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terça-feira, 1 de novembro de 2011

NOBLAT FAZ JORNALISMO DE FUTRICAS, DIZ DEPUTADA

1 DE NOVEMBRO DE 2011 - 16H40 

Deputada critica jornalismo “de intriga e futricas” de Noblat


A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG), em discurso no plenário da Câmara, nesta terça-feira (1º), manifestou indignação contra o jornalista Ricardo Noblat, que atacou em seu blog, reproduzido em vários jornais, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo. A parlamentar destacou que o líder não precisa de defesa, porque sua história já o defende, mas criticou Noblat “que rebaixa o jornalismo” e tenta atacar, “com intrigas e futricas, a dignidade e a honra do Presidente do partido, Renato Rabelo”.


A parlamentar manifestou surpresa com o fato do jornalista “não atacar as ideias do meu partido, mas incorpora um jornalismo da intriga, da fofoca, como se isso impactasse o PCdoB”.

Ela lembrou que “é dentro da luta de um desenvolvimento nacional, com distribuição de renda, que o PCdoB se apresenta e cresce, construindo um partido moderno, democrático, onde todas as instâncias são debatidas e participam do processo”. 

“O Sr. Noblat podia atacar as posições do PCdoB. O Sr. Noblat podia dizer que é contra o desenvolvimento do País, tão caro ao nosso partido. O Sr. Noblat poderia dizer que a posição do PCdoB, quando defende a distribuição de renda e a incorporação dos trabalhadores em nosso desenvolvimento, está errada”, provocou a parlamentar. 

E insistiu na manifestação contrária à abordagem que o jornalista usou em seu blog. “Noblat tem o direito de ser contra a ideia do PCdoB de que um projeto de desenvolvimento precisa de uma aliança ampla que incorpore o conjunto das forças desenvolvimentistas deste País. O Sr. Noblat poderia atacar esse desejo do PCdoB de organizar o povo, dar-lhe consciência e liberdade”, alfinetou Jô. 

Sem necessidade de defesa

Para a parlamentar, “o Presidente Renato Rabelo não precisa de defensores porque, na sua história, há a capacidade de construir um projeto de país, mas a minha militância, a minha necessidade da verdade não me permitem escutar calada tamanha ignomínia contra aquele que é o defensor do meu partido e que conduz a democracia nele para a construção de um novo projeto”.

E mais uma vez a parlamentar criticou o jornalista, afirmando que enquanto “Renato Rabelo viveu no exílio, perseguido que foi pela ditadura militar, teve a coragem de retornar ao Brasil e de se colocar à frente da construção de um partido, Noblat não faz jus a um passado de jornalistas que deram o melhor das suas vidas na resistência da ditadura militar e que se colocaram em defesa da democracia e da verdade”.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=167694&id_secao=6

