As eleições deste final de mês devem ocorrer um clima de instabilidade, já que as forças de oposição alijadas do processo possuem grupos radicais que tem praticado atentados que já custaram cerca de 300 mortes, muitas delas de policiais e funcionários do governo ditatorial. Em represália, juízes ligados ao regime militar tem decretado muitas sentenças de morte, como a que atinge o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie e 652 de seus seguidores. Antes, outra sentença do mesmo juiz condenou à morte mais de 300 muçulmanos ligados ou simpatizantes do ex-presidente Mursi.
terça-feira, 13 de maio de 2014
DITADURA MILITAR DO EGITO PREPARA FALSAS ELEIÇÕES
As eleições deste final de mês devem ocorrer um clima de instabilidade, já que as forças de oposição alijadas do processo possuem grupos radicais que tem praticado atentados que já custaram cerca de 300 mortes, muitas delas de policiais e funcionários do governo ditatorial. Em represália, juízes ligados ao regime militar tem decretado muitas sentenças de morte, como a que atinge o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie e 652 de seus seguidores. Antes, outra sentença do mesmo juiz condenou à morte mais de 300 muçulmanos ligados ou simpatizantes do ex-presidente Mursi.
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
O FIM DA DITADURA NO EGITO
A insustentável leveza das ditaduras
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
AGENTES DE MUBARAK AGRIDEM JORNALISTAS
DO ENVIADO AO CAIRO
Simpatizantes do ditador Hosni Mubarak espalharam pânico no centro do Cairo e apertaram ontem o cerco contra jornalistas estrangeiros, gerando temores de que um grande protesto oposicionista previsto para hoje termine em mais sangue.
O clima de calma e o silêncio que se instalaram ao amanhecer eram mera aparência: militantes pró-Mubarak hostis a estrangeiros circulavam do lado da calçada do hotel para intimidar jornalistas.
A Folha testemunhou uma equipe da rede britânica BBC correndo de manifestantes, que acabaram alcançando os jornalistas a poucos metros do hotel. Máquinas fotográficas foram destruídas, e os repórteres foram levados aos empurrões para um lugar desconhecido.
Uma funcionária do hotel circulava pela calçada gritando frases religiosas em tom apocalíptico. Uma garrafa foi jogada contra a porta.
Dentro do saguão, funcionários confiscavam máquinas fotográficas e filmadoras e pressionavam todos a sair.
Acompanhada de outros jornalistas, a Folha deixou o local em um táxi que foi parado na primeira esquina.
Soldados revistaram o carro e confiscaram uma fita cassete na qual estava a entrevista com um membro da Irmandade Muçulmana, grupo oposicionista de orientação islâmica (leia texto sobre o assunto na página A14).
Instantes após a saída da Folha, o hotel foi atacado e invadido duas vezes. O Exército reagiu e levou os jornalistas a outro hotel.
Ocorreram ao menos 15 ataques a repórteres só ontem, de acordo com a ONG britânica Comitê para a Proteção dos Jornalistas.
Houve vítimas entre jornalistas brasileiros. Luiz Araujo, do jornal gaúcho "Zero Hora", foi agredido e teve o equipamento destruído. Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, foram detidos e obrigados a deixar o país.
Também há relatos de que foram presos integrantes das ONGs Human Rights Watch e Anistia Internacional. A ONU decidiu tirar cerca de 600 funcionários do país.
MUBARAK EXPULSA JORNALISTAS BRASILEIROS!
Esperneando nas suas últimas horas de poder, a ditadura de Hosni Mubarak perde todo o senso de realidade e comete atos de força totalmente estúpidos. Agora prende e expulsa dois jornalistas, como fez com profissionais de vários países. É o último espasmo do bando criminoso, derrotado pela Revolução Democrática do bravo Povo egípcio.
Ministério das Relações Exteriores
Assessoria de Imprensa do Gabinete
Nota à Imprensa nº 43
3 de fevereiro de 2011
Situação no Egito
O Governo brasileiro deplora os confrontos violentos associados aos últimos desdobramentos da crise no Egito, em particular os atos de hostilidade à imprensa reportados ontem e hoje.
