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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

DIREITA CHORA, MAS HADDAD MELHOROU O TRÂNSITO EM S. PAULO!


'Paradoxo Haddad' ampliou velocidade nas marginais

O prefeito Fernando Haddad com o meu livro "O Brasil na 'era dos imbecis' - o discurso de ódio da Direita"
Alguns grandes portais têm, nos últimos dias, divulgado informações interessantes a respeito dos primeiros resultados concretos referentes à redução da velocidade máxima permitida nas avenidas marginais, em São Paulo, medida polêmica instituída pelo prefeito Fernando Haddad, do PT. Assim que Haddad anunciou que a velocidade máxima nas principais vias da cidade (especialmente nas marginais) seria reduzida, teve início uma autêntica cruzada contra o prefeito. Não faltaram as acusações de "incentivo à indústria das multas" e, no campo das críticas mais racionais, cidadãos alegaram que não haveria sentido em se fazer os motoristas demorarem ainda mais em seus deslocamentos diários. Foram feitas contestações a essas críticas por meio da divulgação de estudos empíricos realizados em outras cidades do mundo, estudos que provavam que não haveria redução significativa no tempo de deslocamento com a redução da velocidade máxima na proporção que se propunha para São Paulo, mas sempre a tréplica era algo como "não se pode comparar essa cidade com São Paulo". Contas simples demonstravam, ainda, que, na maior parte dos deslocamentos, o motorista eventualmente poderia demorar apenas alguns minutos a mais, o que certamente não seria relevante diante da provável redução do número de acidentes e de mortes, mas mesmo este argumento não teve receptividade.
Pois bem. O que os números divulgados mostram é que, após seis semanas do início da redução da velocidade, os acidentes com vítimas caíram 27%, acidentes com mortes diminuíram 50%, e, o que é mais surpreendente, a lentidão caiu 22% no pico da tarde e, na cidade como um todo, a lentidão no período vespertino caiu 19%. Quanto à redução dos acidentes em geral e dos acidentes com vítimas em particular, parece difícil que se questione os dados: é até mesmo intuitiva a relação inversa entre velocidade e probabilidade de ocorrência de acidentes e da provável gravidade desses eventos. Já com relação à redução da lentidão, a dúvida pode ser efetivamente mais legítima: como é possível que a redução da velocidade máxima gere redução da lentidão, se o lógico a se esperar seria exatamente o oposto? Este é o "paradoxo de Haddad", e tem duas explicações.
Em primeiro lugar, a redução do número de acidentes influi positivamente na fluidez do trânsito. Quem conhece a dinâmica das marginais paulistanas sabe que um acidente, mesmo que bastante simples e sem maiores consequências materiais ou humanas, e ainda que os veículos envolvidos permaneçam apenas alguns minutos parados em uma das pistas do leito carroçável, costuma provocar lentidão e mesmo congestionamentos de vários quilômetros, e que, mesmo após a remoção dos veículos e normalização da passagem, essa lentidão demora muito a se dissipar. É claro, portanto, que quanto menos acidentes (especialmente os mais graves, que chegam a fechar uma ou mais pistas das marginais por algumas horas) maior a fluidez. Além disso, há outro aspecto interessante, publicado e demonstrado por engenheiros de trânsito brasileiros e de outros países. Sob determinados parâmetros (e ao que tudo indica a redução nas marginais se enquadra neles), a redução da velocidade máxima, abstraída a questão dos acidentes, tende a aumentar a velocidade média, pois mais veículos podem ocupar a mesma área da avenida ao mesmo tempo.
De qualquer forma, deixando-se de lado os elementos teóricos, o fato é que os números demonstram que efetivamente a redução da velocidade máxima aumentou a velocidade média nas marginais. É claro que é perfeitamente legítimo o debate a respeito de questões pontuais da medida (por exemplo, se a velocidade máxima em uma ou outra pista é a adequada ou se poderia ser ligeiramente maior, etc.) - me parece cristalino que nenhuma medida administrativa como esta é um "pacote fechado", imune a reavaliações e ajustes. O que salta aos olhos em São Paulo, porém, é a má vontade de significativa parcela da população com relação ao prefeito Haddad, má vontade esta que obstrui a racionalidade e torna a discussão meramente emocional, quase sempre vinculada a paixões políticas e não a uma genuína preocupação com os problemas da cidade. Talvez o maior "paradoxo de Haddad" seja o fato de ele ser sistematicamente apedrejado mesmo quando, inquestionavelmente, ele acerta.


Site 24/7

terça-feira, 18 de agosto de 2015

PUBLICITÁRIO OLIVETTO - HADDAD ESTÁ CERTO AO LIMITAR VELOCIDADE

quinta-feira, 30 de julho de 2015

GOVERNO INTENSIFICA DIÁLOGO COM A SOCIEDADE

Rossetto: Diálogo será ofensiva do governo para recuperar estabilidade

O governo Dilma Rousseff aposta em três ações estratégicas para colocar fim à crise política e afastar de vez o fantasma do impeachment: estabilizar as relações com o Congresso, estimular o ambiente de cooperação com governadores e prefeitos e criar mecanismos de diálogo direto com a sociedade.

Por  Najla Passos, na Carta Maior


'Vivemos uma instabilidade política que esta geração nunca viu', diz Rossetto'Vivemos uma instabilidade política que esta geração nunca viu', diz Rossetto
Quem afirma é o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, para quem o cenário de instabilidade é real e não pode ser desmerecido, embora ele siga otimista que o país tem maturidade democrática para superar a crise. "Nós vivemos uma instabilidade política como esta geração nunca viu", afirma.

Rossetto admite a gravidade deste momento político em que a oposição brasileira está mais "venezuelana" e "aventureira" do que nunca. "É uma oposição que não se contenta mais em criticar o governo: quer impedi-lo de governar", alerta.

Ele, entretanto, projeta perspectivas futuras positivas, tanto em relação à economia quanto à política "A economia brasileira é grande, diversificada, uma das maiores do mundo. Por isso, o país vai superar a crise econômica. Da mesma forma, nossas instituições políticas são sólidas e democráticas. O que a sociedade vai produzir ao longo desses meses é um empurrão ao equilíbrio e às normas jurídicas", afirma.

