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sábado, 31 de maio de 2014

FORAM MUITAS AS SUJEIRAS DE BARBOSA NO STF E CNJ. VEJA ALGUMAS:

Barbosa protagonizou falso moralismo que comprometeu o CNJ

O anúncio da aposentadoria do Ministro Joaquim Barbosa livra o sistema judicial de uma das duas piores manchas da sua história moderna.
O pedido de aposentadoria surge no momento em que Barbosa se queima com os principais atores jurídicos do país, devido à sua posição no caso do regime semi-aberto dos condenados da AP 470. E quando expõe o próprio CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a manobras pouco republicanas. E também no dia em que é anunciada uma megamanifestação contra seu estilo ditatorial na frente do STF.
A gota d’água parece ter sido a PEC 63 – que dispõe sobre o aumento do teto salarial da magistratura.
Já havia entendimento no STF que corregedor não poderia substituir presidente do CNJ na sua ausência. Não caso da PEC 63 – que aumenta o teto dos magistrados – Barbosa retirou-se estrategicamente da sessão e colocou o corregedor Francisco Falcão na presidência. Não apenas isso: assumiu publicamente a defesa da PEC e enviou nota ao Senado argumentando que a medida seria “uma forma de garantir a permanência e estimular o crescimento profissional na carreira” (http://tinyurl.com/mf2t6jl).
O Estadão foi o primeiro a dar a notícia, no dia 21. À noite, Barbosa procurou outros veículos desmentindo a autoria da nota enviada ao Senado ou o aval à proposta do CNJ (http://tinyurl.com/m5ueezb).
Ontem, o site do CNJ publicou uma nota de Barbosa, eximindo-se da responsabilidade sobre a PEC.
O ministro ressalta que não participou da redação do documento, não estava presente na 187ª Sessão Ordinária do CNJ no momento da aprovação da nota técnica, tampouco assinou ofício de encaminhamento do material ao Congresso Nacional.

A manipulação política do CNJ

Não colou a tentativa de Barbosa de tirar o corpo do episódio. É conhecido no CNJ – e no meio jurídico de Brasília – a parceria estreita entre ele e o corregedor Francisco Falcão.
É apenas o último capítulo de um jogo político que vem comprometendo a imagem e os ventos de esperança trazidos pelo CNJ.
Para evitar surpresas como ocorreu no STF - no curto período em que Ricardo Lewandowski assumiu interinamente a presidência -, Barbosa montou aliança com Falcão. Em sua ausência, era Falcão quem assumia a presidência do órgão, embora a Constituição fosse clara que, na ausência do presidente do CNJ (e do STF) o cargo deveria ser ocupado pelo vice-presidente – no caso Ricardo Lewandowski.
Muitas das sessões presididas por Falcão, aliás, poderão ser anuladas.
Com o tempo, um terceiro elemento veio se somar ao grupo, o conselheiro Gilberto Valente, promotor do Pará indicado para o cargo pelo ex-Procurador Geral da República Roberto Gurgel.
Com o controle da máquina do CNJ, da presidência e da corregedoria, ocorreram vários abusos contra desafetos. Os presos da AP 470 não foram os únicos a experimentar o espírito de vingança de Barbosa.
Por exemplo, o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Félix Fischer é desafeto de Falcão e se candidatará ao cargo de Corregdor Geral quando este assumir a presidência do STJ. De repente, Fischer é alvejado por uma denúncia anônima feita diretamente a Joaquim Barbosa, de suposto uso de passagens aéreas para levar a esposa em viagens internacionais. O caso torna-se um escândalo público e o conselheiro Gilberto Martins é incumbido de investigar, na condição de corregedor interino (http://tinyurl.com/qg6cjx3) .
Passa a exigir, então, o detalhamento de todas as viagens oferecidas pelo STJ a ministros, mulheres de ministros e assessores (http://tinyurl.com/l6ezw3k). A investigação é arquivada por falta de fundamentos mas, àquela altura, o nome de Fischer já estava lançado na lista de escândalos.
A contrapartida de Falcão foi abrir uma série de sindicâncias contra desembargadores do Pará, provavelmente adversários de Gilberto Martins.
Nesse jogo de sombras e manobras, Barbosa foi se enredando em alianças e abandonando uma a uma suas bandeiras moralizadoras.
Sua principal agenda era combater o “filhotismo”, os escritórios de advocacias formado por filhos de ministros.
Deixou de lado porque Falcão, ao mesmo tempo em que fazia nome investindo-se na função de justiceiro contra as mazelas do judiciário, tem um filho – o advogado Djaci Falcão Neto – que atua ostensivamente junto ao STJ (mesmo quando seu pai era Ministro) e junto ao CNJ (http://tinyurl.com/ku5kdl5), inclusive representando tribunais estaduais. Além de ser advogado da TelexFree, organização criminosa que conseguiu excepcional blindagem no país, a partir da falta de ação do Ministro da Justiça.
Por aí se entende a razão de Falcão ter engavetado parte do inquérito sobre o Tribunal de Justiça da Bahia que envolvia os contratos com o IDEP (Instituto Brasiliense de Direito Público), de Gilmar Mendes.
E, por essas estratégias do baixo mundo da política do Judiciário, compreende-se porque Barbosa e Falcão crucificaram o adversário Fischer, mas mantiveram engavetado processo disciplinar aberto contra o todo-poderoso comandante da magistratura fluminense, Luiz Sveiter, protegido da Rede Globo.

