Lula: chances de cura são boas, e ele deve voltar à vida normal logo
Por ordem do ex-presidente, que quer caso tratado com 'transparência' e sem 'palpiteiros', médicos dão entrevista para explicar situação. Câncer na laringe tem tamanho e agressividade 'médios', e diagnóstico precoce favorece cura. Lula passará por três sessões de quimioterapia até dezembro e radioterapia em janeiro. Terapia custará queda de cabelo mas deve afastar cirurgia. Dilma visita antecessor.
Da Redação
BRASÍLIA – O câncer na laringe do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi descoberto em estágio relativamente inicial, está circunscrito à região (não se alastrou), é do tipo mais comum, tem agressividade média e tamanho intermediário. Por causa destas características, as chances de cura são boas e as de cirurgia, remotas.
A tendência é que Lula supere a doença com pouca ou nenhuma sequela e volte a levar uma vida normal em breve, talvez a partir de fevereiro, quando o tratamento terminar.
As informações sobre o quadro clínico de Lula foram dadas à imprensa a pedido dele, nesta segunda-feira (31), em entrevista coletiva da equipe médica que cuidará do ex-presidente no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Segundo os médicos, Lula quer o caso tratado com “transparência”, para evitar que informações imprecisas se espalhem por ação de “palpiteiros”, atitude semelhante à que teve a presidenta Dilma Rousseff quando passou pelo mesmo problema. O áudio da entrevista está disponível na internet na página do Instituto Cidadania, do qual o ex-presidente é patrono.
Os médicos disseram que só voltarão a dar entrevista se acontecer algo (de bom ou ruim)
durante o tratamento que justifique. E que vão prestar informações novas apenas por meio de boletins médicos.
O tratamento de Lula contra o tumor começou nesta segunda-feira, com a primeira sessão de quimioterapia. Serão três sessões ao todo, com intervalo de 21 dias entre uma e outra. Depois da segunda, já será possível avaliar como o paciente está reagindo. Em janeiro, com a quimioterapia encerrada, Lula vai se submeter a radioterapia, de forma complementar.
A quimioterapia é um tratamento “agressivo” e provocará queda de cabelo, motivo de curiosidade inicial do ex-presidente, segundo os médicos, quando ele soube que teria de enfrentá-la. O impacto sobre a voz deverá ser mínimo ou nulo, mas, mesmo assim, o ex-presidente terá apoio de uma fonoaudióloga durante o tratamento.
Lula vai passar esta primeira noite no hospital, onde recebeu visita da presidenta Dilma Rousseff, que foi a São Paulo participar da festa anual de premiação de empresas admiradas promovida pela revista Carta Capital. Ela estava acompanhada de dois ministros que são antigos colaboradores de Lula desde antes da Presidência, Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e Guido Mantega (Fazenda).
Na saída do hospital, Dilma disse a jornalistas que Lula está bem, alegre e quis conversar sobre a crise econômica mundial. "Saio certa que nós vamos em janeiro ver o presidente desfilando na Gaviões da Fiel", afirmou Dilma. Lula é tema do samba enredo 2012 da escola de samba mencionada.
O tumor de Lula foi detectado a partir de exames feitos sexta-feira (28) e de uma biópsia no sábado (29). Ele vinha se queixando de dor e incômodo na garganta e comentou com o médico particular, Roberto Kalil, na quinta (27) à noite, enquanto comemorava o aniversário de 66 anos numa pequena festa reservada.
De acordo com os médicos, as causas prováveis para o surgimento do câncer foi o consumo de cigarro e álcool. “O diagnóstico foi feito em estágio relativamente inicial (…). Pela localização e pela extensão do tumor, ele tem uma chance muito boa de não precisar de cirurgia”, disse o médico Luiz Paulo Kowalski. “Acreditamos que ele não tenha nenhuma dificuldade em retornar a uma vida absolutamente normal muito em breve”, afirmou o médico Artur Katz.
