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sexta-feira, 23 de maio de 2014

BISPOS CATÓLICOS CONDENAM DECISÕES DE JOAQUIM BARBOSA!

Nota da Comissão Brasileira Justiça e Paz sobre a execução da Ação Penal 470
Misericórdia e fidelidade se encontram, justiça e paz se abraçam.( Sl 85,11)
As decisões proferidas pela Presidência do Supremo Tribunal Federal sobre a execução da Ação Penal 470 (mensalão) que têm suscitado críticas e preocupações na sociedade civil em geral e na comunidade jurídica em particular, exigem o inadiável debate a cerca das situações precárias, desumanas e profundamente injustas do sistema prisional brasileiro.
A Pastoral Carcerária, em recente nota, referiu-se à Justiça Criminal como um “moinho de gastar gente” por causa de decisões judiciais que levam a “condenações sem provas” e “negam a letra da lei” com “interpretações jurídicas absurdas”. Inseriu, neste contexto, a situação dos presos da Ação Penal 470 ao denunciar o conjunto do sistema penitenciário, violento e perverso, que priva os apenados “dos cuidados de saúde e de higiene mais básicos” e carece de políticas públicas para sua inserção no mercado de trabalho.
A Comissão Brasileira Justiça e Paz, organismo vinculado à CNBB, soma-se à Pastoral Carcerária e “repudia” o conteúdo destas decisões, bem como a política de encarceramento em massa, que penaliza especialmente negros e pobres, com inúmeras práticas cruéis, estendidas aos familiares e amigos dos presos, como a “revista vexatória”, atentado direto à dignidade humana.
A independência do Poder Judiciário somente realiza a necessária segurança jurídica em sua plenitude, quando viabiliza sem obstáculos o amplo direito de defesa e a completa isenção na análise objetiva das provas. Ela é imprescindível na relação do Judiciário com os meios de comunicação, não se podendo confundir transparência nos julgamentos com exposição e execração pública dos réus.
CBJP tem a firme convicção de que as instituições não podem ser dependentes de virtudes ou temperamentos individuais. Não é lícito que atos políticos, administrativos e jurídicos levem a insuflar na sociedade o espírito de vingança e de “justiçamento”. Os fatos aqui examinados revelam a urgência de um diálogo transparente sobre a necessária reforma do Judiciário e o saneamento de todo o sistema prisional brasileiro.
Brasília, 22 de maio de 2014
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/140812/CNBB-bate-em-Barbosa-insufla-vingan%C3%A7a.htm

quinta-feira, 15 de maio de 2014

PAPA CONDENA USO DE DRONES (EUA MATARAM MAIS DE 4.000 COM ROBÔS)

Representante da Santa Sé na ONU diz não à utilização de drones e robôs nas guerrasImprimir

2014-05-14 Rádio Vaticana
Cidade do Vaticano (RV) - O observador permanente da Santa Sé no escritório das Nações Unidas em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, afirmou que numa guerra não se pode delegar a responsabilidade humana a um robô. O arcebispo fez um pronunciamento no escritório da ONU na cidade helvécia sobre a utilização de armas letais autônomas. Em particular, o observador vaticano denunciou a utilização de "drones (veículo aéreo não tripulado). A Rádio Vaticano pediu a Dom Tomasi que nos destacasse sobre as passagens candentes de seu pronunciamento:
Dom Silvano Maria Tomasi:- "O princípio fundamental, o ponto chave em toda essa situação, é que não se pode delegar às maquias uma decisão que diz respeito à vida e à morte de seres humanos: é preciso que o elemento racional e a capacidade de juízo moral permaneça sempre presente quando se trata da vida de outras pessoas. Evidentemente, por sua natureza, estes instrumentos – estas armas tecnologicamente sofisticadas, mas completamente autônomas – não têm essa capacidade. E mesmo supondo que se conseguisse desenvolver uma espécie de inteligência artificial, jamais conseguiria ter a possibilidade e a capacidade de examinar as situações e, portanto, de elaborar um verdadeiro juízo ético."
RV: Os drones têm sido muito utilizados nestes últimos anos, sobretudo por parte dos EUA, mas não somente. A posição da Santa Sé é muito clara também sobre essa questão. No ano passado o senhor fez um pronunciamento a esse respeito...
Dom Silvano Maria Tomasi:- "A Santa Sé leva adiante um linha coerente. A questão dos drones é paralela à das armas completamente autônomas. O ponto da questão permanece sendo a presença de um juízo moral que somente a pessoa humana pode ter nas circunstâncias em que se depara, e isso é ainda mais necessário quando se trata da vida e da morte de seres humanos. Essa é a preocupação fundamental. Além disso, existem outras considerações que devemos fazer, como, por exemplo, que a proliferação deste tipo de armamentos pode verdadeiramente levar a uma nova corrida armamentista internacional para dotar-se de armas sofisticadas como esses robôs assassinos, e, sobretudo, ao surgimento de uma competição que não ajuda para as relações entre países, que produz simplesmente desperdício de recursos que, ao invés, poderiam ser utilizados para as exigências sociais, a saúde, a educação, o combate à pobreza, e não em instrumentos letais." (RL)
http://www.news.va/pt/news/representante-da-santa-se-na-onu-diz-nao-a-utiliza

