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quarta-feira, 7 de outubro de 2015
É HORA DO BRASIL DEVOLVER DOCUMENTOS HISTÓRICOS DO PARAGUAI
Alguns dirão que o assunto está superado, mas eu ouso discordar, em nome da integração e amizade que deve predominar em todas as Américas. O Brasil pode e deveria devolver ao Paraguai os documentos que nossas tropas roubaram na dramática guerra de 1864-70.
Os paraguaios lamentam até hoje que alguns dos papéis históricos daquele país encontrem-se em mueseus e arquivos brasileiros. De alguns, eles têm as cópias, já concedidas pelo Estado brasileiro. Mas é um direito dos nosso irmãos paraguaios terem os originais, que incluem comunicações internas do Exército brasileiro e, principalmente, das tropas guaranis. Nada que interesse ao Brasil, mais de cem anos depois. Nós podemos perfeitamente mantermos cópias para acesso de historiadores, e devolvermos os originais a um país que tem tido excelentes relações conosco por mais de um século.
Um gesto como este, tão simples, seria altamente positivo para demonstrar nossa amizade com o bravo povo do Paraguai, e estaria plenamente afinado com a tradição generosa do Itamaraty e do Exército de Caxias. Lembremo-nos que Caxias era implacável com o inimigo, mas coibia energicamente qualquer desrespeito ao inimigo dominado. Caxias nunca admitiu a tortura, como, lamentavelmente, fizeram alguns de seus sucessores.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
BRASIL ACERTOU EM CUBA, MAS TUCANOS PREFEREM BRASIL-COLÔNIA
Com Mariel, Brasil quis estar na vanguarda da abertura em Cuba, diz ex-secretário de Comércio Exterior
Para secretário do MDIC entre 2007 e 2011, porto de Mariel foi principal exemplo de estratégia brasileira para aproveitar momento de abertura econômica na ilha
Durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), o governo brasileiro desenvolveu uma série de estratégias na América Central para se aproveitar do momento em que a ilha caribenha abrisse a sua economia. O principal exemplo desse tipo de ação foi a construção do porto de Mariel, relata a Opera Mundi Welber Barral, secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento entre 2007 e 2011.
“O Brasil queria estar na frente e ter importante posição de vanguarda na hora que começasse uma abertura maior da economia cubana. A reaproximação dos EUA é mais um passo nesse sentido, mas deve se dar de forma paulatina”, explica Barral, que também é conselheiro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e professor no Instituto Rio Branco.
Mariel é o porto caribenho mais próximo da Flórida, a apenas 200 quilômetros de solo norte-americano. A posição logística privilegiada não foi alvo apenas de investimentos brasileiros (o BNDES destinou uma verba de mais de US$ 800 milhões para financiamento), mas também de chineses e de outros países asiáticos. Embora a Odebrecht seja a responsável pela construção, o porto é operado pela empresa PSA International, de Cingapura.
“O Brasil queria estar na frente e ter importante posição de vanguarda na hora que começasse uma abertura maior da economia cubana. A reaproximação dos EUA é mais um passo nesse sentido, mas deve se dar de forma paulatina”, explica Barral, que também é conselheiro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e professor no Instituto Rio Branco.
Mariel é o porto caribenho mais próximo da Flórida, a apenas 200 quilômetros de solo norte-americano. A posição logística privilegiada não foi alvo apenas de investimentos brasileiros (o BNDES destinou uma verba de mais de US$ 800 milhões para financiamento), mas também de chineses e de outros países asiáticos. Embora a Odebrecht seja a responsável pela construção, o porto é operado pela empresa PSA International, de Cingapura.
“Por volta de 2008 foram feitas várias avaliações, inclusive pelo Itamaraty, sobre uma paulatina abertura cubana”, recorda Barral. “A adesão norte-americana não esperávamos tão cedo, mas havia, sim, uma expectativa do Brasil de participar da economia cubana naquele momento”, acrescenta.
O projeto de Mariel é a obra-prima do plano de modernização econômica de Raúl Castro desde que este assumiu a liderança do país, em 2008. Trata-se de uma proposta para melhorar a eficiência e a produtividade da pequena ilha a partir de incentivos e de projetos de infraestrutura para gerar empregos e abrir o mercado para investidores estrangeiros.
O projeto de Mariel é a obra-prima do plano de modernização econômica de Raúl Castro desde que este assumiu a liderança do país, em 2008. Trata-se de uma proposta para melhorar a eficiência e a produtividade da pequena ilha a partir de incentivos e de projetos de infraestrutura para gerar empregos e abrir o mercado para investidores estrangeiros.
