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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

OLAVETES INVENTARAM NOBEL PARA LULA SÓ PRÁ APLICAREM GOLPE EM DÓLARES

Como extremistas estão faturando com a pseudo indicação de Lula ao Nobel. 

Por Kiko Nogueira



"Que Nobel, companheiro?"
“Que Nobel, companheiro?”

A paranoia antipetista e antibolivariana pode ser, além de um problema clínico, fonte de recursos. PT Barnum, o inventor do circo moderno (e um rematado picareta) dizia que nasce um otário a cada minuto. Os organizadores de um negócio chamado Conclave de Oslo têm certeza disso.
Trata-se, como sugere o nome, de uma reunião na capital da Noruega com o objetivo declarado de “discutir a liberdade, a democracia e as eleições no Brasil”. A ideia é “expor a fraude dos processos eleitorais das passadas ‘eleições’ de 2014”.
Por que Oslo? Para entregar aos responsáveis pelo Nobel um dossiê desmascarando Lula. O ex-presidente não merece a indicação ao prêmio, na opinião do pessoal.
O organizador é Dalmo Accorsini, brasileiro residente em Miami, profissão indefinida, ativista de direita. Accorsini abriu pelo menos duas contas para colher fundos para a missão.
Na primeira, na ferramenta de crowdfunding Kickante, levantaram 43 380 reais. A meta é 150 mil. Faltam 14 dias. Na segunda, no Vakinha, conseguiu 7 851 reais dos 30 mil desejados. O prazo é 15 de julho.
Em ambos os casos, os prazos foram esticados para ver se se chegava ao total. E aí começa a confusão. Apesar dos pedidos de grana ainda estarem em aberto, Dalmo já foi e voltou de Oslo, juntamente com um empresário e procurador da Fazenda Hugo César Hoeschl. De acordo com um vídeo da trupe, eles protocolaram o dossiê antilulista.
Quem é Hoeschl? Além de campeão da causa, ele foi, de acordo com uma matéria da Folha de 2009, alvo de um processo administrativo aberto pela corregedoria da Advocacia Geral da União. Teria atuado, ao mesmo tempo, em Oscips (organizações da sociedade civil de interesse público) que mantêm contratos com o poder público e em empresas contratadas. O esquema envolvia o montante de 38 milhões de reais. Ele montou um blog para se defender.
Dalmo fala com certa dificuldade e se vende como empreendedor nos EUA. Há cinco anos, se gabou de “desenvolver um método eficiente e seguro para a produção de produtos orgânicos”. Sua “fazenda modelo” na Flórida atraía “muita atenção de universidades e outros empreendedores”. Em seu currículo, declara que é um “profissional de marketing, criador do spray anti ácido Stomacin-U e da revista Nutricula”.
O projeto Oslo teve o aval de gente como Lobão, Olavo de Carvalho e Danilo Gentili, que ofereceram brindes incríveis de acordo com a doação do cidadão. Lobão, há algumas semanas, acabou pulando fora, não se sabe bem por quê (leia mais aqui).
O material de divulgação mencionava uma espécie de trem da alegria dos sonhos direitistas (vou manter a grafia): “Vamos levar do Brasil um grupo de pessoas notáveis que já estamos contactando, entre elas esta o ex ministro Joaquim Barbosa, Dr Romeu Tuma Jr, Rachel Sheherazade, Danilo Gentili, Ives Gandra, Lobão, Felipe Moura Brasil etc”.
Mais tarde, um adendo: aguardava-se “a confirmação dos jornalistas Diogo Mainardi e Augusto Nunes”. O blogueiro Claudio Tognolli, biógrafo de Lobão, e o ex-roqueiro Ciro Pessoa, um dos 75 autores de “Sonífera Ilha”, dos Titãs, já estavam na jogada.
Não é a primeira vez que Accorsini faz algo desse gênero. Em março, ele conseguiu realizar o “Conclave de Washington”. As pessoas doaram 15 mil dólares para um evento que “denunciou” a empresa venezuelana Smartmatic, que fabrica urnas na Nicarágua, Bolívia, El Salvador, Equador e Brasil.
Os convidados, anunciados com destaque, eram o ex-primeiro ministro da Espanha José Maria Aznar, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, o ex-presidente do México Vicente Fox, além de Jeb Bush e do senador republicano Marco Rubio.
Claro que nenhum deles deu as caras. O único palestrante foi o velho Olavo, com a repercussão esperada fora das rodas de malucos. Aliás, saiu apenas num lugar: no Yahoo, mais exatamente no blog de Tognolli, que mentiu ao escrever que, com o convescote, “os EUA passam a endossar, justamente nestes tempos bicudos, a tese de que o Brasil pode ter sofrido um golpe eletrônico chavista.” (!!?)
A questão fulcral da farsa na Noruega, no final das contas, é mais prosaica: não há nenhuma indicação de Lula ao Nobel. Zero. Niente. Nada. Os nomes serão divulgados somente em outubro.
Há bolsas de apostas baseadas em listas compiladas por especialistas. Nenhuma delas inclui Lula (que foi indicado em 2003). Fala-se, por exemplo, em Edward Snowden, o papa Francisco, o padre Mussie Zerai, que vive na Itália, por seu papel com os imigrantes, entre outros.
Isso não importa para os conclavistas. O que vale é pôr em prática aquela máxima do papa Dionésio Terceiro, responsável por livrar a Eritreia do comunismo, do lulopetismo, da malária e dos discos de Djavan: ninguém nunca perdeu dinheiro por subestimar a inteligência do público.
 http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-um-grupo-de-extremistas-fatura-com-a-pseudo-indicacao-de-lula-ao-nobel-por-kiko-nogueira/

