Mostrando postagens com marcador Oriente Médio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Oriente Médio. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 25 de julho de 2014

BRASIL CONDENA MASSACRE DE PALESTINOS, E QUER CESSAR-FOGO DOS DOIS LADOS

quinta-feira, 15 de maio de 2014

PAPA CONDENA USO DE DRONES (EUA MATARAM MAIS DE 4.000 COM ROBÔS)

Representante da Santa Sé na ONU diz não à utilização de drones e robôs nas guerrasImprimir

2014-05-14 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - O observador permanente da Santa Sé no escritório das Nações Unidas em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, afirmou que numa guerra não se pode delegar a responsabilidade humana a um robô. O arcebispo fez um pronunciamento no escritório da ONU na cidade helvécia sobre a utilização de armas letais autônomas. Em particular, o observador vaticano denunciou a utilização de "drones (veículo aéreo não tripulado). A Rádio Vaticano pediu a Dom Tomasi que nos destacasse sobre as passagens candentes de seu pronunciamento:
Dom Silvano Maria Tomasi:- "O princípio fundamental, o ponto chave em toda essa situação, é que não se pode delegar às maquias uma decisão que diz respeito à vida e à morte de seres humanos: é preciso que o elemento racional e a capacidade de juízo moral permaneça sempre presente quando se trata da vida de outras pessoas. Evidentemente, por sua natureza, estes instrumentos – estas armas tecnologicamente sofisticadas, mas completamente autônomas – não têm essa capacidade. E mesmo supondo que se conseguisse desenvolver uma espécie de inteligência artificial, jamais conseguiria ter a possibilidade e a capacidade de examinar as situações e, portanto, de elaborar um verdadeiro juízo ético."
RV: Os drones têm sido muito utilizados nestes últimos anos, sobretudo por parte dos EUA, mas não somente. A posição da Santa Sé é muito clara também sobre essa questão. No ano passado o senhor fez um pronunciamento a esse respeito...
Dom Silvano Maria Tomasi:- "A Santa Sé leva adiante um linha coerente. A questão dos drones é paralela à das armas completamente autônomas. O ponto da questão permanece sendo a presença de um juízo moral que somente a pessoa humana pode ter nas circunstâncias em que se depara, e isso é ainda mais necessário quando se trata da vida e da morte de seres humanos. Essa é a preocupação fundamental. Além disso, existem outras considerações que devemos fazer, como, por exemplo, que a proliferação deste tipo de armamentos pode verdadeiramente levar a uma nova corrida armamentista internacional para dotar-se de armas sofisticadas como esses robôs assassinos, e, sobretudo, ao surgimento de uma competição que não ajuda para as relações entre países, que produz simplesmente desperdício de recursos que, ao invés, poderiam ser utilizados para as exigências sociais, a saúde, a educação, o combate à pobreza, e não em instrumentos letais." (RL)
http://www.news.va/pt/news/representante-da-santa-se-na-onu-diz-nao-a-utiliza

terça-feira, 13 de maio de 2014

DITADURA MILITAR DO EGITO PREPARA FALSAS ELEIÇÕES

Em Luxor, no Egito, defronte a uma estátua do deus Horus.

DELFT (Países-Baixos) - Em visita à Espanha para denunciar o que chama de "governo dos traidores", o ex-ministro do Investimento do Egito, Yahia Hamed afirmou que seu país "não é um país que possui um Exército, mas um Exército que possui um país". O Egito terá eleições presidenciais nos próximos dias 26 e 27, mas devido à repressão e banimento políticos das principais forças políticas, é certa e vitória do ex-ministro da Defesa e marechal da reserva Abdel Fatah al Sisi. 
O Egito de hoje é uma ditadura militar, resultante de um golpe que derrubou o primeiro presidente eleito em eleições limpas, Mohamed Mursi, do partido Irmandade Muçulmana. A eleição de Mursi desagradou aos Estados Unidos, que não admitem um governo muçulmano num país estratégico como o Egito, mesmo tendo ele 80% de sua população muçulmana. Yahia pertence ao partido Liberdade e Justiça, também muçulmano.

Yahia Hamed, ex-ministro egípcio.

