Mostrando postagens com marcador Ley de Medios. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ley de Medios. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 10 de junho de 2014

LULA E DILMA SENTEM O ERRO DE TOLERAR A MÍDIA GOLPISTA

No empolgante discurso – “eles têm complexo de vira-lata” – que fez nesta sexta-feira, 
em Porto Alegre, em defesa das candidaturas de Dilma, Tarso Genro e Olivio Dutra (ao 
Senado – que boa notícia !), Lula voltou a tratar da Globo e do PiG (*).

Disse que vive uma angústia.

Angustia pela forma como o PiG e a Globo Overseas tratam a Dilma.

O povo não sabe 30%  das realizações do Governo Dilma – ele calcula.

O filho do Felipe, ex-prefeito de Diadema, tem 20 anos, e o filho do professor Luizinho 
tem 17.

Lula conversou com os dois e viu que eles não sabem “absolutamente nada das 
transformações que foram feitas nos últimos 12 anos !”

Tem algo de errado, continuou Lula, nesse processo premeditado, esse desejo mortal 
de desqualificar a Dilma.

Que contaminou publicações estrangeiras, como a Economist, citou o Lula.

“Tem algo de errado !”, disse ele.

O que ?

Ele respondeu:

“Nós não trabalhamos a questão de comunicação !”

“Nós”, quem, cara pálida, perguntaria o próprio Lula.

Ele !

E a Dilma !

E o PT !

Todos juntos cometeram o grave erro político de não enfrentar, institucionalmente, 
o PiG (*) e a Globo.

Por que ?

Porque a “a correlação de forças” não deixava – é o que diziam e dizem.

Quem precisa de uma Ley de Medios não são o Lula, a Dilma e o PT !

Quem precisa de uma Ley de Medios é a Democracia brasileira !

E a Dilma ?

A Dilma falou em seguida – clique aqui para ler “a verdade vai vencer a mentira”.

Deu umas pauladas anônimas no PiG ao relacionar as “provas” de que não ia ter 
Copa.

Nem citou a Veja, o detrito sólido de maré baixa – que está à venda, como se sabe – : 
disse na capa que os estádios só ficariam prontos em 2038.

Quem falou “foi a Veja !”  foi alguém da plateia.

A Dilma, enfim !, já defendeu a Ley de Medios.

Mas, mas, mas, seu ministro Plim-Plim (ou será Trim-Trim), o Bernardo, já deu 
uma suculenta entrevista ao PiG cheiroso para detonar a Ley de Medios da Dilma: 
basta um forrozinho aqui, um pagode acolá e fica tudo como está !

Para que a verdade vença a mentira, Dilma previu que o horário eleitoral gratuito – 
quando terá o dobro do tempo dos adversários – mudará o jogo.

Muito pouco, muito tarde.

Paulo Henrique Amorim

http://www.conversaafiada.com.br/brasil/2014/06/07/lula-e-a-ley-de-medios-
mea-culpa-mea-maxima-culpa/

sábado, 24 de maio de 2014

LEI DE MÍDIA APAVORA A DIREITONA-BURRA (E SEM VOTOS) EM TODA A AMÉRICA

Direita latino-americana estremece com lei de mídia

Por Leandro_O
 
 
 
A direita tradicional latinoamericana cala, treme resmunga quase ao mesmo tempo, quando escuta falar de eventuais novas leis de médios nos países da Pátria Grande, que têm abaixo de seu controle poderosos impérios midiáticos, em conluio com outros norte-americanos e europeus.
 
Algumas declarações recentes do ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva, em São Paulo, sobre a necessidade de transformar a imprensa no gigante sulamericano, estremeceram novamente, como um verdadeiro terremoto, os setores conservadores desta região, que se renegam a perder o domínio da informação, ou melhor dizendo, da desinformação e da manipulação.
 
Exemplos de agitações semelhantes já se repetiram em nações como Argentina, Equador e Venezuela, que já puseram em vigor normas que regulam as vantagens dos médios de mais recursos financeiros sobre os de menos, enquanto em outras como Peru e agora Brasil só se comentaram a respeito, e ocorreram terremotos de grandes proporções.
 
 
O certo é que a direita na América Latina armada pelos principais jornais, emissoras de televisão e rádios, os utiliza como partidos políticos, e são verdadeiras “armas atômicas” para desacreditar a governos, tentar derrubá-los e enganar os povos.
 
