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sexta-feira, 4 de abril de 2014

BANDEIRA DE MELO E FERNANDO MORAIS CONTRA PRISÃO ILEGAL DE ZÉ DIRCEU

Trecho de matéria do sítio Brasil 24/7: 
Para o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, que assinou, em novembro, manifesto de intelectuais e juristas em “repúdio às prisões ilegais” dos condenados na Ação Penal 470, a situação do ex-ministro da Casa Civil não deve se alterar enquanto o tribunal for presidido por Barbosa. “A mim me parece que, enquanto o presidente do Supremo for esse, é muito difícil que haja em relação ao Dirceu uma postura serena. É uma falta de respeito ao direito do condenado. O Judiciário deve ser equânime, sem olhar a posição das pessoas”, diz. “Mas a mim não surpreende. Fico apenas lastimando. O Judiciário não é mais aquele de outrora, pelo menos não o Supremo.”
Ditadura “togada”
Na opinião do jornalista e escritor Fernando Morais, que também assinou o manifesto, a prisão de Dirceu em regime fechado, tendo direito ao semiaberto, é uma “aberração”. Ele afirma que sua posição em torno da questão não deve ser entendida como uma preferência partidária, "chapa-branca", mas como uma defesa dos direitos básicos da democracia. “A sociedade está testemunhando: vai fazer cinco meses que Dirceu está preso, em prisão fechada, embora tenha sido condenado a semiaberto. Isso é uma aberração jurídica, uma barbaridade. O presidente da Corte mais importante do país está se regendo por notícia de coluna social, foi isso o que aconteceu”, lembra Morais.
O pedido de análise do benefício de trabalho externo de Dirceu foi suspenso pela Vara de Execuções Penais do Distrito Federal com base em nota do jornal Folha de S. Paulo de 17 de janeiro, que funcionou como denúncia. Segundo a nota do diário, o secretário de governo do estado da Bahia, James Correia, teria supostamente conversado por celular com Dirceu no dia 6 de janeiro. “Simplesmente por causa de uma fofoca de coluna social a corte mais importante do país submete o preso a uma pena adicional à que foi condenado”, critica Fernando Morais.
O jornalista vê uma substituição de um autoritarismo do período da ditadura (1964-1985) por um autoritarismo “togado”, embora o regime militar tenha feito mais mal por ter matado e torturado. “Desde que acabou a ditadura, você vai perceber que em alguns momentos fica muito claro, em certos setores da sociedade, que acabou a censura fardada e começou a censura togada”, diz Morais.
Ele cita como exemplo a proibição de obras literárias pelo Judiciário. “Quem está censurando livro no Brasil? Quem tirou livro do Ruy Castro de circulação, que decretou a incineração da biografia do Roberto Carlos, quem é que me condenou a pagar multa se eu falasse em público de um trecho de um livro meu?”, questiona. “Nem a ditadura fez isso. Fez pior, matou, torturou, mas nunca proibiu um autor de falar publicamente sobre seu trabalho. Quem está fazendo isso? A ditadura, a censura togada.”
Para Fernando Morais, os fatos que envolvem José Dirceu são um “negócio armado”. “Não me surpreendo mais, perdi a ilusão. Sempre fui muito pessimista sobre esse processo [do mensalão], desde o começo, sobretudo quanto ao Dirceu, que eu achava que ia para a cadeia”, conta. “Porque a cada dia que passava ficava mais claro que se tratava de um processo político, um processo simbólico, porque, embora tenham escolhido o Dirceu para ser o ‘cabra marcado para morrer’, no fundo estão tentando condenar o PT, o Lula, a Dilma, o primeiro governo progressista que este país tem em muitas décadas.”
http://www.brasil247.com/+j2qwm

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

BANDEIRA DE MELLO NÃO DESCARTA PROCESSAR GILMAR DANTAS!



Declarações de Gilmar Mendes sobre Genoino e Delúbio são 'tolas', diz Bandeira de Mello

Para jurista, país 'não passa por um momento em que o direito é muito valorizado' e a imprensa é a principal responsável por condenações sem provas na Ação Penal 470
por Eduardo Maretti, da RBA publicado 07/02/2014 10:42, Comments