O JORNALISMO-URUBÚ E A DOENÇA DE LULA

Guia de boas maneiras na política. E no jornalismo
Maria Inês Nassif
A cultura de tentar ganhar no grito tem prevalecido sobre a boa educação e o senso de humanidade na política brasileira. E o alvo preferencial do “vale-tudo” é, em disparada, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Por algo mais do que uma mera coincidência, nunca antes na história desse país um senador havia ameaçado bater no presidente da República, na tribuna do Legislativo. Nunca se tratou tão desrespeitosamente um chefe de governo. Nunca questionou-se tanto o merecimento de um presidente – e Lula, além de eleito duas vezes pelo voto direto e secreto, foi o único a terminar o mandato com popularidade maior do que quando o iniciou.
A obsessão da elite brasileira em tentar desqualificar Lula é quase patológica. E a compulsão por tentar aproveitar todos os momentos, inclusive dos mais dramáticos do ponto de vista pessoal, para fragilizá-lo, constrange quem tem um mínimo de bom senso. A campanha que se espalhou nas redes sociais pelos adversários políticos de Lula, para que ele se trate no Sistema Único de Saúde (SUS), é de um mau gosto atroz. A jornalista que o culpou, no ar, pelo câncer que o vitimou, atribuindo a doença a uma “vida desregrada”, perdeu uma grande chance de ficar calada.
Até na política as regras de boas maneiras devem prevalecer. Numa democracia, o opositor é chamado de adversário, não de inimigo (para quem não tem idade para se lembrar, na nossa ditadura militar os opositores eram “inimigos da pátria”). Essa forma de qualificar quem não pensa como você traz, implicitamente, a ideia de que a divergência e o embate político devem se limitar ao campo das ideias. Esta é a regra número um de etiqueta na política.
A segunda regra é o respeito. Uma autoridade, principalmente se se tornou autoridade pelo voto, não é simplesmente uma pessoa física. Ela é representante da maioria dos eleitores de um país, e se deve respeito à maioria. Simples assim. Lula, mesmo sem mandato, também o merece. Desrespeitar um líder tão popular é zombar do discernimento dos cidadãos que o apoiam e o seguem. Discordar pode, sempre.
A terceira regra de boas maneiras é tratar um homem público como homem público. Ele não é seu amigo nem o cara com quem se bate boca na mesa de um bar. Essa regra vale em dobro para os jornalistas: as fontes não são amigas, nem inimigas. São pessoas que estão cumprindo a sua parte num processo histórico e devem ser julgadas como tal. Não se pode fazer a cobertura política, ou uma análise política, como se fosse por uma questão pessoal. Jornalismo não deve ser uma questão pessoal. Jornalistas têm inclusive o compromisso com o relato da história para as gerações futuras. Quando se faz jornalismo com o fígado, o relato da história fica prejudicado.
A quarta regra é a civilidade. As pessoas educadas não costumam atacar sequer um inimigo numa situação tão delicada de saúde. Isso depõe contra quem ataca. E é uma péssima lição para a sociedade. Sentimentos de humanidade e solidariedade devem ser a argamassa da construção de uma sólida democracia. Os formadores de opinião tem a obrigação de disseminar esses valores.
A quinta regra é não se deixar contaminar por sentimentos menores que estão entranhados na sociedade, como o preconceito. O julgamento sobre Lula, tanto de seus opositores políticos como da imprensa tradicional, sempre foi eivado de preconceito. É inconcebível para esses setores que um operário, sem curso universitário e criado na miséria, tenha ascendido a uma posição até então apenas ocupada pelas elites. A reação de alguns jornalistas brasileiros que cobriram, no dia 27 de setembro, a solenidade em que Lula recebeu o título “honoris causa” pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris, é uma prova tão evidente disso que se torna desnecessário outro exemplo.
No caso do jornalismo, existe uma sexta regra, que é a elegância. Faltou elegância para alguns dos meus colegas.
(*) Colunista política, editora da Carta Maior em São Paulo

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A MENTIRA DA VEJA VIROU ESCÂNDALO NACIONAL!


Imagens da Veja não são do hotel. Aumenta o detrito na maré baixa

    Publicado em 29/08/2011
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O amigo navegante Luis Claudio envia notícia do Brasil 247:

Imagens divulgadas por Veja não foram feitas por câmeras do Hotel Naoum
“Essa possibilidade já está descartada”, diz gerente-geral Rogério Tonatto


Evam Sena_247 em Brasília – O Hotel Naoum já descarta que as imagens divulgadas por Veja do ex-ministro José Dirceu e políticos nos corredores do estabelecimento tenham sido capturadas pelas câmeras internas e vazadas por algum funcionário. A Polícia Civil do Distrito Federal iniciou perícia para saber se as fotos foram resultado de grampo de imagem feito pela revista ou por terceiros.


“A possibilidade de as imagens terem saído de nossas câmeras está descartada. Está muito evidente que não foram captadas por nós. As imagens divulgadas são bem diferentes do nosso padrão”, disse ao Brasil247, o gerente-geral do Hotel Naoum, Rogério Tonatto.


Ele afirma que o enquadramento das imagens publicadas é diferente das capturadas pelas câmeras internas e que as imagens do hotel são coloridas, ao contrário das divulgadas.


Segundo Tonatto, o circuito interno não conseguiu capturar imagens de instalação de grampo. “Não estamos conseguindo enxergar isso”, disse. Ainda de acordo com ele, a Polícia Civil trabalha na busca de provas de instalação de uma câmera no corredor. O hotel vai esperar a perícia para decidir se aciona a Polícia Federal.


Reportagem da Veja deste fim de semana mostra o ex-ministro José Dirceu, senadores, deputados, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, e o ministro de Desenvolvimento Econômico, Fernando Pimentel, nos corredores do Hotel Naoum, em momentos diferentes. Dias antes da publicação, José afirmou por meio de seu blog que o repórter Gustavo Ribeiro tentou invadir seu quarto no hotel, depois de ficar dias hospedado em uma suíte ao lado da do petista.


