247 - A disputa eleitoral causa mais uma baixa nas redações, depois da saída do jornalista Xico Sá da Folha de S. Paulo (
leia aqui), após ser proibido de declarar voto em Dilma Rousseff em sua própria coluna na publicação da família Frias.
Agora, o jornal O Globo, da família Marinho, decidiu licenciar por três meses a editora de País Fernanda da Escóssia, responsável pela cobertura eleitoral. Considerou-se na cúpula do veículo que, com ela como editora, o jornal não vinha produzindo uma cobertura tão "hardy", anti-Dilma e anti-PT, como a desejada pelos donos.
No lugar dela entra o bem-alinhado com a casa Luis Antonio Novais,
o Mineiro. Fernanda vinha tendo conflitos diários com a editora
executiva Silvia Fonseca, vigilante editorial do diretor Ascânio
Seleme. No fechamento de sexta-feira, ela teve uma briga feia com
Silvia e o 'aquário' do jornal – onde ficam os chefes - por conta de
divergências na cobertura da disputa Dilma-Aécio Neves no segundo
turno.
Após um bate-boca que durou cerca de uma hora, foi decidido que
Fernanda ficará de licença por três meses. O jornal não diz, porém,
se ela não voltará para a editoria ou mesmo para a empresa, onde
quem cai em desgraça não tem perdão.
Mineiro era editor-executivo desde a gestão do falecido diretor-geral
Rodolfo Fernandes. Preterido na sucessão, há poucos meses foi
deslocado para outra função por Ascânio e substituído por Silvia, que
era editora de País. Esta, por sua vez, foi substituída pela adjunta
Fernanda da Escóssia, agora defenestrada. Mineiro, alinhado com o
comando, foi agora acionado para assumir a coordenação da cobertura
eleitoral, imprimindo-lhe um tom ainda mais pró-PSDB na reta final
do segundo turno.
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