Para o ministro, a tese de impeachment está derrotada e só sobrevive no discurso de alguns poucos irresponsáveis. "Esta é uma tese derrotada do ponto de vista político, além de socialmente descabida. Não há nada que a sustente", avalia.

Rossetto reconhece, no entanto, que o momento inspira cuidados e a crise política ainda pode se aprofundar nos próximos meses. Colaboram para este cenário, segundo ele, a manifestação de rua marcada para o próximo dia 16, que reivindica o impeachment da presidenta, além, é claro, dos possíveis desdobramentos da Operação Lava Jato.

O ministro elenca ainda entre os desafios a serem enfrentados a superação do problema da prestação de contas do primeiro mandato de Dilma, que deve ser julgado nos próximos dias pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com ele, as chamadas "pedaladas fiscais", que os opositores usam para sustentar a tese de impeachment, são operações contábeis utilizadas pelos sucessivos governos desde 1991, e sistematicamente aprovadas pelo próprio TCU. "Nós estamos muito seguros da qualidade dos argumentos que apresentamos ao TCU. O que fizemos é feito desde 1991 e homologado pelo tribunal", justificou.

Rosseto garante também que o governo não tem o que temer com o julgamento das contas de campanha da presidenta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, a prestação de contas da campanha não dará nenhum motivo para problema. "Acredito no que o ministro Dias Toffolli [presidente do TSE] já disse logo após as eleições: não haverá 3º turno", observou.

O diálogo como estratégia
As três ações estratégicas elencadas pelo ministro para tentar conter a crise política têm como base a melhoria da capacidade do governo de dialogar com os diferentes públicos. Por isso a presidenta Dilma lançou na terça (28) a plataforma digital Dialoga Brasil, destinada a ouvir a opinião da população sobre os programas de governo.

Para Rossetto, a iniciativa corajosa da presidente de colocar seus programas de governo para apreciação pública em um momento de crise deverá favorecer o diálogo com o cidadão desvinculado de movimentos organizados, mas também reaproximar governo e entidades da sociedade civil organizadas que se distanciaram do governo por oposição, principalmente, ao pacote de ajuste fiscal.

"Não houve ruptura política entre essa vanguarda social e o nosso projeto. Houve distanciamento, mas não ruptura. E esse é um valor estratégico que temos que valorizar", justificou.

O ministro também ressaltou a tentativa de aprofundamento do diálogo com governadores e prefeitos como imprescindível para a retomada da estabilidade. De acordo com ele, uma reunião entre a presidenta e os governadores já está agendada para esta quinta (30), com o objetivo de promover um ambiente de maior cooperação política entre eles. Outras serão agendadas com os prefeitos.

A ação mais emblemática é a que visa promover maior estabilidade no parlamento que, pelo menos até segunda ordem, continua com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), inimigo confesso do Planalto, a liderar a Câmara dos Deputados em um período em que abundam as chamadas "pautas bombas".

"Não é razoável que o Congresso continue a aprovar projetos que estourem as contas do governo como ocorreu neste semestre", observa ele, em referência à aprovação das matérias legislativas que garantiram a mudança no fator previdenciário, o fim da cobrança de PIS/Cofins do Diesel e o reajuste para os servidores do judiciário.

"O governo entende que tem que buscar uma maior estabilidade congressual e, por isso, vamos dialogar, principalmente, com os partidos que compõem nossa base. Vamos ouvi-los mais", garante.
 
http://www.vermelho.org.br/noticia/268263-1
*Jornalista da Carta Maior

MINISTRO CARDOZO JÁ MANDOU PRENDER O TERRORISTA DE MARICÁ?

MARCO ZERO: AGRESSÕES A LIDERANÇAS PETISTAS DEIXAM DE SER VERBAIS E PASSAM A SER FÍSICAS


Enquanto o sonolento e entediado ministro da Justiça José Eduardo Cardozzzzo defende um republicanismo que entrega a cabeça da presidenta Dilma às Salomés da oposição, a vida real mostra que as agressões ao governo e em especial a líderes petistas marcha do virtual para o real em ritmo acelerado.

Outro dia postei aqui DAS BENGALADAS EM JOSÉ DIRCEU AOS ATAQUES (POR ENQUANTO APENAS VERBAIS) A PETISTAS. O QUE VEM POR AÍ? . Ali, escrevi:

Em 2005, o criador do factóide do mensalão, àquela altura ainda deputado Roberto Jefferson, disse que José Dirceu despertava nele "instintos primitivos". Por conta desses tais instintos, ele atacou o petista e deu o show que a mídia queria, acusando-o de líder de um esquema de propinas. 
Embora, confessadamente, tenha recebido R$ 4 milhões, sem dizer o que fizera com o dinheiro, Jefferson virou o herói da mídia, por atacar o PT e especialmente José Dirceu.
A pressão era tanta que acabou levando um senhor de 67 anos a atacar o líder petista a bengaladas em plena Câmara. 
Agora, o mesmo atrevimento se espalha pelo país, com agressões verbais ao ex-ministro Mantega, ao prefeito Haddad, ao ex-ministro Padilha... 
Sem contar pilantras, como o líder do Revoltados Online, que usa suas agressões ao PT para vender camisetas e faturar algum dinheiro dos incautos.
(...) 
Tivemos até o caso de um agente da polícia federal que usou uma silhueta de Dilma como alvo para treinamento de tiro, expôs a cafajestada nas redes sociais e foi punido com... quatro dias de suspensão. 
A pergunta que me faço é a seguinte: estão esperando o assassinato de um petista, até mesmo da presidenta, para tomar alguma providência? 

Bom, agora os inimigos da democracia e do PT partiram para a primeira agressão física a uma liderança petista. O presidente do PT no Rio de Janeiro e prefeito de Maricá Washington Quaquá foi agredido covardemente pelas costas, enquanto dava entrevista a uma emissora de TV (veja o vídeo).