sábado, 5 de abril de 2014

PAPA DIZ NÃO TER MEDO DE SER CHAMADO "COMUNISTA"




04 ABRIL, 15:13CIDADE DO VATICANOZBF

'Me acusam de ser comunista', afirma Papa




(ANSA) - O papa Francisco afirmou que tem sido chamado de "comunista" devido aos seus constantes discursos em defesa dos pobres e contra a cultura do consumismo e do descartável.
"Escutei há dois meses: 'Com esses discursos sobre pobreza, esse Papa é um comunista'. Mas essa é uma bandeira do Evangelho: a pobreza sem ideologia, os pobres ao centro do Evangelho de Jesus", disse Francisco em um encontro ocorrido dia 31 de março com cinco jovens belgas e cujo vídeo da reunião foi divulgado na noite de ontem (3) no site "deredactie.be"
"Esse é o coração do Evangelho, e eu sou crente em Cristo e em Jesus Cristo. Para mim, o coração do Evangelho está nos pobres", acrescentou o Pontífice.
Ma mesma conversa, Francisco também condenou a importância que a sociedade atual dá ao dinheiro e ao poder. "Nos dias de hoje, o homem foi jogado para fora do centro da sociedade. Ele está na periferia, enquanto o centro é ocupado pelo poder, pelo dinheiro". "Nesse mundo, os jovens foram jogados para fora, assim como as crianças. Não querem mais filhos, apenas famílias pequenas. E os idosos também foram jogados para fora. Muitos deles morrem em uma eutanásia escondida porque não há cura", criticou o Papa.
Os jovens belgas também fizeram perguntas sobre a vida pessoal de Francisco, o qual, por sua vez, contou que "já cometeu e ainda comete muitos erros". "Dizem que o homem é o único animal que cai duas vezes no mesmo lugar. Os erros da minha vida foram assim, grandes professores. Mas não posso dizer que aprendi com todos os erros. Com alguns, sou teimoso", disse o Papa, sorridente.
Questionado sobre seus anseios, Francisco contou ter medo "apenas de si mesmo". "'Não tenham medo', Jesus repetiu várias vezes no Evangelho, porque ele sabe que o medo é uma coisa normal", argumentou.
A iniciativa de entrevistar o Papa faz parte do projeto de comunicação "Verse Vis", da pastoral jovem de Flandres, na Bélgica. Ao todo, 15 jovens de dialeto flamenco trabalharam na realização do projeto e cinco deles foram recebidos pelo Papa no Palácio Apostólico. Os jovens fizeram perguntas em inglês ao Pontífice, que teve "o dever de responder às inquietações". O vídeo, intitulado "Habemus Papam", tem duração de 30 minutos. http://www.papafrancesconewsapp.com/por/ (ANSA)
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. 2013 © COPYRIGHT ANSA
http://ansabrasil.com.br/brasil/noticias/vaticano/noticias/2014/04/04/-acusam-ser-comunista-diz-papa-Francisco_7691414.html

