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sábado, 26 de setembro de 2015

GILMAR MENDES NÃO SABE O QUE É BOLIVARIANO, E PROCESSA QUEM SABE

Gilmar Mendes processa líder do MTST

Da revista Fórum:

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes decidiu processar por danos morais o coordenador nacional do MTST, Guilherme Boulos, por artigo que escreveu na Folha de S. Paulo criticando a atução do magistrado. Conforme informações do próprio jornal, Mendes pede indenização de R$ 100 mil e a ação corre na Justiça do Distrito Federal.

No texto, intitulado “Gilmar Mendes e o Bolivarianismo” e publicado em 13 de novembro de 2014, Boulos comenta uma declaração de Mendes, dada no início daquele mês, alertando para o risco de que o STF “se converta numa corte bolivariana” com a possibilidade de “governos do PT terem nomeado dez de seus onze membros a partir de 2016″. 

O líder do MTST escreveu que o ministro é um “bravateiro de notória ousadia” e relembrou algumas de suas decisões que, segundo a Folha, “favoreceram o ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda e o ex-senador de Goiás Demóstenes Torres – ambos do DEM e abatidos em escândalos de corrupção – e o banqueiro Daniel Dantas, preso pela PF e libertado por ordem de Mendes”.

“Essa ação revela a dificuldade do ministro de lidar com críticas exercidas dentro do direito da liberdade de expressão. Ninguém está acima de crítica em uma democracia”, afirmou Boulos ao jornal.

Abaixo, leia a íntegra da coluna que motivou o processo:

*****

Gilmar Mendes e o Bolivarianismo

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, saiu “às falas” mais uma vez. Na semana passada, o ministro deu uma entrevista à Folha alardeando o risco de “bolivarianismo” no Judiciário brasileiro.

Afinado, como sempre, com o PSDB e ecoando as vergonhosas marchas de Jair Bolsonaro (PP) e companhia, apontou a iminente construção de um projeto ditatorial do PT, que passaria pela cooptação das cortes superiores. Não poderia deixar de recorrer ao jargão da moda.

Gilmar Mendes, todos sabem, é um bravateiro de notória ousadia. Certa vez, chamou o presidente Lula “às falas” por conta de um suposto grampo em seu gabinete, cujo áudio até hoje não apareceu. Lula cedeu e demitiu o diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência).

Mais recentemente, o ministro comparou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a um “tribunal nazista” por ter barrado a candidatura de José Roberto Arruda (PR) ao governo do Distrito Federal. O único voto contrário foi o dele.

O próprio Arruda afirmou que FHC –que indicou Mendes ao STF– trabalhou em favor de sua absolvição. Para quem não se recorda, Arruda saiu do palácio do governo direto para a prisão após ser filmado recebendo propina.

Quem vê o ministro Gilmar Mendes em suas afirmações taxativas e bradando contra o “bolivarianismo” pensa estar diante do guardião da República. Parece ser o arauto da moralidade, magistrado impermeável a influências de ordem política ou econômica e defensor da autonomia dos poderes.

Mas na prática a teoria é outra. Reportagem da revista “Carta Capital”, em 2008, mostrou condutas nada republicanas de Mendes em sua cidade natal, Diamantino (MT), onde sua família é proprietária de terras e seu irmão foi prefeito duas vezes.

Lobbies, favorecimentos e outras suspeitas mais. Mendes, que questionou o PT por entrar com ação contra a revista “Veja”, processou a revista “Carta Capital” por danos morais.

Já o livro “Operação Banqueiro”, de Rubens Valente, mostra as relações de Mendes com advogados de Daniel Dantas, que após ser preso pela Polícia Federal na Operação Satiagraha, foi solto duas vezes pelo ministro em circunstâncias bastante curiosas. Na época, ele também acusou uma ditadura da PF, mostrando o que parece ser seu estratagema predileto.

