sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

DILMA AJUDA EMBRAER A EXPORTAR PARA BULGÁRIA

Alguém pode me explicar por que as aspas do UOL (grupo Folha de S. Paulo)?

Com "ajuda" de Dilma, Embraer negocia nove aviões com empresa da Bulgária

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A companhia nacional aérea Bulgaria Air anunciou nesta sexta-feira que vai comprar nove aviões da Embraer nos próximos dois anos.
Os primeiros quatro Embraer-190 integrarão a frota da Bulgaria Air no final deste ano, e outros cinco serão entregues em 2014, indicou o presidente executivo da companhia aérea, Yanko Gergiev.
Uma porta-voz da companhia confirmou à AFP o pedido, que foi negociado em outubro passado durante a visita oficial à Bulgária da presidente Dilma Rousseff. Nenhum detalhe financeiro sobre a operação foi divulgado.
A privatizada Bulgaria Air opera atualmente com 22 aeronaves para 28 destinos regulares na Europa e Oriente Médio.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

MIGUEL DO ROSÁRIO ANALISA O CASO PINHEIRINHO

O embate ideológico por trás de Pinheirinho

27 JANUARY 2012 11 COMENTÁRIOS
O principal argumento que tenho escutado para justificar a violenta reintegração de posse da comunidade de Pinheirinho é o de que a polícia tinha de cumprir uma determinação judicial. É a lei, estúpidos. Outro argumento, ligado a este, atribui a culpa à propriedade privada. É o capitalismo, estúpidos.
Não concordo com nenhum dos dois.
A questão judicial encontrava-se absolutamente confusa. Havia uma determinação da Justiça Federal para que a ordem não fosse cumprida. Enfim, o governador deveria pôr-se como o representante do povo e entrar com um recurso contra a reintegração.
A culpa é do governador, do prefeito de São José dos Campos e do PSDB de uma forma geral, por ter se tornado um partido de extrema-direita.
O governo federal tem culpa também, porque não impediu o desastre. Deveria ter feito alguma coisa mais enfática. É uma culpa secundária, porém, porque há informações de que havia um acordo em curso, que foi rompido unilateralmente pelo governo do estado, que usou inclusive artimanhas para enganar os negociadores.
O mais incrível é a urgência com que o governador mandou demolir todas as casas. Tanta, que sequer aguardaram alguns moradores tirarem seus pertences. Casas foram derrubadas com móveis e tudo. Um dos observadores da ONU disse estar tentando reverter a decisão judicial (o que duvido que aconteça), e se conseguir, quem pagará pelo patrimônio destruído?
A falta de sensibilidade é aterradora. As pessoas enfeitam suas casas com quadros, gravuras, fotografias. Trocam pias. Instalam chuveirinho. Fazem armários embutidos. Destruir casas é destruir uma propriedade privada.
O que vimos aqui foi um crime contra a propriedade privada de trabalhadores. O terreno em questão não era deles, mas poderia vir a ser, se houvesse vontade política das autoridades. Mas os imóveis construídos sobre os terrenos, estes lhes pertenciam por direito. Por isso, eles tem direito à uma indenização do Estado.
Leia a íntegra em:

O GRANDE PASSADO DO HAITI

O Haiti que Dilma visita (contado por Eduardo Galeano)

“Os escravos negros do Haiti propinaram uma tremenda surra ao Exército de Napoleao Bonaparte; e em 1808 a bandeira dos livres se alçou sobre as ruínas.

Mas o Haiti foi, desde ali, um país arrasado. Nos altares das plantações francesas de açúcar se tinham imolado terras e braços, e as calamidades da guerra tinham exterminado um terço da população.

O nascimento da independência e a morte da escravidão, façanhas negras, foram humilhações imperdoáveis para os brancos donos do mundo.

Dezoito generais de Napoleão tinham sido enterrados na ilha rebelde. A nova nação, parida em sangue, nasceu condenada ao bloqueio e à solidão: ninguém comprava dela, ninguém lhe vendia, ninguém a reconhecia. Por ter sido infiel ao amo colonial, o Haiti foi obrigado a pagar à França uma gigantesca indenização. Essa expiação do pecado da dignidade, que esteve pagando durante um século e meio, foi o preço que a França lhe impôs para seu reconhecimento diplomático.

Ninguém mais o reconheceu. Nem a Grande Colombia de Simon Bolívar, mesmo se ele lhe deveu tudo. Navios, armas e soldados o Haiti tinha lhe dado, com a única condição que libertasse aos escravos, uma ideia que não tinha ocorrido ao Libertador. Depois, quando Bolívar triunfou na sua guerra de independência, negou-se a convidar o Haiti ao congresso das novas nações americanas.

O Haiti continuou sendo o leproso das Américas.