O que pode vir por aí, ministro Cardozzzzzo, enquanto V.Exa. defende um republicanismo de algibeira para livrar a própria imagem diante da mídia que açoita o governo que lhe acolhe?


http://blogdomello.blogspot.com.br/2015/07/marco-zero-agressao-liderancas-petistas.html?spref=fb

sábado, 25 de julho de 2015

HADDAD PREPARADO PARA ENFRENTAR A MÍDIA MENTIROSA

Em entrevista a blogueiros, Haddad mostra como o PT pode reagir

haddad

Na última quinta-feira, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, reuniu-se com blogueiros e ativistas digitais na sede do Centro de Estudos da Mídia Barão de Itararé. Durante a entrevista, manifestou profundo inconformismo com o que considera uma “guerra” da mídia contra sua administração e demonstrou confiança na possibilidade de se reeleger.
Haddad também elencou medidas de sua administração que considera exitosas e até “revolucionárias”, citou falhas da administração tucana do Estado de São Paulo e reclamou da perda de recursos de sua administração por conta das “jornadas de junho” (de 2013) e da falta de apoio do governo federal.
O prefeito ironizou a mídia. Diz que só parou de bater incessantemente nos corredores de ônibus após ele começar a construir as ciclovias, que considerou imprescindíveis para uma metrópole como São Paulo, a exemplo do que ocorre em outras grandes cidades europeias e norte-americanas.
Ainda ironizando os adversários midiáticos, Haddad respondeu a críticas que fazem às ciclovias, de que são pouco usadas e de que custaram 33 milhões de reais; afirmou que são muito mais usadas do que, por exemplo, a ponte Estaiada, inaugurada em 2008 pelo então prefeito Gilberto Kassab, e que custou 184 milhões de reais.
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O prefeito lembra que a mídia cita o custo de 33 milhões de reais das ciclovias como se fosse alto sem fazer comparações com obras como a de uma simples ponte, que diz que beneficia pouco uma única região e custou quase seis vezes mais, enquanto que as ciclovias se estendem por toda a capital paulista, beneficiando muito mais pessoas gastando muito menos recursos.
Lembrou, ainda, que o monotrilho que o governo Alckmin está construindo em São Paulo, chamado de “Linha 15 – Prata”, percorre um trecho de menos de três quilômetros entre as estações Vila Prudente e Oratório, funciona só cinco horas por dia e permanece bastante ocioso, pois os trens saem das estações com intervalos médios de 10 minutos e circulam praticamente vazios.
A informação mais impressionante que Haddad deu sobre o monotrilho de Alckmin é o custo, que já ultrapassa 6 bilhões de reais e que está em testes há cerca de um ano. Segundo o prefeito, se ele gastasse essa fortuna em uma obra de três quilômetros, que só funciona 5 horas por dia, não poderia nem sair à rua sem ser linchado, pois a mídia estaria falando do assunto todo santo dia.
Sobre a mídia, Haddad explicou que os piores e mais incessantes ataques à sua administração ocorrem via rádio, sobretudo CBN e Jovem Pan. Deu a entender que fazem uma lavagem cerebral na população mais humilde.
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Sobre a redução da velocidade nas marginais do Tietê e de Pinheiros, o prefeito manifestou inconformismo com a ação civil pública impetrada pela Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo na última segunda-feira. Disse que telefonou para o presidente da OAB-SP para reclamar de não ter sido sequer consultado pela entidade antes de ela entrar com a ação.
Haddad manifestou inconformismo com o nível de desinformação da mídia, da OAB e de parcela da população com uma medida adotada em grandes metrópoles dos países desenvolvidos e que garante que irá produzir efeito oposto do que pensam.
O prefeito afirma que a redução da velocidade nas marginais irá aumentar a velocidade porque trafegar a 50 km por hora reduzirá o índice de acidentes. A teoria é a de que com menos acidentes, não haverá interrupção do tráfego e, assim, a velocidade média irá aumentar.
Haddad ainda manifestou perplexidade com a gritaria contra uma medida que, segundo afirma, reduzirá em apenas 4 minutos o tempo de percurso de um veículo pela marginal do rio Pinheiros estando o tráfego livre.
A parte mais interessante da entrevista, porém, foi no aspecto político. Haddad tratou da eleição de 2016 e demonstrou confiança em que é possível, sim, reeleger-se apesar do massacre midiático e dos seus baixos índices de popularidade, que atribui ao bombardeio que começou nos primeiros meses de sua administração com as manifestações do Movimento Passe Livre em junho de 2013, que passou a atacá-lo por elevar as tarifas de ônibus em 20 centavos.
O prefeito diz que suas dificuldades políticas poderiam ser menores se recebesse mais apoio do governo federal. Diz que tem recebido muito menos recursos do PAC do que o Rio de Janeiro, por exemplo.
Ainda assim, Haddad acredita que sua popularidade está baixa hoje porque ele não tem condições de mostrar suas obras para a população e, assim, o discurso contra sua administração predomina sem contraditório.
Como exemplo, diz que o programa “Braços Abertos” reduziu em 80% o número de usuários na Cracolândia paulistana e que, apesar de ser um programa que está sendo copiado no mundo inteiro e de nunca ter havido uma administração da capital paulista que logrou tal redução, o programa é criticado pela mídia por não ter conseguido redução de 100%.
Para Haddad, quando tiver oportunidade de ir à TV, no horário eleitoral, ano que vem, será capaz de fazer a população paulistana “refletir” e acredita que quando isso acontecer será quebrado o monopólio da informação.
O prefeito lembra que o julgamento do mensalão foi marcado, em 2012, para coincidir com as eleições municipais e que, apesar do forte antipetismo de São Paulo, foi possível dialogar com a população.
Haddad acha que a possibilidade de a cidade voltar às mãos da direita, com reversão de programas sociais e adoção de agenda conservadora, fará com que mesmo a oposição de esquerda se aglutine em torno de sua administração para evitar retrocessos na capital paulista.
Este blogueiro ficou surpreso com o nível de confiança do prefeito de São Paulo na possibilidade que tem de se reeleger e, sobretudo, com sua disposição para travar o debate político no ano que vem, pois esperava encontrar um Haddad combalido diante do massacre que o PT e suas administrações em todos os níveis vêm sofrendo.
Contudo, não se pode ignorar que Haddad é um grande debatedor. Fala extremamente bem, tem dados na ponta da língua e é um político extremamente carismático, apesar de iniciante.
Em fevereiro deste ano, em debate na Rádio Jovem Pan com o proto historiador Marco Antonio Villa, o prefeito saiu-se extremamente bem, como pode ser conferido no post Haddad ensina como o PT deve travar a guerra da comunicação.
Este blogueiro perguntou ao prefeito se pretende fazer sua campanha à reeleição na ofensiva contra seus críticos e a resposta foi positiva. Haddad está animado, pronto para o embate e, ao longo das duas horas em que se deixou entrevistar, demonstrou que tem recursos intelectuais e realizações a exibir. Quem o subestima certamente irá se surpreender.
http://www.blogdacidadania.com.br/2015/07/em-entrevista-a-blogueiros-haddad-mostra-como-o-pt-pode-reagir/