São Paulo – O advogado e jurista Celso Antônio Bandeira de Mello disse à RBA que a declaração do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre as campanhas de arrecadação para os condenados na Ação Penal 470, é “uma coisa tão tola” que “não deveria nem ter sido publicada pela imprensa”. Na terça-feira (4), Mendes afirmou que as campanhas de amigos e simpatizantes do ex-deputado do PT José Genoino e do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares “têm elementos para uma investigação” e sugeriu que houve lavagem de dinheiro. Para o ministro, o Ministério Público deveria investigar o caso.
Na opinião de Bandeira de Mello, esses elementos “não existem”. “Se existem, ele escondeu, porque não deu notícia deles", ironiza. O advogado, que se diz espantado e chocado com as declarações de Mendes, afirma que o PT deve interpelar o ministro do STF. Segundo ele, o país não atravessa um momento histórico propício para que se realize o direito e a imprensa é "responsável" por isso.
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, protocolou, no final da tarde de ontem (6), uma interpelação pedindo esclarecimentos ao ministro sobre as acusações de Mendes. A medida é baseada no artigo 144 do Código Penal, que permite que pessoas ou entidades que se sintam vítimas de crimes contra a honra cobrem explicações em juízo.
Do ponto de vista jurídico, é cabível um ministro do STF fazer uma acusação pública sem prova, como fez Gilmar Mendes?
©BRASIL 247 / REPRODUÇÃObandeirade mello.jpg
O jurista Celso Bandeira de Mello
Fiquei espantado. Antigamente o juiz falava apenas nos autos. Mas não é mais verdade que o juiz só fale nos autos. Eles não são deputados, não são indivíduos de grande notoriedade, só têm notoriedade jurídica. Então eles não têm que ficar falando, na minha opinião. Mas falam.
Um ministro do STF deve emitir um juízo como esse?
De jeito algum. Sobretudo se ele estiver dizendo algo que procede, porque isso vai parar no Supremo. Portanto, sobre matéria que ele pode vir a julgar. Olhe, eu considerei isso sem sentido. Fiquei chocado.
Que medidas poderiam ser tomadas pelas pessoas que se sintam prejudicadas?
Ouvi dizer que o PT vai interpelá-lo judicialmente. O PT deve mesmo interpelar.
Caberiam pedidos de impeachment contra ministros do STF, como Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa, este último devido à sua atuação no caso do “mensalão”? 

O impeachment de ministro do Supremo é processo para o Senado Federal. Teria que ser tomada uma iniciativa no Senado nessa matéria. Mas eu acho muito difícil. No momento, não há talvez clima político para isso. Vou dizer o óbvio. Quem conduziu tudo isso, o chamado mensalão, foi a imprensa, na minha opinião. Ela mostrou, então, que tem um poder gigantesco, fantástico. E a imprensa faz a cabeça das pessoas. Então, o clima não é muito propício para que se realize o direito. Nós não estamos vivendo um momento em que o direito é muito valorizado. O mensalão, pra mim, foi a prova disso. Como é que você condena uma pessoa a pena privativa de liberdade sem existir nenhuma, absolutamente nenhuma comprovação de que essa pessoa cometeu um crime? Não foi isso que fizeram com Dirceu? Vejam que eles chegaram a suprimir uma instância. Só o Marco Aurélio, que eu me lembre, é que disse que não dava para fazer isso. Tem o foro privilegiado e outros não têm [segundo a defesa de José Dirceu, ele não tinha cargo eletivo e deveria ter sido julgado pela Justiça comum, em primeira instância, antes de seu caso ir para o STF, mas a "Suprema Corte" decidiu manter numa mesma ação todos os réus do mensalão].
Então os cidadãos estão submetidos a um poder quase autocrático por parte do Supremo? O que a sociedade deve fazer?
Eu diria que a sociedade tem que reagir pelos meios de que ela dispõe, que é protestar, que é escrever, ir contra. Mas escrever contra nessa imprensa? Eu fiquei admirado de me entrevistarem sobre esse assunto porque a imprensa foi responsável por tudo o que aconteceu, ao meu ver.
O ministro Gilmar Mendes disse que há “elementos para investigação de lavagem de dinheiro” contra Delúbio e Genoino. Que elementos seriam?
Eu acho que não existem. Pelo menos, se existem, ele escondeu, porque ele não deu notícia desses elementos. É absurdo, uma coisa que não deveria nem ser levada a sério uma afirmação dessa. Não deveria nem ter sido publicada, porque é uma coisa tão tola. Eu acho que o PT deve agir imediatamente porque é o principal atingido. Eu não sei o que vai ser isso para a frente, acho que é melhor a gente esperar um pouco para ver o que vai acontecer, qual a reação que os ofendidos vão tomar, porque alguns foram diretamente ofendidos. Eu diria que o partido é o ofendido maior. Mas é claro que ele ofendeu a todas as pessoas, porque ele levantou uma suspeita de que são lavadores de dinheiro. Como é que ele lança uma suspeita assim? Eu estou incluído nessa suspeita, porque eu dei dinheiro. Mas acho que é preciso esperar um pouco. Não se deve fazer as coisas com a cabeça quente, não é?
Mas o sr. não disse que o PT deve tomar medidas mesmo?
Eu acho que o PT deve tomar medidas, vamos ver a repercussão que virá disso tudo. Não adianta também fazer o papel de Dom Quixote. Eu tenho feito o papel de Dom Quixote na minha vida, não me preocupa muito. Mas de qualquer maneira, eu acho que não se deve fazer as coisas com a cabeça quente, na mesma hora. Deve-se esperar. Eu, por exemplo, não pretendo tomar nenhuma medida agora. Não sei amanhã. Não sei daqui a um dia, dois dias. Vou esperar pra ver um pouco o que acontece. Precisamos ver um pouco qual é a repercussão dessa entrevista dele. Porque até agora a única entrevista que eu vi foi a minha.
http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2014/02/declaracoes-de-gilmar-mendes-sobre-genoino-e-delubio-sao-tolas-diz-bandeira-de-mello-3204.html

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

JURISTA DOOU PARA DIRCEU E DESAFIA GILMAR DANTAS

sábado, 1 de fevereiro de 2014

ASSINE PELO IMPEACHMENT DE JOAQUIM BARBOSA