AO 247, LEVY DEFENDE
EQUILÍBRIO E AVANÇO SOCIAL
Em resposta à pergunta feita pela jornalista Tereza Cruvinel,
do 247, ministro anunciado da Fazenda, Joaquim Levy, afirma
que não haverá regresso nos avanços sociais conquistados até
hoje para que se trabalhe pelo crescimento da economia
brasileira; "O equilíbrio da economia é feito para que a gente
possa continuar o avanço social que a gente alcançou. O
exercício fiscal é um exercício de escolha de prioridades",
afirmou; ministro indicado para o Planejamento, Nelson
Barbosa, reforçou que os dois pontos não são contraditórios;
segundo ele, o cumprimento das metas "não implica em
renunciar as conquistas recentes"; Levy defendeu novas
medidas "sem precipitações", "sem pacotes", nem "surpresas";
discurso do ministro não empolgou mercado e Bovespa
fechou em queda de 0,68%.
27 DE NOVEMBRO DE 2014 ÀS 16:39
247 – Respondendo a uma pergunta feita pela jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247, o ministro anunciado da Fazenda, Joaquim Levy, defendeu nesta quinta-feira 27 um "equilíbrio" casado com "avanço social", sem necessidade de recuar conquistas contabilizadas até aqui.
"O equilíbrio da economia é feito para que a gente possa continuar o avanço social que a gente alcançou. O equilíbrio existe para que a gente possa ter as políticas de maneira sólida. O exercício fiscal é um exercício de escolha de prioridades", disse Levy, em coletiva à imprensa logo após o anúncio da equipe econômica pelo Planalto.
"Se não tiver crescimento, é sempre mais difícil pra fazer qualquer
investimento de política pública. As escolhas serão feitas de tal
maneira que os agentes econômicos possam decidir com confiança
e tranquilidade de que o governo opera dentro dos recursos que
lhe são confiados", acrescentou.
O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, deu uma
declaração na mesma linha, assegurando que a preparação de
medidas para o crescimento e os avanços sociais "não são coisas
contraditórias". Segundo ele, o cumprimento das metas "não
implica em renunciar as conquistas recentes".
Levy afirmou que não haverá pressa para que sejam apresentadas
medidas econômicas. "Sem pacotes, sem surpresas. Eu seria
precipitado se desse o receituário agora", declarou. Segundo ele,
a presidente Dilma Rousseff tem um "compromisso absoluto" para
que as metas a serem estabelecidas sejam alcançadas.
O novo ministro também disse que a pasta "reafirma o compromisso
com a transparência" e já apresentou a meta do superávit de 2015
(1,2% do PIB). De acordo com sua previsão, em 2016 e 2017 ela
não será menor do que 2% do PIB.
Segundo ele, "o governo vai dar o exemplo aumentando sua
poupança por meio do superávit primário". Nelson Barbosa, do
Planejamento, prometeu melhoria nos gastos públicos. Alexandre
Tombini, mantido no Banco Central, assegurou que o governo "não
será complacente com a inflação".
O discurso do novo ministro não empolgou o mercado e a Bovespa,
que operava em alta até pouco antes do anúncio, passou a oscilar
entre ganhos e perdas e fechou em queda de 0,68% nesta quinta-feira.
Abaixo, reportagens das agências Brasil e Reuters:
Meta de superávit primário em 2015 será 1,2% do PIB,
diz Joaquim Levy
Wellton Máximo, da Agência Brasil - A meta de superávit primário –
economia para pagar os juros da dívida pública – corresponderá a
1,2% do Produto Interno Bruto (PIB - soma das riquezas produzidas
no país) no próximo ano. O anúncio foi feito há pouco pelo novo
ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros
da dívida pública e permite a redução do endividamento do governo
no médio e no longo prazos. Segundo o novo ministro, em 2016 e
2017, o setor público se comprometerá com uma meta de esforço
fiscal de pelo menos 2% do PIB.
Segundo o novo ministro, o superávit primário de ao menos 2% é
necessário para assegurar a continuidade da redução da dívida
líquida do setor público em relação ao PIB. Levy, no entanto,
reconheceu que é impossível alcançar esse nível de esforço fiscal
no próximo ano.
"Em 2015, a melhora do superávit primário alcançada não deve
permitir chegar ao valor de 2% do PIB. Deve-se trabalhar com meta
de 1,2%, na forma das estatísticas do Banco Central. Para 2016 e
2017, a meta não será menor que 2% do PIB", explicou.
O futuro ministro comprometeu-se a ser transparente na divulgação
dos dados das contas públicas. Segundo ele, o acesso pleno às
informações facilita a tomada de riscos pelas famílias, pelos
consumidores e pelos empresários, principalmente nas decisões
de investimento.
"Alcançar essas metas [de superávit primário] é fundamental para
ampliar confiança na economia brasileira. Isso permite ao país
consolidar o crescimento econômico e melhorar as conquistas
sociais realizadas ao longo dos últimos 20 anos", explicou.
Por causa da queda da arrecadação e do aumento dos gastos, o
governo anunciou que a meta de superávit primário, no próximo
ano, corresponderá a R$ 10,1 bilhões, em vez da meta original
de R$ 80,7 bilhões. A redução do esforço fiscal ainda precisa ser
aprovada pelo Congresso Nacional.
O anúncio da nova equipe econômica de Dilma foi feito nesta tarde
pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas
Traumann, no Palácio do Planalto. Por meio de nota oficial, a
presidenta Dilma Rousseff agradeceu a dedicação dos atuais
ministros, que permanecem em seus cargos até que os novos
indicados formem suas equipes. Além de Levy, Nelson Barbosa,
que assume o Planejamento, e Alexandre Tombini, que permanece
no Banco Central (LINK 2), também conversaram com a imprensa.
Nelson Barbosa diz que trabalhará para melhorar eficiência
dos gastos públicos
Paulo Victor Chagas – Indicado para assumir o Ministério do
Planejamento, Nelson Barbosa, prometeu atuar em conjunto com a
nova equipe econômica do governo para promover o crescimento
da economia brasileira, com controle rigoroso da inflação, estabilidade
fiscal e geração de empregos.
"Como desafio mais imediato, trabalharei na adequação da proposta orçamentária de 2015 ao novo cenário macroeconômico e ao objetivo
de elevação gradual do resultado primário", explicou.
Em declaração à imprensa logo após ter seu nome anunciado, Nelson
Barbosa disse que dará continuidade à melhoria da eficiência dos
gastos públicos, por meio da modernização da gestão. Como novo
coordenador dos principais programas de investimentos do governo
federal, como o Programa de Aceleração do Crescimento e o Programa
Minha Casa, Minha Vida. Barbosa disse, ainda, que pretende ampliar
as parcerias público-privadas.
"Trabalharei especialmente em iniciativas para aumentas as taxas de
investimento e a produtividade de nossa economia, de modo a
consolidar um crescimento mais rápido da renda per capita com
estabilidade monetária", declarou.
Para isso, o futuro ministro disse contar com a colaboração do setor
privado, de parlamentares, de governadores e de prefeitos. Ainda
segundo Nelson Barbosa, é preciso desburocratizar e melhorar a
qualidade dos serviços públicos prestados à população.
O anúncio da nova equipe econômica de Dilma foi feito nesta tarde,
pelo ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas
Traumann, no Palácio do Planalto. Por meio de nota oficial, a
presidenta Dilma Rousseff agradeceu a dedicação dos atuais ministros,
que permanecem em seus cargos até que os novos indicados formem
suas equipes. Além de Barbosa, Joaquim Levy, que assume a Fazenda,
e Alexandre Tombini, que permanece no Banco Central, também
conversaram com a imprensa.
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/161938/Ao-247-Levy-defende-equil%
C3%ADbrio-e-avan%C3%A7o-social.htm
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