sábado, 13 de dezembro de 2014

AMERICANA ELEGEU SUCESSOR DE PREFEITO (DO PSDB!!!) CASSADO. E TAUBATÉ?

Tucano é cassado. Cadê a mídia?

Por Altamiro Borges

No domingo passado (7), o empresário Omar Najar (PMDB) venceu as eleições para a prefeitura de Americana, município com 226 mil habitantes no interior de São Paulo. A mídia chapa-branca, servil ao governador Geraldo Alckmin, deu pouca atenção para o pleito fora de época. O motivo é simples: o prefeito Diego De Nadai, do PSDB, foi cassado por graves denúncias de corrupção. Na sua seletividade, a chamada grande imprensa, sempre tão “neutra e imparcial”, prefere encobrir escândalos envolvendo caciques tucanos. As manchetes são garrafais apenas para os políticos de esquerda. Desta forma, a mídia hegemônica estimula na sociedade o ódio doentio, quase fascista, ao PT e ao chamado “lulopetismo”.

Durante várias semanas, a cidade de Americana ficou acéfala. Na ausência do prefeito, sacos de lixos se acumularam nas ruas, prontos-socorros ficaram fechados e a merenda não foi entregue nas escolas. A população sofreu e os protestos viraram rotina no município, a 127 quilômetros da capital paulista. Os jornalões e as emissoras de rádio e televisão, porém, não deram maior atenção a este sofrimento. O prefeito cassado sempre foi ligado ao governador Geraldo Alckmin. Sua cassação foi uma verdadeira novela, apesar das provas de irregularidades na prestação de contas da eleição de outubro de 2012. Desgastado, o PSDB preferiu não lançar candidato e, oportunista, apoiou o industrial eleito. Pobre Americana!

São inúmeros os casos de políticos tucanos cassados ou envolvidos em corrupção que não merecem as manchetes da mídia “imparcial”. Em abril passado, o governador Siqueira Campos, do Tocantins, renunciou ao cargo para escapar da cassação. Pesavam sobre o histórico chefão do PSDB várias denúncias de desvio de recursos do Estado. A renúncia foi uma manobra para garantir a candidatura de Eduardo Siqueira Campos, filho do tucano, ao governo estadual. Ele justificou a manobra alegando que a medida foi tomada “com o propósito de continuar servindo ao bravo povo tocantinense, respeitando as normas sobre inelegibilidade definidas pela Constituição Federal”. A mídia nunca fez alarde com este caso bizarro!

A seletividade é a regra. O deputado Carlos Alberto Lereia, do PSDB de Goiás, foi flagrado em negociações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. A Câmara Federal até cogitou sua cassação. Em abril passado, ele até foi suspenso e o caso sumiu do noticiário. Já o ex-governador e ex-senador Eduardo Azeredo, que inaugurou o esquema do “mensalão” com o publicitário Marcos Valério, renunciou ao mandato de deputado federal para evitar seu julgamento no STF. Na sequência, ele também desapareceu da mídia – que sempre tratou o escândalo de “mensalão mineiro” – e não tucano. Cadê o tal “jornalismo investigativo” da grande imprensa? Cadê as suas famosas campanhas moralistas de linchamento público?

E tem gente que acredita que Globo, Folha, Estadão e Veja ainda farão uma investigação isenta sobre o “trensalão tucano” em São Paulo ou sobre o “aecioporto” em Minas Gerais. A mídia hegemônica nunca investigou a fundo as denúncias de corrupção no processo da privataria – até porque ela sempre defendeu a privatização das estatais. Ela também evitou dar continuidade às apurações sobre a compra de votos na reeleição de FHC – que sempre foi seu protegido. A escandalização da política, com suas manchetes garrafais e diárias, servem apenas para atacar os que não rezam da sua cartilha. Não há qualquer imparcialidade ou isenção no jornalismo. A mídia tem dono e defende sua classe!

http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/12/tucano-e-cassado-cade-midia.html#more

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

PSDB BOICOTA CPI DA ASSEMBLÉIA CONTRA ROUBOS DOS ORTIZES! CADÊ OS "ÉTICOS"????????

Deputados governistas esvaziam CPI da FDE

Plenário da Assembleia Legislativa, em São Paulo. Foto: Arquivo/OVALE
Plenário da Assembleia Legislativa, em São Paulo. Foto: Arquivo/OVALE
Comissão aberta no final de outubro deverá apurar supostas irregularidades na gestão do ex-prefeito José Bernardo Ortiz na fundação, entre 2011 e 2013
Julio Codazzi
TaubatéA bancada do PT na Assembleia Legislativa acusa a base aliada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB) de tentar impedir o andamento da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) aberta para apurar denúncias de irregularidade na FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação).
Após dois anos de espera, a CPI foi instaurada no dia 27 de outubro para investigar supostas irregularidades na gestão do ex-prefeito de Taubaté, José Bernardo Ortiz (PSDB), que presidiu a entidade de janeiro de 2011 a março de 2013.
Entre as irregularidades, estaria a suposta fraude de licitações para beneficiar a campanha de 2012 do prefeito Ortiz Junior (PSDB). Essa denúncia resultou na cassação do mandato do tucano --ele aguarda recurso no cargo.

