ele é uma boa pessoa, uma pessoa generosa, carinhosa. Acho que tem uma certa injustiça com o Lula que tem sido feita nos últimos tempos, de trata-lo de uma maneira até desrespeitosa. A gente tem visto muita crueldade nas redes sociais. Acho que a imprensa tem uma parcela de culpa nisto porque muitas vezes a imprensa que faz um registro muito a quente da história, não ver as coisas em perspectivas, a complexidade que é presidir o Brasil, e o conjunto da obra que foi o governo Lula. Então eu acho que é assim, ela é que está vendo um papel menor pro Lula na história. Ele já venceu muitos obstáculos. Acho que agora é mandar um abraço pra ele.
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