Mursi encontra-se preso e seu ex-ministro afirma temer por sua vida, pois o militares já mostraram não ter limites na perseguição a qualquer força de oposição. Com o apoio de tribunais amedrontados, colocaram na ilegalidade não apenas a Irmandade Muçulmana (classificada em dezembro passado como "organização terrorista") mas também o Partido Nacional Democrático, do antigo ditador Hosni Mubarak e até o movimento juvenil 6 de Abril, que teve papel central na derrubada deste último. 
O candidato da ditadura, al-Sisi, terá apenas um adversário, Hamdin Sabbaki, um progressista de 59 anos que ficou em terceiro lugar na última eleição, quando Mursi foi o vencedor. Sabbaki tem ideologia nasserista (de Gamal Abdel Nasser - 1958-1970) ou seja, nacionalista árabe, e é apoiado por grupos laicos e esquerdistas.
As eleições deste final de mês devem ocorrer um clima de instabilidade, já que as forças de oposição alijadas do processo possuem grupos radicais que tem praticado atentados que já custaram cerca de 300 mortes, muitas delas de policiais e funcionários do governo ditatorial. Em represália, juízes ligados ao regime militar tem decretado muitas sentenças de morte, como a que atinge o guia supremo da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie e 652 de seus seguidores. Antes, outra sentença do mesmo juiz condenou à morte mais de 300 muçulmanos ligados ou simpatizantes do ex-presidente Mursi.

