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segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A DIFÍCIL SITUAÇÃO DOS PROFESSORES DE SÃO PAULO

Não é fácil não ser professor no estado de São Paulo

Esse problema há anos vem se arrastando, sem que o governo consiga equacionar e muito menos solucionar a questão
Por Bia Pardi

Todo final de ano a secretaria da Educação do Estado de São Paulo se vê diante de um problema crônico que interfere na organização das unidades escolares. Trata-se da falta de professores, tragédia anunciada com antecipação ao processo de escolha de aulas pelos profissionais. Esse problema há anos vem se arrastando, sem que o governo consiga equacionar e muito menos solucionar a questão.

Ainda que o número de efetivos cresça, não tem suprido a necessidade da rede. São 251.906 o total de professores e, destes, 55,31% são efetivos, 22,76% são temporários e 21,93% são estáveis. Embora não tenham passado por concurso, tornaram-se estáveis por legislação constitucional.

Os temporários estão espalhados pelo Estado todo num total de 57.329. São 28 mil no interior, 29 mil na Grande São Paulo e 10.700 na capital. Esses números representam mais de 20% de carência de professores, o que provoca uma instabilidade geral no início das aulas.

Vários são os motivos que geram essa situação como, por exemplo, o número de concursados que foram chamados a se efetivar e a resposta de apenas 1.500 que assumiram as aulas. Ou, nesse ano, a chamada para 56 mil profissionais, dos quais somente 29 mil responderam afirmativamente. Resta anunciar duas condições altamente desestimuladoras ao exercício do magistério: a longa maratona dos concursos e as péssimas condições de trabalho e salário a que são submetidos os docentes da rede pública estadual da Educação Básica.


*Bia Pardi é assessora de Educação da Liderança do PT na Assembleia Legislativa de SP

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ACLAMAÇÃO NO TUCA FOI MOMENTO MAIS LINDO DESTA CAMPANHA!