Caso o tratamento inicialmente prescrito seja bem sucedido e surta o efeito esperado, Lula terá condições de voltar a viajar e participar de agendas a partir de fevereiro. Mas terá que continuar tendo de receber acompanhamento médico para avaliar sua evolução clínica. A equipe diz que o risco de o câncer voltar é maior nos dois primeiros anos mas vai caindo até o quinto, quando então o paciente pode ser considerado curado de vez.
Segundo Kowalski, o tipo de câncer que atingiu Lula tem duas vezes mais chances de acontecer em São Paulo do que no resto do mundo.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=18870&editoria_id=4A tendência é que Lula supere a doença com pouca ou nenhuma sequela e volte a levar uma vida normal em breve, talvez a partir de fevereiro, quando o tratamento terminar.
As informações sobre o quadro clínico de Lula foram dadas à imprensa a pedido dele, nesta segunda-feira (31), em entrevista coletiva da equipe médica que cuidará do ex-presidente no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Segundo os médicos, Lula quer o caso tratado com “transparência”, para evitar que informações imprecisas se espalhem por ação de “palpiteiros”, atitude semelhante à que teve a presidenta Dilma Rousseff quando passou pelo mesmo problema. O áudio da entrevista está disponível na internet na página do Instituto Cidadania, do qual o ex-presidente é patrono.
Os médicos disseram que só voltarão a dar entrevista se acontecer algo (de bom ou ruim)
durante o tratamento que justifique. E que vão prestar informações novas apenas por meio de boletins médicos.
O tratamento de Lula contra o tumor começou nesta segunda-feira, com a primeira sessão de quimioterapia. Serão três sessões ao todo, com intervalo de 21 dias entre uma e outra. Depois da segunda, já será possível avaliar como o paciente está reagindo. Em janeiro, com a quimioterapia encerrada, Lula vai se submeter a radioterapia, de forma complementar.
A quimioterapia é um tratamento “agressivo” e provocará queda de cabelo, motivo de curiosidade inicial do ex-presidente, segundo os médicos, quando ele soube que teria de enfrentá-la. O impacto sobre a voz deverá ser mínimo ou nulo, mas, mesmo assim, o ex-presidente terá apoio de uma fonoaudióloga durante o tratamento.
Lula vai passar esta primeira noite no hospital, onde recebeu visita da presidenta Dilma Rousseff, que foi a São Paulo participar da festa anual de premiação de empresas admiradas promovida pela revista Carta Capital. Ela estava acompanhada de dois ministros que são antigos colaboradores de Lula desde antes da Presidência, Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) e Guido Mantega (Fazenda).
Na saída do hospital, Dilma disse a jornalistas que Lula está bem, alegre e quis conversar sobre a crise econômica mundial. "Saio certa que nós vamos em janeiro ver o presidente desfilando na Gaviões da Fiel", afirmou Dilma. Lula é tema do samba enredo 2012 da escola de samba mencionada.
O tumor de Lula foi detectado a partir de exames feitos sexta-feira (28) e de uma biópsia no sábado (29). Ele vinha se queixando de dor e incômodo na garganta e comentou com o médico particular, Roberto Kalil, na quinta (27) à noite, enquanto comemorava o aniversário de 66 anos numa pequena festa reservada.
De acordo com os médicos, as causas prováveis para o surgimento do câncer foi o consumo de cigarro e álcool. “O diagnóstico foi feito em estágio relativamente inicial (…). Pela localização e pela extensão do tumor, ele tem uma chance muito boa de não precisar de cirurgia”, disse o médico Luiz Paulo Kowalski. “Acreditamos que ele não tenha nenhuma dificuldade em retornar a uma vida absolutamente normal muito em breve”, afirmou o médico Artur Katz.
Caso o tratamento inicialmente prescrito seja bem sucedido e surta o efeito esperado, Lula terá condições de voltar a viajar e participar de agendas a partir de fevereiro. Mas terá que continuar tendo de receber acompanhamento médico para avaliar sua evolução clínica. A equipe diz que o risco de o câncer voltar é maior nos dois primeiros anos mas vai caindo até o quinto, quando então o paciente pode ser considerado curado de vez.
Segundo Kowalski, o tipo de câncer que atingiu Lula tem duas vezes mais chances de acontecer em São Paulo do que no resto do mundo.
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