Manobra. Estava prevista para ontem uma reunião em que seriam definidos o presidente e o relator da CPI, mas novamente não houve quórum-- assim como na primeira tentativa, no dia 6 de novembro, apenas os dois deputados do PT e o do PV estiveram presentes.
Ausentes, dois do PSDB e outros quatro de partidos da base aliada, que sequer enviaram seus substitutos.
A estratégia governista de retardar o andamento da CPI tem uma explicação: a Comissão terá que ser finalizada até o dia 14 de março de 2015, quando termina a atual legislatura.
Como a Assembleia ficará de recesso entre o fim de dezembro e o dia 2 de fevereiro de 2015, a oposição terá pouco tempo para apurar a denúncia.
“Não há nenhum interesse do governo em apurar a denúncia”, criticou o deputado Ênio Tatto (PT). A base governista não comentou as declarações da oposição ontem. 

Saiba mais
Origem
O pedido de abertura da CPI é datado de 2012 e tem base na mesma denúncia que levou à cassação do mandato de Ortiz Junior pelas duas primeiras instâncias da Justiça Eleitoral

Denúncia
Segundo o MP, Bernardo e Junior facilitaram a atuação de um cartel de empresas para fraudar licitações da FDE. Em troca, os tucanos receberiam 5% do valor de cada contrato. A propina serviria para financiar a campanha de 2012

Uso político
Além disso, Bernardo teria ‘inchado’ em 25% o quadro de não-concursados da FDE para o apadrinhamento de aliados e doado bens da Fundação para entidades de Taubaté em troca de apoio para a campanha do filho em 2012

Prazo
Aberta no dia 27 de outubro, a CPI terá que encerrar a apuração até 14 de março de 2015
http://www.ovale.com.br/deputados-governistas-esvaziam-cpi-da-fde-1.573147

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

CASSADO POR CORRUPÇÃO, PREFEITO DO PSDB ESPERNEIA EM TAUBATÉ

Ortiz Junior tenta convencer juízes do TRE a reverem votos



Segundo defesa do tucano, falhas no processo induziram Corte a erro; prefeito vai aguardar análise de recurso no cargo
Julio Codazzi
Taubaté
O prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), tenta reverter já no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a decisão da própria Corte do Tribunal que manteve a cassação do seu mandato por abuso de poder econômico e político na campanha eleitoral de 2012.
A manobra é pleiteada nos recursos enviados pela defesa do tucano ao TRE, que já lhe garantiram a permanência no cargo até a análise de todas essas apelações.
O recurso, chamado de embargos de declaração, recebeu o pedido de efeitos infringentes. Ou seja, ao questionar pontos do acórdão do TRE, Ortiz pede que, ao serem informados das supostas falhas na decisão, os juízes reconsiderem os seus votos--o tucano foi derrotado por 4 a 2 no julgamento.
O VALE apurou, no entanto, que a chance da tentativa prosperar é mínima.
Alegações. O pedido de Ortiz está alicerçado em três supostos erros que teriam levado os juízes a concluírem pela manutenção da cassação.
Um deles é o fato do relator do processo no Tribunal, o juiz Roberto Maia, ter afirmado em seu voto que Claudio Falótico, que era diretor administrativo da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), tenha sido ouvido como testemunha de defesa, e não do Ministério Público.
Em seu voto, Maia cita que Falótico reconheceu que Ortiz atuava na FDE mesmo sem ter cargo, mas disse ter negado o pedido do lobista Djalma Santos para interferir em uma licitação da Fundação.
“A própria testemunha da acusação desqualifica o depoimento da acusação feita pelo Ministério Público, isso é importante”, alegou o prefeito.
Outro ponto é o fato do juiz Silmar Fernandes ter citado a ex-chefe de gabinete da FDE Gladiwa Ribeiro como testemunha, quando na verdade ela foi ouvida pela Justiça na situação de informante.
Fernandes cita em seu voto que Gladiwa confirmou a atuação ilegal de Junior na FDE e a anuência de seu pai, o ex-prefeito José Bernardo Ortiz (PSDB), que presidia a Fundação.
“Ela foi ouvida como informante, porque ela não tinha a imparcialidade necessária, e isso foi reconhecido pela justiça de Taubaté”, disse o prefeito.
A defesa do tucano também contesta uma suposta omissão no acórdão em relação ao argumento de que as provas colhidas pelo MP seriam nulas.
Análise. Os dois embargos de declaração protocolados, um em nome de Bernardo e Junior e o outro da coligação, devem ser julgados de forma conjunta, em uma mesma sessão.
Ainda não foi marcada uma data para que a Corte do TRE analise os recursos da defesa dos tucanos.

Reformas de decisões são raras
Taubaté
Para advogados especializados em direito eleitoral consultados ontem por O VALE, são bastante raros os casos em que o TRE modificou decisões tomadas pela própria Corte após a interposição de embargos de declaração com efeitos infringentes.
Na grande maioria dos casos, a Corte rejeita os pedidos por entender que tratam-se de tentativas de julgar novamente o mesmo caso e de adiar a decisão final do processo.

Resignação. Ortiz Junior nega que a intenção seja protelar o caso e diz que os embargos de declaração servirão para embasar o seu recurso ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília, instância máxima na esfera eleitoral.
“As decisões nesse caso são rápidas, não demoram muito, e normalmente o tribunal não acolhe os embargos de efeito infringente. Mas há exceções em que, em razão da flagrante divergência, do flagrante equívoco, é até possível que se obtenha uma decisão favorável”, disse o tucano.
http://www.ovale.com.br/ortiz-junior-tenta-convencer-juizes-do-tre-a-reverem-votos-1.572952

terça-feira, 4 de novembro de 2014

FINALMENTE, TRE FAZ JUSTIÇA E CASSA PREFEITO TUCANO POR CORRUPÇÃO!

4 A 2: TRE-SP CASSA ORTIZ JUNIOR

Acabou, pelo menos no TRE: Ortiz Junior  (PSDB) não é mais prefeito de Taubaté, Edson Aparecido de Oliveira (PTB) não é mais vice-prefeito e José Bernardo Ortiz (PSDB), está inelegível por oito anos.

Ortiz Jr entra para a história de Taubaté como
o primeiro prefeito juridicamente cassado
no exercício do cargo
A decisão foi tomada há poucos minutos. O juiz Silmar Fernandes votou pela cassação de Ortiz Junior e contra a nulidade do processo pedida pelo tucano. A juíza federal Diva Malerbi e o juiz-relator do recurso eleitoral 587-38, Roberto Maia Filho também rejeitaram a tese de nulidade do processo.

O desembargador Davienne Ferraz, vice-presidente do TRE-SP, votou pela absolvição de Ortiz Junior. O desembargador Antonio Carlos Mathias Coltro, presidente, não precisou votar.

Ortiz Junior entra para a história de Taubaté como o primeiro prefeito juridicamente cassado no exercício do cargo.

Votaram pela cassação: Roberto Maia Filho, Diva Malerbi, Luiz Guilherme da Costa Wagner (foi seu último voto como juiz do TRE-SP) e Silmar Fernandes.

Votaram pela absolvição: Alberto Zacharias Toron e Mário Davienne Ferraz.

Agora, o prefeito cassado Ortiz Junior tenta, no TSE, manter-se no cargo e, quem sabe, anular o processo.

A primeira parte do campeonato terminou. O jogo final será disputado em Brasília, em data a ser definida, a partir da entrada do recurso eleitoral que os advogados de Ortiz Junior interpuserem.
http://www.iranilima.com/2014/11/4-2-tre-sp-cassa-ortiz-junior.html

sábado, 27 de setembro de 2014

JORNAL O VALE: TRE JULGA JUNINHO ORTIZ NO DIA 3

Tribunal retoma julgamento de Junior

O prefeito de Taubaté Ortiz Júnior. Foto: Rogério Marques
O prefeito de Taubaté Ortiz Júnior. Foto: Rogério Marques


A definição da data da retomada ocorreu ontem, depois que o desembargador Luiz Guilherme da Costa Wagner Junior, o segundo a pedir vista, concluiu a sua análise
Julio Codazzi
Taubaté
O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo marcou para o dia 3 de outubro, próxima sexta-feira, antevéspera da eleição, a retomada do julgamento do recurso em que o prefeito de Taubaté, Ortiz Junior (PSDB), tenta reformar a decisão que cassou o seu mandato.
Iniciado no dia 31 de julho, o julgamento foi suspenso depois que dois juízes afirmaram ter dúvidas sobre um ponto do processo e pediram vista dos autos.
A definição da data da retomada ocorreu ontem, depois que o desembargador Luiz Guilherme da Costa Wagner Junior, o segundo a pedir vista, concluiu a sua análise.
O primeiro juiz a pedir vista, Alberto Zacharias Toron, já havia concluído sua análise dia 12 de setembro.
Os dois desembargadores já emitiram, inclusive, os seus votos. O teor, porém, só será revelado dia 3 de outubro.

Risco. Antes da suspensão, dois juízes já haviam votado. Ambos opinaram pela manutenção da cassação dos mandatos de Ortiz e de seu vice, Edson Oliveira (PTB), e pela declaração de inelegibilidade do pai do prefeito, o ex-prefeito José Bernardo Ortiz --a Justiça Eleitoral de Taubaté só aplicou essa punição a Junior.
Durante seu voto, o relator do processo, o juiz Roberto Maia Filho, alegou que ficou comprovada a denúncia do Ministério Público, que acusa Ortiz Junior e seu pai, o ex-prefeito José Bernardo Ortiz, de facilitar a atuação de um cartel de empresas em pregões da FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), entidade ligada ao governo estadual e que foi presidida por Bernardo entre 2011 e 2013.
Segundo a Promotoria, em troca, o atual prefeito recebeu 5% do valor de cada contrato. Todo dinheiro teria sido usado para financiar sua campanha.
Ortiz e Bernardo negam as acusações e dizem que não há provas contra eles.
http://www.ovale.com.br/tribunal-retoma-julgamento-de-junior-1.560984

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

IRANI LIMA CONFIRMA O JULGAMENTO DE JUNINHO ORTIZ, NA QUINTA-FEIRA. FIM DA NOVELA?

CAIXÃO DE ORTIZ JR PODE SER
FECHADO NA PRÓXIMA 5ª FEIRA

O Tribunal Regional Eleitoral completa o julgamento do recurso de Ortiz Junior na próxima quinta-feira. A decisão foi publicada no final da tarde desta sexta-feira (26), às 16h11.

FASE ATUAL:

26/09/2014 16:11-RE nº 587-38.2012.6.26.0141 incluído na Pauta de Julgamento nº 125/2014 . Julgamento em 03/10/2014.

Juiz-relator Roberto Maia Filho vota pela cassação de
Ortiz Jr, Edson Aparecido e inelegibilidade de Bernardo
O julgamento do recurso eleitoral58738 foi iniciado no dia 31 de julho. O relator, juiz Roberto Maia Filho, confirmou a cassação do prefeito Ortiz Junior e de seu vice Edson Aparecido de Oliveira, além de tornar o velho caudilho Bernardo Ortiz inelegível.

O juiz Alberto Zacharias Toron, nomeado para ocupar o cargo em abril deste ano, pediu vista e o julgamento foi suspenso. Foi acompanhado por seu colega L. G. Costa Wagner. Ortiz Junior ganha uma sobrevida de 56 dias no cargo, do qual pode ser defenestrado na próxima quinta-feira.

Advogado faz sustentação oral em defesa de Ortiz Jr
Todas as medidas protelatórias apresentadas pela defesa de Ortiz Junior foram acatadas pelo juiz-relator Roberto Maia Filho. Ortiz Junior, se cassado, não poderá jamais alegar cerceamento de defesa.

Seus advogados apelaram de todas as formas: fizeram sustentação oral em defesa do tucano e anexam um documento do Tribunal de Justiça na véspera do julgamento, no final do expediente do TRE, tornando difícil uma decisão à respeito, obrigando dois juízes a pedirem vistas apenas para obter o adiamento do julgamento.