A força simbólica no ato com Dilma e Lula na PUC de São Paulo

Por Rodrigo Viannaoutubro 21, 2014 14:12por Rodrigo Vianna
Desde a campanha de 89 que não se via um ato político com tamanha carga de emoção em 
São Paulo. Os paulistas que votam no PT (e também aqueles que, apesar de não gostarem 
tanto do PT, resolveram reagir à onda de ódio e conservadorismo que tomou conta das ruas) 
foram nesta segunda-feira/20 de outubro para o TUCA – histórico teatro da PUC-SP, no bairro 
de Perdizes.
O TUCA tem um caráter simbólico. E o PT, há tempos, se descuidara das batalhas simbólicas. 
O TUCA foi palco de manifestações contra a ditadura, foi palco de atos em defesa dos Direitos 
Humanos. Portanto, se há um lugar onde os paulistas podem se reunir pra dizer “Basta” à onda conservadora, este lugar é o teatro da PUC.
O PT previa um ato pra 500 ou 800 pessoas, em que Dilma receberia apoio de intelectuais e 
artistas. Aconteceu algo incrível: apareceu tanta gente, que o auditório ficou lotado e se 
improvisou um comício do lado de fora – que fechou a rua Monte Alegre.
Em frente ao belo prédio, com suas arcadas históricas, misturavam-se duas ou três gerações: 
antigos militantes com bandeiras vermelhas,  jovens indignados com o tom autoritário e cheio 
de ódio da campanha tucana, e também o pessoal de 40 ou 50 anos – que lembra bem o que 
foi a campanha de 89.
No telão, a turma que estava do lado de fora conseguiu acompanhar o ato que rolava lá dentro. 
Um ato amplo, com gente do PT, do PSOL, PCdoB, PSB, além de intelectuais e artistas que 
estão acima de filiações partidárias (como o escritor Raduan Nassar), e até ex-tucanos 
(Bresser Pereira).
Bresser, aliás, fez um discurso firme, deixando claro que o centro da disputa não é (nunca foi!) 
corrupção, mas o embate entre ricos e pobres. “Precisou do Bresser, um ex-tucano, pra trazer 
a luta de classes de volta à campanha petista” – brincou um amigo jornalista.
Gilberto Maringoni, que foi candidato a governador pelo PSOL em São Paulo, mostrou que o 
partido amadurece e tende a ganhar cada vez mais espaço com uma postura crítica – mas 
não suicida. Maringoni ironizou o discurso da “alternância de poder” feito pelo PSDB e pela 
elite conservadora: “Somos favoráveis à alternância de poder. Eles governaram quinhentos 
anos. Nos próximos quinhentos, portanto, governaremos nós”.
O “nós” a que se refere Maringoni não é o PSOL, nem o PT. Mas o povo – organizado em 
partidos de esquerda, em sindicatos, e também em novos coletivos que trazem a juventude 
da periferia para a disputa.
Logo, chegaram Dilma e Lula (que vinham de outro ato emocionante e carregado de apelo 
simbólico – na periferia da zona leste paulistana). Brinquei com um amigo: “bem que a Dilma 
agora podia aparecer nesse balcão do TUCA, virado pro lado de fora onde está o povo…”
O amigo respondeu: “seria bonito, ia parecer  Dom Pedro no dia do Fico”. Muita gente pensou 
a mesma coisa, e começaram os gritos: “Dilma na janela!”
Mas a essa altura, 10 horas da noite, só havia o telão. As falas lá dentro, no palco do Teatro, 
foram incendiando a militância que seguia firme do lado de fora – apesar da chuva fina que 
(finalmente!) caía sobre São Paulo. Vieram os discursos do prefeito Fernando Haddad, de 
Roberto Amaral (o presidente do PSB que foi alijado da direção partidária porque se negou a 
alugar, para o tucanato, a histórica legenda socialista), e Marta Suplicy…
Vieram os manifestos de artistas e professores – lidos por Sergio Mamberti. E surgiram 
também depoimentos gravados em vídeo: Dalmo Dallari (o antigo jurista que defende os 
Direitos Humanos) e Chico Buarque.
Quando este último falou, a multidão veio abaixo. A entrada de Chico na campanha teve 
um papel que talvez nem ele compreenda. Uma sensação de que – apesar dos erros e 
concessões em 12 anos de poder – algo se mantem vivo no fio da história que liga esse 
PT da Dilma às velhas lutas em defesa da Democracia nos anos 60 e 70.
Nesse sentido, Chico Buarque é um símbolo só comparável a Lula na esquerda brasileira.
Aí chegou a hora das últimas falas. Lula pediu que se enfrente o preconceito. Incendiou 
a militância. E Dilma fez um de seus melhores discursos nessa campanha. Firme, feliz.
O interessante é que os dois parecem se completar. Se Lula simboliza que os pobres e 
deserdados podem governar (e que o Estado brasileiro não deve ser um clube de defesa 
dos interesses da velha elite), Dilma coloca em pauta um tema que o PT jamais tratou 
com a devida importância: a defesa do interesse nacional.
Dilma mostrou – de forma tranquila, sem ódio – que o PSDB tem um projeto de apequenar 
o Brasil. Lembrou os ataques ao Brasil nas manifestações contra a Copa (sim, ali o que se 
pretendia era rebaixar a auto-estima do povo brasileiro, procurando convencê-lo de que 
seríamos um povo incapaz de receber evento tão grandioso), lembrou a incapacidade dos 
adversários de pensarem no Brasil como uma potência autônoma.
Dilma mostrou clareza, grandeza e calma. Muita calma.
Quando o ato terminou, já passava de 11 da noite. E aí veio a surpresa: Dilma foi – sim – 
pra janela, para o balcão do Teatro voltado pra rua.
dilma-no-tucaNo improviso, sem microfone, travou 
um diálogo com a multidão, usando 
gestos e sorrisos. Parecia sentir a 
energia que vinha da rua. Dilma, uma 
senhora já perto dos 70 anos (xingada 
na abertura da Copa, atacada de forma 
arrogante nos debates e na imprensa), 
exibiu alegria e altivez.
Foram dez minutos, sem microfone, sem marqueteiro. O povo cantava, e Dilma respondia – 
sem palavras. Agarrada às grades do pequeno balcão, pulava e erguia o punho cerrado para 
o alto. Não era o punho do ódio. Mas o punho de quem sabe bem o lado que representa.
Dilma não é uma oradora nata, não tem o apelo popular de um Lula. Mas nessa campanha 
ela virou líder. O ato no TUCA pode ter sido o momento a marcar essa passagem. Dilma 
passa a ser menos a “gerente” e muito mais a “liderança política” que comanda um projeto 
de mudança iniciado há 12 anos.
Dilma traz ao PT uma pitada de Vargas e Brizola, de trabalhismo e de defesa do interesse 
nacional. E o PT (com apoio da  militância popular, não necessariamente petista) finalmente 
parece ter incorporado Dilma não como a “continuadora da obra de Lula”, mas como uma 
liderança que se afirma por si. Na luta concreta.
Uma liderança que – na reta final, nessa segunda-feira de garoa fina em São Paulo – pulava 
feito menina no ritmo da rua, pendurada no histórico balcão da PUC de São Paulo. Dilma 
ficou maior.
http://www.revistaforum.com.br/rodrigovianna/palavra-minha/forca-
simbolica-ato-com-dilma-e-lula-na-puc-de-sao-paulo/#comment-
113077

