sab, 24/05/2014 - 13:16
Por Leandro_O
A direita tradicional latinoamericana cala, treme resmunga quase ao mesmo tempo, quando escuta falar de eventuais novas leis de médios nos países da Pátria Grande, que têm abaixo de seu controle poderosos impérios midiáticos, em conluio com outros norte-americanos e europeus.
Algumas declarações recentes do ex-presidente brasileiro Luís Inácio Lula da Silva, em São Paulo, sobre a necessidade de transformar a imprensa no gigante sulamericano, estremeceram novamente, como um verdadeiro terremoto, os setores conservadores desta região, que se renegam a perder o domínio da informação, ou melhor dizendo, da desinformação e da manipulação.
Exemplos de agitações semelhantes já se repetiram em nações como Argentina, Equador e Venezuela, que já puseram em vigor normas que regulam as vantagens dos médios de mais recursos financeiros sobre os de menos, enquanto em outras como Peru e agora Brasil só se comentaram a respeito, e ocorreram terremotos de grandes proporções.
O certo é que a direita na América Latina armada pelos principais jornais, emissoras de televisão e rádios, os utiliza como partidos políticos, e são verdadeiras “armas atômicas” para desacreditar a governos, tentar derrubá-los e enganar os povos.
Suas linhas editoriais são desenhadas em território norte-americano e em outros estados da Europa, como Espanha, onde, no entanto, imperam regulamentos legais que permitem aos meios de comunicação “jogar com a corrente, mas não com o macaco”, como diz um refrão popular.
Enquanto em Madri, diários como El Pais, El Mundo ou ABC, entre outros, têm restringida a publicação de reportagens sobre as violentas repressões policiais contra manifestações anti-governamentais, a imprensa latino-americana manipula imagens e mente constantemente sobre terroristas opositores disfarçados de “pacíficos estudantes” na Venezuela.
É claro que El Pais e seus similares fazem o que não se permite na Espanha, quando se trata de Venezuela, Equador, Argentina, Cuba, Bolívia e Nicarágua, por citar algumas nações da Pátria Grande, consideradas “adversárias” por Washington e seus aliados.
Vale recordar que esse cotidiano, junto à ABC e El Mundo, apoiou sem nenhum escrúpulo a frustrada tentativa de golpe de Estado contra Hugo Chávez em 2002, e outros ataques mais recentes em Honduras e Paraguai.
Seria suicídio para seus donos e acionistas se a imprensa espanhola ou norte-americana, como o canal CNN em espanhóis, aprovarar um complô para derrubar regimes mudar La Moncloa ou a Casa Branca.
Em contraste, na América Latina , em nome da vociferada e falsa liberdade de expressão, os grandes meios de comunicação em mãos da direita ofendem os presidentes, os encurralam e promovem planos subversivos, orquestrados pelo Pentágono ou pela “culta” Europa, para derrotá-los.
Um deputado da Venezuela denunciou há poucas horas que mais de 80 jornais da região distorceram a realidade da Pátria de Chávez para conseguir derrubar o poder executivo nacional do presidente Nicolas Maduro.
De sua parte, Lula em suas declarações afirmou que é hora de regular o exercício da imprensa no Brasil, porque não só atentam contra as políticas oficiais, mas também que ofendem ao próprio país, o que não se permite em outras sociedades chamadas democráticas, em evidente alusão aos Estados Unidos e no dominado Velho Continente.
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