Cadeia para Murdoch. E para o Civita?
Por Altamiro Borges
A situação de Rupert Murdoch, dono do maior império midiático do planeta, está cada vez mais complicada. Em audiência na Câmara dos Comuns, em Londres, nesta terça-feira, o ex-conselheiro-chefe de assuntos jurídicos da News International, Tom Crone, garantiu que o fundador do grupo e seu filho, James Murdoch, sabiam dos grampos ilegais praticados pelo jornal The News of the Word.
Mentiras e jogo de cena
Em julho passado, também em audiência no parlamento e sob juramento, Murdoch negou que soubesse das escutas e dos subornos. O arrogante barão da mídia tentou se passar por vítima; chorou e lamentou os atos mafiosos do seu jornal. Tudo não passou de jogo de cena. Agora, a Câmara dos Comuns não descarta chamá-lo para nova audiência e alguns deputados já falam até em pedir sua prisão.
O depoimento de Tom Crone foi devastador. Ele disse que informou a James Murdoch, presidente do grupo, sobre a existência de um e-mail, intitulado “Para Naville”, que aconselhava a prática de escutas ilegais. Nesta mensagem havia a transcrição de uma informação obtida ilegalmente sobre Gordon Taylor, diretor de uma federação de futebol. James e o pai foram informados sobre o ato criminoso.
Polícia e audiência na Câmara dos Comuns
Na mesma reunião em que Murdoch foi informado sobre o e-mail, ele teria autorizado o pagamento de cerca de 480 mil euros como indenização pelas escutas ilegais. Quando a mensagem circulou, em abril de 2008, o então correspondente da família real do The News of the World, Clive Goodman, já havia sido preso por ter grampeado telefones para obter informações exclusivas.
Em entrevista à BBC de Londres, o presidente do Comitê de Cultura da Câmara dos Comuns, John Whittingdale, disse que deve chamar Rupert Murdoch novamente para depor. Por sua vez, a Polícia Metropolitana segue investigando as escutas ilegais praticadas pelo jornal, que fechou as suas portas no dia 10 de julho em decorrência do escândalo após 168 anos de história.
Ação criminosa da revista Veja
Já no Brasil, a famiglia Civita, cópia rastaqüera do império Murdoch, segue a vida tranquilamente. O repórter Gustavo Ribeiro, da Veja, tentou invadir o quarto usado pelo ex-ministro José Dirceu no Hotel Naoum, em Brasília. Barrado pela camareira Jôse Maia Medeiros, o “jornalista” fugiu sem pagar as diárias. O crime foi lavrado num boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia de Brasília.
Além da tentativa de invasão, a revista Veja também teria instalado câmeras de filmagem no corredor do andar utilizado por Dirceu, o que caracteriza outro crime gravíssimo. Com base nestas práticas criminosas, a publicação da famiglia Civita publicou “reporcagem” sobre “O poderoso chefão”, com críticas ao ex-ministro. Já na edição desta semana, a revista Veja se fingiu de morta. A coisa fedeu!
Apesar dos crimes, os donos da Veja não foram chamados para depor no Congresso Nacional. O Ministério da Justiça continua calado. O repórter Gustavo Ribeiro, conhecido por suas práticas antiéticas e direitistas, segue impávido. E a famiglia Civita ainda aciona os seus “calunistas” hidrófobos para criticar qualquer tentativa de regulação da mídia no Brasil. Haja impunidade!
http://altamiroborges.blogspot.com/A situação de Rupert Murdoch, dono do maior império midiático do planeta, está cada vez mais complicada. Em audiência na Câmara dos Comuns, em Londres, nesta terça-feira, o ex-conselheiro-chefe de assuntos jurídicos da News International, Tom Crone, garantiu que o fundador do grupo e seu filho, James Murdoch, sabiam dos grampos ilegais praticados pelo jornal The News of the Word.
Mentiras e jogo de cena
Em julho passado, também em audiência no parlamento e sob juramento, Murdoch negou que soubesse das escutas e dos subornos. O arrogante barão da mídia tentou se passar por vítima; chorou e lamentou os atos mafiosos do seu jornal. Tudo não passou de jogo de cena. Agora, a Câmara dos Comuns não descarta chamá-lo para nova audiência e alguns deputados já falam até em pedir sua prisão.
O depoimento de Tom Crone foi devastador. Ele disse que informou a James Murdoch, presidente do grupo, sobre a existência de um e-mail, intitulado “Para Naville”, que aconselhava a prática de escutas ilegais. Nesta mensagem havia a transcrição de uma informação obtida ilegalmente sobre Gordon Taylor, diretor de uma federação de futebol. James e o pai foram informados sobre o ato criminoso.
Polícia e audiência na Câmara dos Comuns
Na mesma reunião em que Murdoch foi informado sobre o e-mail, ele teria autorizado o pagamento de cerca de 480 mil euros como indenização pelas escutas ilegais. Quando a mensagem circulou, em abril de 2008, o então correspondente da família real do The News of the World, Clive Goodman, já havia sido preso por ter grampeado telefones para obter informações exclusivas.
Em entrevista à BBC de Londres, o presidente do Comitê de Cultura da Câmara dos Comuns, John Whittingdale, disse que deve chamar Rupert Murdoch novamente para depor. Por sua vez, a Polícia Metropolitana segue investigando as escutas ilegais praticadas pelo jornal, que fechou as suas portas no dia 10 de julho em decorrência do escândalo após 168 anos de história.
Ação criminosa da revista Veja
Já no Brasil, a famiglia Civita, cópia rastaqüera do império Murdoch, segue a vida tranquilamente. O repórter Gustavo Ribeiro, da Veja, tentou invadir o quarto usado pelo ex-ministro José Dirceu no Hotel Naoum, em Brasília. Barrado pela camareira Jôse Maia Medeiros, o “jornalista” fugiu sem pagar as diárias. O crime foi lavrado num boletim de ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia de Brasília.
Além da tentativa de invasão, a revista Veja também teria instalado câmeras de filmagem no corredor do andar utilizado por Dirceu, o que caracteriza outro crime gravíssimo. Com base nestas práticas criminosas, a publicação da famiglia Civita publicou “reporcagem” sobre “O poderoso chefão”, com críticas ao ex-ministro. Já na edição desta semana, a revista Veja se fingiu de morta. A coisa fedeu!
Apesar dos crimes, os donos da Veja não foram chamados para depor no Congresso Nacional. O Ministério da Justiça continua calado. O repórter Gustavo Ribeiro, conhecido por suas práticas antiéticas e direitistas, segue impávido. E a famiglia Civita ainda aciona os seus “calunistas” hidrófobos para criticar qualquer tentativa de regulação da mídia no Brasil. Haja impunidade!
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