segunda-feira, 14 de março de 2011

ENTREVISTA DE LULA A BBC BRASIL

Leia abaixo a entrevista do ex-presidente Lula à BBC Brasil.
BBC Brasil - Qual a sensação de, depois de dois mandatos, deixar o governo com mais de 85% de aprovação?
Luiz Inácio Lula da Silva - É uma sensação de dever cumprido. Quando eu disputei (as eleições para) o primeiro e o segundo mandato, nós tínhamos traçado o objetivo de construir um Brasil diferente, com inclusão social, distribuição de renda, geração de empregos. Da volta do desenvolvimento do Brasil. E também tínhamos estabelecido a ideia de fazer com que o Brasil tivesse uma inserção no mundo mais importante. E nós atingimos o objetivo. Nós superamos as expectativas até de gente nossa. Eu sinto hoje o prazer de ter valido a pena ter perdido três eleições, de ter tido paciência e de ter esperado para ganhar as eleições e provar que nós éramos capazes de fazer mais do que aqueles que tinham governado antes de nós. E também o prazer de saber que a presidente Dilma Rousseff pegou um país muito mais estruturado, com muito mais investimento no setor produtivo, muito mais possibilidade de avançar do que eu peguei. Estou feliz de estar nessa nova função de ex-presidente.
BBC Brasil - Há alguma coisa que o senhor gostaria de ter resolvido no Brasil em seus dois mandatos como presidente e que não conseguiu?
Lula - Deve ter muita coisa. Tem muita coisa que começamos e que não terminamos, que vai terminar agora. Agora temos uma preocupação extraordinária: vamos ter a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos no Rio em 2016. Sempre há pessimistas que dizem que vai ter problema. Nós não teremos problemas com aeroportos, com segurança. Eu sou muito otimista. Se você me perguntasse: "o que falta fazer no Brasil?", eu diria: "muita coisa". Certamente vamos descobrindo ao longo do tempo. O tempo vai se encarregar de dizer, e nossos adversários também vão descobrir. Agora vamos torcer para que a companheira Dilma faça tudo aquilo que falta fazer.
BBC Brasil - E qual é a sua avaliação desses quase 100 dias de governo Dilma?
Lula - Posso te dizer que foram muito mais tranquilos do que os meus primeiros 100 dias. Porque a Dilma hoje praticamente não tem problemas. Ela tem, coordenado por ela mesma, a contratação de 1 milhão de casas do programa Minha Casa, Minha Vida número 1, e agora começa a contratar 2 milhões de casas para o programa número 2. Ela tem praticamente R$ 995 bilhões de investimentos no PAC 2, ela tem, só da Petrobras, US$ 224 bilhões em investimentos até 2014, uma quantidade enorme de coisas para inaugurar, 46 escolas técnicas que estão em fase de término. Já deu um aumento para o Bolsa Família, que foi uma coisa importantíssima. Está trabalhando em um projeto para acabar definitivamente com a miséria no Brasil. Não houve nenhuma grande realização nesses 100 primeiros dias de governo, porque não é possível ter. Um filho leva nove meses para ser gerado, você imagina uma grande obra? Mas ela tem o Brasil na cabeça, tem os projetos prontos. Eu acho que a Dilma vai fazer um governo excepcional para o Brasil.
BBC Brasil - E como é atualmente a relação do senhor com a presidente? Vocês mantêm contato frequente?
Lula - Mantemos, conversamos sempre. Nos encontramos quatro vezes depois que eu deixei a Presidência. De vez em quando, querem dizer que existem divergências entre eu e a Dilma. Não vai existir nunca divergência entre eu e a Dilma, porque o dia em que tiver divergência entre eu e ela, ela terá razão. 
BBC Brasil - Como o senhor avalia a atual situação no Oriente Médio e qual papel o Brasil pode desempenhar nessa crise, principalmente na Líbia?
Lula - É preciso ter cuidado para não tentarmos dar palpite equivocado em um processo ainda em construção. Até agora, alguns governos foram derrubados. O que vai acontecer depois, ainda é mais dúvida do que certeza. Que tipo de Constituição vai existir em cada país? Que tipo de gente vai ser eleita? Porque se a derrubada desses governos se deu sem uma organização estruturada do ponto de vista político, é muito difícil você montar governo e construir instituições sólidas. Uma fruta, por mais gostosa que seja, quando fica no pé e você não a colhe no tempo certo, apodrece e cai. O mesmo acontece com os governantes. Na medida em que vai passando o tempo, na medida em que a juventude começa a perder a esperança, acontece o que está acontecendo.
Eu acho que é um bem para a democracia. É preciso que o presidente líbio, Muamar Khadafi, se disponha a negociar com as pessoas que estão lutando, porque não pode continuar havendo violência. É preciso que ele se disponha a conversar ou que convoque uma eleição, um referendo, alguma coisa, para que seja possível medir o tamanho do desejo do povo da saída (de Khadafi do governo). Mas eu acho que esse é um processo normal, que aconteceu no Brasil, por ocasião do regime militar, em 1983 e 1984, durante a campanha para eleições diretas, aconteceu na Argentina, no Chile, no Uruguai, no Paraguai, e agora é a vez do Oriente Médio. Eu acho que esse processo é bom. Depois disso, poderemos colher a sensação de um Oriente Médio renovado, mais preocupado com a juventude, com a distribuição de renda, mais preocupado com a democracia.
BBC Brasil - Foram divulgadas notícias sobre um pedido da Venezuela para que o senhor liderasse uma comissão internacional para mediar a crise na Líbia.
Lula - Isso é um boato falso. O próprio ministro de Exteriores da Venezuela desmentiu.
BBC Brasil - Durante seus dois mandatos, foi aberta a embaixada palestina no Brasil, foi criada a Cúpula América do Sul-Países Árabes, o senhor fez inúmeras viagens ao Oriente Médio. Qual é a importância das relações entre o Brasil e o Oriente Médio hoje?
Lula - Quanto mais forte for a relação do Brasil com o Oriente Médio, do ponto de vista comercial, político, econômico e cultural, menos o Oriente Médio será dependente da Europa e dos Estados Unidos, e menos o Brasil será dependente da Europa e dos Estados Unidos. Nós diversificamos as nossas relações. Durante séculos, nós estivemos afastados, e eu diria que por interesses econômicos das grandes potências. Não há motivo para governantes brasileiros passarem um século e meio sem ir a países do Oriente Médio. Acho que essas relações tendem a continuar crescendo. 
BBC Brasil - E quais são o objetivos dessa política voltada não só para países árabes, mas também africanos e sul-americanos?
Lula - A ideia fundamental é tentar socializar as experiências bem sucedidas que nós tivemos no Brasil. Nem nós ainda temos noção do resultado de tudo que nós fizemos. Quando terminou meu segundo mandato, fiz questão, no dia 15 de dezembro (de 2010), de que todos os ministros registrassem em cartório tudo o que fizemos, porque daqui para frente é que vamos nos dar conta do que fizemos. Porque tirar 36 milhões de pessoas da pobreza e levar para a classe média, e tirar 28 milhões da pobreza extrema é resultado de um trabalho extraordinário de microcrédito, de financiamento, de distribuição de renda, de aumento de salário.
E eu quero mostrar essas coisas para outros países e ver se a gente consegue arrumar recursos para financiar essas coisas naqueles países. Não é possível que as pessoas não compreendam que quanto mais melhorar a África, melhora a Alemanha, melhoram os Estados Unidos, melhora o Brasil. Porque aumentam as relações entre os países, aumenta o poder de consumo, melhora a qualidade de vida das pessoas. Eu fiz uma boa amizade com os presidentes africanos, visitei 29 países. Eu, sozinho, visitei mais que (todos os presidentes de) toda a história da República do Brasil. Se eu puder ajudar Cabo Verde, Senegal, Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, eu tenho que ajudar. E estou disposto a fazer esse esforço.
BBC Brasil - E qual é a importância do Brasil hoje em dia como uma espécie de líder nas relações Sul-Sul?
Lula - A palavra líder é muito delicada, porque a gente só lidera quem pede para ser liderado. E ninguém pediu para o Brasil liderar as relações Sul-Sul. O que tem que se levar em conta é que o Brasil é a maior economia, tem a maior população (da América Latina), e, portanto, é quase que normal que o país tenha um papel importante nessas relações. Mas qualquer um dos quatro países do Mercosul pode fala pelo Mercosul, qualquer um da Unasul pode falar em nome da Unasul. O Brasil tem uma maior inserção no mundo e tem a obrigação de fazer mais, de trabalhar mais e de propor mais coisas. Eu acho extraordinário que os países da América do Sul comecem a ser percebidos pelo mundo.
Acho que o Brasil começa a ser respeitado e ouvido, o mundo começa a perceber que nós temos o que propor. Isso é bom, porque houve o fim de uma bipolaridade, em que duas grandes potências diziam ao mundo o que fazer. Depois do fim da bipolaridade, ficou quase que uma posição única. No fundo, mandavam quase que só a União Europeia e os Estados Unidos. O Brasil não quer pedir licença, o Brasil quer ser respeitado, quer ser tratado como um adulto, que tem o que falar, que tem o fazer, que tem o que propor, que sabe negociar. Acho que a tendência daqui para frente é o Brasil se fortalecer muito mais na sua política externa, porque isso foi muito bom para o país e para o povo brasileiro.
Há dez anos, os brasileiros viajavam para o exterior e tinham vergonha de mostrar o passaporte, de dizer que eram brasileiros. Hoje os brasileiros têm orgulho, em qualquer lugar do mundo, de dizer "sou brasileiro". As pessoas já não conhecem mais o Brasil só pelo carnaval, pela violência, pelas favelas e pelo futebol. Elas conhecem o Brasil pelo acerto em sua política econômica, pelo acerto no tratamento da crise, pela descoberta do pré-sal, pela distribuição de renda, pela ascensão da classe pobre à classe média, por nossa política ambiental.
BBC Brasil - E o que o senhor tem feito? Quais são os planos para o futuro? O senhor pretende se candidatar a algum cargo internacional? Voltar para a política brasileira?
Lula - Tudo o que eu falar agora será precipitado. Eu tenho descansado, tenho trabalhado, feito palestras. No mês de março, eu vou a Portugal receber um título da Universidade de Coimbra, vou ao Paraguai em uma reunião sobre educação, vou ao Uruguai para a comemoração dos 40 anos da Frente Ampla. Vou no dia 5 de abril para Washington, para um debate promovido pela Microsoft, depois eu vou para Acapulco, no México, para Madri e para Londres. 