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/38866/com+mariel+brasil+quis+estar+na+vanguarda+da+abertura+em+cuba+diz+ex-secretario+de+comercio+exterior.shtml
terça-feira, 7 de outubro de 2014
MARINA TROCA "NOVA POLÍTICA" POR OFERTA DE CARGO DO AÉCIO
MARINA ENTRE AÉCIO E CHICO MENDES

Caso confirme apoio a tucano, Marina romperá biografia honrosa, dando razão a quem diz que suas decisões políticas tem motivação pessoal
Caso venha a confirmar os sinais de que procura um atalho para se engajar na campanha de Aécio Neves, a candidata Marina Silva estará dando razão aos adversários que sempre disseram que sua “nova política” nada mais foi do que um rótulo de ocasião para praticar a “velha política” com outro nome.
Ao se posicionar em apoio ao PSDB, legenda cujos compromissos abertamente conservadores não podem ser colocados em dúvida, Marina também ajudará a alimentar a visão de que seus atuais movimentos políticos têm origem em motivações pessoais, que podem até explicar decisões que dizem respeito a vida de cada um, mas não são saudáveis como critério para deliberações que dizem respeito aos interesses da maioria da população brasileira.
Será, em primeiro lugar, um golpe definitivo em sua biografia de liderança popular. Até agora, Marina Silva se situava no terreno de quem procurava um outro caminho para alcançar as mesmas metas. Rejeitava a antiga ordem — como fez desde menina — e também criticava o governo que faz tentativas inegáveis para modificá-la, como o PT, que ajudou a fundar e onde fez sua vida política depois de deixar os quadros do Partido Revolucionário Comunista.
A adesão a Aécio implica em mudança de identidade e perda de referência. Marina Silva pode até se transformar num troféu eleitoral no palanque do PSDB. Mas nunca mais terá autoridade para apontar um caminho próprio. Sua credibilidade será questionada. Em apenas seis anos Marina esteve no PT, no PV, na Rede, do PSB e agora fará campanha pelos tucanos?
É sabido que Marina tem trilhado contradições ao longo de sua existência. A companhia de Neca Setubal não fez bem a sua história de luta, até porque a herdeira do Itaú nunca se comportou com simples ajudante de campannha, vamos combinar. Os tuítes de Silas Malafaia ajudaram a produzir outra ruína de 2014.
O apoio a Aécio será a travessia de uma fronteira — aquela que separa o interesses dos pobres e dos ricos, de quem trabalha e de quem vive do trabalho alheio, dos seringueiros e dos fazendeiros e pecuaristas que derrubam florestas e mataram Chico Mendes e Wilson Pinheiro. Sei que é forte falar assim. Parece dramático e trágico. Mas é esta a realidade.
É difícil, a partir daquilo que Marina diz e prega, encontrar qualquer vestígio de “nova política” nas proposições de Aécio Neves.
Falando do ponto principal, que envolve a crítica de Marina ao sistema político brasileiro, tão severa que ela chegou a ser identificada com os protestos de junho de 2013 — entre os candidatos a presidente, era a única que os analistas colocavam nessa situação.
As ideias de Aécio para renovar o modo de se fazer política se resumem a iniciativas tão superficiais que seria exagero considerar até como cosméticas.
Para começar ninguém acha que vai mudar a política brasileira alterando o sistema de votação, que pode até tornar-se menos democrático e menos representativo na passagem do proporcional com o distrital. É só estudar o que acontece em outros países para saber disso.
É bom não se iludir com os benefícios do fim da reeleição, novidade que o PSDB introduziu na política brasileira há apenas 17 anos — num país que, após 107 anos de república, já tivera tempo de criar todas as suas mazelas que se conhece hoje, vamos combinar. O mais engraçado neste debate é que a reeleição foi aprovada quando o atual candidato do PSDB era um dos caciques da Câmara e o tesoureiro tucano Sergio Motta organizava a caixinha para compra de votos entre centenas de parlamentares.
Aécio, que hoje fala em aboliar a reeleição, é um dos pais dela. Era líder do partido do governo, na época e depois assumiu a presidência da Câmara. Sabe quando nasceu o mensalão PSDB-MG? Em 1998. Gozado, não?
O fundamental é que Aécio Neves e o PSDB são adversários irredutíveis da mais democrática proposta de mudança em nosso sistema político — proibir contribuições financeiras de empresas para campanhas eleitorais. Esta é a mudança que importa fazer.