quinta-feira, 3 de abril de 2014

CATÓLICA ESCREVE AO CABO-ELEITORAL PADRE FÁBIO DE MELLO

"Prezado ; Padre Fábio de Melo..;
CARTA ABERTA AO PADRE FÁBIO DE MELLO
Prezado padre:Eu sempre gostei muito de suas músicas, de suas mensagens, e tinha uma grande simpatia pelo senhor! Mas depois de ver sua foto com um político mineiro conhecido pelos seus costumes pouco recomendáveis ( bebida e pó), fiquei desapontada. E não me venha dizer que é mentira o que dizem dele, porque as fotos na imprensa e as INÚMERAS infrações e autuações policiais no RIO me comprovam! Eu até acho que na condição de eleitor o senhor tem o direito de votar em quem quiser...mas fazer palanque ai na TV CANÇÃO NOVA ( UM espaço mantido por doações de pessoas de TODAS as opções políticas) é demais!
Isso traz ao senhor um grande encargo: o senhor o esta apoiando!!! senhor está EMPRESTANDO sua figura publica à esse candidato!!! Padre Fábio, votar em A ou B até pode, mas INDUZIR O VOTO, a um povo simples que ouve seus pastores é criminoso!!! .... O que virou a Canção Nova? Um PALANQUE ou um NINHO de tucanos? Que lastima, que decepção; isso me envergonha, vou deixar de ver a Canção Nova para não me aborrecer mais; como se não bastasse o padre José Augusto na Canção Nova em uma missa que celebrava, dizer com todas as letras que quem votasse no PT iria para o Inferno(!!!!!!!) que absurdo a gente tem que ouvir na hora da missa!!!
MEU DEUS? OS SENHORES PERDERAM O JUÍZO, SENHORES PADRES?
Não ouviram a mensagem do Papa Francisco? Ou querem o povo desenhe para vocês que eles escolheram pelo voto o PT? Vocês tem que ir ao encontro do povo, de sua vontade e respeitem seu voto!!!! POLITIZE o povo, PE. Fábio de Mello, mas não PARTIDARIZE!!! Não indique NOMES de candidatos, diga sim as QUALIDADES que deverão ter aqueles que a IGREJA quer e DEVE apoiar.!!!"
Saíam dos palanques, parem de falar besteiras pelo amor de Deus!....Tem um povo precisando de padres, para conversar, escutem o Papa, vão ao encontro do povo mais sofrido....deixemos os políticos endinheirados , drogados e cachaceiros trabalharem com seus próprios meios se querem votos, e não USANDO uma Televisão Católica para isso, porque isso sim me envergonha como CATÓLICA que sou.
Hoje ME declaro uma católica decepcionada com seu mau exemplo.
MARIA DA PIEDADE P. SANTOS Guaratinguetá SP
email dadinhadaunesp@yahoo.com.br
publiquei essa carta lá na página da Canção Nova , vamos ver se eles não apagam!"

quinta-feira, 27 de março de 2014

OLAVO MENTIU: CIA ORGANIZOU MARCHAS PELA DITADURA, EM 64



Frei Betto: CIA financiou Marchas da Família com Deus

Por Redação
CIA utilizava o padre Patrick Peyton para vir ao Brasil e organizar as Marchas da Família com Deus pela Liberdade que preparam todo o caldo golpista de 1964
Por Redação
Em entrevista ao portal UOL, Frei Betto, que foi preso e torturado durante a ditadura, conta que as Marchas da Família com Deus pela Liberdade eram patrocinadas pela CIA. Betto conta que na véspera do golpe militar de 1964 a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) estava dividida entre apoiar ou não os militares.
“Em meados de abril de 1964, numa reunião no Rio da qual participei como membro da direção nacional da Ação Católica, houve uma furiosa discussão entre bispos conservadores e progressistas, tendo ganhado o setor conservador. E a CNBB oficialmente apoiou o golpe por ter livrado o Brasil da ameaça comunista”, disse o frei dominicano.
Posteriormente, o religioso revela que o clima de golpe já era alimentado pela CIA a partir do padre Patrick Peyton, “que era o pároco de Hollywood” e que vinha ao Brasil “pago pela CIA para fazer as Marchas da Família com Deus pela Liberdade”. De acordo com Betto, Peyton “promovia grandes mobilizações nesse sentido. Portanto, quando veio o golpe, a igreja agradece a Nossa Senhora da Aparecida ter livrado o Brasil da ameaça comunista”.
Após o AI-5, em 1968, Frei Betto relata que setores da igreja apoiadores do  golpe perderam espaço. “Alguns foram morrendo, outros foram aposentados por razão de idade ou de doença, mas eles foram perdendo a hegemonia da CNBB, que passou para as mãos dos progressistas, que eram críticos contundentes da ditadura e, portanto, defensores dos direitos humanos. Você vê surgir uma igreja progressista, das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), das pastorais populares, assumindo uma posição bastante consequente, contundente, contra a ditadura militar”.
http://www.revistaforum.com.br/blog/2014/03/frei-betto-cia-financiou-marchas-da-familia-com-deus/