Suas linhas editoriais são desenhadas em território norte-americano e em outros estados da Europa, como Espanha, onde, no entanto, imperam regulamentos legais que permitem aos meios de comunicação “jogar com a corrente, mas não com o macaco”, como diz um refrão popular.
 
Enquanto em Madri, diários como El Pais, El Mundo ou ABC, entre outros, têm restringida a publicação de reportagens sobre as violentas repressões policiais contra manifestações anti-governamentais, a imprensa latino-americana manipula imagens e mente constantemente sobre terroristas opositores disfarçados de “pacíficos estudantes” na Venezuela.
 
É claro que El Pais e seus similares fazem o que não se permite na Espanha, quando se trata de Venezuela, Equador, Argentina, Cuba, Bolívia e Nicarágua, por citar algumas nações da Pátria Grande, consideradas “adversárias” por Washington e seus aliados.
 
Vale recordar que esse cotidiano, junto à ABC e El Mundo, apoiou sem nenhum escrúpulo a frustrada tentativa de golpe de Estado contra Hugo Chávez em 2002, e outros ataques mais recentes em Honduras e Paraguai.
 
Seria suicídio para seus donos e acionistas se a imprensa espanhola ou norte-americana, como o canal CNN em espanhóis, aprovarar um complô para derrubar regimes mudar La Moncloa ou a Casa Branca.
 
Em contraste, na América Latina , em nome da vociferada e falsa liberdade de expressão, os grandes meios de comunicação em mãos da direita ofendem os presidentes, os encurralam e promovem planos subversivos, orquestrados pelo Pentágono ou pela “culta” Europa, para derrotá-los.
 
Um deputado da Venezuela denunciou há poucas horas que mais de 80 jornais da região distorceram a realidade da Pátria de Chávez para conseguir derrubar o poder executivo nacional do presidente Nicolas Maduro.
 
De sua parte, Lula em suas declarações afirmou que é hora de regular o exercício da imprensa no Brasil, porque não só atentam contra as políticas oficiais, mas também que ofendem ao próprio país, o que não se permite em outras sociedades chamadas democráticas, em evidente alusão aos Estados Unidos e no dominado Velho Continente.

http://jornalggn.com.br/noticia/direita-latino-americana-estremece-com-lei-de-midia

quarta-feira, 21 de maio de 2014

INTEGRAÇÃO LATINO-AMERICANA PASSA PELA COMUNICAÇÃO

A integração também é necessária nos meios latino-americanos

Escrito por: Redação
Fonte: Prensa Latina
Os meios podem contribuir cada vez mais com a integração que se gesta hoje na América Latina, lembraram diretores de emissoras de rádio e televisão públicas de 12 países que se reuniram em Mar del Plata, Argentina.
A diretora de Relações Internacionais do Instituto Cubano de Rádio e Televisão (ICRT), Katiuska de Homem Cabrera, disse para a Prensa Latina que essa foi a tese que prevaleceu no Encontro de Meios Públicos da América Latina.
Esse evento se desenvolveu no marco do evento Mercado de Indústrias Culturais do Sul, MICSUR 2014, que foi inaugurado na quinta-feira passada pela nova ministra da Argentina, a compositora Teresa Parodi.
Os participantes se comprometeram a trabalhar em um plano dirigido a integrar 32 meios públicos dos 12 países que intervieram no fórum realizado na quinta-feira e sexta-feira, assinalou Katiuska, que viajou nesta madrugada para Havana.
"Assinamos uma Declaração Final, que tem a proposta de impulsionar e fortalecer todas as iniciativas que atualmente se encontram em desenvolvimento no processo de integração regional", apontou Katiuska.
No encontro estiveram presentes os responsáveis pelas rádios e televisoras públicas da Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.
O documento do encontro contempla, entre outros compromissos, promover a comunicação conjunta dos meios públicos da região na luta contra a manipulação da informação.
Também chama a impulsionar a construção de um modelo próprio de comunicação pública para a América Latina que atue pela paz e em defesa da humanidade e dos projetos populares e nacionais.
Na inauguração do evento, a ministra Parodi disse que "o papel dos meios é hoje definidor na construção de um país e cada vez mais essencial sua contribuição à integração regional".
"Os meios fazem possível a visibilidade de toda a diversidade que existe e que tem sido relegada pelo modelo imperante e pela globalização", opinou a recente titular e destacou que "aprendemos a construir nossos próprios espaços alternativos nos quais debatemos e pensamos nosso países".
http://fndc.org.br/clipping/a-integracao-tambem-e-necessaria-nos-meios-latino-americanos-936699/

segunda-feira, 19 de maio de 2014

RODRIGO VIANNNA: GLOBO TEM QUE SER FATIADA, COMO FOI O CLARÍN, NA ARGENTINA


Lula avisa a Globo: acabou a brincadeira; regulação da velha mídia vem aí!