Isso porque a contribuição das empresas é o caminho preferencial para os interesses privados alugarem os poderes de Estado pelas costas do eleitor, criando uma republica com cidadãos que valem 1 voto e outros que valem 1 milhão de reais.
Verdadeira sala das máquinas da corrupção política em toda parte –inclusive nos Estados Unidos — o sistema de contribuições está no centro das pequenas e das grandes denúncias de corrupção política do país.
Pegue um caso, qualquer um. O dinheiro privado está lá, a espreita: no caixa 2, na conta na Suíça, onde for. Na Petrobras e no metrô paulista. Em qualquer governo, sempre. Lamentavelmente. Veja que Aécio adora denunciar a corrupção. Mas não quer impedir que o dinheiro das empresas continue alimentando decisões políticas. Vamos rir que é gozado, você não acha?
Em 7 de setembro, 7,7 milhões de cidadãos apoiaram um abaixo assinado pela reforma política, organizado por dezenas de entidades, aquelas que sempre aparecem na hora em que se movem interesses do povo — organizações populares, centrais sindicatos, a CNBB, e várias associações comprometidas com a democracia. A proibição do financiamento de empresas se encontra no centro do abaixo assinado.
Um projeto semelhante de mudança se encontra no STF. Sabe por que foi paralisado? Por decisão do ministro Gilmar Mendesa, indicado por Fernando Henrique Cardoso para a mais alta corte. São estes os aliados da “nova política” de Marina?
Outro ponto envolve o ensino integral. É preciso fazer um minuto de silêncio em homenagem a Leonel Brizola toda vez que se toca nesse assunto. Combatido covardemente em vida, mas sem deixar de responder com coragem a todos os ataques recebidos, Brizola enfrentou os aliados e os pais dos aliados de para implantar os CIEPS, que eram estabelecimentos que permitiram o ensino integral para o brasileiro pobre. Não se achava, na época, que era importante melhorar a educação do povo mas empregava-se o mesmo argumento que os assessores econômicos de Aécio apresentam para criticar as políticas sociais do governo Dilma: dizem que geram excesso de despesas — ponto fundamental para quem faz da geração de um superávit primário nas contas públicas a principal prioridade da política economica. Não se iludam: cortar despesas e implantar ensino integral de verdade não funciona nem em palanque.
A sustentabilidade é um ponto essencial na biografia política de Marina, o que torna ainda mais difícil entender sua possível adesão ao candidato do PSDB. Conforme dados do Ministério do Meio Ambiente, no governo Fernando Henrique o desmatamento atingiu uma média de 18 000 km2 por ano. No governo Lula, que incluiu os cinco anos de Marina no ministério, a média caiu bastante, batendo em 15 000 km2. E se encontrava num ponto tão reduzido, no fim do segundo mandato de Lula, que caiu para 5,200 km2 no governo Dilma. Sabe-se que houve uma alta em 2014 — os desmatamentos são irregulares como a maioria das atividades humanas — mas ainda assim o nível foi consideravelmente reduzido.
Há poucas semanas, o desempenho do Brasil em 2013 em programas de sustentabilidade foi considerado um sucesso e um exemplo. Num documento assinado por 27 governos — entre eles França, Estados Unidos, Alemanha –, quatro dezenas de ONGs e mais de 60 empresas, a “Declaração de Nova York sobre Florestas,” pode-se ler uma afirmação que desmente o cardápio habitual de críticas ao país nessa matéria: “pelo tamanho das emissões evitadas, (o Brasil) pode muito ser o maior caso de sucesso até hoje, globalmente, em qualquer setor.” Se é difícil de acreditar, leia de novo: “maior caso de sucesso até hoje, globalmente.”
Para quem está preocupado, de fato, com questões objetivas, até um documento feito por países estrangeiros, sem participação de representantes do governo brasileiro, ajuda a mostrar o que há de verdade e o que é mistificação nos programas de sustentabilidade do governo brasileiro. É em nome disso que Marina vai apoiar Aécio?
(Este texto já estava publicado quando o jornalista Kennedy Alencar divulgou a notícia de que Aécio ofereceu o Ministério das Relações Exteriores para Marina Silva. É uma oferta ruim para a Marina e para o país.