Na reportagem, Veja afirma que Dirceu ainda é ativo nas articulações do PT e o acusa de conspirar contra o governo da presidente Dilma Rousseff. A revista nega que o repórter tenha tentado invadir o quarto do ex-ministro.



CRIMES DA VEJA LEVAM À DISCUSSÃO DA ÉTICA JORNALÍSTICA


Ética e credibilidade de uma profissão

Apenas algumas semanas depois do escândalo provocado pelas revelações de ações criminosas do tablóide “News of the World” na Inglaterra, o tipo de jornalismo reiteradamente praticado pela revista Veja acende uma perigosa luz amarela no campo da comunicação.

Desde o dia 7 de julho pp. a Comissão de Ética (CE) do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) tem em suas mãos um pedido de abertura de processo por violação do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros contra o jornalista Gustavo Ribeiro da sucursal de Brasília da revista Veja. O pedido foi protocolado por um dos membros da comissão que redigiu o novo Código de Ética em vigor desde 2007 (disponível emhttp://www.fenaj.org.br/federacao/cometica/codigo_de_etica_dos_jornalistas_brasileiros.pdf) e também um dos fundadores do Movimento Pró-Conselho de Comunicação Social no Distrito Federal (MPC), o jornalista Antonio Carlos Queiroz.

O pedido original tinha por base a matéria intitulada "Madraçal no Planalto"sobre a Universidade de Brasília e seu reitor, publicada na Veja com data de capa de 6 de julho. 

Tanto do ponto de vista técnico como ético, a referida matéria é um exemplo acabado de mau jornalismo. Editorializada e adjetivada, a matéria não cumpre as regras elementares básicas do jornalismo e foi desmentida por “fontes” cujos nomes nela aparecem, além de ter recebido repúdio quase unânime da própria comunidade acadêmica da UnB (cf.http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=5317). Mais ainda. Uma das “fontes” e articulador da matéria de Veja, conhecido adversário político do atual reitor, publicou em seu blog o seguinte post:

"Parabéns à revista VEJA por este inestimável serviço ao Brasil, mostrando o que faz o reitor Zé do MST (ligado ao PT) com a educação superior no país. Está agora na hora da oposição (DEM, PSDB e PPS) colocar a boca no trombone! -- PS: Ajudei a VEJA com essa reportagem (tem uma declaração minha na 4. página), eu e mais de 20 professores, lógico que apenas alguns apareceram"[cf. cienciabrasil.blogspot.com post de 3 de julho).

Jornalista não sindicalizado
No dia 9 de agosto pp. a CE respondeu ao jornalista Antonio Carlos Queiroz informado haver decidido pela não abertura do processo tendo em vista que Gustavo Ribeiro “não é filiado ao SJPDF”.

Trata-se de um equívoco da CE de vez que a filiação aos sindicatos da categoria não é requisito para o exercício profissional e o Código de Ética, por óbvio, se aplica a toda a categoria, não somente aos jornalistas sindicalizados. Aliás, está escrito no próprio CE:

Art. 17. Os jornalistas que descumprirem o presente Código de Ética estão sujeitos às penalidades de observação, advertência, suspensão e exclusão do quadro social do sindicato e à publicação da decisão da comissão de ética em veículo de ampla circulação. 

Parágrafo único - Os não-filiados aos sindicatos de jornalistas estão sujeitos às penalidades de observação, advertência, impedimento temporário e impedimento definitivo de ingresso no quadro social do sindicato e à publicação da decisão da comissão de ética em veículo de ampla circulação. 


O equívoco da CE motivou um recurso impetrado pelo jornalista Antonio Carlos Queiroz no SJPDF solicitando a reconsideração da decisão.

Reincidência
Enquanto se aguardava uma resposta da CE ao recurso, o mesmo jornalista Gustavo Ribeiro, aparece novamente como um dos responsáveis por matéria aparentemente envolvendo práticas ilícitas, publicada na mesma revista Veja com data de 31 de agosto pp. Trata-se, como se sabe, de matéria de capa sob o título “O Poderoso Chefão” sobre o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que padece dos mesmos vícios da matéria anterior sobre a UnB. O jornalista está agora sendo formalmente acusado de tentativa de invasão de domicílio e falsidade ideológica pelo Hotel Naoum de Brasília, onde escritório de advocacia associado ao ex-ministro José Dirceu mantém um apartamento alugado.

Naturalmente o novo episódio envolvendo o jornalista Gustavo Ribeiro provocou o encaminhamento de um “agravo” à CE do SJPDF.

O que está em jogo?
Apenas algumas semanas depois do escândalo provocado pelas revelações de ações criminosas do tablóide “News of the World” na Inglaterra, o tipo de jornalismo reiteradamente praticado pela revista Veja acende uma perigosa luz amarela no campo da comunicação. 

O Grupo Abril, ao qual pertence a revista Veja, criou recentemente o IAEJ – Instituto de Altos Estudos em Jornalismo que, em parceria com a ESPM, oferece o Curso de Pós-Graduação com Ênfase em Direção Editorial “um programa sem precedentes no Brasil, (que) tem a ambição de contribuir para a melhoria da imprensa no país” (cf.http://www.espm.br/Candidato/Cursos/SP/Pages/jornalismodirecaoeditorial.aspx).

Por óbvio, matérias como as referidas acima não são publicadas sem o conhecimento da direção da revista e, portanto, não são de responsabilidade apenas dos jornalistas envolvidos. Trata-se de uma determinada visão de jornalismo e de seu papel que confrontam toda a retórica liberal sobre a liberdade de imprensa na democracia.

Está na hora das organizações sindicais darem o primeiro passo e aplicarem exemplarmente o Código de Ética da profissão se pretendem zelar pela dignidade profissional mínima que sustente a credibilidade dos jornalistas.

E está mais do que na hora dos próprios empresários de mídia e do Estado brasileiro dialogar sobre a inadiável necessidade de uma ampla e democrática regulação do setor. Não dá mais para “fazer de conta” que no Brasil é diferente do resto do mundo e que aqui a mídia será sempre um poder acima de todos os outros.

A ver.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O ESCÂNDALO DA VEJA E A COVARDIA DO REI DO ESGOTO



Comentário que enviei ao blog do meu amigo Eduardo Guimarães, que perguntara qual será a próxima capa da revista veja, depois que sua armação da semana passada (quando usou métodos de Murdoch, como espionagem e tentativa de invasão para violar a intimidade de hóspedes do Hotel Naum, em Brasília, entre os quais Zé Dirceu). 

A basear-se na prática do porta-voz da veja, o Rei do Esgoto (que também responde pela alcunha de Azevedo), a revista silenciará sobre o assunto em uma ou duas edições. Foi assim com outros “escândalos” fabricados, como o dinheiro de Cuba para a campanha de Lula; o grampo forjado entre veja, Gilmar Mendes e um senador; entre tantos exemplos.
O próprio blogueiro da veja tem “esquecido” assuntos que antes tratou com sensacionalismo e aquele jargão de bordel que o caracteriza:
1 – O governo de Honduras admite que houve um golpe de Estado em 2009, contrariando tudo que o Rei do Esgoto escreveu durante semanas. Ele não comenta o assunto, como se nunca tivesse existido;
2 – O governo de Israel admite ter usado fósforo branco, arma química proibida por convenções internacionais, contra palestinos; o cão-de-guarda cala-se;
3 – O governo da Grã-Bretanha admite causas sociais nas recentes revoltas em várias cidades; o “jornalista” que havia recomendado o uso do “cassetete democrático” (inspirado nos métodos de Serra contra grevistas, inclusive da polícia civil), fica na moita;
4 – 300 mil pessoas vão às ruas, em 6 de agosto, em Israel, clamando por Democracia; nem uma linha do “valente”;
5 – O sistema neoliberal chileno é contestado por centenas de milhares, com greve geral e pelo menos um estudante morto pela repressão – o defensor do “cassetete democrático” também neste caso, muda de assunto;
6 -Geraldo Alckmin irrita-se com o aumento da criminalidade em SP, onde delegados compravam titularidades de delegadas “rentáveis” (?) por 250 a 400 mil reais – onde está o “analista” do Esgoto?
Menciono apenas alguns fatos que o elemento abordou com ênfase, quase histeria, cheio de “verdades”, para logo ser esmagado pelos fatos e fugir covardemente. A lista é interminável, conforme seus arquivos. O cara entende tanto de política que considerou Sarah Palin pouco menos que um gênio político (aquela que disse que a África é um grande país…) e Índio de Oliveira, ou de Campos, ou Xavier (ainda não memorizei o nome do grande líder…) iria virar o jogo pró-Serra em 2010…
(Edú, se achar o tom meio ofensivo, garanto-lhe que é infinitamente mais cortês do que o usado pelo Rei do Esgoto, que zomba até do aspecto físico das pessoas. Talvez por considerar-se um belo especimen…)

terça-feira, 30 de agosto de 2011

INVASÃO DA VEJA, SEGUNDO EDUARDO GUIMARÃES


Caso Veja/Dirceu revelará em que país você vive

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Estou em Curitiba a trabalho, envolto em reuniões durante o dia e em intermináveis jantares de negócios à noite, de maneira que serei curto e grosso ao dizer um fato que peço que anote em sua agenda mental, leitor, caso queira saber em que país tem vivido.
A melhor coisa que poderia ter acontecido ao Brasil foi a Veja ousar tanto quanto ousou em seus delírios de poder. Pouco mais há o que dizer em relação a esse caso, apesar de a “grande” imprensa ter sonegado seus prestimosos serviços à Nação.
Isso porque a “pequena” imprensa deu conta do recado fazendo uma cobertura célere e objetiva do caso tanto em blogs como em sites, com análises claras e fundamentadas e até matérias informativas dignas de qualquer grande veículo.
Já na manhã de domingo (28), por exemplo, o site Brasil 247 saía com uma entrevista com Rogério Tonatto, gerente do hotel Naoum, onde ocorreram eventos dignos de folhetim de suspense. À tardinha, o site Viomundopublica nova entrevista do mesmo Tonatto.
Ficamos bem servidos de imprensa, os que temos internet e interesse pelo jogo do poder. Mas e o imenso “resto” da sociedade?
Bem, mas a questão não é essa. O que quero dizer muito rápida e claramente a você, caríssimo leitor, é que esse caso veio a calhar em um momento em que o governo Dilma já manifestava oficiosamente a intenção de engavetar qualquer projeto de regulação da mídia.
Com esse ato delirante de ousadia da Veja, um ato de crença absoluta na impunidade, na premissa inaceitável de que a “grande imprensa” está acima da lei e dos demais cidadãos, agora saberemos, de uma vez por todas, em que tipo de país vivemos.
A revista e seu repórter têm contra si acusações gravíssimas, clara e insofismavelmente inscritas no Código Penal e que contam com provas documentais, testemunhais e, se bobear, até uma confissão assinada publicada nos seus blogs de esgoto…
Se o que a Veja ousou não gerar os desdobramentos que enumero a seguir, portanto, esqueça. Voltemos à prancheta porque este país estará fadado à perda de mais esta janela de oportunidade. Eis o que tem que ocorrer:
1 – A Justiça tem que condenar a Veja. E não só penal e pecuniariamente, mas também a se retratar e a dar espaço equivalente às suas vítimas. E rápido, pois provas não faltam.
2 – O governo Dilma Rousseff tem que enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei que imponha regras a esse prostíbulo nojento que é a Comunicação no Brasil.


VEJA ASSUME SEU BANDITISMO


Veja é o Murdoch brasileiro


Por Charles Carmo, no blog Viomundo:

A revista Veja entrou no centro de um dos maiores escândalos da imprensa nacional após a divulgação da suposta tentativa de invasão do apartamento em que o ex-ministro José Dirceu estava hospedado, no Hotel Naoum, em Brasília. O repórter Gustavo Nogueira Ribeiro está sendo acusado de tentar convencer a camareira a deixá-lo entrar no quarto de José Dirceu, fingindo se passar por um colega do ex-ministro que estaria hospedado no mesmo apartamento.

A denúncia partiu da camareira e do chefe de segurança do hotel, e foi registrada num boletim de ocorrência do 5º distrito policial de Brasília.

Para o deputado Emiliano José (PT/BA) “a Veja está assumindo a sua face mais clara de banditismo. Dentro dos padrões éticos do jornalismo e da convivência democrática não há justificativa possível para este tipo de comportamento, salvo se ela estiver seguindo as trilhas do Murdoch. Para tentar obter um fato, não importa qual fato seja, a revista cometeu um crime ao tentar invadir um apartamento. Não importa de quem é o apartamento e qual o fato que ela supostamente queria investigar”, afirmou o parlamentar.

Emiliano José afirma que o caso é extremamente grave e a sociedade brasileira deve reagir ao escândalo com a mesma indignação que os ingleses reagiram aos escândalos dos grampos do jornal News of the World, pertencente ao grupo do bilionário Rupert Murdoch, e que resultou na prisão dos responsáveis, além do fechamento do jornal, maculado de maneira irremediável pelo escândalo dos grampos que foram descobertos e atingiram desde políticos até vítimas de seqüestro. O chamado “Caso Murdoch” abalou a Inglaterra e trouxe à baila a discussão sobre os limites da imprensa na democracia.

“É preciso envolver os setores democráticos brasileiros para que não se configure uma prática nitidamente arbitrária, ilegal e golpista como esta. A Veja é o Murdoch brasileiro, só que com características do golpismo político. Ela é uma usina golpista da direita brasileira e latino-americana. A sociedade brasileira precisa reagir a isto que está ocorrendo. Temos que tomar uma providência diante dos crimes da Veja. Não se trata de um fato com um companheiro do partido, que fique bem claro, mas de uma agressão à vida democrática brasileira. A Veja foi pega com a mão na botija e isto é contra a democracia”, concluiu o deputado que também é jornalista e professor da Universidade Federal da Bahia.

E qual seria a motivação para a matéria da Veja? Emiliano José tem uma opinião. Para ele “a revista Veja quer forçar a condenação prévia de um cidadão, ela faz lobby para forçar a condenação de Dirceu. Ela está tolhendo Zé Dirceu do seu direito de ir e vir, de sua privacidade, e está devassando a sua vida privada de maneira caluniosa e ilegal. É o caso Murdoch novamente, só que com motivação política”, afirmou o deputado.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

GLOBO DESMENTE SEUS PRINCÍPIOS EDITORIAIS


A vida desmente os “Princípios Editoriais” da Globo

No momento em que o programa Fantástico divulgava os “Princípios Editoriais das Organizações Globo”, que consistem num conjunto de regras para a prática do jornalismo nas redações sob o comando da família Marinho (entre elas noticiários de TV, o jornal O Globo e a revista Época), o jornalista Rodrigo Vianna fazia uma denúncia extremamente grave que compromete a qualidade e a ética do jornalismo praticado na TV Globo.

Rodrigo recebera informação de fonte fidedigna de que a orientação a ser adotada para com o novo ministro da Defesa, Celso Amorim, era a de dar apenas notícias negativas e só divulgar a tese de que sua escolha gera “turbulência” entre os militares.

A denúncia coloca sob suspeita as declarações de “boa intenção” dos “Princípios Editoriais” e confirma as práticas manipuladoras das Organizações Globo, uma rede nacional de televisão que nasceu em 1965 sob as bênçãos da ditadura militar de 1964.

O item “manipulação jornalística” na folha corrida da Globo é extenso e vale lembrar alguns deles. Em 1982, ela foi pivô de uma tentativa de fraude para impedir a vitória de Leonel Brizola para o governo do Rio de Janeiro, tendo sido parte fundamental no rumoroso “caso Proconsult”, que envolvia a manipulação da contagem dos votos naquela eleição.

Em 1984, o vexame foi tentar esconder a campanha pelas “Diretas Já” com o esforço patético de noticiar o comício que ocorreu na Praça da Sé, em São Paulo, no dia 25 de janeiro daquele ano (que reuniu mais de 300 mil pessoas), como comemoração do aniversário da cidade! "A cidade de São Paulo festeja os 430 anos de fundação", proclamou o Jornal Nacional...

No final da década de 1980, a manipulação ajudou a derrotar Lula e eleger Fernando Collor de Mello para a presidência da República. O truque consistiu em editar de forma favorável ao candidato da direita o debate ocorrido na emissora em 14 de dezembro de 1989. Era o “antiLula” em andamento, que permaneceu nos anos seguintes pautando o noticiário da emissora, chegando a nossos dias.

E que se manifestou, mais tarde, na tentativa de emporcalhar a campanha de Lula, em 2006, num conluio entre jornalistas da Globo e policiais em busca de notoriedade no episódio dos “aloprados”. A farsa, que envolvia a foto manipulada de pacotes de dinheiro, para aumentar sua dimensão visual, foi prontamente denunciada e desmontada por jornalistas que não se coadunam com a manipulação do noticiário.

Na eleição de 2010, a tomada de partido claramente a favor do tucano José Serra....



Continua em http://www.vermelho.org.br/editorial.php?id_editorial=954&id_secao=16