sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O ESCÂNDALO DOS SUPER-SALÁRIOS DOS POLÍTICOS

Na Folha de S. Paulo, matéria sobre os super-salários dos deputados federais que se afastam para assumir Secretarias de Estado, mas optam pelo maior salário. Os deputados se auto-concederam um aumento de 62%, em dezembro.  
Falta uma Praça Tahir em Brasília...


SIMONE IGLESIAS
RANIER BRAGON
DE BRASÍLIA 

Deputados federais estão aproveitando uma brecha da Constituição para se tornar "supersecretários" de Estado, ganhando salário de R$ 26,7 mil, mais do que os próprios governadores, seus chefes daqui para frente.
Até a tarde de ontem, 18 deputados haviam pedido para continuar a receber o salário de congressista, embora tenham se afastado da Câmara para trabalhar como secretários de Estado, cujo salário é, em geral, bem menor.
Levantamento da Folha mostra que pelo menos 30 deputados irão se licenciar para atuar nos Estados.
A Constituição permite ao parlamentar escolher entre o salário de secretário ou o da Câmara, cujo valor foi reajustado em 62%, passando de R$ 16,5 mil para R$ 26,7 mil.
Todos os que até ontem haviam informado a decisão à Câmara optaram pelo contracheque maior.
"O fato de eu estar secretário é uma circunstância. Posso estar hoje e não estar amanhã. A delegação que recebi da população é para ser deputado", disse José Aníbal (PSDB), que se licencia da Câmara para assumir a Secretária de Energia de SP.
Ele diz ter defendido apenas a reposição da inflação no reajuste para os congressistas, que embora tenha entrado em vigor agora, foi aprovado em dezembro.
O salário do cargo de Aníbal, R$ 15 mil, é quase R$ 12 mil menor do que o pago no Congresso. O governador Geraldo Alckmin ganha R$ 18,7 mil, R$ 8.000 a menos do que o subordinado.

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