publicada sexta-feira, 16/05/2014 
A Globo precisa ser partida em vários pedaços – como a Argentina fez com o grupo Clarin. “E não me venham falar que isso é censura” – disse Lula. O movimento de blogueiros colheu uma enorme vitória. Ajudou a pautar esse debate, agora encampado pelo ex-presidente.
Sob os olhares de Ênio Barroso e Conceição Lemes, Lula avisa: a brincadeira acabou
por Rodrigo Vianna
O debate de abertura ainda não tinha acabado, quando um burburinho começou a se ouvir pelos corredores. E não era Stanley quem se aproximava. Mas Lula. O ex-presidente e a regulação da mídia no Brasil são dois fantasmas, que provocam calafrios na velha imprensa dos Civita, Frias e Marinhos. Então, podem se preparar: os calafrios vão aumentar. Os locutores gagos da CBN vão ficar ainda mais gagos.
O auditório estava lotado: mais de trezentos blogueiros e ativistas digitais de todo o Brasil. Três dezenas de jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos da velha mídia já se aglomeravam no fundo do salão. Na mesa, o jornalista espanhol Pascual Serrano demolia o surrado conceito de “liberdade de imprensa” que os donos da mídia usam para brecar qualquer regulação.
“Só um setor da sociedade pode utilizar a chamada liberdade de imprensa. É um direito apenas para o empresariado”, disse Serrano, um dos convidados internacionais do Quarto Encontro de Blogueiros e Ativistas Digitais.
O norte-americano Andrés Conteris, do site Democracy Now, disse que os blogs – no mundo todo – cumprem um papel decisivo: “ir aos locais onde está apenas o silêncio”.
O professor brasileiro Venício Lima, da UnB, falou sobre a regulação necessária. Não na Venezuela, nem em Cuba. Mas na Inglaterra. A regulação foi um imperativo, depois da barbárie imposta pelos jornais do multimilionário Murdoch.

Rodrigo Vianna, Luiz Carlos Azenha e eu.