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DIOCESE AMERICANA PAGA MAIOR ACORDO SOBRE PEDOFILIA

Nova denúncia de abuso sexual abala Arquidiocese de Los Angeles


No mesmo dia em que representantes legais de 17 litigantes e da arquidiocese anunciavam um acordo para resolver os últimos processos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes e membros da Igreja Católica no passado, um pai anunciou nesta quarta-feira (19) a apresentação de outra demanda por abuso contra sua filha.
O episódio ocorre quando a Arquidiocese de Los Angeles dava por encerrado o capítulo de processos judiciais por abuso sexual com um acordo de US$ 13 milhões. Herminio Ortiz e seu advogado, Luis Carrillo, anunciaram a apresentação de uma queixa legal por abuso contra a menor por parte de um treinador voluntário que ajudava em uma equipe da Escola Elementar San Diego ("St. Didacus").
Ortiz afirmou que o responsável pelo abuso é Epifanio Nevárez, que já foi condenado por atos lascivos com um menor em setembro de 2013. "Especificamente, ele esteve em contato com esta menina e a levou da escola para sua casa para fazê-la participar de brincadeiras sexuais", alega o processo.
A arquidiocese esclareceu através de um comunicado que suas políticas "não permitem que ninguém com uma denúncia crível de abuso de menores trabalhe ou atue como voluntário em nenhum Ministério".
"A segurança e proteção das crianças é nossa mais absoluta prioridade", assegurou a entidade católica e também pediu que qualquer pessoa que saiba ou suspeite de algum abuso busque as autoridades ou a própria arquidiocese.
Além disso, afirmou que "Epifanio Nevárez era um representante, designado pelos pais, para seus netos, que eram estudantes da Escola San Diego".
Em julho de 2007, a arquidiocese assinou um acordo diante do juiz Haley Fromholtz da Suprema Corte de Los Angeles, pelo valor total de US$ 660 milhões, pondo fim a mais de cinco anos de negociações por casos de processos por abusos sexuais.
A regra incluiu mais de 500 supostas vítimas de abusos sexuais por parte de membros do clero e da arquidiocese e consistiu na quantia mais alta paga por qualquer diocese nos Estados Unidos. Como parte do acordo, a arquidiocese se comprometeu a não bloquear os pedidos de divulgar os registros sobre denúncias de abuso sexual em seus arquivos.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2014/02/20/nova-denuncia-de-abuso-sexual-abala-arquidiocese-de-los-angeles.htm

domingo, 15 de dezembro de 2013

PAPA DESENHA PRÁ DIREITONA-BURRA ENTENDER...

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

DIREITA DOS EUA ODEIA O PAPA FRANCISCO. E A BRASILEIRA ODEIA, MAS FINGE...

Papa vira 'vilão' nos EUA após críticas ao capitalismo



RAUL JUSTE LORES

DE WASHINGTON

O papa Francisco se tornou o mais novo vilão entre os conservadores americanos,
depois de ter criticado a ganância e as desigualdades do capitalismo.
Na semana passada, o radialista Rush Limbaugh, ícone do movimento Tea Party,
chamou-o de marxista.
"Ele tritura o capitalismo e a América, e o Obama tem orgasmos só de ouvi-lo",
afirmou. O presidente havia citado o papa no dia anterior, dizendo que concordava
com sua crítica contra a "distribuição de renda mais desigual".
Adam Shaw, editor da conservadora rede Fox News, disse que o papa é "o Obama
do catolicismo". "Assim como a América se decepcionou com Obama, esse papa
será um desastre para a igreja".
Sarah Palin, candidata republicana a vice-presidente em 2008, disse que o papa
"parece marxista". Ela acaba de lançar um livro sobre "a guerra contra o Natal"
provocada por "uma sociedade cada vez mais antirreligiosa".
USANDO A BíBLIA
O editor-chefe do blog The Dish, Andrew Sullivan, disse à Folha que "os evangéli-
cos estiveram usando a Bíblia contra gays e contra o aborto. Agora, estão so-
frendo do mesmo remédio, afinal a Bíblia do papa é a mesma, e ela prega a justi-
ça social".
"Só quem não acompanha a igreja se surpreende com a fala do papa. João Paulo
2º já falava de ganância no capitalismo", diz.
A popularidade do papa ainda é alta no país: 78% dos católicos e 58% da popu-
lação em geral têm visão positiva de Francisco, segundo pesquisa do instituto
Pew. O comparecimento às missas, porém, continua o mesmo desde que ele se
tornou papa, em março --39% dos católicos americanos vão semanalmente à
missa.
A Igreja Católica americana brigou com o presidente Barack Obama por conta do
plano universal de saúde aprovado por ele. Funcionárias de hospitais e colégios
católicos terão direito à cobertura de tratamentos anticoncepcionais, como prevê
o plano --a igreja pedia isenção dessa obrigação.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