http://jornalggn.com.br/noticia/barbosa-protagonizou-falso-moralismo-que-comprometeu-o-cnj

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

CARROS NOVOS PARA A TURMA DE BARBOSA CUSTAM UM MILHÃO...

STF compra carros de R$ 130,7 mil para ministros

6 de janeiro de 2014 
Dyelle Menezes e Thaís Betat
No último dia de 2013 o Supremo Tribunal Federal (STF) preocupou-se com o conforto dos minis-
tros. No apagar das luzes do ano passado, o Tribunal empenhou R$ 914,9 mil para a compra de se-
te carros do modelo Azera, da marca Hyundai. Cada veículo custará R$ 130,7 mil aos cofres públi-
cos. Os automóveis irão atender os ministros em deslocamentos em Brasília.
STFSegundo a assessoria de impren-
sa do STF, a aquisição dos veículos seria para a renovação parcial da frota, realizada rotineiramen-
te com base em análise de custos. “Quando os veículos atingem um determinado tempo de uso a manutenção fica mais cara e a renovação é alternativa mais eficiente”, explica. A resposta obtida 
pelo Contas Abertas não informou o ano e a quilometragem da frota antiga de veículos do STF.
Os carros são do tipo sedan grande e possuem capacidade para cinco passageiros, incluindo o mo-
torista. Os modelos são de quatro portas e da cor preta. Os bancos dos veículos são de couro na 
cor preta ou cinza, com regulagem eletrônica de altura, ar condicionado, controle eletrônico de tem-
peratura, visor digital, airbags e câmbio automático.
Os detalhes mais luxuosos dos automóvies ficam por conta da central multimídia integrada em pai-
nel touch screen, em que disponibiliza navegador GPS, bluetooth com viva voz para telefone celu-
lar, além de entradas USB. A novas aquisições do STF possuem garantia de três anos.
Confira aqui as notas de empenho
Ao todo, o STF é composto por 11 ministros. Em 2013, as decisões dos ministros em relação ao julgamento do caso do mensalão foram acompanhadas de perto pela sociedade. Dentre as princi-
pais atribuições da Corte está a de julgar a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato nor-
mativo federal ou estadual, a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo fe-
deral, a argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente da própria Constituição 
e a extradição solicitada por Estado estrangeiro.
Outros carros
A renovação da frota de veículos do STF parece ter sido recorrente no ano passado. Como o 
Contas Abertas noticiou na época, no final de outubro o Tribunal reservou R$ 600 mil para a aqui-
sição de 14 automóveis. Segundo a assessoria da Corte, a compra se deveu à necessidade de re-
novação periódica da frota para transporte de servidores e materiais em razão de conveniência de 
serviço.
O veículo mais caro adquirido à época foi o modelo 408 Allure, da Peugeot, ao custo unitário de 
R$ 60 mil. O carro possui quatro portas, motor 2.0 e é do tipo Sedan. Serão comprados três des-
ses automóveis, no valor total de R$ 180 mil. Outros R$ 210 mil foram destinados a aquisição de 
cinco veículos do modelo Spin LT, da Chevrolet. Os carros possuem motor 1.8 flex e já são do 
ano 2014. Cada veículo custou R$ 42 mil aos cofres públicos.
http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/7423

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

MILAGRE EM BRASÍLIA!


 
 

O deputado federal José Antonio Reguffe (PDT-DF), que foi proporcionalmente o mais bem votado do país com 266.465 votos, com 18,95% dos votos válidos do DF, estreou na Câmara dos Deputados fazendo barulho. De uma tacada só, protocolou vários ofícios na Diretoria-Gera...l da Casa. Abriu mão dos salários extras que os parlamentares recebem (14° e 15° salários), reduziu sua verba de gabinete e o número de assessores a que teria direito, de 25 para apenas 9. E tudo em caráter irrevogável, nem se ele quiser poderá voltar atrás. Além disso, reduziu em mais de 80% a cota interna do gabinete, o chamado “cotão”. Dos R$ 23.030 a que teria direito por mês, reduziu para R$ 4.600. Segundo os ofícios, abriu mão também de toda verba indenizatória, de toda cota de passagens aéreas e do auxílio-moradia, tudo também em caráter irrevogável. Sozinho, vai economizar aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões (isso mesmo R$ 2.300.000,000) nos quatro anos de mandato. Se os outros 512 deputados seguissem o seu exemplo, a economia aos cofres públicos seria superior a R$ 1,2 BIlhão. “A tese que defendo e que pratico é a de que um mandato parlamentar pode ser de qualidade custando bem menos para o contribuinte do que custa hoje. Esses gastos excessivos são um desrespeito ao contribuinte. Estou fazendo a minha parte e honrando o compromisso que assumi com meus eleitores”, afirmou Reguffe em discurso no plenário. ................ Quantos poderiam seguir este exemplo??
Por: Cylo De Toledo

segunda-feira, 14 de março de 2011

ASSINE PELO CONTROLE DOS SALÁRIOS DOS POLÍTICOS!

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoListaSignatarios.aspx?pi=P2011N7432

Assine a petição de apoio ao projeto da deputada Luíza Erundina, que prevê referendo popular sobre os aumentos de salários do Presidente da República, Deputados e Senadores.
É hora de participar!

sábado, 12 de março de 2011

DEPUTADO ABRE MÃO DE MORDOMIAS!

Está no excelente blog do jornalista Luiz Carlos Azenha ( link a esquerda, Viomundo)

Enfim, surge na política nacional uma esperança de político ficha-limpa, preparado e defensor da ética. Conheça José Antonio Reguffe, o deputado proporcionalmente mais votado do País.

Carlos Newton
na Tribuna da Imprensa, sugestão da Sandra Prazeres (por e-mail)
Como se trata de um exemplo de austeridade e comportamento político, vale a pena reproduzir aqui uma reportagem do “Jornal da Comunidade”, de Brasília, mostrando que nem tudo está perdido. É um  deputado federal de 39 anos, idealista, filiado ao PDT, cuja carreira pode surpreender favoravelmente a opinião pública. Chama-se José Antonio Reguffe, é economista e jornalista. A entrevista com ele foi feita pelo repórter Luis Ricardo Machado.
“Em meio à onda de escândalos no cenário político de Brasília em 2010, fato que gerou a queda do governador, secretários de estado e alguns deputados distritais, o discurso pela ética e pela honestidade na política ganhou eco nas eleições da capital federal.
Sem utilizar recursos milionários e atuando da mesma forma que foi eleito deputado distrital em 2006, José Antônio Reguffe (PDT) obteve 266.465 mil votos, 18,95% dos votos válidos a deputado federal, e tornou-se o novo fenômeno da política nacional. Respeitando as proporções do coeficiente eleitoral, Reguffe foi o candidato proporcionalmente mais votado em 2010 à Câmara dos Deputados.
Estreou na Câmara fazendo barulho. De uma tacada só, protocolou vários ofícios na Diretoria-Geral da Casa. Abriu mão dos salários extras que os parlamentares recebem (14° e 15° salários), reduziu sua verba de gabinete e o número de assessores a que teria direito, de 25 para apenas 9. E tudo em caráter irrevogável, nem se ele quiser poderá voltar atrás. Além disso, reduziu em mais de 80% a cota interna do gabinete, o chamado “cotão”. Dos R$ 23.030 a que teria direito por mês, reduziu para apenas R$ 4.600.
Segundo os ofícios, abriu mão também de toda verba indenizatória, de toda cota de passagens aéreas e do auxílio-moradia, tudo também em caráter irrevogável. Sozinho, vai economizar aos cofres públicos mais de R$ 2,3 milhões nos quatro anos de mandato. Se os outros 512 deputados seguissem o seu exemplo, a economia aos cofres públicos seria superior a R$ 1,2 bilhão.
“A tese que defendo e que pratico é a de que um mandato parlamentar pode ser de qualidade custando bem menos para o contribuinte do que custa hoje. Esses gastos excessivos são um desrespeito ao contribuinte. Estou fazendo a minha parte e honrando o compromisso que assumi com meus eleitores”, afirmou Reguffe em discurso no plenário.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

REFORMA POLÍTICA É MENTIRINHA

Vocês têm acompanhado os debates sobre a tal "reforma política" que os políticos e os jornais apresentam como uma necessidade imprescindível ao Brasil? Pode parecer meio chato, mas é assunto que interessa a todos - somos nós que elegemos e sustentamos os políticos e os Partidos.
Pois eu tenho visto algumas idéias em debate, todas de interesse dos políticos. Fala-se em voto distrital puro (quando se dividiria o Estado em distritos e cada um elegeria um representante); falam em distrital misto (quando há duas listas, e vota-se no partido em uma, e no nome do seu candidato em outra); fala-se em financiamento público das campanhas (ficariam proibidas as doações de dinheiro por empresas e particulares, cada partido recebendo uma cota do orçamento próprio); etc.
Muito bem: podemos discutir esses assuntos, mas acho que eles interessam quase exclusivamente aos Partidos e aos políticos. Esses, jamais votarão algo que enfraqueça os seus privilégios. Se deixarem, os políticos eleitos estendem seus mandatos por, digamos, uns vinte anos, se não pela vida toda. E multiplicam seus salários e mordomias por dez, por cem, ou por mil.
Os congressistas (deputados federais e senadores) acabam de aumentar seus próprios salários em 62%! Tal correção salarial se estende às Assembléias Legislativas nos Estados e às Câmaras Municipais. A despesa é enorme, para pouco trabalho. E os que fazem isso são os mesmos que acham impossível dar um salário mínimo superior a 545 reais (o que cada deputado gasta por dia com almoços, jantares, bebidas e gorjetas). Não há justificativa para tais privilégios.
Se querem uma reforma política prá valer, deveriam abordar pontos que interessam muito mais aos cidadãos, eleitores e contribuintes. Por exemplo:
1) Por que não fixar os aumentos de salários dos políticos no mesmo índice do aumento do salário mínimo?
2) Por que não aprovar o projeto da minha amiga Luiza Erundina, que prevê convocação de referendo popular para aprovar ou não o aumento auto-concedido pelos políticos?
3) Por que não obrigar o ocupante de cargo eletivo ou de nomeação política,  a usar serviços de Saúde e Educação públicos? Aposto que, em seis meses, o Brasil teria as melhores ecolas e os melhores hospitais do mundo...
4) Por que continuar permitindo que os políticos contratem assessores entre parentes, amigos e cabos-eleitorais, ao invés de exigir concursos públicos abertos a todos e feitos com honestidade?
5) Por que dar imunidade judicial a ex-autoridades (lei feita por Fernando Henrique às vésperas de deixar a Presidência) o que divide a população em castas, uma que pode cometer crimes sem castigo, e outra que sofre os rigores da lei penal?
Enfim, essas são apenas algumas idéias que gostaria d ever pelo menos discutidas. Ou se faz uma reforma prá valer, moralizando a atividade política (que pode ser nobre), e obrigando os detentores de cargos públicos a prestarem contas de seus ganhos e de seus atos, ou fica tudo como está.
E hoje está muito ruim: o povo paga, e meia-dúzia usufrui.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

PROTESTO CONTRA AUMENTO ABUSIVO PARA POLÍTICOS

Estamos reunindo material sobre o aumento imoral dos salários de deputados, senadores, magistrados - que logo será estendido aos deputados estaduais e vereadores de todo o Brasil. Surge um Movimento Contra as Mordomias Parlamentares, que deverá tornar-se uma organização civil para pressionar o Congresso pela aprovação do Projeto de Lei 55/2011, que prevê referendo popular sobre os subsídios dos políticos.
Saiba mais em:

http://povosoberano.zip.net/

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

TODO APOIO A ESTE PROJETO, CONTRA MORDOMIAS DE POLÍTICOS


Tenho a honra de ser amigo pessoal da deputada Luíza Erundina, uma das figuras políticas mais dignas deste País. Esquecida pela mídia porque tem cumprido seu papel na Comunição de Ciência, Tecnologia e Comunicação da Câmara, que analisa as concessões e renovações de rádio e TV - e ela é rigorosa, já que a maioria das empresas não cumpre os contratos - Luiza prossegue seu trabalho honrado. Por isso, mesmo sob censura e sem dinheiro para grandes campanhas, acaba de obter mais de 200 mil votos!

