Conhecido como o "Papa Anti-globalização", Houtart reconheceu haver molestado um garoto de oito anos, em cuja casa estava hospedado, há quatro décadas. O sacerdote diz que ao passar pelo quarto do menino "tocou suas partes íntimas, e ele acordou e assustou-se. Foi um ato imprudente e irresponsável". Em sua defesa, afirma que procurou o pai da criança, seu amigo e dispôs-se a abandonar o sacerdócio e assumir todas as consequências. Procurou um professore psicólogo do Seminário de Liège, a quem confessou o fato e foi orientado a prosseguir seus estudos.
O bispo Houtart é sociólogo marxista, muito ligado aos pobres, e tornou-se um símbolo da Igreja solidária. Tem profundos laços com a América Latina e, só em 2010, esteve seis vezes no Equador, de onde concedeu entrevista sobre as acusações agora publicadas pelo jornal Le Soir. As práticas de pedofilia por membros da Igreja Católica belga escandalizam o país, pelos sofrimentos das vítimas durante anos de silêncio - 13 delas suicidaram-se ao longo das últimas décadas.
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