IMPRESSIONANTES PALAVRAS DO PAPA CONTRA O CAPITALISMO!!!

"Evangelii Gaudium" (A Alegria do Evangelho)

Em sua primeira exortação apostólica, dirigida a todos os católicos, sacerdotes e especialmente aos bispos, o Papa Francisco acaba de fazer uma análise severa do Capitalismo sem freios que vivemos hoje, que marginaliza povos inteiros em benefício de poucos que enriquecem selvagemente. 
As duras palavras do ex-cardeal argentino Jorge Bergoglio, hoje chefe supremo da Igreja Católica, contrariam toda a pregação de uma direita falsamente cristã que prefere aliar-se aos donos do poder econômico e político, ao invés de se postarem na defesa dos pobres. 
Trago os trechos mais importantes do documento papal, nos quais ele trata do Capitalismo como um sistema perverso. O texto está com a grafia do Português de Portugal, o que em nada dificulta o entendimento. O documento completo poder ser lido aqui: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo/noticia/2013/11/leia-a-primeira-exortacao-apostolica-do-papa-francisco-evangelii-gaudium-4345991.html
53. Assim como o mandamento «não matar» põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer «não a uma economia da exclusão e da desigualdade social». Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o facto de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em consequência desta situação, grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem perspectivas, num beco sem saída. O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. Assim teve início a cultura do «descartável», que aliás chega a ser promovida. Já não se trata simplesmente do fenómeno de exploração e opressão, mas duma realidade nova: com a exclusão, fere-se, na própria raiz, a pertença à sociedade onde se vive, pois quem vive nas favelas, na periferia ou sem poder já não está nela, mas fora. Os excluídos não são «explorados», mas resíduos, «sobras».
54. Neste contexto, alguns defendem ainda as teorias da «recaída favorável» que pressupõem que todo o crescimento económico, favorecido pelo livre mercado, consegue por si mesmo produzir maior equidade e inclusão social no mundo. Esta opinião, que nunca foi confirmada pelos factos, exprime uma confiança vaga e ingénua na bondade daqueles que detêm o poder económico e nos mecanismos sacralizados do sistema económico reinante. Entretanto, os excluídos continuam a esperar. Para se poder apoiar um estilo de vida que exclui os outros ou mesmo entusiasmar-se com este ideal egoísta, desenvolveu-se uma globalização da indiferença. Quase sem nos dar conta, tornamo-nos incapazes de nos compadecer ao ouvir os clamores alheios, já não choramos à vista do drama dos outros, nem nos interessamos por cuidar deles, como se tudo fosse uma responsabilidade de outrem, que não nos incumbe. A cultura do bem-estar anestesia-nos, a ponto de perdermos a serenidade se o mercado oferece algo que ainda não compramos, enquanto todas estas vidas ceifadas por falta de possibilidades nos parecem um mero espectáculo que não nos incomoda de forma alguma.
Não à nova idolatria do dinheiro
55. Uma das causas desta situação está na relação estabelecida com o dinheiro, porque aceitamos pacificamente o seu domínio sobre nós e as nossas sociedades. A crise financeira que atravessamos faz-nos esquecer que, na sua origem, há uma crise antropológica profunda: a negação da primazia do ser humano. Criámos novos ídolos. A adoração do antigo bezerro de ouro (cf. Ex 32, 1-35) encontrou uma nova e cruel versão no fetichismo do dinheiro e na ditadura duma economia sem rosto e sem um objectivo verdadeiramente humano. A crise mundial, que investe as finanças e a economia, põe a descoberto os seus próprios desequilíbrios e sobretudo a grave carência duma orientação antropológica que reduz o ser humano apenas a uma das suas necessidades: o consumo.
56. Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum. Instaura-se uma nova tirania invisível, às vezes virtual, que impõe, de forma unilateral e implacável, as suas leis e as suas regras. Além disso, a dívida e os respectivos juros afastam os países das possibilidades viáveis da sua economia, e os cidadãos do seu real poder de compra. A tudo isto vem juntar-se uma corrupção ramificada e uma evasão fiscal egoísta, que assumiram dimensões mundiais. A ambição do poder e do ter não conhece limites. Neste sistema que tende a fagocitar tudo para aumentar os benefícios, qualquer realidade que seja frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta.