A passagem de Marina pelo Ministério do Meio Ambiente, onde ela se encontrava a frente de uma área que conhece com alguma intimidade, foi marcada por conflitos desnecessários, que levaram a sua saída em 2008. Kennedy diz que Aécio pretende entregar o Itamaraty para Marina para que ela crie uma “diplomacia verde,” expressão enganosa, na ecologia e na diplomacia. Basta meditar um minuto sobre a “Declaração de Nova York sobre Florestas” para reconhecer que o governo brasileiro já pratica uma política ambiental aplaudida pelo planeta, o “maior caso de sucesso até hoje, globalmente.”
Se as informações de Kennedy Alencar estão corretas, a “diplomacia verde” se destina a servir de cobertura ideológica para um giro diplomático, devolvendo o Brasil para o circuito de aliados tradicionais, a começar pelos Estados Unidos e demais nações desenvolvidas, interessadas em manter o país no sistema de “integração subordinada” aos mercados globais).
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quarta-feira, 1 de outubro de 2014
REINALDO, JABOR, MAGNOLI DISPUTAM COM OS TRÊS PATETAS
Os três patéticos comentam o discurso de Dilma na ONU
Já imaginou se nossa política externa fosse comandada por um time
composto pelo trio Demétrio Magnoli, Reinaldo Azevedo e Arnaldo Jabor?
Sábio é o ditado de
que "Deus não dá
asa a cobra".
Já imaginou se nossa
política externa fosse
comandada por
um time como
Demétrio Magnoli,
Reinaldo Azevedo e
Arnaldo Jabor?
A única dúvida seria
a de onde estariam
nossas tropas na
semana
que vem.
Moe, Larry e Shemp não leram, não ouviram e mesmo assim não gostaram do
discurso da presidente Dilma na ONU. Uma semana depois, o episódio ainda
rende comentários.
Como ousam Dilma e o Itamaraty invocar a solução pacífica dos conflitos,
enquanto os três patéticos pedem Capitão América e Rambo?
Esse princípio constitucional da política externa brasileira acabou virando, com a
obtusa ajuda do Partido da Imprensa Golpista, mais um legado do petismo.
Se Azevedo, Magnoli e Jabor nos mostram que a história do Brasil realmente
começou com Lula e Dilma, quem somos nós para discordar?
Os pistoleiros de nossa política externa acusaram Dilma de querer negociar
com terroristas e até de reconhecer o Estado Islâmico — balas de festim
do esforço concentrado para derrubar qualquer meia dúzia de votos da
presidenta. Quanto vale esse esforço?
O mais intrigante é que os terroristas do Estado Islâmico têm sotaque
britânico; usam armas do Ocidente; combatem, na Síria, o arqui-inimigo
Bashar al-Assad; são adversários históricos dos xiitas iranianos.
Nos anos 1980, no velho Jornal Nacional, Paulo Francis e Cid Moreira davam
pedagógicas lições diárias sobre o conflito entre Irã e Iraque.
Fomos adestrados a entender que, no mundo islâmico, os xiitas são os
malvados, e os sunitas, os bacanas.
Até o PT chegou a ser apelidado de xiita, em homenagem aos malvados,
claro.
O tempo passou e os bacanas deram origem à Al Qaeda e, "voilà", ao
Estado Islâmico.
Às vésperas da eleição, a tentativa de se criar alguma celeuma sobre o
discurso de Dilma na ONU mostrou apenas que os três colunistas do
apocalipse fazem qualquer negócio para massagear sua presunção de
formadores de opinião e atacar até mesmo o óbvio ululante. Afinal, o óbvio
ululante só pode ser lulista.
Realmente patético.
Antonio Lassance, cientista político.
No Carta Maior
http://www.contextolivre.com.br/2014/09/os-tres-pateticos-comentam-o-discurso.html
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
OPOSIÇÕES QUEREM SUBMETER O BRASIL AOS ESTADOS UNIDOS. DE NOVO...
Aécio e Marina, um mesmo projeto de política externa
28 ago 2014/Por Equipe do Blog
Por Joana Saragoça
Por tudo o que se acompanhou até agora, pelo que falaram ou incluíram em seus planos de governo, os candidatos ao Planalto pela coligação PSDB-DEM, Aécio Neves, e pela coalizão liderada pelo PSB. Marina Silva têm um mesmo projeto de política externa: revogar a imprimida à nossa diplomacia nos 12 anos de governo do PT e atrelar o Brasil a uma completa submissão aos Estados Unidos e a outras potências tradicionais.
Marina e Aécio representam a descontinuidade do projeto de política externa ativa e altiva seguida pelo país desde o primeiro ano de governo Lula. Eles acenam com a volta da submissão e vinculação do Brasil às potências tradicionais – Estados Unidos e alguns países da Europa – e justificam o recuo com o medo de uma fuga de capitais, o que não ocorre, como já vimos pela experiência de 12 anos de governos do PT com política externa independente.
Pelo que afirmou até agora, Aécio concebe sua política externa caso chegue ao governo com um Brasil isolado do mundo, sem parceiros e desvencilhado de temas globais importantes. Na concepção dele e de seus companheiros tucanos a única forma de atuação do Brasil no sistema internacional é a aproximação com os Estados Unidos e velhas potências europeias e a aceitação das injunções impostas por estes países. A percepção de politica externa do tucano é baseada no olhar estadunidense para o Brasil – podemos até usar o termo no idioma do tio Sam perception, ou para ser mais exatos misperception.
A desculpa do risco de fuga de capitais
Para falar francamente, a leitura do plano de governo do PSDB no capítulo de política externa passa a impressão de que eles não estiveram no Brasil nos últimos anos. Dizem que é necessário incluir o país em temas globais como mudança climática e sustentabilidade. Esqueceram que o país sediou, em 2012, a Conferência Rio+20 das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável?
Afirmam, ainda, que o Brasil precisa ter ação diplomática de maior amplitude na questão dos direitos humanos, mas esquecem que no ano passado o ex-ministro Paulo Vannuchi foi eleito membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA); que o brasileiro José Graziano, formulador do programa Fome Zero, é hoje diretor geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO); e que o embaixador de carreira brasileiro, Roberto Azevedo foi eleito ano passado diretor-geral da Organização Mundial de comércio (OMC). Pode-se até dar um desconto no protagonismo desempenhado pelo Graziano – afinal, talvez os tucanos não entendam o combate a fome como uma questão de direitos humanos.
Os tucanos prometem, também, construir nova política de comércio exterior para promover a crescente integração do Brasil no comércio internacional. Não viram que nos últimos 12 anos o Brasil diversificou seus parceiros comercias – ou apenas consideram o comércio com as potências tradicionais. Tudo indica que também não leram a notícia de que Roberto Azevêdo é o novo diretor-geral da OMC.
Com Aécio ou Marina, o Brasil corre risco de retroceder
Em entrevistas, Aécio se declara contra as atuais prioridades do Itamaraty. “Devem merecer atenção especial a Ásia, em função de seu peso crescente, os Estados Unidos e outros países desenvolvidos, ao mesmo tempo em que deverá ser ampliada e diversificada a relação com os países em desenvolvimento”, propõe o programa de política externa do PSDB. Vale lembrar que a atenção especial à a Ásia já foi dada pelo governo petista nas prioridades conferidas à China. Este país se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, deixando os Estados Unidos em segundo plano.
A reaproximação com os Estados Unidos representaria a perda de todos os esforços que o governo Lula fez para aproximar o Brasil dos países que mais crescem no mundo e de iniciar a inserção do país como potência nesse cenário. A consolidação de dois novos blocos no contexto da política externa, o IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) e o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e a fundação do banco de desenvolvimento e do fundo de reservas dos BRICS significa para o Brasil maior espaço no cenário internacional e maior poder de barganha nas negociações neste âmbito.
Caso Aécio ganhe, tudo isso pode ser colocado em risco. O candidato tucano propõe, ainda, um redirecionamento das políticas de integração regional. Em relação ao MERCOSUL ele ostensivamente o desvaloriza e propõe que o Brasil priorize suas negociações com países fora do bloco para “não se curvar” aos vizinhos. Numa palestra em Porto Alegre com a militância tucana, ele Já chegou até a propor a extinção do MERCOSUL. Quer, simplesmente, que nos curvemos aos Estados Unidos e à União Europeia.
Tucano até já defendeu a extinção do MERCOSUL
Tucano até já defendeu a extinção do MERCOSUL
Temos que refletir, também, com atenção para a ideia que o senador tantas vezes defendeu de aproximar o Brasil dos países da Ásia e do Pacifico. A ideia de um aprofundamento nas relações com os países do Pacifico nos remete a uma reedição do que foi o projeto da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA).
É claro que o Brasil, à primeira vista, tem estrutura para firmar uma aliança com os países do Pacifico e esta opção pode ser até discutida entre estes países. Mas o que o candidato parece ter esquecido é que os países membros da Aliança do Pacifico – Chile, Colômbia, Costa Rica, México e Peru – possuem tratados de livre comércio com os EUA e uma integração com este país pode ser devastadora para a produção nacional.
Não foi à toa que o presidente Lula enterrou em 2005 a possibilidade da criação da ALCA, projeto muito discutido durante o segundo mandato de FHC e que tinha a simpatia de seu governo. Lula não só sepultou a ALCA, como passou a focar esforços diplomáticos para criar a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que congrega os países das Américas sem os subjugar a maior potência do continente.
http://www.zedirceu.com.br/aecio-e-marina-um-mesmo-projeto-de-politica-externa/
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domingo, 3 de agosto de 2014
BRASIL ACERTOU EM CHEIO AO CONDENAR ISRAEL, O ANÃO GENOCIDA
E O ANÃO SE AGIGANTOU
Raras vezes uma decisão de política externa se mostrou tão
acertada, eficaz e oportuna quanto a que foi tomada pelo
Itamaraty no início da ofensiva militar em Gaza. Ao convocar o
embaixador brasileiro em Tel Aviv para consultas, o Brasil
demonstrou coragem e conquistou, aos olhos do mundo, uma
superioridade moral incontestável na questão Israel-Palestina.
Classificado como “anão moral” pelo porta-voz da chancelaria
israelense, que ainda ironizou os 7 a 1 sofridos contra a Alemanha,
numa provocação que ecoou entre os porta-vozes do vira-latismo
nacional, o Brasil se antecipou aos fatos e aplicou uma goleada
histórica no regime do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Basta notar o que aconteceu nos dias que se seguiram à posição
brasileira, prontamente seguida pelos demais países do Mercosul.
Estarrecido com a brutalidade de um bombardeio a uma escola
das Nações Unidas, o secretário-geral Ban Ki-moon responsabilizou
Israel e disse que “nada causa tanta vergonha quanto matar crianças dormindo”.
Também enfática, a alta comissária para Direitos Humanos da ONU,
Navi Pillay, disse que os “crimes de guerra” de Israel, devem ser
julgados e punidos.
A cena mais marcante da semana, no entanto, foi a de outro
representante da ONU, o porta-voz Christopher Gunness, que,
impotente diante de tanta violência e iniquidade, foi às lágrimas
diante das câmeras. “Não somos burocratas sem coração.”
Tamanha foi a onda de indignação internacional que até mesmo
os Estados Unidos, que fizeram de Israel sua base militar
apontada para o petróleo do Oriente Médio, se viram forçados a
recuar.
O presidente Barack Obama, que entope de armas Israel e,
portanto, é cúmplice da barbárie, classificou o ataque à escola
como “inaceitável” e “vergonhoso”. Ainda que tenha sido
hipócrita, já foi um avanço para um país imperialista que se
tornou refém de seu pequeno protetorado.
Resultado: o mundo, em peso, seguiu a posição do “anão” Brasil,
que se agigantou. E o regime brutal de Israel obteve uma proeza
inédita: o isolamento absoluto de um governo que, segundo a
ONU, envergonha não apenas seu povo, mas a humanidade
como um todo.
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quarta-feira, 30 de julho de 2014
É ESTA DILMA QUE O REI DO ESGOTO CHAMA DE "RAINHA MUDA?" IMAGINEM SE ELA FALAR....rsrsrs
DILMA AFIADA USA ESTILO ‘BATEU, LEVOU’ EM CAMPANHA

Presidente não deixa provocação sem resposta; em entrevistas longas,
como a concedida ontem, falas ligeiras ou discursos, Dilma Rousseff
mostra que deixou no passado o figurino paz e amor que prevaleceu
na campanha de 2010; para se desvencilhar dos ataques da oposição,
agora ela aposta na sinceridade sem meias palavras; "O pessimismo
pré-Copa está agora na economia", definiu sobre projeções
catastrofistas do mercado financeiro; "Bancos interferirem na política
é inadmissível", estabeleceu após o imbróglio da recomendação
partidária e oposicionista do Santander; "O que acontece em Israel
é um massacre", crava em política internacional; programa de
televisão vai usar e abusar de comparações entre gestões petista
e tucana; agora é 'bateu, levou'.
como a concedida ontem, falas ligeiras ou discursos, Dilma Rousseff
mostra que deixou no passado o figurino paz e amor que prevaleceu
na campanha de 2010; para se desvencilhar dos ataques da oposição,
agora ela aposta na sinceridade sem meias palavras; "O pessimismo
pré-Copa está agora na economia", definiu sobre projeções
catastrofistas do mercado financeiro; "Bancos interferirem na política
é inadmissível", estabeleceu após o imbróglio da recomendação
partidária e oposicionista do Santander; "O que acontece em Israel
é um massacre", crava em política internacional; programa de
televisão vai usar e abusar de comparações entre gestões petista
e tucana; agora é 'bateu, levou'.