Mais recentemente, seu nome foi envolvido na investigação da Operação Monte Carlo, sob a suspeita de ter pego carona no jatinho do bicheiro Carlinhos Cachoeira, na ilustre companhia do senador Demóstenes Torres, cassado depois por seu envolvimento no escândalo. Em julho deste ano, Mendes deu uma liminar que permitiu a Demóstenes voltar ao trabalho como procurador de Justiça.

São denúncias públicas, nenhuma delas inventada pelo bolivariano que aqui escreve. Assim como é público que o ministro mantém parada há 7 meses a ação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que propõe a inconstitucionalidade do financiamento empresarial de campanhas e que já obteve a maioria dos votos no Supremo, antes de seu pedido de vistas.

Ou seja, a trajetória de Gilmar Mendes está repleta de ligações políticas e partidárias, aquelas que ele acusa nos outros magistrados, os bolivarianos. Afinal, o que seria uma “corte bolivariana”? Se tomarmos os três países sul-americanos que assim são identificados –Venezuela, Bolívia e Equador– veremos que todos passaram por processos de reformas no Judiciário.

No caso da Bolívia, a reforma incluiu o voto popular direto para juízes, estabelecendo um controle social inédito sobre o Poder Judiciário. O mesmo controle que já existe sobre o Executivo e o Legislativo.

Por que o Judiciário fica de fora? Por que não presta contas para a sociedade? Não, aí é bolivarianismo!

Na Venezuela e no Equador o foco das reformas foi o combate das máfias de toga e dos privilégios de juízes. Privilégios do tipo do auxílio-moradia que os juízes brasileiros ganharam de presente do STF neste ano. Mais de R$ 4.000 por mês para cada juiz. A maioria deles tem casa própria, mas mesmo assim poderá receber o auxílio. Cada auxílio de um juiz poderia atender a oito famílias em situação de risco.

O Judiciário é o único poder da República que, no Brasil, não tem nenhum controle social. Regula a si próprio e estabelece seus próprios privilégios. Mas questionar isso, dizem, é questionar a democracia. É bolivarianismo.

Este tal bolivarianismo produziu reformas estruturais e populares por onde passou. Os indicadores mostram redução da desigualdade social, da pobreza, dos privilégios oligárquicos e avanços consideráveis nos direitos sociais. Basta ter olhos para ver e iniciativa para pesquisar. Os dados naturalmente são de organismos bolivarianos como a ONU e a Unesco.

Pena que nessas terras o bolivarianismo seja apenas um fantasma. Fantasma que a oposição usa para acuar o governo e o governo repele como se fosse praga. Afinal, Gilmar Mendes pode chamá-lo “às falas”.
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2015/09/gilmar-mendes-processa-lider-do-mtst.html#more

quinta-feira, 30 de julho de 2015

GOVERNO DO BRASIL É UM DOS MAIS TRANSPARENTES DO MUNDO, DIZ A ONU

Brasil lidera ranking da transparência

Gestão

Iniciativas de participação social e acesso à informação levaram País a receber da ONU prêmio em gestão pública; Brasil aparece como líder em transparência sobre gastos públicos ao lado do Reino Unido e à frente dos Estados Unidos
por Portal BrasilPublicado28/07/2015 00h00
As medidas de aprofundamento da democracia implementadas pelo governo federal levaram o Brasil a liderar, ao lado dos Estados Unidos, uma iniciativa internacional que difunde e incentiva práticas governamentais relacionadas à transparência, ao acesso à informação pública e à participação social.
Lançada em setembro de 2011, a Parceria para um Governo Aberto (OGP, do inglês Open Government Partnership) é um fórum de participação voluntária cujo objetivo é fortalecer políticas nacionais de participação social e transparência, defesa da democracia e respeito aos direitos humanos. A primeira conferência anual da OGP, que reúne 64 países, foi realizada em 2012, em Brasília, sob a presidência dos governos do Brasil e dos Estados Unidos.
Um importante reconhecimento internacional veio em 2014, quando o Brasil recebeu da ONU o prêmio mais importante em gestão pública do mundo. O United Nations Public Service Awards foi concedido ao Fórum Interconselhos, iniciativa que estimula a sociedade a opinar e monitorar a execução dos Planos Plurianuais (PPA).
De acordo com a ONG Open Knowledge (Conhecimento Aberto), o Brasil lidera o ranking da transparência de dados sobre gastos do governo federal, ao lado do Reino Unido, e à frente de países como Estados Unidos, Dinamarca, Noruega e Alemanha
http://www.brasil.gov.br/governo/2015/07/brasil-lidera-ranking-da-transparencia
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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