Não a um dinheiro que governa em vez de servir
57. Por detrás desta atitude, escondem-se a rejeição da ética e a recusa de Deus. Para a ética, olha-se habitualmente com um certo desprezo sarcástico; é considerada contraproducente, demasiado humana, porque relativiza o dinheiro e o poder. É sentida como uma ameaça, porque condena a manipulação e degradação da pessoa. Em última instância, a ética leva a Deus que espera uma resposta comprometida que está fora das categorias do mercado. Para estas, se absolutizadas, Deus é incontrolável, não manipulável e até mesmo perigoso, na medida em que chama o ser humano à sua plena realização e à independência de qualquer tipo de escravidão. A ética – uma ética não ideologizada – permite criar um equilíbrio e uma ordem social mais humana. Neste sentido, animo os peritos financeiros e os governantes dos vários países a considerarem as palavras dum sábio da antiguidade: «Não fazer os pobres participar dos seus próprios bens é roubá-los e tirar-lhes a vida. Não são nossos, mas deles, os bens que aferrolhamos».
58. Uma reforma financeira que tivesse em conta a ética exigiria uma vigorosa mudança de atitudes por parte dos dirigentes políticos, a quem exorto a enfrentar este desafio com determinação e clarividência, sem esquecer naturalmente a especificidade de cada contexto. O dinheiro deve servir, e não governar! O Papa ama a todos, ricos e pobres, mas tem a obrigação, em nome de Cristo, de lembrar que os ricos devem ajudar os pobres, respeitá-los e promovê-los. Exorto-vos a uma solidariedade desinteressada e a um regresso da economia e das finanças a uma ética propícia ao ser humano.
Não à desigualdade social que gera violência
59. Hoje, em muitas partes, reclama-se maior segurança. Mas, enquanto não se eliminar a exclusão e a desigualdade dentro da sociedade e entre os vários povos será impossível desarreigar a violência. Acusam-se da violência os pobres e as populações mais pobres, mas, sem igualdade de oportunidades, as várias formas de agressão e de guerra encontrarão um terreno fértil que, mais cedo ou mais tarde, há-de provocar a explosão. Quando a sociedade – local, nacional ou mundial – abandona na periferia uma parte de si mesma, não há programas políticos, nem forças da ordem ou serviços secretos que possam garantir indefinidamente a tranquilidade. Isto não acontece apenas porque a desigualdade social provoca a reacção violenta de quantos são excluídos do sistema, mas porque o sistema social e económico é injusto na sua raiz. Assim como o bem tende a difundir-se, assim também o mal consentido, que é a injustiça, tende a expandir a sua força nociva e a minar, silenciosamente, as bases de qualquer sistema político e social, por mais sólido que pareça. Se cada acção tem consequências, um mal embrenhado nas estruturas duma sociedade sempre contém um potencial de dissolução e de morte. É o mal cristalizado nas estruturas sociais injustas, a partir do qual não podemos esperar um futuro melhor. Estamos longe do chamado «fim da história», já que as condições dum desenvolvimento sustentável e pacífico ainda não estão adequadamente implantadas e realizadas.
60. Os mecanismos da economia actual promovem uma exacerbação do consumo, mas sabe-se que o consumismo desenfreado, aliado à desigualdade social, é duplamente daninho para o tecido social. Assim, mais cedo ou mais tarde, a desigualdade social gera uma violência que as corridas armamentistas não resolvem nem poderão resolver jamais. Servem apenas para tentar enganar aqueles que reclamam maior segurança, como se hoje não se soubesse que as armas e a repressão violenta, mais do que dar solução, criam novos e piores conflitos. Alguns comprazem-se simplesmente em culpar, dos próprios males, os pobres e os países pobres, com generalizações indevidas, e pretendem encontrar a solução numa «educação» que os tranquilize e transforme em seres domesticados e inofensivos. Isto torna-se ainda mais irritante, quando os excluídos vêem crescer este câncer social que é a corrupção profundamente radicada em muitos países – nos seus Governos, empresários e instituições – seja qual for a ideologia política dos governantes.
(Os grifos são meus - ABF)

terça-feira, 22 de novembro de 2011

HÁ QUASE UM ANO, BISPO RECUSOU HOMENAGEM DO SENADO

Bispo diz que reajuste dos parlamentares é um atentado contra os direitos humanos


Eu que nunca foi fã de celebridade termino o ano de 2010, fã de uma, o bispo de Limoeiro do Norte, no Ceará, Dom Manuel Edmilson da Cruz.
Esse bispo fez o que as celebridades do Brasil, tipo Xuxa e Renato Aragão, não fazem e não dizem que as celebridades deveriam fazer, recusou a receber uma homenagem dada Pelo Senado Federal.
Em um país onde as celebridades, da Globo principalmente, dão máquinas fotográficas dizendo que é para realizar sonhos e andam de mãos dadas com os agentes corruptos do Estado, só podemos bater palmas para a atitude honrada desse bispo, que em protesto contra o aumento de 61,8% aos parlamentares aprovado pelo Congresso Nacional na última semana recusou a premiação.
Depois de criticar o não pagamento de precatórios, o baixo valor das aposentadorias, o salário mínimo "que crescem em ritmo de lesma", o bispo lembrou o aumento dos parlamentares e o efeito cascata que a decisão deverá impor nos Estados e municípios.
"O povo brasileiro, hoje de concidadãos e concidadãs, ainda os considera Parlamentares?", indagou. "Quem assim procedeu não é Parlamentar. É para lamentar".
"A Comenda hoje outorgada não representa a pessoa do cearense maior que foi Dom Hélder Câmara. Desfigura-a, porém. Sem ressentimentos e agindo por amor e com respeito a todos os senhores e senhoras, pelos quais oro todos os dias, só me resta uma atitude: recusá-la. Ela é um atentado, uma afronta ao povo brasileiro, ao cidadão contribuinte para o bem de todos com o suor de seu rosto e a dignidade de seu trabalho".
Dom Manuel acrescentou que, se aceitasse a homenagem, estaria agindo contra os direitos humanos. "O aumento a ser ajustado deveria guardar sempre a mesma proporção que o aumento do salário mínimo e o da aposentadoria. Isso não acontece! O que acontece é um atentado contra os direitos humanos de nosso povo".
         Todos os brasileiros deveriam homenagear esse bispo, pois ele merecer nossa atenção e carinho e é um homem honrado. 
 
Chico de Oliveira


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SEBASTIÃO NERY DIZ VERDADES SOBRE O PAPA

Qualquer dia vou reecontrar o grande jornalista Sebastião Nery, que nem se lembra de nossos dois rápidos encontros há anos atrás, um em Brasília e outro em São Paulo. Mas ele é amigo de dois dos meus melhores amigos, Audálio Dantas e Oswaldo Catan.

Pessoalmente, vou pedir-lhe desculpas por ter "roubado" este seu texto. Não resisti. É importante, revelador, corajoso. Como tudo que Sebastião Nery escreve. E a mim me tocou ainda mais porque há mesnos de seis meses estive diante do munumento a Giordano Bruno, na mesma Piazza dei Fiori, em Roma. Leiam e se emocionem comigo:


QUEIMADO

NA PRAÇA

No meio da praça do “Campo dei Fiori”, em Roma, cheia de flores, frutos e “finestras” (janelas), com seu mercado aberto e a milenar arquitetura das antiquissimas hospedarias medievais, estou vendo Giordano Bruno, de pé, na estátua negra, denúncia eterna de todos os fundamentalismos:

- “A Bruno, il Secolo da Lui Divinato, Qui, Dove il Rogo Arse” (“A Bruno, o Século por Ele Profetizado, Aqui, Onde a Fogueira Ardeu”).

Nascido em 1548, em Napoles, Giordano Bruno entrou na Ordem dos Dominicanos com 17 anos, ficou lá 10 anos, ordenado padre e doutorado em Teologia. Acusado de heresia, deixou a Ordem e foi ensinar no norte da Itália. Perseguido, refugiou-se na Suíça, França, Inglaterra, Alemanha, Alemanha, voltando a Veneza, onde foi preso pelo Santo Oficio.

A pedido do Papa, as autoridades de Veneza o entregaram ao tribunal da Inquisição de Roma, onde ficou sete anos encarcerado, negando-se a retratar-se de suas doutrinas e, afinal, é queimado vivo no Campo dei Fiori, em 1600.

***

Durante tres semanas, em Roma, 252 bispos de 118 paises se reuniram com o Papa no que foi chamado de “O Sínodo da Restauração”. “Nem abertura nem reformas. O objetivo é a restauração”, diz o jornalista Juan Bedoya, do “El Pais”, que cobriu o Sínodo.

O Papa Bento XVI, com apenas seis meses de pontificado, pediu aos bispos “propostas concretas para refazer ou retificar o que numerosos prelados chamam, sem meias palavras, de excessos e desvios do Concilio Vaticano II”, que faz 40 anos no Natal.Os bispos deram. Depende agora de o Papa aprovar.

Citando São Paulo e partindo do verbo grego “catartizesthe” (refazer, reparar um instrumento, restituir sua função total), Bento VI, que no Concilio era um jovem teólogo progressista, com propostas reformadoras, diz agora:

- “O objetivo hoje é voltar à perfeição. A tarefa para os apóstolos é a de refazer uma rede que já não está justa, que tem tantos furos que já não serve”.

***

O Sinodo disse vários “não” a problemas que dividem a Igreja:

1. – O primeiro foi manter o celibato obrigatório dos padres. O cardeal colombiano Castrillon, responsável pela Congregação do Clero, pediu ao Papa que use seu “carisma de pedra” para fechar essa porta de forma definitiva. Também não haverá ordenação sacerdotal de mulheres. E ponto final.

2. – O Sínodo também disse “não” a dar a eucaristia, deixar comungar, a pessoas divorciadas ou separadas que voltem a casar. O tese do relator do Sínodo, indicado pelo Papa, o cardeal patriarca de Veneza, Ângelo Scola, é que “a comunhão não é um direito, é um dom”, e que “os fieis que rompem o casamento, por dolorosas que sejam as circunstancias, não podem ser admitidos à comunhão”. O cardeal espanhol Julian Herranz, presidente do Conselho Pontifício para os Textos Legislativos, protestou, dizendo que “a eucaristia é um direito fundamental do cristão”. Pediu paciência ao Vaticano.

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3. – Outro “não, expresso pelo substituto do Papa na Congregação para a Doutrina da Fé (a antiga Inquisição), o norteamericano William levada, é “contra os políticos hipócritas que se dizem cristãos em particular e, em publicoi, desobedecem as doutrinas morais que a Igreja considera básicas”.

4. - O Sinodo “aposta mais na unidade interna e na obediencia ao Papa do que em estreitar laços com seus irmãos separados : protestantes, luteranos, anglicanos, ortodoxos” : - “Não pode haver união sem unidade no governo eclesial”, diz o cardeal Ângelo Soldano, o Secretario de Estado, vice do Papa.

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5. – Muitos bispos também se manifestaram contra a “intercomunhão” (admitir a comunhão para os cristãos não católicos, os evangélicos). O bispo da Igreja Anglicana, John Hind, ali como convidado, não gostou e lembrou que há apenas seis meses, em abril, o então cardeal Rtzinger, comungou junto com o evangelico Roger de Taizé, fundador, em 1940, na Borgonha francesa, de uma famosa comunidade ecumênica, e a quem o papa João Paulo II deu a comunhão tres anos atrás. Em 16 de agosto, um louco matou Roger de Taizé.

6. – Outro grande debate do Sínodo foram as “retificações conciliares”, sobretudo a respeito da missa. Querem “acabar com os erros, exageros e experiências de padres que descuidam das cerimônias e permitem cantos e danças não adequadas nas igrejas”. O cardeal Scola negou que se trate de voltar ao latim, como era antes do Concilio, O bispo de Coimbra, Albino Mamede”, explicou : - “Não basta ter o alimento, é preciso saber pôr a mesa”.

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Longe dali, em Paris, em um livro desassombrado (“Mon Dieu, Pourquoi”? - “Meu Deus, Por Que?”), o venerando Abbé Pierre, 93 anos, fundador da Comunidade de Emaus e todo ano eleito a personalidade mais popular e querida da França, discute o sexo na Igreja, defende o casamento dos padres, o sacerdocio das mulheres. Mostra que só o fim do celibato acaba com a pedofilia na Igreja. Confessa que teve “relações sexuais com mulheres de maneira passageira e não regular”. E celebra o amor de Jesus e Madalena.

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