O Governo brasileiro protesta contra a detenção dos jornalistas brasileiros Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, e manifesta a expectativa de que as autoridades egípcias tomem medidas para garantir as liberdades civis e a integridade física da população e dos estrangeiros presentes no país.
Ao reafirmar a solidariedade e amizade do Brasil ao povo egípcio, o Governo brasileiro espera que este momento de instabilidade seja superado com a maior rapidez possível em um contexto de aprimoramento institucional e democrático do Egito.
A Embaixada do Brasil no Cairo continuará prestando assistência a turistas e residentes brasileiros que se encontram no país.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
MUBARAK É DITADOR, MAS "GENTE NOSSA"
Do blog tomandonacuia.blogspot.com:
Egito: ditadura amiga vale para o PIG
MUI AMIGOS |
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
MENTIRAS SOBRE O EGITO
Pepe Escobar: Fúria, fúria, contra a contrarrevolução
MUBARAK É O PROBLEMA
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
FISK DESCREVE A LUTA NAS RUAS DO CAIRO
Pode ser o fim. Com certeza é o começo do fim. Em todo o Egito, dezenas de milhares de árabes enfrentaram gás lacrimogêneo, canhões de água, granadas e tiroteio para exigir o fim da ditadura de Hosni Mubarak depois de mais de 30 anos.
sábado, 29 de janeiro de 2011
SURPRESA NO EGITO?
Meu querido amigo Eduardo Guimarães, fundador do Movimento dos Sem-Mídia e dono de um dos melhores blogs brasileiros (endereço na coluna da direita), escreveu mais um belo texto, desta vêz sobre a manipulação que a mídia faz da revolta do povo egípcio contra o ditador Hosni Mubarak.
Fica parecendo que tudo acontece de repente, uma surpresa histórica, já que os brasileiros nada sabem sobre a opressão e a corrupção do homem que governa o país há 30 anos, sob lei marcial, e com total apoio dos Estados Unidos. Leiam este texto, inclusive a continuação dele no blog do Edú. Vocês vão gostar.
(Na foto, de Marianne Lemmen, um dos momentos mais agradáveis de minha vida: navegando sobre o Rio Nilo, entre Assuan - Aswan - e Luxor. Tempo maravilhoso, quente mas com uma brisa deliciosa, vendo o cenário milenar do rio sagrado e suas margens férteis, com o deserto ao fundo, nos dois lados. Sensação de Paz, como raras vezes senti.)
De repente, não mais do que de repente, os brasileiros descobriram um país chamado Egito, suas contradições e o sofrimento do seu povo, imposto por um regime ditatorial a que está submetido desde 1981, há exatos 30 anos, por obra e graça do ditador Mohamed Hosni Mubarak, quem, durante esse tempo todo, só disputou eleições consigo mesmo.
Apesar de ser um dos berços da civilização humana, porém, até há pouco nada sabíamos sobre o país além de que tem pirâmides, esfinges e do que nos informou Hollywood no decorrer da vida com seus filmes bobalhões sobre múmias egípcias que ressuscitam para nos aterrorizar ou com aquelas versões pasteurizadas sobre a saga de Cleopatra, a Rainha do Nilo.
Somos mantidos na ignorância pela mídia ideológica que controla as comunicações e até a própria cultura, no Brasil. Por isso, temos conhecimentos seletivos e limitados sobre a geopolítica mundial.
Sobre um país como Irã, no entanto, onde as eleições, ainda que pouco transparentes, pelo menos têm candidatos de oposição, supostamente sabemos muito, mas o que sabemos são informações filtradas que nos dão só o lado oposicionista da história por lá.
Só poderia ser assim mesmo, porque o Egito, à diferença do Irã, é uma daquelas ditaduras “do bem” que os Estados Unidos e a mídia “brasileira” poupam de críticas porque se submetem aos interesses geopolíticos, comerciais e estratégico-militares dos americanos.
Então, de repente, com a verdadeira avalanche de imagens que se abateu sobre o mundo dando conta da repressão que o ditador egípcio desencadeou sobre um povo aparentemente disposto a não aceitar mais viver sob seu regime de força, a mídia serviçal dos EUA teve que expor uma de suas ditaduras de estimação, contra a qual não costuma dizer um A.