Falta de água e o crime da imprensa
Por Altamiro Borges
A falta de água em São Paulo já atinge graus extremos, colocando em risco a própria saúde pública. Mesmo assim, a midiazona paulista não faz alarde sobre esta tragédia. A omissão é um verdadeiro estelionato eleitoral, mais um crime da velha imprensa. Ela visa livrar a cara do governador reeleito Geraldo Alckmin, do PSDB e, em especial, do cambaleante Aécio Neves. A Folha tucana publicou neste domingo (12) uma notinha, bem minúscula, informando que as torneiras já secaram até nos restaurantes de Pinheiros, bairro nobre da capital paulista. Vale conferir:
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Falta de água atinge restaurantes de Pinheiros por 8 horas
Restaurantes de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, ficaram sem água por ao menos oito horas neste sábado (11), segundo gerentes de estabelecimentos locais. Rogério Santana, do Consulado da Bahia, reclamou que o problema começou às 11h e não tinha sido resolvido até às 19 horas. A Sabesp informou não ter recebido reclamações da região, mas disse que enviou técnicos para vistoriar a rede. Em Campinas, metade do 1,2 milhão de habitantes ficou sem água entre o fim da tarde de sexta (10) e o sábado (11).
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Se a midiazona fosse menos partidarizada e seletiva, os relatos da falta de água já teriam resultado em manchetes nos jornalões e em críticas nos telejornais. Na semana passada, a própria presidente da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp), Dilma Pena, admitiu pela primeira fez que “existe, sim, falta de água”. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal, ela confessou que o problema decorre da queda dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. Ela só fez essa confissão três dias após a votação do primeiro turno, em mais uma prova do estelionato eleitoral que enganou tantos paulistas.
Num afronta à inteligência dos paulistas, a presidenta da Sabesp ainda tentou justificar a tragédia. Ela disse que “não existe racionamento, mas administração da disponibilidade da água”. Ela “tucanou” a falta de água e garantiu que o problema é pontual. Pesquisa Datafolha realizada em agosto, mas que teve pouco destaque nos jornalões e nas emissoras de rádio e tevê, evidenciou que a crise no setor não tem nada de “pontual”: 46% dos entrevistados relataram ao menos um corte de água nos 30 dias anteriores; em maio, 35% dos paulistas já tinham denunciado problemas.
A presidenta da Sabesp havia sido convocada para depor na CPI em setembro. Mas fugiu para evitar respingos – sem água – nas eleições. A mídia tucana, que adora promover a escandalização da política – mas sempre de forma seletiva –, não fez qualquer pressão sobre o governo Alckmin. Da mesma forma, ela segue evitando dar destaque ao assunto. Possivelmente, só vai tratar do tema com mais responsabilidade, tentando se apresentar como neutra, após o segundo turno das eleições presidenciais. E ainda tem gente que acredita na midiazona. É preciso ser muito tapado!
A falta de água em São Paulo já atinge graus extremos, colocando em risco a própria saúde pública. Mesmo assim, a midiazona paulista não faz alarde sobre esta tragédia. A omissão é um verdadeiro estelionato eleitoral, mais um crime da velha imprensa. Ela visa livrar a cara do governador reeleito Geraldo Alckmin, do PSDB e, em especial, do cambaleante Aécio Neves. A Folha tucana publicou neste domingo (12) uma notinha, bem minúscula, informando que as torneiras já secaram até nos restaurantes de Pinheiros, bairro nobre da capital paulista. Vale conferir:
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Falta de água atinge restaurantes de Pinheiros por 8 horas
Restaurantes de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, ficaram sem água por ao menos oito horas neste sábado (11), segundo gerentes de estabelecimentos locais. Rogério Santana, do Consulado da Bahia, reclamou que o problema começou às 11h e não tinha sido resolvido até às 19 horas. A Sabesp informou não ter recebido reclamações da região, mas disse que enviou técnicos para vistoriar a rede. Em Campinas, metade do 1,2 milhão de habitantes ficou sem água entre o fim da tarde de sexta (10) e o sábado (11).
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Se a midiazona fosse menos partidarizada e seletiva, os relatos da falta de água já teriam resultado em manchetes nos jornalões e em críticas nos telejornais. Na semana passada, a própria presidente da Companhia de Saneamento Básico (Sabesp), Dilma Pena, admitiu pela primeira fez que “existe, sim, falta de água”. Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal, ela confessou que o problema decorre da queda dos reservatórios do Sistema Cantareira, que abastece 8,8 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo. Ela só fez essa confissão três dias após a votação do primeiro turno, em mais uma prova do estelionato eleitoral que enganou tantos paulistas.
Num afronta à inteligência dos paulistas, a presidenta da Sabesp ainda tentou justificar a tragédia. Ela disse que “não existe racionamento, mas administração da disponibilidade da água”. Ela “tucanou” a falta de água e garantiu que o problema é pontual. Pesquisa Datafolha realizada em agosto, mas que teve pouco destaque nos jornalões e nas emissoras de rádio e tevê, evidenciou que a crise no setor não tem nada de “pontual”: 46% dos entrevistados relataram ao menos um corte de água nos 30 dias anteriores; em maio, 35% dos paulistas já tinham denunciado problemas.
A presidenta da Sabesp havia sido convocada para depor na CPI em setembro. Mas fugiu para evitar respingos – sem água – nas eleições. A mídia tucana, que adora promover a escandalização da política – mas sempre de forma seletiva –, não fez qualquer pressão sobre o governo Alckmin. Da mesma forma, ela segue evitando dar destaque ao assunto. Possivelmente, só vai tratar do tema com mais responsabilidade, tentando se apresentar como neutra, após o segundo turno das eleições presidenciais. E ainda tem gente que acredita na midiazona. É preciso ser muito tapado!
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