terça-feira, 14 de julho de 2015

PICARETAS DA SEITA DE OLAVO CARVALHO APLICAM O "GOLPE DE OSLO"

Como extremistas estão faturando com a pseudo indicação de Lula ao Nobel. Por Kiko Nogueira



"Que Nobel, companheiro?"
“Que Nobel, companheiro?”

A paranoia antipetista e antibolivariana pode ser, além de um problema clínico, fonte de recursos. PT Barnum, o inventor do circo moderno (e um rematado picareta) dizia que nasce um otário a cada minuto. Os organizadores de um negócio chamado Conclave de Oslo têm certeza disso.
Trata-se, como sugere o nome, de uma reunião na capital da Noruega com o objetivo declarado de “discutir a liberdade, a democracia e as eleições no Brasil”. A ideia é “expor a fraude dos processos eleitorais das passadas ‘eleições’ de 2014”.
Por que Oslo? Para entregar aos responsáveis pelo Nobel um dossiê desmascarando Lula. O ex-presidente não merece a indicação ao prêmio, na opinião do pessoal.
O organizador é Dalmo Accorsini, brasileiro residente em Miami, profissão indefinida, ativista de direita. Accorsini abriu pelo menos duas contas para colher fundos para a missão.
Na primeira, na ferramenta de crowdfunding Kickstarter, levantaram 43 380 reais. A meta é 150 mil. Faltam 14 dias. Na segunda, no Vakinha, conseguiu 7 851 reais dos 30 mil desejados. O prazo é 15 de julho.
Em ambos os casos, os prazos foram esticados para ver se se chegava ao total. E aí começa a confusão. Apesar dos pedidos de grana ainda estarem em aberto, Dalmo já foi e voltou de Oslo, juntamente com um empresário e procurador da Fazenda Hugo César Hoeschl. De acordo com um vídeo da trupe, eles protocolaram o dossiê antilulista.
Quem é Hoeschl? Além de campeão da causa, ele foi, de acordo com uma matéria da Folha de 2009, alvo de um processo administrativo aberto pela corregedoria da Advocacia Geral da União. Teria atuado, ao mesmo tempo, em Oscips (organizações da sociedade civil de interesse público) que mantêm contratos com o poder público e em empresas contratadas. O esquema envolvia o montante de 38 milhões de reais. Ele montou um blog para se defender.
Dalmo fala com certa dificuldade e se vende como empreendedor nos EUA. Há cinco anos, se gabou de “desenvolver um método eficiente e seguro para a produção de produtos orgânicos”. Sua “fazenda modelo” na Flórida atraía “muita atenção de universidades e outros empreendedores”. Em seu currículo, declara que é um “profissional de marketing, criador do spray anti ácido Stomacin-U e da revista Nutricula”.
O projeto Oslo teve o aval de gente como Lobão, Olavo de Carvalho e Danilo Gentili, que ofereceram brindes incríveis de acordo com a doação do cidadão. Lobão, há algumas semanas, acabou pulando fora, não se sabe bem por quê (leia mais aqui).
O material de divulgação mencionava uma espécie de trem da alegria dos sonhos direitistas (vou manter a grafia): “Vamos levar do Brasil um grupo de pessoas notáveis que já estamos contactando, entre elas esta o ex ministro Joaquim Barbosa, Dr Romeu Tuma Jr, Rachel Sheherazade, Danilo Gentili, Ives Gandra, Lobão, Felipe Moura Brasil etc”.
Mais tarde, um adendo: aguardava-se “a confirmação dos jornalistas Diogo Mainardi e Augusto Nunes”. O blogueiro Claudio Tognolli, biógrafo de Lobão, e o ex-roqueiro Ciro Pessoa, um dos 75 autores de “Sonífera Ilha”, dos Titãs, já estavam na jogada.
Não é a primeira vez que Accorsini faz algo desse gênero. Em março, ele conseguiu realizar o “Conclave de Washington”. As pessoas doaram 15 mil dólares para um evento que “denunciou” a empresa venezuelana Smartmatic, que fabrica urnas na Nicarágua, Bolívia, El Salvador, Equador e Brasil.
Os convidados, anunciados com destaque, eram o ex-primeiro ministro da Espanha José Maria Aznar, o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, o ex-presidente do México Vicente Fox, além de Jeb Bush e do senador republicano Marco Rubio.
Claro que nenhum deles deu as caras. O único palestrante foi o velho Olavo, com a repercussão esperada fora das rodas de malucos. Aliás, saiu apenas num lugar: no Yahoo, mais exatamente no blog de Tognolli, que mentiu ao escrever que, com o convescote, “os EUA passam a endossar, justamente nestes tempos bicudos, a tese de que o Brasil pode ter sofrido um golpe eletrônico chavista.” (!!?)
A questão fulcral da farsa na Noruega, no final das contas, é mais prosaica: não há nenhuma indicação de Lula ao Nobel. Zero. Niente. Nada. Os nomes serão divulgados somente em outubro.
Há bolsas de apostas baseadas em listas compiladas por especialistas. Nenhuma delas inclui Lula (que foi indicado em 2003). Fala-se, por exemplo, em Edward Snowden, o papa Francisco, o padre Mussie Zerai, que vive na Itália, por seu papel com os imigrantes, entre outros.
Isso não importa para os conclavistas. O que vale é pôr em prática aquela máxima do papa Dionésio Terceiro, responsável por livrar a Eritreia do comunismo, do lulopetismo, da malária e dos discos de Djavan: ninguém nunca perdeu dinheiro por subestimar a inteligência do público.
 http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-um-grupo-de-extremistas-fatura-com-a-pseudo-indicacao-de-lula-ao-nobel-por-kiko-nogueira/

terça-feira, 15 de abril de 2014

GARCÍA MARQUEZ TEM SAÚDE FRÁGIL, DIZ FAMÍLIA

Idade avançada do escritor colombiano pode levar a complicações; estado de saúde é estável


Gabriel García Márquez, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1982, está com a saúde fragilizada, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira (14) pela família do escritor. 
A mulher do autor,  Mercedes Barcha, e seus filhos Rodrigo e Gonzalo García, confirmaram que a recuperação de García Márquez será feita em sua casa, na Cidade do México, após o escritor ter sido hospitalizado no dia 31 de março em decorrência de uma pneumonia. 
A família também afirma que "a condição é estável, ainda que se encontre muito frágil e existam riscos de complicações de acordo com a sua idade (87 anos)", e diz que "temos recebido muitas demonstrações de carinho por parte dos amigos e dos meios de comunicação". Eles agradeceram os gestos solidários e pediram que a intimidade fosse respeitada. 
García Márquez foi internado em 31 de março deste ano em um hospital na Cidade do México devido a uma pneumonia, segundo um porta-voz do Instituto Nacional para Nutrição e Ciências Médicas da Cidade do México. Ele teve alta oito dias depois.
Há dois anos, a família de García Márquez revelou que o escritor sofria de demência senil e estava perdendo a memória.
Aos 87 anos, García Márquez vive no México há mais de três décadas e nos últimos anos tem aparecido pouco em público. No mês passado, amigos e parentes levaram bolo e flores ao escritor, em uma festa em frente à sua casa.
http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/2014-04-15/estado-de-saude-de-gabriel-garcia-marquez-e-muito-fragil-diz-familia-do-autor.html

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

CONSERVADOR, VARGA LLOSA ELOGIA SOCIALISTA URUGUAIO

Premio Nobel de literatura, Mario Vargas 


Llosa destaca reformas de José Mujica


El premio Nobel de literatura peruano, Mario Vargas Llosa, ponderó las reformas “liberales” que llevó adelante el gobierno de José Mujica durante el año 2013. Destacó el matrimonio gay y la legalización de la marihuana. En ese marco expresó su deseo de que otros países de la región “sigan el ejemplo”.

Martes 31 de diciembre de 2013 | 23:00

Mario Vargas Llosa, ponderó las reformas “liberales”  que llevó adelante el gobierno de José Mujica durante el año 2013.
Vargas Llosa publicó el pasado domingo un artículo en El País de Madrid, bajo el título: 
“El ejemplo uruguayo”.
En el artículo, el autor de “La ciudad y los perros”, se refiere a que bajo el “perfil demo-
crático y liberal, Uruguay se ha convertido en el primer país del mundo en cambiar radi-
calmente su política frente al problema de la droga”.
A continuación el texto completo del artículo del escritor peruano, Mario Vargas 
Llosa.

“El ejemplo uruguayo”

La libertad tiene sus riesgos y quien cree en ella debe estar dispuesto a correrlos. Así lo 
ha entendido el Gobierno de José Mujica al legalizar la marihuana y el matrimonio gay. Y 
hay que aplaudirlo.
Ha hecho bien The Economist en declarar a Uruguay el país del año y en calificar de ad-
mirables las dos reformas liberales más radicales tomadas en 2013 por el Gobierno del 
presidente José Mujica: el matrimonio gay y la legalización y regulación de la producción, 
la venta y el consumo de la marihuana.
Es extraordinario que ambas medidas, inspiradas en la cultura de la libertad, hayan sido 
adoptadas por el Gobierno de un movimiento que en su origen no creía en la democracia 
sino en la revolución marxista leninista y el modelo cubano de autoritarismo vertical y de 
partido único. Desde que subió al poder, el presidente José Mujica, que en su juventud 
fue guerrillero tupamaro, asaltó bancos y pasó muchos años en la cárcel, donde fue tor-
turado durante la dictadura militar, ha respetado escrupulosamente las instituciones de-
mocráticas —la libertad de prensa, la independencia de poderes, la coexistencia de par-
tidos políticos y las elecciones libres— así como la economía de mercado, la propiedad 
privada y alentado la inversión extranjera. Esta política del anciano y simpático estadista 
que habla con una sinceridad insólita en un gobernante, aunque ello le signifique meter 
la pata de cuando en cuando, vive muy modestamente en su pequeña chacra de las 
afueras de Montevideo y viaja siempre en segunda clase en sus viajes oficiales, ha dado 
a Uruguay una imagen de país estable, moderno, libre y seguro, lo que le ha permitido 
crecer económicamente y avanzar en la justicia social al mismo tiempo que extendía los 
beneficios de la libertad en todos los campos, venciendo las presiones de una minoría 
recalcitrante de la alianza.
Hay que recordar que Uruguay, a diferencia de la mayor parte de los países latinoameri-
canos, tiene una antigua y sólida tradición democrática, al extremo de que, cuando yo era 
niño, se llamaba al país oriental “la Suiza de América” por la fuerza de su sociedad civil, el 
arraigo de la legalidad y unas Fuerzas Armadas respetuosas de los gobiernos constitucio-
nales. Además, sobre todo después de las reformas del batllismo, que reforzaron el laicis-
mo y desarrollaron una poderosa clase media, la sociedad uruguaya tenía una educación 
de primer nivel, una muy rica vida cultural y un civismo equilibrado y armonioso que era la 
envidia de todo el continente.
Yo recuerdo la impresión que significó para mí conocer Uruguay hacia mediados de los 
años sesenta. No parecía uno de los nuestros ese país donde las diferencias económi-
cas y sociales eran mucho menos descarnadas y extremas que en el resto de América 
Latina y en el que la calidad de la prensa escrita y radial, sus teatros, sus librerías, el alto 
nivel del debate político, su vida universitaria, sus artistas y escritores —sobre todo, el 
puñado de críticos y la influencia que ejercían en los gustos del gran público— y la irres-
tricta libertad que se respiraba por doquier lo acercaban mucho más a los más avanza-
dos países europeos que a sus vecinos. Allí descubrí el semanario Marcha, una de las 
mejores revistas que he conocido, y que se convirtió para mí desde entonces en una 
lectura obligatoria para estar al tanto de lo que ocurría en toda América Latina.
Esta política del anciano estadista ha dado a Uruguay una imagen de país es-
table, moderno, libre y seguro.
Sin embargo, ya en aquel tiempo había comenzado a deteriorarse esa sociedad que 
daba al forastero la impresión de estar alejándose cada vez más del tercer mundo y 
acercándose cada vez más al primero. Porque, pese a todo lo bueno que allí ocurría, 
muchos jóvenes, y algunos no tan jóvenes, sucumbían a la fascinación de la utopía re-
volucionaria e iniciaban, según el modelo cubano, las acciones violentas que destruirían 
aquella “democracia burguesa” para reemplazarla no por el paraíso socialista sino por 
una dictadura militar de derecha que llenó las cárceles de presos políticos, practicó la 
tortura y obligó a exiliarse a muchos miles de uruguayos. El drenaje de talento y de sus 
mejores profesionales, artistas e intelectuales que padeció el Uruguay en aquellos años 
fue proporcionalmente uno de los más críticos que haya vivido en la historia un país lati-
noamericano. Sin embargo, la tradición democrática y la cultura de la legalidad y la liber-
tad no se eclipsaron del todo en aquellos años de terror y, al caer la dictadura y resta-
blecerse la vida democrática, florecerían de nuevo con más vigor y, se diría, con una 
experiencia acumulada que sin duda ha educado tanto a la derecha como a la izquierda, 
vacunándolas contra las ilusiones violentistas del pasado.
De otro modo no hubiera sido posible que la izquierda radical, que con el Frente Am-
plio y los tupamaros llegara al poder, diera muestras, desde el primer momento, de un 
pragmatismo y espíritu realista que ha permitido la convivencia en la diversidad y profun-
dizado la democracia uruguaya en lugar de pervertirla. Ese perfil democrático y liberal 
explica la valentía con que el Gobierno del presidente José Mujica ha autorizado el matri-
monio entre parejas del mismo sexo y convertido a Uruguay en el primer país del mundo 
en cambiar radicalmente su política frente al problema de la droga, crucial en todas partes, 
pero de una agudeza especial en América Latina. Ambas son reformas muy profundas y 
de largo alcance que, en palabras de The Economist, “pueden beneficiar al mundo entero”.
El matrimonio entre personas del mismo sexo, ya autorizado en varios países del mundo, 
tiende a combatir un prejuicio estúpido y a reparar una injusticia por la que millones de per-
sonas han padecido (y siguen padeciendo en la actualidad) arbitrariedades y discriminación sistemática, desde la hoguera inquisitorial hasta la cárcel, el acoso, marginación social y 
atropellos de todo orden. Inspirada en la absurda creencia de que hay solo una identidad 
sexual “normal” —la heterosexual— y que quien se aparta de ella es un enfermo o un de-
lincuente, homosexuales y lesbianas se enfrentan todavía a prohibiciones, abusos e intole-
rancias que les impiden tener una vida libre y abierta, aunque, felizmente, en este campo, 
por lo menos en Occidente, se han ido desmoronando los prejuicios y tabúes homofóbicos 
y reemplazándolos la convicción racional de que la opción sexual debe ser tan libre y diver-
sa como la religiosa o la política, y que las parejas homosexuales son tan “normales” como 
las heterosexuales. (En un acto de pura barbarie, el Parlamento de Uganda acaba de apro-
bar una ley estableciendo la cadena perpetua para todos los homosexuales).
La represión no ha funcionado, y el narcotráfico es hoy el factor principal de la 
corrupción en América Latina
Respecto a las drogas prevalece todavía en el mundo la idea de que la represión es la me-
jor manera de enfrentar el problema, pese a que la experiencia ha demostrado hasta el 
cansancio que no obstante la enormidad de recursos y esfuerzos que se han invertido en 
reprimirlas, su fabricación y consumo siguen aumentando por doquier, engordando a las 
mafias y la criminalidad asociada al narcotráfico. Este es en nuestros días el principal 
factor de la corrupción que amenaza a las nuevas y a las antiguas democracias y va cu-
briendo las ciudades de América Latina de pistoleros y cadáveres.
¿Será exitoso el audaz experimento uruguayo de legalizar la producción y el consumo 
de la marihuana? Lo sería mucho más, sin ninguna duda, si la medida no quedara con-
finada en un solo país (y no fuera tan estatista) sino comprendiera un acuerdo internacio-
nal del que participaran tanto los países productores como consumidores. Pero, aun así, 
la medida va a golpear a los traficantes y por lo tanto a la delincuencia derivada del con-
sumo ilegal y demostrará a la larga que la legalización no aumenta notoriamente el consu-
mo sino en un primer momento, aunque luego, desaparecido el tabú que suele prestigiar 
a la droga ante los jóvenes, tienda a reducirlo. Lo importante es que la legalización vaya 
acompañada de campañas educativas —como las que combaten el tabaco o explican los 
efectos dañinos del alcohol— y de rehabilitación, de modo que quienes fuman marihuana 
lo hagan con perfecta conciencia de lo que hacen, al igual que ocurre hoy día con quienes 
fuman tabaco o beben alcohol.
La libertad tiene sus riesgos y quienes creen en ella deben estar dispuestos a 
correrlos en todos los dominios, no sólo en el cultural, el religioso y el político. Así lo 
ha entendido el Gobierno uruguayo y hay que aplaudirlo por ello. Ojalá otros aprendan 
la lección y sigan su ejemplo”.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

ISRAELENSES APÓIAM ESTADO PALESTINO

Personalidades israelenses assinam declaração de apoio ao Estado palestino

Dezenas de personalidades públicas, intelectuais e acadêmicos israelenses assinaram uma declaração em apoio a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967, no marco de uma solução de dois Estados.

Os signatários devem apresentá-la nesta quinta-feira (21/04) diante do Hall da Independência de Tel Aviv, onde o arquiteto do Estado judeu, David Ben Gurion, proclamou a independência de Israel em maio de 1948. 
Nesse ato simbólico será lida uma carta assinada por seus promotores, que aproveitarão a ocasião para pedir ao público que se some a eles assinando o documento.

"O povo judeu surgiu na Terra de Israel, onde forjou sua personalidade. O povo palestino surgiu nos territórios palestinos, onde sua personalidade foi forjada", reza o texto da carta, cujo conteúdo antecipa nesta quarta-feira a imprensa local.

Entre os signatários estão ao menos 20 ganhadores do Prêmio Israel, o mais importante do país, que anualmente concede é concedido no Dia da Independência.

Os promotores da iniciativa insistem em que não se trata de um novo plano político, mas de uma forma de apresentar à sociedade uma visão alternativa à postura oficial do Executivo israelense. 

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

ESCÂNDALO: BISPO PROGRESSISTA CONFESSA ASSÉDIO A MENOR

A Igreja Católica na Bélgica já estava nas manchetes durante todo o ano de 2010 pela sucessão de escândalos de pedofilia envolvendo sacerdotes. Agora, porém, o caso atinge até a ala mais progressista da Igreja, ou melhor, o bispo François Houtart, o "Bispo Vermelho", um dos fundadores do Fórum Social Mundial de Porto Alegre e que chegou a ser indicado para o prêmio Nobel da Paz.
Conhecido como o "Papa Anti-globalização", Houtart reconheceu haver molestado um garoto de oito anos, em cuja casa estava hospedado, há quatro décadas. O sacerdote diz que ao passar pelo quarto do menino "tocou suas partes íntimas, e ele acordou e assustou-se. Foi um ato imprudente e irresponsável". Em sua defesa, afirma que procurou o pai da criança, seu amigo e dispôs-se a abandonar o sacerdócio e assumir todas as consequências. Procurou um professore psicólogo do Seminário de Liège, a quem confessou o fato e foi orientado a prosseguir seus estudos.
O bispo Houtart é sociólogo marxista, muito ligado aos pobres, e tornou-se um símbolo da Igreja solidária. Tem profundos laços com a América Latina e, só em 2010, esteve seis vezes no Equador, de onde concedeu entrevista sobre as acusações agora publicadas pelo jornal Le Soir. As práticas de pedofilia por membros da Igreja Católica belga escandalizam o país, pelos sofrimentos das vítimas durante anos de silêncio - 13 delas suicidaram-se ao longo das últimas décadas.