Venício também analisou a lei aprovada na Argentina: a chamada “Ley de Medios” não trata do conteúdo. Não impõe qualquer censura. “É uma lei antimonopólio, que regula o mercado”, explicou Venício.
Quando o professor terminava sua fala, o burburinho aumentou. Era Lula que chegava. Inspirado, bem-humorado, dirigiu-se primeiro ao grupo de jornalistas que trabalham para a velha mídia: “a imprensa me trata sempre muito bem; só que quando faço críticas à imprensa, dizem que é um ataque, e quando a imprensa me ataca eles dizem que são apenas críticas”.
Lula trouxe a Comunicação para o centro do debate. Lembrou os ataques violentos desferidos pela velha mídia contra os blogueiros que o entrevistaram recentemente: “eu não sabia que vocês chamavam tanta atenção da imprensa”, disse o ex-presidente. “Fiquei meio deprê com a violência que os meios utilizaram para atacar quem estava naquela entrevista”.
Lula contestou também a imprensa pela tentativa de criar um clima de pessimismo na economia. “A inflação está controlada há 11 anos; mas pra controlar a inflação eles querem provocar desemprego. É isso que os tucanos querem. Nós não queremos”.
Atacou ainda a elite brasileira, que não aceita os programas de inclusão social, não aceita negros e pobres nas universidades. “Nós cansamos de ser apenas pedreiros, nós queremos ser engenheiros”, falou Lula.
O ex-presidente atacou o clima de “antipolítica” insuflado pela mídia. “Quando se tenta negar a política, o que vem depois é muito pior”; e lembrou de Hitler e Mussolini. “A tentativa é de desmoralizar não a Política, mas as instituições.”
Lula defendeu uma Constituinte exclusiva para a Reforma Política. “Esse Congresso não fará a Reforma Política que o Brasil precisa”. E defendeu também a Regulação da Mídia. Mandou o recado, com todas as letras: “Daqui pra frente, em cada ato que eu for, toda vez que eu abrir a boca, vou lembrar a questão da regulação da mídia”.
Lula estava em grande forma. Mas o mais importante foi a sinalização. Ele tinha sido o primeiro presidente a dar entrevista a blogueiros dentro do Palácio (2010). Há menos de um mês, deu outra entrevista aos blogs – deixando os mervais e os comentaristas gagos da CBN bastante irritados.
Agora, Lula deu o sinal para o PT: a disputa política não se fará sem encarar de frente a batalha da Comunicação.
A mídia vai acusar o golpe. Será que vão continuar brincando de “Volta, Lula”? Se Lula voltar, vem aí – com ele – a regulação da velha mídia no Brasil. A Globo precisa ser partida em vários pedaços – como a Argentina fez com o grupo Clarin. “E não me venham falar que isso é censura” – disse Lula.
O movimento de blogueiros colheu uma enorme vitória. Ajudou a pautar esse debate, agora encampado pelo maior líder popular brasileiro.
E Lula nem precisa voltar. Ele pautou a Regulação da mídia. Dilma não poderá mais escapar do tema. A fase dos omeletes com Ana Maria Braga está encerrada.
Lula sabe que não há escolha. O PT fugiu desse debate durante muitos anos. Mas o debate veio até o PT.
Sentado, na primeira fila, enquanto Lula falava aosblogueiros, estava o prefeito Fernando Haddad. Assim como Dilma, Haddad parece não ter percebido que essa era uma batalha absolutamente necessária. Depois de eleito com apoio das redes sociais e de amplos movimentos digitais, Haddad mandou dizer que o tema da Comunicação não era prioridade. Nomeou um jornalista convencional para cuidar da Comunicação. A política da Prefeitura de São Paulo é ligar para Folha e Estadão e pedir espaço pra responder aos ataques.
Haddad, sem Comunicação, está com a popularidade em baixa. Tem se queixado. Lula disse claramente ao prefeito que “é preciso entender melhor esse meio chamado internet”. Aplausos intensos tomaram o plenário.
Mais adiante, Lula voltou ao tema, dirigindo-se de novo ao prefeito paulistano. Alguém, no fundo do auditório gritou: “Haddad, você precisa fazer sua propaganda”. E Lula respondeu: “Não é propaganda. É enfrentar o debate”.
Enfrentar o debate. O recado estava dado. Haddad apenas ouviu. Não se sabe até que ponto compreendeu o que o ex-presidente quis dizer.
O PT passou doze anos legitimando o grande inimigo. Ministros petistas (?) foram às páginas amarelas da “Veja”. Líderes petistas disputam espaço nas colunas de jornais – que são a ponta de lança da oposição tucana.
Lula entendeu que é preciso tratar a velha mídia como o inimigo a ser derrotado.
Foi essa mídia velha que levou Vargas ao suicídio em 54. O povão trabalhista sabia quem era o inimigo. Por isso, a massa enfurecida queimou “O Globo” e o jornal de Carlos Lacerda em 54.
Não é mais preciso queimar a Globo. Basta aprovar uma lei democrática para a Comunicação. Pra isso, é preciso travar esse debate. O povão lulista também sabe reconhecer o inimigo mais perigoso.
Lula entrou na briga. Pra valer.
http://www.rodrigovianna.com.br/plenos-poderes/lula-avisa-a-globo-acabou-a-brincadeira-a-regulacao-da-velha-midia-vem-ai.html#more-29331