A juíza federal Diva Malerbi votou acompanhando o juiz-relator Roberto Maia. Os juízes Alberto Toron e L. G. Costa Wagner deram seus votos por escrito e, ao que tudo indica, ambos também pedem a cassação de Ortiz Junior e de seu vice Edson Aparecido de Oliveira.

Faltam os votos do vice-presidente do TRE, desembargador Mário Davienne Ferraz e do juiz Silmar Fernandes. O presidente do TRE, desembargador Antônio Carlos Mathias Coltro, só vota em caso de empate.

Os dias de Ortiz Junior como prefeito de Taubaté e de Edson Aparecido de Oliveira como vice estão contados. É melhor o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Peixoto, começar a arrumar as malas e trocar a Casa Dr. Pedro Costa pelo Palácio do Bom Conselho.
http://www.iranilima.com/2014/09/caixao-de-ortiz-jr-pode-ser-fechado-na.html

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO NO GOVERNO ALCKMIN EMPACA NO TRE-SP


Antonio Barbosa Filho (*)


O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo suspendeu por tempo indeterminado o julgamento dos recursos do prefeito de Taubaté e de seu pai, Bernardo Ortiz Júnior e José Bernardo Ortiz, respectivamente, contra a cassação do prefeito e a suspensão dos direitos políticos do seu pai.  Júnior teria montado um esquema de corrupção e fraude em licitações na FDE - Fundação para o Desenvolvimento da Educação, presidida por Bernardo entre 2011 e 2013.
O órgão é o mais importante da Secretaria da Educação do Estado, com orçamento de mais de 3 bilhões, e responde pela construção, manutenção e reformas de todas as unidades da rede escolar pública, bem como pela compra de materiais e equipamentos e até por “gerenciar os sistemas de avaliação de rendimento escolar”. Os Ortiz são muito ligados ao governador Geraldo Alckmin, político de Pindamonhangaba, cidade vizinha a Taubaté, onde o governador formou-se em Medicina.
O prefeito foi cassado há cerca de um ano pela juíza eleitoral de Taubaté, Sueli Zeraik de Oliveira Armani, num processo que levou mais de oito meses, embora instruções do STE (Superior Tribunal Eleitoral) considerem tais procedimentos “prioritários”. A magistrada cassou o prefeito e seu vice, Edson Aparecido de Oliveira, mas isentou o pai de cumplicidade. O procurador-eleitoral do Estado, Paulo Thadeu Gomes da Silva, pediu que o TRE não acolha os recursos e inclua na sentença o pai do réu principal, alegando que “o ex-presidente tinha ampla ciência de tudo o que se passava na FDE no que tange às irregularidades na licitação” e que “a sua conivência e concordância são suficientes para que se determine sua responsabilização”.
O julgamento havia sido adiado do dia 29 para 31 passados porque o juiz-relator, Roberto Maia Filho, não compareceu à primeira sessão alegando doença. Mas no dia 31, apresentou um relatório considerado “arrasador”, condenando todos os réus - prefeito, seu pai e o vice. A votação estava em dois a zero pela condenação quando os juízes Costa Wagner e Alberto Toron pediram vistas do processo, adiando a decisão para data indefinida.


ESCÂNDALO DE 35 MILHÕES
O caso que levou à cassação do prefeito e vice tucanos de Taubaté (cidade de 300 mil habitantes no Vale do Paraíba paulista) refere-se à uma licitação para aquisição de mochilas escolares para serem distribuídas aos alunos da rede estadual, em 2011.
Na denúncia inicial, o promotor eleitoral de Taubaté, Antonio Carlos Ozório Nunes, afirmava que tão logo foi nomeado por Alckmin para a  presidência da FDE, em 21 de janeiro de 2011, José Bernardo Ortiz “permitiu que nela se instalasse um poder paralelo, um ‘esquema’ organizado e comandado por seu filho”. Júnior, embora não pertencesse aos quadros do Estado, indicou nomes de sua confiança para posições-chave na estrutura do órgão, como o diretor de Administração e Finanças, Cláudio Falótico. Ambos, segundo a denúncia “fizeram da FDE um escritório político ‘particular’, um balcão de negócios para arrecadar dinheiro para a sua milionária campanha a prefeito de Taubaté”. O filho do presidente fazia reuniões com empresários na própria sala da Presidência, na Sala dos Retratos, frequentava diretorias, tinha vista de processos, contratos, editais de licitações e dados das empresas operantes na FDE. Recebia apoio de seu irmão Diego, que igualmente tinha acesso irrestrito à instituição, tendo inclusive fotografado processos e editais de licitação, segundo o MPE..
Com amplos poderes na repartição comandada por seu pai, Júnior aproximou-se do empresário Djalma Santos, então diretor comercial da empresa Diana Paolucci, fornecedora de materiais para Prefeituras e governos de Estados, mas que nunca havia vendido nada à FDE. O futuro candidato a prefeito propôs abrir as portas da FDE à Diana e outras empresas que Djalma pudesse contatar, mediante uma comissão de 10%  sobre as vendas ao Estado. Ele disse ao empresário que precisaria de sete a oito milhões para investir em sua campanha a prefeito em 2012.
Júnior foi levado por Djalma a vários encontros com empresários interessados em fornecer à FDE, um deles no restaurante 14 Bis, no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com representantes de duas empresas. Ali decidiram detalhes dos editais a serem publicados para a compra de materiais, incluindo neles “itens de dificílimo acesso no mercado, como kits geométricos reciclados e caderno com folhas recicladas”, de forma a direcionar o edital para as empresas integrantes do cartel que se formava.
Ortiz Júnior pediu 10% de comissão, mas os empresários aceitaram dar-lhe apenas 5%. Posteriormente, Júnior ofereceu uma parceria à Diana Paolucci mediante os 10%, o que acabou sendo aceito já que a empresa jamais vencera alguma licitação para o gigantesco mercado da FDE, e ainda contava fornecer para a Prefeitura de Taubaté depois da pretendida vitória. (Ao final deste caso, Júnior recebeu 5%  de um contrato de 35 milhões de reais).
Djalma Santos, o parceiro de Ortiz Júnior em toda a operação, entrou em conflito com um dos proprietários da Diana, meses depois, e decidiu denunciar os fatos dos quais havia participado. Para provar sua denúncia, informou o MP que pagou um adiantamento da comissão a Ortiz Júnior, no valor de 100 mil reais, sendo duas parcelas de 33 mil em dinheiro, e um cheque de 34 mil, do Citibank, que foi descontado pelo coordenador de Marketing da campanha eleitoral de Júnior, Marcelo Tadeu R. Pimentel. Este cheque tornou-se uma prova importante, já que Júnior não jamais conseguiu provar a origem daquele valor.