MAIS UM PRÊMIO PARA NOSSO AMIGO AUDÁLIO DANTAS

Pois é, quem diria, Audálio Dantas está na moda

Ricardo Kotscho, em seu blog (link ao final)

Na Universidade de Taubaté, debate com Audálio Dantas, prof. Robson, eu e jornalista Irani Lima.

O tempo passa, o tempo voa, o tempo não perdoa, mas ele continua aí firme e forte, na batalha. Aos 85 anos de idade e 60 de profissão, em plena atividade, o jornalista Audálio Dantas, alagoano de Tanque D´Arca, testemunha e protagonista da nossa História, prepara-se para receber esta noite mais um premio pelo conjunto da obra. Muito justo.
Audálio está entre os "Cem Mais Admirados Jornalistas Brasileiros" que receberão seus troféus nesta noite de segunda-feira, em São Paulo. Prêmios e homenagens já fazem parte da sua rotina, principalmente nestes últimos anos, mas o de hoje é especial: foi baseado numa pesquisa inédita promovida pelas empresas Maxpress e Jornalistas & Cia., com mais de dois mil executivos de Comunicação Corporativa de todo o país, em votação direta, num universo que reúne 55 mil jornalistas profissionais.
Firme nos gestos e lhano no trato, Audálio foi e é mestre e exemplo de várias gerações de jornalistas. Repórter por gosto e vocação, está fora do mainstream da grande imprensa desde o final dos anos 1970, quando foi presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo e nele teve papel central na denúncia do assassinato do nosso colega Vladimir Herzog, tema do livro As duas guerras de Vlado Herzog _ Da perseguição nazista na Europa à morte sob tortura no Brasil, que lhe valeram os prêmios "Jabuti" (Livro-reportagem e Livro do Ano de não ficção) e "Intelectual do Ano" (Juca Pato), em 2013.
Somos amigos desde esta época, mas nunca tive a oportunidade de trabalhar junto com ele numa redação. Foi em feiras de livros, debates, seminários e nas diretorias e conselhos de entidades sindicais que passei a admirar cada vez mais este cidadão brasileiro, que teve papel fundamental na longa e penosa trajetória da ditadura à democracia, sempre fiel a seus princípios, colocando os interesses da sociedade acima daqueles da sua vida pessoal. Sei o quanto isto lhe custou, e ainda está custando, mas nunca o vi reclamar da vida. Ao contrário, está sempre disposto a encarar o próximo desafio, ao lado da inseparável Vanira, sua mulher, geralmente em atividades não remuneradas, sua especialidade.
"Você está ficando muito rabugento", queixou-se ele, com razão, na última vez em que viajamos juntos para participar do Fórum das Letras de Ouro Preto, em novembro. Para Audálio, ao contrário, não tem tempo ruim, mesmo tendo enfrentado seríssimo problema de saúde no ano passado. Não fosse por seus cabelos branqueados já faz tempo, ninguém seria capaz de adivinhar a idade desta figura, sobre a qual, alias, ainda há controvérsias.
Esta é apenas uma das muitas lendas que se criaram em torno dele, tantas quanto as reportagens e os livros que escreveu, desde que começou a trabalhar como repórter da Folha da Manhã ( hoje Folha de S. Paulo). Uma das suas primeiras reportagens premiadas foi uma entrevista "não dada" por Guimarães Rosa, quando o escritor veio lançar Grande Sertão: Veredas em São Paulo. Sem conseguir falar com Rosa, Audálio ficou fuçando em torno da mesa em que ele dava autógrafos, anotando as respostas dadas aos leitores e copiando algumas dedicatórias.
Além das características inatas de repórter que nunca desiste da pauta, Audálio sempre levou uma grande vantagem sobre a concorrência: sabe escrever, e escreve muito bem. Outra vantagem que levava nas redações é que saia para fazer uma matéria e voltava com várias, sobre os mais diversos assuntos. Nunca foi um especialista em nada. Claro que não dá para resumir neste breve texto os seus 60 anos de carreira, com passagens marcantes pelas revistas O Cruzeiro e Realidade.
Uma das passagens mais marcantes da longa trajetória de Audálio foi a descoberta, durante uma reportagem, da fantástica personagem Carolina Maria de Jesus, favelada que se tornou escritora, com o best-seller Quarto de Despejo, editado também no exterior.
Nas voltas que a vida dá, foi deputado federal pelo extinto MDB e primeiro presidente eleito pelo voto direto da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), onde ainda atua como conselheiro, atividades que lhe renderam o Premio de Defesa dos Direitos Humanos da ONU.
De tão boas, suas reportagens acabaram transformadas em livros, a começar por O Circo do Desespero, vindo depois O Chão de Graciliano, O Menino Lula e muitos outros. Até o mês passado, foi diretor-executivo da revista Negócios da Comunicação e agora trabalha em diversos projetos na área cultural, entre eles um programa de entrevistas na televisão, que ainda está negociando. É membro da Comissão Memória e Verdade da Prefeitura de São Paulo e da Comissão Nacional da Verdade dos Jornalistas Brasileiros, entre muitas outras atividades.
Se tem mesmo um jornalista admirável neste país, sem dúvida é o tal de Audálio Dantas, que nunca sai de moda... Jornalista não tem muito o hábito de falar bem de outro jornalista, mas hoje acordei disposto a abrir uma exceção.
Valeu, velho Audálio!
Vida que segue.
 http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2014/12/08/pois-e-quem-diria-audalio-dantas-esta-na-moda/#r7-comentarios