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ACREDITE: BLACK BOSTAS DA VENEZUELA LANÇAM "NÃO VAI TER CARNAVAL!" rsrsrs

Estudiantes opositores aseguraron que en Margarita no habrá carnaval

Hoy también hubo jornada de protestas en Margarita | Foto cortesía @Jenni07Villa
Margarita | Foto cortesía @Jenni07Villa
Realizarán protestas pacíficas en terminales aéreos y marítimos para anunciar a los visitantes que en Margarita no habrá celebraciones
Dirigentes estudiantiles de la Mesa de la Unidad Democrática aseguraron ayer que en Margarita no se celebrarán los carnavales, mientras Andrés Izarra, ministro de Turismo, aseguró que la isla se encuentra al tope de su capacidad hotelera.
Rafael Rico, dirigente estudiantil, dijo que los jóvenes en la isla cambiarán los días de playas para mantenerse en las calles.
“Aquí no hay nada que celebrar; Venezuela está de Luto”, dijo. 
Planificaron actividades en terminales aéreos y marítimos para anunciar a los visitantes que en Margarita no habrá celebraciones.
Dentro del pliego de peticiones de la MUD insular se encuentra la libertad para Leopoldo López, Iván Simonovis y todos los presos políticos; el desarme de los grupos violentos; la investigación imparcial y rigurosa de los asesinatos, torturas, detenciones arbitrarias, y el exceso de las fuerzas militares y policiales.
Giulio Cellini, dirigente estudiantil y miembro de la MUD, agregó que exigen el cese de la criminalización de la protesta, que el gobierno se comprometa seriamente en combatir la inseguridad, y el fin del tono y contenido agresivo del discurso gubernamental”.
Los municipios con alcaldías del Partido Socialista Unido de Venezuela anunciaron que sí celebrarán el carnaval.
Andrés Izarra informó en una nota de prensa que la isla de Margarita presenta 95% de ocupación hotelera y que la venta de boletos de Conferry registró un incremento de 150% con respecto al año anterior.
http://www.prensaescrita.com/adiario.php?codigo=AME&pagina=http://www.el-nacional.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

ALUNOS DA USP CRITICAM COBERTURA DA IMPRENSA

Alunos da ECA/USP: “Está sendo praticado o antijornalismo”

Moção de repúdio dos estudantes de Comunicações e Artes da ECA/USP
do Escrevinhadorsugestão de FrancoAtirador
Nós, estudantes de Comunicações e Artes da ECA/USP, viemos explicitar o nosso repúdio à maneira como a imprensa hegemônica tem exposto os acontecimentos recentes no campus da USP.
Estamos constrangidos com a maneira preguiçosa e irresponsável como a imprensa e a televisão têm feito seu trabalho, limitando-se a vender o espetáculo originário de uma cobertura superficial e pautada no senso comum.
Entendemos as comunicações e as artes como agentes essenciais na conscientização e na transformação da sociedade. Para isso, o jornalismo não pode ser um mero reprodutor de discursos circulantes, mas sim um instigador de debates e inquietações.
O que assistimos recentemente foi uma reprodução incansável de estereótipos, que só serviram para manipular a opinião pública contra as lutas que são primordiais dentro do campus.
Como estudantes de universidade pública, é também nosso papel questionar a maneira como a mídia trata os movimentos sociais, principalmente como ela tem tratado o movimento estudantil. Buscar entender as raízes do problema exige apuração minuciosa, princípio básico do jornalismo. Posições existem, mas elas não podem ocultar ou distorcer fatos.
O nome do que está sendo praticado é antijornalismo. A sociedade não financia a nossa formação para sermos profissionais como esses.
Escola de Comunicações e Artes
Assembleia Geral dos estudantes da ECA

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

CAI MAIS UMA MENTIRA DO ESTADÃO (EM FOTO)