terça-feira, 29 de abril de 2014

TODA CONCESSÃO É REGULAMENTADA, MENOS A MÍDIA

'Avanço da democracia não chegou à comunicação', diz Franklin Martins

Ex-ministro das Comunicações participa de seminário promovido pela CUT no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
por Vitor Nuzzi, da RBA publicado 28/04/2014 15:09,
Comments
ROBERTO PARIZOTTI/CUT
BmUSL9ICQAAgQKP.jpg
Sebastian Rollandi, Venício Lima, Rosane Bertoti e Franklin Martins, na abertura do seminário da CUT
São Bernardo do Campo (SP) – O ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social Franklin Martins detecta "crescente mal-estar" da sociedade em relação aos meios de comunicação, setor que, segundo ele, não acompanhou a evolução democrática do país. Ao mesmo tempo, Franklin afirma que a questão deve ser assumida pela sociedade e que é preciso ter "competência política" para formar maioria e realizar as mudanças. "Não adianta botar toda a culpa na Dilma", disse Franklin, durante seminário promovido pela CUT São Paulo, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, como parte das atividades do 1º de Maio.
"O Brasil se tornou um país democrático nos últimos dez, 12 anos, e não cabe mais no cercadinho dos grupos oligopolizados de comunicação. O rádio e a televisão não conseguem acompanhar as transformações no país", afirmou o jornalista. "Queiram ou não os grandes grupos, terá de haver uma nova pactuação. Seguramente, temos a legislação mais antiquada do mundo." Franklin lembrou que a lei que rege o setor é de 1962, quando havia mais "televizinhos" do que aparelhos de televisão.
O ex-ministro classificou de "farofa" a afirmação sobre competição entre as atuais empresas. "Ninguém compete mais. Todo mundo toca de ouvido. Temos uma voz única e uma sociedade que quer ouvir mais vozes."
A questão não é restringir, lembrou, mas garantir a participação de mais veículos. "Todos os serviços que envolvem concessões públicas são regulados. A exceção é a radiodifusão. Na verdade, eles não estão preocupados com a liberdade de expressão, mas com a competição", afirmou.
Para Franklin, todos os elementos para um novo pacto no setor já estão previstos pela Constituição: garantia de liberdade de expressão, respeito ao sigilo da fonte, direito de resposta proporcional ao agravo e com rapidez, respeito à privacidade, proibição de oligopólios e monopólios, prioridade a atividades jornalísticas, entretenimento e cultura, complementaridade entre comunicação privada, pública e estatal, apoio a culturas regionais, produção independente.
O professor aposentado Venicio Lima, consultor do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, observou que o mercado se estrutura de tal forma que restringe a formação de grupos no setor, o que se reflete no conteúdo. "Desde seu início, a legislação não fixou nenhum limite para a propriedade cruzada. O Brasil só adotou parte da legislação norte-americana, que tratou desse tema, além de criar uma agência reguladora. Aqui também não há impedimento para que políticos em exercício de mandato tenham concessões", acrescentou Venicio, que fez um resumo histórico da legislação do setor.
Ele considera o atual sistema "totalmente assimétrico em relação a outros serviços públicos (regulados), desatualizado, não regulamentado, omisso em relação à propriedade privada". E na prática isso resulta, complementou, "no cerceamento da liberdade de expressão da maioria da sociedade brasileira".
A experiência da Argentina, com sua Ley de Medios, também foi tema do debate. "A construção foi feita de baixo para cima, a lei foi debatida profundamente e por longo tempo", lembrou o diretor de Relações Institucionais e Comunitárias da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca, responsável pela implementação e cumprimento da legislação), Sebastian Rollandi. "É uma lei que tem um espírito profundamente antimonopolista. Foram quatro anos duros (desde a aprovação), e seguem sendo duros."
Rollandi lembra que, antes da lei, 90% da produção audiovisual argentina vinha da região metropolitana de Buenos Aires, o que tolhia o direito à informação de outras regiões. Hoje, segundo o diretor, 53 rádios funcionam a partir de universidades, três canais são ligados a comunidades indígenas, e a televisão tem 4.200 novas horas de conteúdo, incluído canais infantis com produção local.
"A lei não interfere com os conteúdos, o que era outro fantasma para a direita", afirmou o diretor da Afsca. Rollandi informou que os diversos grupos empresariais, incluindo o mais conhecido, o Clarín, já apresentaram seus planos de adequação à lei. Ele acredita que até agosto todos deverão estar adequados. "Assim vamos estabelecer uma igualdade na regulação dos serviços."
Ainda segundo Rollandi, nos últimos quatro anos foram criados 100 mil empregos no setor. "Outro mito da direita foi derrubado", afirmou. "A característica mais importante (da lei) é que as decisões têm de ser tomadas no Parlamento, não nos escritórios das empresas."
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, está é uma batalha ainda por ser travada. "Temos de disputar a agenda da informação, que está centrada em poucos órgãos de imprensa. Os trabalhadores têm de aumentar o raio de ação."
"A gente é permanentemente 'machucado' no dia a dia", acrescentou o secretário de Relações Internacionais da CUT, João Felício, referindo-se a ataques contra movimentos sociais e partidos de esquerda. "Informar errado é um grande ataque contra a democracia."
http://www.redebrasilatual.com.br/trabalho/2014/04/avanco-da-democracia-nao-chegou-a-comunicacao-diz-franklin-martins-2421.html