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

BRASIL INFLUI NO ORIENTE MÉDIO, DIZEM OS EUA


Posted By Joshua Keating     Share

A series of cables released today reveal that U.S. diplomats were alarmed by Brazil's forays into Mideast diplomacy, long before last year's unsuccessful nuclear deal with Iran and therecognition of the Palestinian state. 
March 2005 cable concerns a visit that former Brazilian Foreign Minister Celso Amorim made to the Middle East in preparation for that year's Arab-South American summit. Amorim snubbed an invitation by the Israeli government to pay a visit, instead spending 24 hours in the Palestinian territories. The U.S. Embassy in Brasilia writes: 
The [Brazilian Foreign Ministry], we believe, underestimated the sensitivities aroused by its somewhat ham-handed diplomacy, yet are unwilling to acknowledge that the Summit and Amorim's ill-conceivd visit to the region could undermine the Middle East peace process at a delicate and promising moment.
A December 2008 cable expresses concern over former Brazilian President Luiz Inácio Lula da Silva's strong criticism of the Israeli invasion of Gaza:
Brazil's initial reaction might have given reason for hope for a more balanced approach to Middle East peace issues if it had not been followed up by the usual one-sided posture of laying most of the blame at Israel and taking potshots at the U.S. for not doing more to stop Israel. The clich-laden bromides of Brazilian officials are also indicative of a lack of real understanding of the Middle East that is troubling in a government that proposes to become involved.
Leia a íntegra em: