quinta-feira, 3 de novembro de 2011

LULA E OS ABUTRES DA MÍDIA

Lula, os abutres da imprensa e seus abutres leitores

Abutres são abutres e nada mais
“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil quanto ela mesma”. (Joseph Pulitzer – 1847/1911)
Lula tem câncer na laringe. A notícia correu pelo Brasil há poucos dias. Os jornalistas de oposição e os que apenas repercutem a agressividade de seus patrões e de seus leitores contra o político estadista se mobilizam freneticamente e correm para o Hospital Sírio-Libanês, onde o presidente mais popular da história do Brasil está a fazer os exames e procedimentos normais, comuns aos que são vítimas dessa doença, com o propósito de combatê-la e vencê-la.
Contudo, o que realmente me chamou a atenção foram alguns jornalistas pertencentes aos quadros da imprensa corporativa e privada (privada nos dois sentidos, tá?) e de seus leitores, que se comportaram como abutres ou corvos, no sentido de se reportarem sem o mínimo de educação e decência e civilidade quando se trata de atacar àquele que eles consideram o inimigo a ser batido, mesmo quando esse “inimigo” político é vítima de câncer ao tempo que amado por milhões e milhões de brasileiros, ao ponto de sair da Presidência com índices gigantescos de aprovação ao seu Governo que atingiram o patamar de 87%, acima dos índices de popularidade do mito Nelson Mandela quando deixou a presidência da África do Sul.
Lamentável e desumano o papel de certos jornalistas e de seus leitores abutres, que estão a fazer campanhas nas redes sociais da maneira mais sórdida possível, que afrontam a dignidade humana. Lúcia Hipólito, Arnaldo Jabor, Augusto Nunes e Reinaldo Azevedo se esmeraram em repercutir suas vilanias e a total falta de senso crítico e de respeito à ética jornalística e aos cidadãos, que ficam a escutar comentários desrespeitosos, agressivos e levianos, sem conteúdo informativo e que distorcem a verdade e a realidade dos fatos. É o verdadeiro jornalismo de esgoto, praticado por essa imprensa em um tempo de dez anos, desde que os governantes trabalhistas (Lula e Dilma) ascenderam ao poder.
Entretanto, é necessário salientar que desta vez o que me chamou a atenção foi o comportamento dos leitores e ouvintes desses jornalistas, que se comportam como leões-de-chácara dos interesses dos barões da imprensa, do grande empresariado e da oposição partidária (PSDB-DEM-PPS) ao Governo Dilma Rousseff. Por intermédio das redes sociais, estão a realizar uma campanha de ordem fascista que pede de forma debochada e vil para o político mais popular da história deste País tratar sua doença no SUS (rede pública de Saúde que o povo dos Estados Unidos não tem e assunto que causa transtornos até hoje a Obama), que, por sinal, ficou sem os bilhões da CPMF, criação dos tucanos, que no decorrer do Governo do neoliberal Fernando Henrique foram desviados para outros setores da administração pública. O mesmo governo neoliberal que vendeu o patrimônio do Brasil e foi ao FMI pedir esmolas três vezes, e de joelhos.
O jornalismo de meias verdades, manipulado, distorcido e muitas vezes baseado em mentiras praticado pelos órgãos de comunicação hegemônicos tem agora um similar: parte de seus leitores, ouvintes e telespectadores, que ocupam as redes sociais para disseminar intolerância e preconceitos abissais que diminuem a alma humana perante a vida. Eles formam uma coletividade de uma perversidade que impressiona por sua ausência de sentimentos nobres mesmo quando o alvo, no caso o presidente Lula, está doente. O político que não os agrada, tanto no aspecto político, partidário e ideológico, e por isso nem na enfermidade dão trégua, porque eles sabem que Lula, enquanto vivo e com saúde, será o peso que vai pender a balança de todas as eleições para um lado, o lado trabalhista, a parte da laranja que não é a deles. A direita não se conforma.
Todavia, não são apenas essas questões que incomodam os fãs da Veja, de O Globo, do Estadão, da Folha, da TV Globo e do Zero Hora. O que incomoda mesmo é ter de ver o Lula ser tratado em um hospital onde os ricos, os brancos, os “bem” nascidos e os famosos são atendidos. O pior de tudo é que a imensa maioria desses pequenos abutres é de classe média, consumidores beneficiados por créditos (empréstimos, CDC, cheque especial, cartões, consignados etc.) oferecidos democraticamente a todos os brasileiros pelos programas de governo dos trabalhistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. Esses fatores fatores de ascensão social para classe média não são chamados de forma irônica e raivosa de “Bolsa Classe Média” ou “Bolsa Me dei Bem” ou “Bolsa Desejo e Sonho Realizados”. Agora, o Bolsa Família, que ajuda a desenvolver a economia brasileira, principalmente nas regiões mais pobres como a Nordeste e Norte é criticado, de forma injusta e cruel. São essas pessoas que agridem Lula na internet que usufruem do acesso ao crédito fácil, porque antes a classe média e os pobres não tinham direito a nada, a não ser ver novelas e beber cerveja em um barzinho, porque até passagem de avião era difícil comprar.
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