terça-feira, 22 de abril de 2014

ÍNTEGRA DA PALESTRA DE PAULO HENRIQUE AMORIM NO CAMPING DIGITAL

PT deve uma "Ley de Medios" ao Brasil

Após esta palestra, PHA cumprimentou-me e ao blogueiro e militante Ênio Barroso.
Por Paulo Henrique Amorim, no blogConversa Afiada:

O ansioso blogueiro participou de um vigoroso “Camping Digital” do PT, em São José dos Campos, neste fim de semana.

Esteve na companhia do Presidente da Câmara Municipal de São Paulo e jornalista José Américo, Emídio de Souza, presidente do PT-SP, Cidão, organizador do camping, e Vivian Farias, da Executiva Nacional do PT.

Seguem trechos da palestra.

Vamos começar com o Almirante Othon Silva.

O Brasil é o terceiro maior produtor de urânio do mundo e não pesquisou ainda metade de seu território.

O Almirante Othon Silva é Presidente da Eletronuclear, que administras as usinas nucleares Angra I, II, III e vai construir outras.

A energia nuclear é mais barata que a térmica, hoje usada na escassez de chuva.

Mais jovem, Othon desenvolveu um sistema próprio, brasileiro de enriquecer e beneficiar o urânio.

Por causa dele e sua equipe de engenheiros militares brasileiros, anônimos como ele, a Marinha construiu em Aramar (SP), uma unidade de enriquecimento de urânio.

No começo de seu primeiro Governo, Lula foi a Aramar e testemunhou que o trabalho estava parado.

Toda a tecnologia desenvolvida, todo o conhecimento que que os brasileiros acumularam iam se perder.

Por que ?

Porque o Governo Fernando Henrique não mandava dinheiro.

Esvaziou a fonte de recursos, como fazia, sistematicamente, com a Petrobras.

Enfraquecer para fechar – ou vender – era a estratégia silenciosa.

Ia tudo para o lixo: o conhecimento e o urânio enriquecido.

Lula chamou seu “Ministro” da Marinha e disse: toca, porque eu vou mandar dinheiro pra cá.

Em Itaguaí, perto de Angra, também no litoral do Rio, no momento há 6 000 trabalhadores – brasileiros ! - na construção do estaleiro e base naval do PROSUB, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos.

São brasileiros do Maranhão, do Piauí, do Ceará, do Rio, de São Paulo, de Minas – treinados e contratados pela Odebrecht, responsável pelas obras.

Cingapura, que é do tamanho do ABC paulista, tem seis submarinos.

O Brasil tem sete !

O mais novo é de 2002, da classe Tikuna, com tecnologia alemã, convencional, movido a energia diesel-elétrica.

O Brasil fez um acordo com a França para construir submarinos.

Contratou quatro a diesel-eletrica.

A partir do segundo – o primeiro está quase pronto -, brasileiros assumem o projeto, porque fez parte do acordo que os franceses entregariam os códigos fonte: ou seja, o Brasil se apropriará da tecnologia.

Simultaneamente, o Brasil contratou com a França construir um submarino a propulsão nuclear.

A França faz o primeiro.

O Brasil fará os outros, a partir do segundo.

Mas, já no primeiro, movido a energia nuclear, o Brasil entregará pronto, fechado, lacrado, o compartimento do submarino que conterá o urânio enriquecido, porque é tecnologia própria, intransferível, made in Brazil – a do Almirante Othon Silva.

E o Brasil se tornará um fabricante de submarinos movidos a energia nuclear.

O Brasil estará no time dos Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra.

Ou seja, entrará para o Conselho de Segurança da ONU sem ser !

Num dos últimos comícios da campanha de 2002, Lula foi ao estaleiro Verolme, em Angra dos Reis.

Estava às moscas.

Os trabalhadores, de braços cruzados.

Crescia capim no chão da fábrica.

A Petrobrax de Fernando Henrique tinha acabado de comprar uma plataforma continental em Cingapura, porque o jenio que presidia a Petrobrax considerou que seria do “interesse nacional” de Cingapura comprar lá, porque era 5% mais barata do que uma feita aqui, com trabalhadores brasileiros.

