quinta-feira, 12 de setembro de 2013

EX-ÉTICO QUER MATAR A CPI DAS LICITAÇÕES, EM TAUBATÉ

Notícia do jornal O VALE, assinada pelo repórter Júlio Codazzi, mostra como alguns vereadores já tentam boicotar a CPI a ser instalada para averiguar as cinco licitações (4 da Prefeitura e uma da Câmara) denunciadas pelos advogados de Djalma Santos, que acusa Juninho Ortiz de corrupção na FDE, então presidida por seu pai. 

A ação do vereador desnecessário revela que os Ortizes estão com medo da CPI, na qual podem aparecer outras provas de crimes. Fosse inocente, o prefeito-cassado seria o primeiro a apoiar a Comissão, instrumento que poderia mostrar que os processos a que responde na Justiça são caluniosos. Mas não é isso o que se vê.

Aqui, trechos da excelente matéria do jornal de São José dos Campos:

Aliados de Ortiz Junior tentam esvaziar comissão

Pedido oficial de informações vai ser usado pelos vereadores governistas como 'alternativa' a CPI
Julio Codazzi
Taubaté
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar a denúncia de que o prefeito Ortiz Junior (PSDB) teria direcionado cinco licitações -- quatro da prefeitura e uma da Câmara -- ainda nem foi aberta e já ganhou uma 'concorrente', que pode culminar em seu arquivamento.

A Câmara deve votar hoje requerimento elaborado pelo vereador governista Joffre Neto (PSB) que pede informações da prefeitura e da Câmara sobre a denúncia.
O requerimento, que tem a assinatura de todos os parlamentares, foi apresentado na sessão passada, antes do vereador Rodrigo Luis Silva, o Digão (PSDB), anunciar o pedido de abertura da CPI.

O texto pede que o prefeito envie à Câmara, em cinco dias, a cópia dos processos licitatórios citados na denúncia. Caberia à mesa diretora da Casa fornecer as mesmas informações.
(...) PT pede abertura de sindicância 
O vereador Salvador Soares (PT) protocolou ontem um pedido para que a denúncia de direcionamento do certame da Câmara seja investigada por uma sindicância interna, composta por 'servidores estáveis'.

A alegação do petista é que os vereadores não teriam "isonomia" para investigar atos de parlamentares, como pede a CPI proposta pelo PSDB. "O PSDB tenta jogar a Câmara no mesmo desgaste político da prefeitura, para tentar proteger o prefeito", disse.

O oposicionista busca com a medida forçar que o PSDB desista de sua CPI, o que abriria brecha para a aprovação da CPI proposta pelo PT, que não cita a licitação da Câmara.

Autor do pedido tucano, o vereador Rodrigo Luis Silva, o Digão (PSDB), defende a apuração dos cinco certames.

Decisão. A presidente da Câmara informou ontem que ainda não analisou o pedido petista. "Não vou me opor a nada, mas os maiores interessados em apurar algo na Câmara são os vereadores", disse Graça.

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