29 DE JULHO DE 2014 ÀS 11:39
247 – A presidente Dilma Rousseff deixou no cabide o figurino
de candidata vestido em 2010, quando venceu a disputa usando
um modelito do melhor estilo 'paz e amor'. Protegida pelo então
presidente Lula, ela não precisou entrar em bolas divididas com
o adversário José Serra e flanou sobre o eleitorado enquanto
seu padrinho político se encarregava de comprar suas brigas.
de candidata vestido em 2010, quando venceu a disputa usando
um modelito do melhor estilo 'paz e amor'. Protegida pelo então
presidente Lula, ela não precisou entrar em bolas divididas com
o adversário José Serra e flanou sobre o eleitorado enquanto
seu padrinho político se encarregava de comprar suas brigas.
Agora é diferente, já se viu na longa entrevista à mídia
tradicional concedida ontem pela presidente. Diante de uma
certa pressão nas perguntas, o que se viu foi uma Dilma segura,
objetiva e nada disposta a aceitar calada as críticas feitas ao
seu governo. Ela igualmente não se incomodou em deixar, com
frases curtas e palavras fortes, suas posições sobre temas do
momento.
tradicional concedida ontem pela presidente. Diante de uma
certa pressão nas perguntas, o que se viu foi uma Dilma segura,
objetiva e nada disposta a aceitar calada as críticas feitas ao
seu governo. Ela igualmente não se incomodou em deixar, com
frases curtas e palavras fortes, suas posições sobre temas do
momento.
Essa Dilma que parece à vontade no chamado estilo 'bateu,
levou' surge nitidamente em suas posições a respeito dos
ataques desferidos, diariamente, à gestão da política
econômica:
levou' surge nitidamente em suas posições a respeito dos
ataques desferidos, diariamente, à gestão da política
econômica:
- O pessimismo da fase pré-Copa passou para a política
econômica, afirma a presidente, ganhando com a frase a
manchete desta terça-feira 29 do jornal Folha de S. Paulo.
A se considerar o tom das últimas notícias destacadas no
mesmo espaço pela publicação da família Frias, Dilma
conseguiu o melhor momento para o seu governo, ali, em
semanas.
econômica, afirma a presidente, ganhando com a frase a
manchete desta terça-feira 29 do jornal Folha de S. Paulo.
A se considerar o tom das últimas notícias destacadas no
mesmo espaço pela publicação da família Frias, Dilma
conseguiu o melhor momento para o seu governo, ali, em
semanas.
A presidente também não ficou nem por um minuto quieta
diante da gafe cometida pelo banco espanhol Santander no
Brasil, com o relatório para clientes de alta renda com a
associação nominal da presidente ao fracasso econômico futuro.
diante da gafe cometida pelo banco espanhol Santander no
Brasil, com o relatório para clientes de alta renda com a
associação nominal da presidente ao fracasso econômico futuro.
- Bancos interferirem na política é inadmissível, rebateu uma
Dilma, como se diz, curta e grossa.
Dilma, como se diz, curta e grossa.
A ênfase de Dilma vai sendo apurada, no tocante a efeitos
eleitorais, em pesquisas feitas por sua equipe de campanha.
O que se sabe, inicialmente, é que pouca gente vai estranhar
uma candidata que avança pela linha do 'fala o que pensa',
uma vez que Dilma nunca foi dada, no governo, a floreios
sobre suas posições. Em outras palavras, a Dilma 'bate, levou'
combina mais com o momento atual da presidente, cercada
por ataques nas frentes econômica e política, do que a Dilma
'paz e amor'.
eleitorais, em pesquisas feitas por sua equipe de campanha.
O que se sabe, inicialmente, é que pouca gente vai estranhar
uma candidata que avança pela linha do 'fala o que pensa',
uma vez que Dilma nunca foi dada, no governo, a floreios
sobre suas posições. Em outras palavras, a Dilma 'bate, levou'
combina mais com o momento atual da presidente, cercada
por ataques nas frentes econômica e política, do que a Dilma
'paz e amor'.
No governo, o momento da presidente tem levado, também,
à tomada de posições claras e objetivas. Depois de se fortalecer
com a reunião dos Brics, realizada no Brasil, e a aproximação
com a Unasul, Dilma posicionou o Brasil na linha de frente à
oposição à Israel, na faixa de Gaza:
à tomada de posições claras e objetivas. Depois de se fortalecer
com a reunião dos Brics, realizada no Brasil, e a aproximação
com a Unasul, Dilma posicionou o Brasil na linha de frente à
oposição à Israel, na faixa de Gaza:
- O que há da parte de Israel não é um genocídio, e sim um
massacre, atalhou a presidente diante de uma das perguntas
que lhe foram dirigidas ontem. Dilma não se intimidou com a
postura crítica à decisão brasileira de censurar o governo de
Benjamin Netanyahu pelo "uso desproporcional" da força na
faixa de Gaza.
massacre, atalhou a presidente diante de uma das perguntas
que lhe foram dirigidas ontem. Dilma não se intimidou com a
postura crítica à decisão brasileira de censurar o governo de
Benjamin Netanyahu pelo "uso desproporcional" da força na
faixa de Gaza.
A Dilma afiada, com respostas na ponta da língua, sem medo
de devolver perguntas difíceis com respostas desconcertantes
pela clareza, é que está entrando em campo para a disputa
pela reeleição. Osso duro.
de devolver perguntas difíceis com respostas desconcertantes
pela clareza, é que está entrando em campo para a disputa
pela reeleição. Osso duro.
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domingo, 27 de julho de 2014
SEM EUA, ISRAEL ESTARIA NUM TRIBUNAL DE GUERRA, UM NOVO NUREMBEG
BRASIL, ISRAEL E OS ANÕES MORAIS
Israel tem hoje um grande inimigo, com armas de
destruição em massa. É um inimigo interno, com
potencial para destruir seu próprio estado. Seu nome é Benjamin
Netanyahu. Sim, desde a Alemanha nazista, ninguém tem
promovido o antissemitismo que se alastra ao redor do
mundo quanto o primeiro-ministro israelense, que ocupa o
cargo desde 2009 e, desde então, tem ampliado a segregação
do povo palestino e ignorado todo e qualquer esforço pela paz.
Na mais recente escalada de violência, Netanyahu liderou
atrocidades que, tivessem sido cometidas por qualquer outro
líder mundial, o colocariam na lata de lixo da história e nos
tribunais penais internacionais por crimes de guerra. Em seu
incessante banho de sangue da operação “Margem Protetora”,
Netanyahu foi capaz de bombardear um hospital e até mesmo
uma escola da Organização das Nações Unidas que abrigava
refugiados na Faixa de Gaza. Atitudes que deixaram o
secretário-geral Ban-Ki-Moon “estarrecido” e que devem
motivar uma investigação aprofundada das Nações Unidas
por crimes de guerra.
O apoio incondicional de aliados como Estados Unidos e
Inglaterra ao “direito de Israel de se defender” alimentou a
ilusão, em Netanyahu, de que ele teria salvo-conduto para
assassinar civis impunemente, incluindo mulheres e crianças.
Ocorre que o apoio a Israel é cada vez mais pesado em
sociedades abertas e democráticas. Haverá um dia em que
será tão insustentável quanto o apoio que os mesmos
americanos e ingleses, com a ajuda de Israel, concederam
ao apartheid na África do Sul – aliás, apartheid é uma palavra
até moderada para definir o que os israelenses fazem em
relação aos palestinos.
Foi exatamente nesse contexto que a diplomacia brasileira,
responsável pelo primeiro voto para a criação do Estado de
Israel, mas sempre fiel às questões humanitárias, se levantou
contra a barbárie liderada por Netanyahu. A nota, que
condena a desproporcionalidade da reação ao Hamas, veio
em boa hora e deve servir de alerta ao mundo civilizado com
uma mensagem clara de que não há mais espaço, no século
XXI, para genocídios.
Patética foi apenas a reação do governo de Israel, por meio
do porta-voz Yigal Palmor, que chamou o Brasil de “anão
diplomático” e ironizou a derrota da seleção brasileira por
7 a 1 na Copa do Mundo, que seria “desproporcional”. Comparar
um jogo de futebol à matança de mulheres e crianças revela
apenas que, a Israel, faltam argumentos e que suas lideranças
decidiram jogar no time dos anões morais.
http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/148037/
Brasil-Israel-e-os-an%C3%B5es-morais.htm
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