Agora, diante do escandaloso aumento que os deputados deram a si mesmos, ao presidente da República e senadores - puxado para cima pelos aumentos criminosos que os juízes se auto-concederam, algo absolutamente sem-vergonha - Erundina apresenta o projeto que reproduzo abaixo.
Sugiro que todos nós entupamos as caixas de e-mails de todos os parlamentares, exigindo urgência e aprovação desta propositura moralizadora. E escrevam também para Erundina, para fortelecê-la nesta luta quase impossível. 
Leiam o texto do importante projeto:



PROJETO DE LEI N° 55, DE 2011
(da Sra. Luiza Erundina)

Institui o referendo popular obrigatório para a fixação dos subsídios do Presidente da República e dos membros do Congresso Nacional

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º. Os atos legislativos que fixarem o subsídio do Presidente da República e dos membros do Congresso Nacional serão obrigatoriamente submetidos a referendo popular, na forma do disposto nos artigos 14, II e 49, XV da Constituição Federal.
Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A Constituição Federal abre-se com a declaração de que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito, onde todo o poder emana do povo (art. 1º e seu parágrafo único).

Em Estados dessa natureza, os agentes políticos eleitos pelo povo não têm legitimidade para fixar, sem o consentimento do povo que os elegeu, as condições de sua relação subordinada ao soberano, em especial o montante dos subsídios a que fazem jus pelo exercício desse múnus público.

A Constituição Federal determinou, em seu art. 14, II, que a soberania popular é exercida, entre outros instrumentos, por meio de referendo. Trata-se da aprovação, dada pelo povo, a atos dos órgãos estatais e agentes públicos, notadamente as leis votadas pelo Congresso Nacional.

O presente projeto torna obrigatória a prática do referendo popular em matéria de fixação de subsídios do chefe do Poder Executivo e dos integrantes do Congresso Nacional, dando assim plena aplicação ao princípio democrático que fundamenta a nossa ordem constitucional.

Sala das Sessões, em

LUIZA ERUNDINA (PSB-SP)




O ESCÂNDALO DOS SUPER-SALÁRIOS DOS POLÍTICOS

Na Folha de S. Paulo, matéria sobre os super-salários dos deputados federais que se afastam para assumir Secretarias de Estado, mas optam pelo maior salário. Os deputados se auto-concederam um aumento de 62%, em dezembro.  
Falta uma Praça Tahir em Brasília...


SIMONE IGLESIAS
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA 

Deputados federais estão aproveitando uma brecha da Constituição para se tornar "supersecretários" de Estado, ganhando salário de R$ 26,7 mil, mais do que os próprios governadores, seus chefes daqui para frente.
Até a tarde de ontem, 18 deputados haviam pedido para continuar a receber o salário de congressista, embora tenham se afastado da Câmara para trabalhar como secretários de Estado, cujo salário é, em geral, bem menor.
Levantamento da Folha mostra que pelo menos 30 deputados irão se licenciar para atuar nos Estados.
A Constituição permite ao parlamentar escolher entre o salário de secretário ou o da Câmara, cujo valor foi reajustado em 62%, passando de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.
Todos os que até ontem haviam informado a decisão à Câmara optaram pelo contracheque maior.
"O fato de eu estar secretário é uma circunstância. Posso estar hoje e não estar amanhã. A delegação que recebi da população é para ser deputado", disse José Aníbal (PSDB), que se licencia da Câmara para assumir a Secretária de Energia de SP.
Ele diz ter defendido apenas a reposição da inflação no reajuste para os congressistas, que embora tenha entrado em vigor agora, foi aprovado em dezembro.
O salário do cargo de Aníbal, R$ 15 mil, é quase R$ 12 mil menor do que o pago no Congresso. O governador Geraldo Alckmin ganha R$ 18,7 mil, R$ 8.000 a menos do que o subordinado.