MOCHILAS DE OURO
O Pregão Eletrônico de Registro de Preços número 36/00496/11/05 foi preparado de maneira que a empresa Capricórnio S/A fosse a vencedora e a Diana e a Mercosul forneceriam o material à primeira. Houve três lotes de compras, sendo que a Capricórnio venceu os dois primeiros e a empresa Brink Mobil venceu o terceiro, esta última sem participar do esquema de propinas.
Nos dois primeiros lotes, cada mochila custou ao Estado, em média, R$ 9,50; no lote 3, sem a comissão de Júnior e parceiros, cada uma custou, em média R$ 6,50. Ou seja, os cofres públicos pagaram cerca de 43%  a mais pelas mochilas.
O advogado de Djalma Santos, José Eduardo Bello Vicentin, registrou no 39o Cartório de Registro Civil da capital, muito antes da licitação, documento afirmando que “haverá formação de cartel entre empresas do ramo para que os licitantes Capricórnio S/A, Brink Mobil Equipamentos Educacionais Ltda. e Diana Paolucci Indústria e Comércio se sagrem vencedores, dividindo de alguma forma os três lotes do certame”.
Em seguida, Vicentin compareceu à FDE e conversou pessoalmente com o presidente Bernardo Ortiz, dizendo-lhe que seu filho Júnior estava por trás do esquema e que, por alguma razão, não estava cumprindo ou querendo cumprir o prometido à Djalma. Entregou uma petição pedindo investigação, nas mãos da chefe de Gabinete de Ortiz, Gladiwa Ribeiro. Assim que o advogado saiu de sua sala, Ortiz determinou à assessora: “Engavete isso!”.
Djalma começou a procurar a imprensa, mas não encontrou receptividade à sua denúncia que envolve importante órgão do Governo Geraldo Alckmin, sempre protegido pela mídia paulista e nacional. Finalmente, a revista IstoÉ publicou ampla reportagem a respeito, o que deslanchou as investigações em curso. São várias Ações Civis de Improbidade Administrativa, como uma que afirma que “o demandado José Bernardo Ortiz, em verdade, integrou e facilitou a atuação de uma quadrilha de ladravazes dentro da FDE, visando a obtenção de quantias ilícitas em licitações em favor de seu filho José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior”.
Os dois Ortiz são objeto ainda de investigações que tramintam na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, e no Grupo Especial de Combate aos Delitos Econômicos (GEDEC). Bernardo acabou afastado pelo Judiciário da presidência da FDE e, depois de alguns meses em que continuou recebendo seus vencimentos, foi demitido pelo governador Alckmin, aparentemente convencido da culpa de seu amigo e correligionário. A 14a Vara da Fazenda Pública de São Paulo bloqueou os bens de pai e filho, que já tentaram liberá-los junto ao Tribunal de Justiça do Estado, duas vezes, sem êxito.


FDE EM CAMPANHA
Além de captar milhões de reais através de comissões nas compras de materiais e equipamentos, o esquema de Ortiz Júnior colocou a FDE para participar ativamente de sua campanha para prefeito de Taubaté.
Assim, usou empresas de mão-de-obra terceirizadas que prestam serviço ao órgão estatal, enviando-lhes currículos de pessoas que deveriam ser contratadas - seus cabos eleitorais em Taubaté ou militantes do PSDB em outras regiões do estado, às centenas. Tais contratações eram feitas desprezando-se as listas de aprovados em concursos públicos anteriormente, e isso gerou várias denúncias de pessoas prejudicadas, que esperavam há tempos a nomeação a que tinham direito.
Por indicação do filho, Bernardo Ortiz contratou, por exemplo, a filha do presidente estadual do PP, Fernanda Ribeiro, com o que selou-se o apoio daquela partido à sua candidatura, em coligação. Um funcionário citado apenas como “Adriano” era funcionário da FDE, mas fazia campanha para Júnior na zona rural de Taubaté. E a FDE doou vários materiais e equipamentos “inservíveis” para entidades sociais da cidade, configurando a típica compra de votos.
Quando fez uma doação à “Casa Mulher e Vida”, entidade que cuida de mulheres portadoras do HIV, Bernardo Ortiz foi advertido por sua chefe de Gabinete, Gladiwa Ribeiro, de que a entidade respondia a processos por desvio de verbas. Ortiz respondeu-lhe: “Mulheres com Aids também são eleitoras”...
A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Taubaté, recebeu 11 mesas, seis armários, 20 computadores, duas impressoras e 40 cadeiras. As mesas e cadeiras eram novas, e tudo deixou os depósitos da FDE sem cumprimento das normas internas para doações de “inservíveis”.
Este é o caso que a mídia paulista esconde há anos, por envolver pessoas muito próximas ao governador Geraldo Alckmin, que atuaram criminosamente no setor vital da Educação.
Agora tudo está nas mãos dos juízes Costa Wagner e Alberto Toron, que conseguiram adiar por mais algum tempo a cassação definitiva (caberá recurso ao STE, mas os réus terão que deixar os cargos de imediato) de dois e a punição de mais um tucanos de alta plumagem. Uma cidade de 300 mil habitantes vive uma péssima administração, já que o prefeito-cassado passa todo o tempo defendendo-se nos tribunais e fugindo de oficiais de Justiça, enquanto o Judiciário, como sempre ocorre com réus do PSDB, trabalha numa lentidão que indigna as pessoas honestas.


(*) Antonio Barbosa Filho é jornalista e escritor.