terça-feira, 11 de novembro de 2014

COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO NO BRASIL É O MELHOR DO MUNDO

OIT reconhece: luta contra trabalho escravo no Brasil é referência mundial


Assim como o Bolsa Família e, agora, o PRONATEC são referências mundiais, a luta contra o trabalho escravo no Brasil – com toda a legislação e ação governamental em conjunto com a sociedade, os movimentos sociais e a ONGs que existem também – é um exemplo vivo de como atuar para superar um problema tão antigo e tentar erradicá-lo no papel.
A avaliação é do coordenador do Projeto de Combate ao Trabalho Escravo no Brasil da Organização Internacional do Trabalho (OIT, da ONU), Luiz Machado. Durante o 3º Encontro das Comissões Estaduais para a Erradicação do Trabalho Escravo, na capital paulista, ele demonstrou: o país conta com “mecanismos que não encontramos em nenhum outro lugar no mundo como os grupos especiais de fiscalização que atendem a todo o território”.
Citando o Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo – lançado em 2003 e em sua 2ª edição em execução desde 2008 – como uma referência, o representante da OIT  apontou a extrema necessidade de rompermos o ciclo vicioso da escravidão acelerando ações voltadas à prevenção e à assistência. ”O trabalhador apesar de ser resgatado continua vulnerável e muitos voltam para a escravidão”, denunciou.
Machado também destacou que apesar da população mais vulnerável no Brasil ser composta por homens adultos, moradores de regiões com baixo índice de desenvolvimento, em busca de trabalho; no mundo, as mulheres e crianças são as mais escravizadas. “É um crime dinâmico e em outros lugares está envolvido com tráfico de pessoas e exploração sexual”, explicou.
Como explica Juliana Felicidade Armede, coordenadora do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas do Estado de São Paulo, “existem Estados no Brasil muito ricos, mas empobrecidos em políticas públicas. Em muitos locais as pessoas não tendo acesso a esses benefícios não se inserem no mercado de trabalho e quando se inserem acabam ficando em situação de escravidão”.