O outro lado da foto do estudante que “atacou” Lula na Bahia

por Conceição Lemes
Terça-feira, 27 de setembro, do meio da tarde ao  início da noite. Durante todo esse período o Estadãoon-line  não destacou  na capa nenhuma foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebendo   o título de doutor honoris causa do respeitadíssimo Instituto de Estudos Políticos de Paris – o Sciences-po. É a primeira vez que a instituição pela qual passou parte da elite francesa concede o título a um latino-americano. É sua sétima condecoração.
Diferentemente de terceira-feira passada, 20 de setembro, quando Lula recebeu o honoris causa da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Estadão on-line manteve na capa, do início da tarde ao final da noite, esta foto:
Afinal de contas, o que aconteceu? Estudantes ligados ao Diretório Central dos Estudos (DCE) da UFBA resolveram “brigar” com Lula? Ele até fechou os olhos com “medo de apanhar” de um mais “exaltado?
Nada disso. Mais uma demonstração de que a mídia corporativa está mais ligada em fazer política do que em noticiar e a escolha das fotos e manchetes “faz parte”.
O competente jornalista Fernando Brito, conhecedor profundo dos desejos mais sombrios da imprensa brasileira (foi por 20 anos assessor de Leonel Brizola e hoje está com Brizola Neto), denunciou a foto no excelente Tijolaço:
A capa do Estadão on-line é uma incrível expressão de um desejo mal contido de nossa grande imprensa. Olhem aí ao lado, como Lula sofre o “ataque” de um manifestante que participava do “protesto” que “tumultou” a cerimônia de entrega do título de “Doutor Honoris Causa” ao ex-presidente na Universidade Federal da Bahia.
O jornal transforma reivindicação – 10% do PIB para a Educação, algo mais do que justo que se peça numa Universidade – em protesto e o sucesso do ato em tumulto. É só ler como são descritos o “protesto” e o “tumulto” pelo próprio jornal, lá na matéria:
Como não havia espaço no salão onde ocorria o evento, os estudantes tiveram de ficar do lado de fora. Depois, conseguiram entrar no salão, onde acompanharam o fim das homenagens a Lula e voltaram a gritar palavras de ordem – enquanto pegavam autógrafos do ex-presidente nos próprios cartazes nos quais estavam escritas as reivindicações.
Afinal, quem era o “agressor”? Depois de uma porção de ligações para Salvador acabei chegando a Tâmara Terso, estudante de Comunicação e coordenadora-geral  do DCE da UFBA.
Tâmara Terso, a chefa da “turba”
– Tâmara, você sabe quem é o aluno que queria “bater” no Lula?
– kkkkkkkkk É o Maltez, o Fernando Maltez, do setor de comunicação do DCE.
– Vocês foram à reitoria protestar contra o Lula?
– Nãããããããããããããããããããããããããããããããão! O que aconteceu foi o seguinte. Nós estávamos fazendo uma manifestação na UFBA, pedindo mais dinheiro para a saúde, para a educação… Aí ficamos sabendo que Lula estava na reitoria, recebendo o honoris causa. Fomos pra lá. Além de conhecer o Lula pessoalmente,  queríamos que ele posasse com o nosso cartaz, pedindo 10% do PIB para Educação.
– E a foto com Fernando “partindo pra cima” do Lula?             
–  Na hora, o Maltez correu, agarrou a mão de Lula. Todos nós caímos na risada.
Fernando Maltez tem 24 anos, é torcedor do Bahia (como Tâmara) e está no último semestre do curso de Direito.
– Fernando, conta a verdade, você queria “descer o braço” no Lula?
– De jeito nenhum. Sou o maior fã. Admiro a história de vida de Lula, tenho consciência do bem que ele fez para o Brasil. É um exemplo para nós brasileiros, é um exemplo para o mundo.
–  E o que aconteceu?
– Na hora, todo mundo queria autógrafo de Lula. Teve aluno que pediu pra Lula autografar até no cartaz que carregava.
– Ele autografou?
– Claro. Só que eu não tinha caneta, papel, nada na mão. Aí, disse: “Lula, não tenho, papel, caneta, então me dá um abraço?!”
– Ele deu?
– Claro! Foi o dia mais emocionante da minha vida.
– E a foto do Estadão?
– Já ri muito. Estou famoso (rsr). Agora, pense bem, companheira: “Eu sou da Juventude do PT, você acha que eu iria bater em Lula? Nunca! Pode perguntar pro próprio Lula, se não foi isso o que aconteceu.
Em tempo. Finalmente, há pouco, o Estadão on-line colocou na capa a foto de Lula com o honoris causa do Sciences-po.  Só diferentemente da semana passada, quando a foto do “ataque” na  Bahia foi inserida no texto, ficando numa posição fixa, a dessa terça estava no slide show com mais cinco imagens, que se alternavam na tela.
Fernando Maltez, o “agressor”: “Lula, não tenho, papel, caneta, então me dá um abraço?!”