Lula prometeu que uma das primeiras decisões de seu Governo seria cancelar a compra em Cingapura.

Assim, renasceu a indústria da construção naval brasileira, que Fernando Henrique ia fechar.

E a indústria da construção naval, com a de navipeças, em pouco tempo empregará mais brasileiros que a indústria automobilística.

E quem é o maior comprador da indústria naval brasileira ?

A Petrobras.

E o Brasil será o maior fabricante de plataformas de exploração de petróleo do mundo !

O Almirante Othon Silva, os submarinos a energia nuclear, a indústria de construção naval – tudo isso tem a ver com que ?

Com o pré-sal !

O pré-sal que o Lula decidiu explorar sob o regime de partilha.

Porque o Fernando Henrique retirou dinheiro de Aramar e ia fechar a indústria da construção naval ?

Porque o entreguismo do Fernando Henrique tem uma lógica !

Hoje, trava-se uma nova batalha pelo controle do pré-sal e, com ele, a destinação de recursos à Educação e à Saúde.

A eleição é sobre a Petrobras.

É a mesma guerra desde 1954, quando, em 1954, Getúlio deu um tiro no peito para preservar a Petrobras.

Toda eleição no Brasil é sobre a Petrobras.

Fernando Henrique não queria enriquecer o urânio, não queria construir submarinos a energia nuclear e é a favor do regime de concessão para explorar o pré-sal.

FHC rasgou uma tradição da política externa brasileira, que vinha desde o grande presidente João Goulart: não assinar o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, o TNP, porque a diplomacia brasileira – quando soberana – considerava uma discriminação dos que “tinham” bomba atômica, contra o que “não tinham” – “have and have not” – na expressão do embaixador Araújo, na ONU.

(Castro foi chanceler de Jango e, por isso, perseguido pelos militares.)

O rico queria condenar o pobre à inanição tecnológica.

Fernando Henrique assinou o TNP.

(Fernando Henrique sempre achou que o Brasil não deveria postular um assento no Conselho de Segurança da ONU. Que o Brasil tinha outras prioridades…)

O entreguismo tem uma lógica.

É a lógica de entregar o interesse nacional aos outros.

Porque o entreguista não acredita no Brasil, no trabalhador brasileiro.

O entreguista precisa desesperadamente entregar a Petrobras.

Porque a Petrobras é o interesse nacional.

A Petrobras é trilho por onde se desenvolverá a futura indústria nacional.

Por isso é necessário destrui-la.

(“Eles não podem permitir que o PT administre o pré-sal”.)

Destruir a Petrobras é o que quer o imaculado Senador Alvaro Dias: destruir a Petrobras para destruir a Dilma !

E o que um Marco Regulatório – ou “roberto regulatório”, como prefere o Enio – da Comunicação tem a ver com isso ?

Uma Ley de Meios, como a argentina !

Porque, como disse o presidente João Goulart, o PiG envenena o Brasil !

Envenena no PiG !

Numa cadeia de elos cada vez mais fracos: a imprensa escrita – sem leitores – pauta o jornal nacional – de audiência decrescente -, que pauta o Congresso, cada vez manos representativo.

O Congresso repercute o jn, que dá origem a nova pauta da imprensa escrita.

Esse é o ciclo da elaboração do veneno.

Fernando Henrique não tem um voto.

Ele é um espécime de zoologia fantástica do Borges.

Ele é só existe no PiG.

Se sair na Praça Vilaboim, em Higienópolis, será menos reconhecido que o totó do Rui.

O Lula e a Dilma só vão poder falar no horário eleitoral gratuito.

Quando o Brasil já estiver envenenado.

Mas, uma nova Ley de Medios tem que ir além da Globo.

Porque, breve, o Google vai googlar a Globo.

Google que vai fabricar drones e levar a internet onde a Globo não quer.

Antes disso, a Globo precisa, agora – na edificante companhia das teles, implacavelmente vigiadas pelo Bernardo Plim-Plim (ou será Trim Trim?) – impedir que se instale a tecnologia 4G no Brasil.

Por que ?

E se houver um “apagão” do analógico: todas as transmissões analógicas serem cortadas em 2015, como previsto ?

Quem não tiver aparelho digital não verá mais tevê.

E a Globo não tem ideia de quantos brasileiros compraram digital.