No Estado de São Paulo, os casos predominam na área rural, tanto nas pequenas quanto nas grandes áreas de produção. Mas, há também trabalho escravo na área urbana, com foco na construção civil e na indústria têxtil.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ONU CONDENA ESTÚPIDO BLOQUEIO A CUBA: 188 a 2!!!

Bloqueio a Cuba: Os Estados Unidos contra a vontade do mundo 

José Reinaldo Carvalho *

Cuba acaba de conquistar mais uma vitória política e diplomática em sua luta contra o bloqueio imposto há mais de meio século pelos Estados Unidos.


Na última terça-feira (28), 188 países manifestaram-se a favor da resolução contra o bloqueio, apresentada pela maior das Antilhas na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Apenas os imperialistas estadunidenses e os sionistas israelenses votaram contra e três outros países - Ilhas Marshall, Micronesia e Palau - se abstiveram.

É a 23ª vez que a organização multilateral se pronuncia com clareza irrefutável pelo fim da odiosa medida que prejudica o desenvolvimento do país e afronta as normas de convivência democrática entre as nações.

De nada adiantaram as manobras e pressões sobre a comunidade internacional para impedir a derrota dos Estados Unidos. O resultado põe à mostra uma vez mais o isolamento da superpotência norte-americana nesta questão e o amplo apoio, praticamente unânime, obtido por Cuba.

A primeira vez que semelhante documento foi apresentado na Assembleia Geral da ONU foi em 1992, ocasião em que 59 países votaram a favor de Cuba. O apoio mais significativo à ilha circunscrevia-se à região latino-americana e caribenha e ao continente africano. Não representava ainda um respaldo universal, como ocorre atualmente.

A partir de 1994, com o voto em conjunto da União Europeia, o apoio a Cuba na luta contra o bloqueio se ampliou. De lá para cá, houve um salto no número de países que passaram a acompanhar a posição cubana na Assembleia Geral da ONU. Desde 2005, foi superada a marca dos 180 países e a partir de 2012, portanto há três anos consecutivos, são 188 os Estados nacionais representados na ONU que votam contra o bloqueio.

É importante salientar também que ultimamente o tema tem sido debatido nos grupos regionais da ONU, como o G-77+China, que reúne os países em desenvolvimento, o Caricom, que representa a comunidade caribenha, o Movimento dos Países não Alinhados , a União Africana e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Em todos esses, há amplo consenso contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba.

Em toda a história da votação da resolução proposta por Cuba contra o bloqueio, os Estados Unidos nunca alcançaram mais de quatro votos, o que demonstra o isolamento político e diplomático da superpotência nesta matéria e que pode ser constatado nos debates e confrontos sobre outras questões cruciais no cenário internacional. Sinal dos tempos, em que emergem as forças da resistência e da luta contra o hegemonismo e por uma nova ordem mundial.

O bloqueio a Cuba é um anacronismo que precisa urgentemente acabar, sendo contestado crescentemente nos próprios Estados Unidos. É uma medida que afeta econômica e socialmente o país e contraria normas consagradas no direito internacional.

O resultado da votação contra o bloqueio na Assembleia Geral da ONU é uma vitória do povo cubano e de todos os povos do mundo.

* * Jornalista, Diretor do Cebrapaz, membro da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade e editor do Vermelho.
http://www.vermelho.org.br/coluna.php?id_coluna_texto=6418&id_coluna=71

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

REINALDO, JABOR, MAGNOLI DISPUTAM COM OS TRÊS PATETAS

Os três patéticos comentam o discurso de Dilma na ONU

Já imaginou se nossa política externa fosse comandada por um time 
composto pelo trio Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo e Arnaldo Jabor?

Sábio é o ditado de 
que "Deus não dá 
asa a cobra".

Já imaginou se nossa 
política externa fosse 
comandada por 
um time como 
Demétrio Magnoli, 
Reinaldo Azevedo e 
Arnaldo Jabor?

A única dúvida seria 
de onde estariam 
nossas tropas na 
semana 
que vem.

Moe, Larry e Shemp não leram, não ouviram e mesmo assim não gostaram do 
discurso da presidente Dilma na ONU. Uma semana depois, o episódio ainda 
rende comentários.

Como ousam Dilma e o Itamaraty invocar a solução pacífica dos conflitos, 
enquanto os três patéticos pedem Capitão América e Rambo?

Esse princípio constitucional da política externa brasileira acabou virando, com a 
obtusa ajuda do Partido da Imprensa Golpista, mais um legado do petismo.

Se Azevedo, Magnoli e Jabor nos mostram que a história do Brasil realmente 
começou com Lula e Dilma, quem somos nós para discordar?

Os pistoleiros de nossa política externa acusaram Dilma de querer negociar 
com terroristas e até de reconhecer o Estado Islâmico — balas de festim 
do esforço concentrado para derrubar qualquer meia dúzia de votos da 
presidenta. Quanto vale esse esforço?

O mais intrigante é que os terroristas do Estado Islâmico têm sotaque 
britânico; usam armas do Ocidente; combatem, na Síria, o arqui-inimigo 
Bashar al-Assad; são adversários históricos dos xiitas iranianos.

Nos anos 1980, no velho Jornal Nacional, Paulo Francis e Cid Moreira davam 
pedagógicas lições diárias sobre o conflito entre Irã e Iraque.

Fomos adestrados a entender que, no mundo islâmico, os xiitas são os 
malvados, e os sunitas, os bacanas.

Até o PT chegou a ser apelidado de xiita, em homenagem aos malvados, 
claro.
O tempo passou e os bacanas deram origem à Al Qaeda e, "voilà", ao 
Estado Islâmico.

Às vésperas da eleição, a tentativa de se criar alguma celeuma sobre o 
discurso de Dilma na ONU mostrou apenas que os três colunistas do 
apocalipse fazem qualquer negócio para massagear sua presunção de 
formadores de opinião e atacar até mesmo o óbvio ululante. Afinal, o óbvio 
ululante só pode ser lulista.

Realmente patético.

Antonio Lassance, cientista político.
No Carta Maior
http://www.contextolivre.com.br/2014/09/os-tres-pateticos-comentam-o-discurso.html

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

JORNAIS CENSURAM O BRASIL SEM FOME, E DISTORCEM DISCURSO DA DILMA NA ONU

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

LEIA O DISCURSO DE DILMA NA CÚPULA DO CLIMA, EM NY

Discurso da Presidenta da República, Dilma Rousseff, na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) - Nova Iorque/EUA

por Portal Planalto — publicado 23/09/2014 11:40, última modificação 23/09/2014 15:21
Nova Iorque-EUA, 23 de setembro de 2014


Excelentíssimo senhor Sam Kutesa, presidente da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas. Excelentíssimas senhoras e senhores chefes de estado e de governo participantes da Cúpula do Clima 2014. Senhoras e senhores representantes da sociedade civil.
 Congratulo-me com o Secretário Geral das Nações Unidas pela convocação da Cúpula do Clima.
 No último domingo, centenas de milhares de pessoas pediram nas ruas avanços concretos nas negociações em curso no âmbito da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima.
O Brasil está sintonizado com este anseio. Temos participado ativamente destas negociações. Defendemos a adoção coletiva de medidas justas, ambiciosas, equilibradas e eficazes para enfrentar este desafio.
Reafirmo que o novo acordo climático precisa ser universal, ambicioso e legalmente vinculante, respeitando os princípios e os dispositivos da Convenção-Quadro, em particular os princípios de equidade e das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.
Este acordo deverá ser robusto em termos de mitigação, adaptação e meios de implementação.  O Brasil almeja um acordo climático global, que promova o desenvolvimento sustentável.  O crescimento das nossas economias é compatível com a redução de emissões.
No Brasil, estamos fazendo isso. Ao mesmo tempo em que diminuímos a pobreza e a desigualdade social, protegemos o meio ambiente. Nos últimos 12 anos, temos tido resultados extraordinários. 
Em 2009, na Conferência de Copenhagen, anunciamos o compromisso voluntário de reduzir entre 36 e 39%, as nossas emissões projetadas até 2020.
Desde então, pusemos em marcha ações decisivas. Nosso esforço tem dado grandes resultados.
Ao longo dos últimos 10 anos, o desmatamento no Brasil foi reduzido em 79%.
Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Alcançamos em todos esses anos as quatro menores taxas de desmatamento de nossa história.
As reduções voluntárias do Brasil contribuem de maneira significativa para a diminuição das emissões globais no horizonte de 2020.
Senhor Presidente, prezados colegas Chefes de Estado e de Governo.
O Brasil, portanto, não anuncia promessas. Mostra resultados.
Nossa determinação em enfrentar a mudança do clima não se limita à Amazônia brasileira. 
Estamos cooperando com os países da Bacia Amazônica em ações de monitoramento e de combate ao desmatamento. Devemos também contribuir para a redução do desmatamento com os países da Bacia do Congo.
Internamente, adotamos planos setoriais para a redução do desmatamento no chamado Cerrado brasileiro; para o aumento das energias renováveis e a promoção da Agricultura de Baixo Carbono.
O Brasil é um grande produtor de alimentos. Temos consciência que as técnicas agrícolas de baixo carbono, ao mesmo tempo em que reduzem emissões, elevam a produtividade do setor agrícola.
Por sua vez, na pequena agricultura familiar, nela as práticas agroecológicas, ajudam a reduzir a pobreza no campo. Ambos programas são decisivos para a segurança alimentar e nutricional de milhões de brasileiros. 
A produção agrícola de grãos se dá sobretudo pelo aumento da produtividade com uma expansão menor da área agrícola plantada. Tamanho crescimento da produtividade só é possível com muita pesquisa e inovação, muito investimento e intenso apoio do governo federal.
Tudo isso desfaz a pretensa contradição entre produção agrícola e proteção ao meio ambiente. Prova que é possível crescer, incluir, conservar e proteger o meio ambiente, que é o lema da reunião do clima Rio+20.
Senhor Presidente,
Desastres naturais relacionados à mudança do clima têm ceifado vidas e afetado as atividades econômicas em todo o mundo. Num quadro de injustiça ambiental, as populações pobres são as mais vulneráveis, principalmente nos grande centros urbanos.
No Brasil, implementamos a Política Nacional de Prevenção e Monitoramento de Desastres Naturais, com o objetivo de impedir que esses desastres causem danos às pessoas, com perdas de vidas, ao patrimônio e ao meio ambiente.
Até o final deste ano, no marco desta política nacional  de prevenção e monitoramento de desastres naturais, submeteremos à sociedade brasileira o plano nacional de adaptação.
 Os custos para enfrentar a mudança do clima são elevados, mas os benefícios compensam.
Precisamos reverter a lógica de que o combate à mudança do clima é danoso à economia. A redução das emissões e ações de adaptação devem ser reconhecidas como fonte de riqueza, de modo a atrair investimentos e lastrear novas ações de desenvolvimento sustentável.
Historicamente, os países desenvolvidos alcançaram o nível de bem estar de suas sociedades graças a um modelo de desenvolvimento, baseado em altas taxas de emissões de gases danosos ao clima, ceifando florestas e utilizando práticas nocivas ao meio ambiente.
Nós não queremos repetir esse modelo.
Mas não renunciaremos ao imperativo de reduzir as desigualdades e elevar o padrão de vida da nossa gente.
Nós, países em desenvolvimento, temos igual direito ao bem-estar. E estamos provando que um modelo socialmente justo e ambientalmente sustentável é possível. O Brasil é um exemplo disso
Muito obrigada.

NOGUEIRA ANALISA DECLÍNIO DO PSDB ANTI-SOCIAL

Por que o PSDB está morrendo?


Tarde demais para o PSDB reagir e chegar ao segundo turno, disse o diretor do Datafolha, Mauro Paulino.
Ele se referia ao pequeno avanço de Aécio nos últimos dias nas pesquisas.
A não ser que um milagre ocorra, Dilma e Marina disputarão o segundo turno.
Aécio vai ficar de fora, e será um marco no declínio do PSDB.
Concordo apenas parcialmente com o diretor do Datafolha.
No obituário da campanha tucana de 2014, eu diria o seguinte: o PSDB teve anos para se preparar. Não se preparou. Seria impossível, em poucos dias, recuperar o atraso de tanto tempo.
O PSDB é hoje uma obsolescência.
Seus líderes foram cegos para enxergar as demandas do Brasil moderno.
Em vez de abraçarem a causa do combate à desigualdade, que é a grande questão nacional, eles se fixaram na velha, gasta, mentirosa, oportunista, hipócrita ladainha da corrupção.
Fizeram-se de virgens sendo marafonas.
Os tucanos foram espetacularmente desmascarados por Luciana Genro no debate da CNBB. As palavras de Luciana a Aécio, enumerando os atos de corrupção do PSDB, entrarão para a história da política nacional.
Compare o discurso pseudomoralista de Aécio com o de Dilma: qual tem mais apelo?
Dilma fixou sua campanha na questão social. Vem mostrando os avanços sociais brasileiros nestes anos do PT no poder.
De certa forma, todas as informações que sustentam estes avanços parecem novas, não porque sejam, mas porque a mídia não cobriu nada, ou por miopia ou por má fé.
Do Bolsa Família ao Mais Médicos, das cotas para negros ao Prouni, do aumento do salário mínimo ao Pronatec, a lista de realizações sociais é, inegavelmente, grande.
Podia ser maior? Claro que sim. Podia e devia. Mas é muito mais do que, excetuado Getúlio Vargas, qualquer outra administração fez contra a iniquidade.
Dilma tem o que mostrar e o que falar.
Melhor ainda para ela, certas coisas nem é ela que diz. São os outros. Nesta semana, por exemplo, a ONU informou que o Brasil deixou o “Mapa da Fome”.
Enquanto isso, FHC se diz chocado ao ler a Veja e deparar com denúncias, como se fosse um Carlos Lacerda.
Ele quer enganar a quem com esse choque de araque? Quer conquistar que votos? Os dos leitores da Veja? Ora, estes já são do PSDB. São os antipetistas viscerais.
O presente está perdido para o PSDB, e o futuro também estará a não ser que o partido se reinvente.
Mas com quem?
Com FHC, com Serra, com Aécio?
Esqueça.
Considere o caso do premiê escocês Alex Salmond, derrotado no plebiscito que decidiu se a Escócia permanecia ou não no Reino Unido.
Salmond, conhecidos os resultados, anunciou que deixaria a liderança de seu partido e renunciaria, consequentemente, à chefia do governo.
É preciso encontrar novos líderes, disse.
No Brasil, os chefes políticos só costumam sair de cena num caixão, e é uma pena.
Serra já deve estar pensando em 2018. Aécio provavelmente logo estará pensando nisso também.
Uma empresa se renova com sangue fresco. Um partido também. O PSDB, neste sentido, é a quintessência do bolor.
Os tucanos pagam “militantes” para fingir que Aécio é popular. Mas este tipo de expediente apenas demonstra que o discurso velho do partido não comove ninguém.
O dinheiro compra até o amor verdadeiro, escreveu Nelson Rodrigues.
Mas não compra votos, e o PSDB parece desconhecer esta verdade indestrutível.
 http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-o-psdb-esta-morrendo/