Thomas Jefferson tinha advertido, desde o começo, que tinha que confinar a peste nessa ilha, porque dali provinha o mal exemplo.

A peste, o mau exemplo: desobediência, caos, violência. Na Carolina do Sul, a lei permitia prender qualquer marinheiro negro, enquanto o seu navio estivesse no porto, pelo risco de que pudesse contagiar a febre antiescravista que ameaçava a todas as Américas. No Brasil essa febre se chamava haitianismo.
Postado por Emir Sader às 14:03

BELA HOMENAGEM DE UM CATÓLICO A GHANDI

Um santo não cristão
 
Marcelo Barros
Monge beneditino e escritor
Adital
Nesta semana, multidões, vindas de todas as regiões da Índia, vão em peregrinação a Deli. Ali, visitam uma laje de mármore, posta no lugar onde, no dia 30 de janeiro de 1948, foi assassinado o Mahatma Gandhi. As pessoas levam flores. Todos depositam uma flor no monumento. Os adultos chamam: "Mahatma Gandhi!". As crianças respondem: "Anantha-he!", isto é, "para sempre”. Neste Brasil, tão sofrido e onde são tão raros os líderes políticos de solidez espiritual e que se entregam verdadeiramente ao povo, precisamos nos voltar para Gandhi, o Mahatma, isto é, a "Grande Alma" e desejar que seu exemplo e sua mensagem sejam eficazes para sempre. Ele dizia: "Não tenho mensagens. Minha mensagem é simplesmente a minha vida". Ele intitulou a sua auto-biografia: "A história das minhas experiências com a verdade". Por isso, apesar de vivermos em um Brasil tão distante da Índia, convido você que lê esta página, a pensar com amor em nosso país e, onde quer que esteja, dizer comigo: "Mahatma Gandhi, anantha-he!".
Isso implica em comprometer-se em levar adiante a inestimável herança que Gandhi deixou para a humanidade. Sua luta pacífica através da Satyagraha, o caminho da verdade y ahimsa, a não violência, além de conduzir a Índia para a independência política, inspirou líderes como o bispo Desmond Tutu e Nelson Mandela na África do Sul, o pastor Martin-Luther King em sua luta contra o racismo nos EUA, Dom Helder Câmara no Brasil em sua insurreição evangélica e tantos outros homens e mulheres em sua consagração à justiça e à paz.
Infelizmente, mais de 60 anos depois do assassinato de Gandhi, o mundo continua cada vez mais intolerante e violento. Por isso, é urgente, recordar a herança de Gandhi e atualizá-la para nós e para toda a humanidade. Hoje, o colonialismo contra o qual Gandhi se insurgiu tem outros rostos e outros nomes, como neoliberalismo, desemprego estrutural e a dívida externa e interna dos países. Contra esse modo desumano de organizar o mundo, grande parcela da juventude mundial e pessoas adultas de todos os continentes têm se insurgido. No mundo inteiro, tem havido muitas manifestações por um novo mundo possível. Elas juntam pessoas e associações muito diversas. Provavelmente, as duas contribuições maiores de Gandhi para esse novo momento da humanidade são a insistência na coerência entre a ação sócio-política da pessoa que quer mudar o mundo e o modo como ele vive seus valores e sua vida pessoal. Gandhi dizia: "A minha vida é um todo indivisível, e todos os meus atos convergem uns aos outros;e todos eles nascem do insaciável amor que tenho para com toda humanidade”. Esse amor é que o levava à ação não violenta que sempre contestava a opressão, mas conseguia ver a pessoa humana em sua sacralidade, mesmo se essa pessoa era um adversário ou inimigo político. Essa era a verdade na qual Gandhi acreditava e que ele defendia. Em sua luta pacífica pela verdade, Gandhi sabia que essa verdade se chama Deus. "Tudo o que eu faço é na busca de Deus. Anseio por ver a Deus, face a face. O Deus que eu conheço se chama Verdade". Não se trata de um termo apenas filosófico, nem de uma verdade nacional. É a realidade da vida baseada na solidariedade e na justiça. Essa é a base ética das tradições espirituais. Elas todas têm como objetivo que a fé se expresse em um novo modo de ser, de viver e de conviver. A Bíblia chama isso de aliança ou reinado de Deus no mundo, a realização do projeto divino de uma sociedade justa, pacífica e unida em uma só irmandade. Conforme o evangelho, Jesus disse: "Procurem acima de tudo o reino de Deus e sua justiça e tudo o mais lhes será dado como acréscimo” (Mt 6, 33).
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=63926

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

MASSACRE DO PINHEIRINHO VAI À OEA E À ONU

Organizações entregam à ONU e OEA dossiê com denúncias sobre desocupação em Pinheirinho
 
Natasha Pitts
Jornalista da Adital
Adital
A Organização das Nações Unidas (ONU) receberá em breve um dossiê que relata as violações de direitos praticadas durante e após a desocupação da comunidade de Pinheirinho, localizada em São José dos Campos, interior de São Paulo, Sudeste do Brasil. O documento, produzido pela Justiça Global em parceria com as Brigadas Populares, Rede de Comunidades e Movimentos Contra a Violência também será entre à Organização dos Estados Americanos (OEA).
Além de ser enviado às relatorias de Direito à Moradia Adequada; Execuções Sumárias, Arbitrárias e Extrajudiciais; e Independência do Judiciário da ONU e para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, o dossiê também deverá chegar às mãos de membros da Defensoria Publica de São Paulo, Ministério Público, Ouvidoria de Polícia, Secretaria de Segurança Pública, parlamentares e órgãos federais correlatos.
O relatório "Pinheirinho: um Relato Preliminar da Violência Institucional” está divido em três partes. Na primeira, as organizações relatam os conflitos entre judiciário e executivo nas esferas estadual e federal, que antecederam à desocupação; a segunda parte descreve o despejo e as consequências do excesso de violência contra os moradores; e a última revela o tratamento desumano que está sendo dado aos desabrigados pela prefeitura de São José dos Campos.
A denúncia também faz referência à obstrução ao trabalho da imprensa e das organizações de direitos humanos. Além destes, até mesmo parlamentares e autoridades federais foram impedidas de entrar na área onde estava acontecendo a operação de reintegração de posse.
Leia a íntegra em:

TESTEMUNHA DO PINHEIRINHO EM GREVE DE FOME CONTRA A GLOBO

Greve de fome em frente à TV Globo

Por Jéssica Oliveira, no sítio do Portal Imprensa:

Pedro Rios Leão não se considera jornalista. Cursou rádio e TV, não concluiu, mas usa sua câmera para noticiar e denunciar assuntos de interesse público, tentando chamar atenção da sociedade e da grande mídia. Nas últimas semanas, isso não bastou. Desde às 18h do último domingo (29), Rios está algemado e faz greve de fome em frente à sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro. Mais do que um protesto, reivindica transparência da imprensa sobre a reintegração de posse ocorrida na comunidade do Pinheirinho, em São José dos Campos, interior de São Paulo. A ação foi criticada por inúmeras entidades e associações de defesa de direitos humanos.



À Imprensa, o carioca explicou que veio a São Paulo para acompanhar a ação na comunidade, mas não imaginava que ficaria tão perturbado com o que viu, nem que isso mudaria completamente sua rotina dali em diante. "Aquilo foi um latrocínio, uma chacina cometida pelo governo do Estado de São Paulo, a mando do Naji [Nahas, que reclamou a posse do terreno]. Nunca fiquei tão assustado na minha vida", disse. Depois disso, com as imagens feitas por sua câmera, tentou chamar atenção da imprensa.

Rios afirma que houve mortes na reintegração de posse e que, além dessas notícias não serem divulgadas, tanto o Naji Nahas, como governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o banqueiro Daniel Dantas representam um risco a sociedade e deveriam ser presos imediatamente por violação dos direitos humanos. "Esse caso não é uma questão de provas. A única coisa que pode fazê-los saírem impunes, é a imprensa abafar o caso. Eu espero que algum veículo de imprensa tenha a decência de falar o que aconteceu lá. Porque até agora, o que a imprensa, o governador, e o prefeito de São José fizeram, foi ridicularizar com a nossa cara”, desabafou.

O carioca afirma que nunca foi de partido político, nem de fazer militância, mas que dessa vez não teve como ficar sem fazer nada. "Já estava sem conseguir comer e dormir em casa. Tinha que tentar algo", conta. Algemado há quase três dias em frente a emissora, Rios disse não conhecer ninguém específico na Globo, mas mesmo assim tem sido bem tratado pelos repórteres e pelo comércio local. "Alguns repórteres passam meio constrangidos. Acredito que seja um assunto na hora do almoço. É isso que eu quero, que a sociedade civil discuta isso", diz. "Eu espero que os jornalistas passem por mim e pensem 'eu estou acobertando assassinato de crianças'", disse.

Sobre sair do local, Rios é claro. "Só pretendo sair daqui quando as pessoas começarem a perder a cabeça e tomarem atitudes. O mínimo é o Governo Federal intervir no caso", explica.

Críticas

Em dois vídeos postados no youtube, Rios critica a imprensa. Em um deles, diz que é muito importante que os jornalistas se manifestem, "porque cada minuto de silêncio deles, é uma vítima que pode ter desaparecido. E eles sabem disso". Em outro, critica o fato de jornalistas o questionarem se há provas de suas denúncias. "Se algum jornalista tivesse pisado em São José, não teria coragem de exigir provas".

A DIREITA RADICAL SE ENTERRA NOS EUA. OBAMA RI...