Nem quantos ainda tem analógico.

Ou seja, a Globo não sabe quantos espectadores pode perder com o 4G !

E, por isso, ela quer que a Presidenta Dilma não instale o 4G.

Ou seja, você, que comprou uma tevê digital e quer assistir a seu filme, seu joguinho de futebol, não vai poder usufruir do 4G porque os filhos do Roberto Marinho precisam trocar o jatinho !

Ainda assim, é preciso ter uma Ley de Medios.

De todas as jovens democracias do mundo – Portugal, Espanha, Argentina, Uruguai, Chile, México – o Brasil é a única em que uma empresa privada, fechada, familiar, controla 75% da publicidade em tevê aberta com menos de 40% da audiência !

De quem é a culpa ?

De todos, inclusive do PT, como disse o José Américo.

Se o PT fez o Marco Regulatório da Internet, por que não faz uma Ley de Medios ?

A Ley de Medios não é para ajudar o PT.

É para a Democracia.

Porque quem mais perde com o PiG é o trabalhador, o pobre, o negro, o homossexual, o deficiente, o indígena – a mulher !

Não é o PT !

E ninguém quer nada radical.

Basta fazer como o Franklin Martins sugere: uma Ley de Medios que, apenas, cumpra a Constituição de 1988.

E não adianta também – e enfatizo isso, aqui, num camping digital – não adianta fetichizar a internet, a banda larga.

A internet é meio.

É instrumento.

A banda larga é o bonde.

O que interessa é o que vai dentro do bonde.

E nada substitui a Política.

Não tem 2G, 3G, 4G melhor que Política.

O que faz uma Ley de Medios, o que muda uma sociedade é a Política ! É o Partido Político.

E não digo isso porque estou num evento do PT.

Digo isso também aos meus amigos – como o Miro Borges do Barão de Itararé -, do PC do B, aos amigos que tive no PDT do Brizola.

O PT deve uma Ley de Medios ao Brasil !

Na plateia, alguém bradou: “viva o Othon !”

O ansioso blogueiro respondeu: “Viva o Silva, que somos todos nós !”

(A modéstia impede o ansioso blogueiro de mencionar a intensidade das palmas com que a generosa plateia se despediu dele…).
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/04/pt-deve-uma-ley-de-medios-ao-brasil.html#more

terça-feira, 29 de novembro de 2011

SAIBA COMO FUNCIONA A LEY DE MEDIOS DA ARGENTINA

ENTREVISTA / SUSANA VELLEGGIA

A Ley de Medios argentina

Por Marcus Tavares em 29/11/2011 na edição 670
Reproduzido da revistapontocom, 17/11/2011
Compartilar no Facebook    
Há exatos dois anos, a Argentina aprovou a Ley de Medios, que tem o objetivo de investir contra a concentração dos meios de comunicação. O documento trouxe mudanças no dia a dia da sociedade, pelo menos oficializadas e defendidas no papel, o que para muitos especialistas já é um grande avanço. A lei dividiu de forma tripartite as faixas de frequência destinadas à radiodifusão entre veículos estatais, comunitários e privados e criou órgãos de fiscalização e controle social da mídia. A lei geral ainda definiu limites para a publicidade, institui a classificação indicativa de programas e proibiu o uso de concessões de radiodifusão por políticos em cargos públicos.
De acordo com o portal oficial do governo argentino, “a nova lei substitui a lei 22.284 da ditadura militar e busca garantir a democracia, os direitos humanos, o pluralismo, a promoção de emprego e os conteúdos nacionais”. Ainda reforça a ideia de disponibilizar 33% das emissões para o setor comunitário. Boa parte do conteúdo da nova lei foi baseado em propostas organizadas pelos movimentos sociais ligados ao tema das comunicações.
E o que dizer do público infanto-juvenil? Para a socióloga e cineasta argentina Susana Velleggia, especialista em televisão educativa e cultural, há também o que se comemorar. À frente da Asociación Civil Nueva Mirada, responsável há dez anos pelo Festival Internacional de Cinema para a Infância e Juventude, Susana destaca a criação do Conselho Assessor de Comunicação Audiovisual e Infância que tem muito mais do que uma simbologia: tem a chance de intervir na produção de uma TV de qualidade para crianças e adolescentes.
revistapontocom conversou com Susana Velleggia sobre este e outros temas. Acompanhe.
Leia a íntegra em: