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segunda-feira, 30 de março de 2015

“RAÍZ” CONCLAMA PROGRESSISTAS A UMA REFLEXÃO SEM DOGMAS


Antonio Barbosa Filho (*)

As esquerdas, no Brasil e no mundo, precisam recuperar o seu “horizonte utópico”, sem repetir os modelos organizativos do passado, que se esgotaram e trouxeram um desalento generalizado às forças progressistas e às maiorias da população. Os partidos de esquerda, trabalhistas, ecologistas e de outros rótulos não têm conseguido formular respostas eficazes a problemas novos, que não estavam previstos nos clássicos e que a Humanidade ainda não havia enfrentado.
Conceitos históricos que nortearam a luta socialista por séculos, estão sendo substituídos por novas categorias - é difícil falar em “classe operária” e “proletariado” neste começo do século XXI, a não ser forçando uma adaptação da realidade social moderna aos cânones marxistas. Melhor usar Marx e outros filósofos da esquerda como excelente método de análise histórica, no que eles têm de perene. Mas é urgente agregar outras linhas de pensamento, outras filosofias e outras práticas, num amálgama original que - num prazo indeterminado - venha a superar os paradigmas já tradicionais da esquerda.
Isso é  (numa interpretação pessoal do Autor, não autorizada pelos envolvidos) o cenário no qual militantes de várias origens da Esquerda brasileira acabam de iniciar uma tentativa de encontrar novos caminhos. A Raiz - Movimento Cidadanista surge com um poderoso embasamento ideológico, nitidamente de Esquerda - pois se coloca ao lado da emancipação do ser humano - mas sem respostas pré-determinadas. Ao contrário, como Movimento, está aberto a um processo de construção coletiva que, juntando a tradição dos vários tons de socialismo a formulações antigas como a ética Ubuntu, da África, e a noção de “bem viver” dos povos originários das Américas, resulte num programa político. Processo longo, difícil, desafiador - mas necessário, diante do impasse que as esquerdas e os povos enfrentam nesta altura do Capitalismo mais financeiro e mais concentrador de riqueza e poder que a História já registrou.
EMBASAMENTO TEÓRICO
A Raiz apresentou no final de março a sua “Carta Cidadanista”, um manifesto de princípios elaborado desde novembro passado, com a contribuição de pessoas de variadas origens partidárias ou não. A inspiração geral foram várias teses e práticas emancipadoras, como a ética-filosofia-ideologia Ubuntu, vivida por vários povos da África do Sul.
Uma definição rasa seria: “crença num laço universal de partilhamento que conecta toda a Humanidade”. Ela poderia ser melhor traduzida nas palavras do bispo sul-africano Desmond Tutu (prêmio Nobel da Paz de 1984: “A minha humanidade está presa e indissoluvelmente ligada à sua. Eu sou humano porque eu pertenço. Ele (Ubuntu) fala sobre a totalidade, sobre a compaixão. Uma pessoa com Ubuntu é acolhedora, hospitaleira, generosa, disposta a compartilhar. A qualidade dá às pessoas a resiliência, permitindo-as sobreviver e emergir humanas, apesar de todos os esforços para desumanizá-las. Uma pessoa com Ubuntu está aberta aos outros, assegurada pelos outros, não se sente intimidada que os outros sejam capazes e bons, por ele ou ela ter própria autoconfiança que vem do conhecimento que ele ou ela tem do seu próprio lugar no mundo”.
Não é tão abstrato como pode parecer: o Ubuntu está presente no Brasil, em manifestações culturais populares e antigas como a roda de samba, a roda de capoeira, o jongo, as cirandas, o candomblé, “rodas onde todos se olham sem hierarquias”, como afirma a Carta Cidadanista.
Nelson Mandela (também Nobel da Paz, em 1993) explicava: “Um viajante em visita à África do Sul poderia parar numa aldeia sem ter que pedir comida ou água. Uma vez que ele pára, as pessoas dão-lhe comida. Esse é um aspecto do Ubuntu, mas há vários aspectos”.
Outra fonte inspiradora da Raiz (o nome, feminino, é para opor-se a “partido”, palavra masculina que já traz à mente a divisão: a Raiz se quer “inteira”) é o Teku Porã, princípio do “bem viver”, praticado pelos povos originários da atual América Latina. Já incorporado às Constituições da Bolívia e do Equador, a idéia-prática ancestral integra o ser humano à Natureza de forma plena, e não trata o ser humano como única parte viva do planeta.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul tem um projeto de extensão sobre o Teku Porã aplicado ao tratamento médico, ou melhor, às “práticas integrativas e complementares de cuidado (PIC)”, que estuda as “práticas populares de saúde desenvolvidas por diversos povos ao redor do mundo”. “Esta perspectiva - diz o projeto gaúcho - possibilita o florescimento de um processo ‘circulatório do cuidado’, onde o cuidado em si favorece um melhor cuidado do outro e o cuidado do mundo”.
Outra definição do Teku Porã seria: “sistema de reciprocidade de caráter interpessoal que desestabiliza a primazia do Estado e do mercado como detentores e moduladores da maior parte das relações sociais”. Nada mais revolucionário, nesta era comandada como nunca por Estados subjugados ao “mercado”, especialmente o financeiro…
ECOSSOCIALISMO
Do Ocidente tradicional, que nos acultura desde 1500, a Raiz incorpora a noção do Ecossocialismo, a partir do esgotamento de riquezas naturais exploradas de maneira irresponsável.
Os cidadanistas convocam a todos e todas para a “construção de um pensamento que rompe com a lógica ocidental do sujeito autocentrado e do individualismo exacerbado. Há que descolonizar nossas mentes e corpos, e para isso assumimos outra perspectiva”. (...) “O produtivismo e consumismo, desenfreados e fúteis, somente se mantém devido à exploração predatória dos recursos naturais e só servem à ganância de poucos. Esse modelo é insustentável e, inevitavelmente, levará a Humanidade ao colapso civilizatório”.
A Raiz acaba de ser plantada, mas já conta com muitas adesões, e está longe de ser um partido, tal como os conhecemos. As organizações mais próximas seriam o movimento Podemos, da Espanha e o Syriza, partido que acaba de ganhar o poder na combalida Grécia. Ambos surgiram de baixo para cima, fruto da mesma angústia de povos - especialmente os jovens condenados ao desemprego e a não poderem sonhar com um futuro digno, muito menos feliz. O slogan lançado em Porto Alegre pelo Fórum Social Mundial, “Um outro mundo é possível”,  tem ecoado pelo planeta, com resultados pontuais, mas no geral o Neoliberalismo vem evoluindo sob as mais terríveis formas, inclusive o avanço da extrema-direita racista, xenófoba, machista, inimiga da Humanidade.
Tal qual os movimentos similares da Grécia, da Espanha, da Islândia, do Uruguai, a Raiz também pretende transformar-se em partido político. Mas só depois que o Movimento Cidadanista se impuser como uma alternativa legítima e legitimada na sociedade. Para tanto, está criando “círculos cidadanistas” pelo Brasil. Sua tarefa, hoje, é promover debates sobre a Carta recém-lançada, aperfeiçoá-la com a contribuição de todos, numa rede de núcleos autônomos e apenas vinculados entre si pelo objetivo de refletir e construir, horizontalmente, uma proposta nova para o momento histórico. Como diz uma das participantes mais notórias, a deputada federal Luiza Erundina, “se o momento histórico exigir, a Raiz se transformará em partido com uma nova visão do exercício do poder”. Outro fundador, Célio Turino (o criador dos Pontos de Cultura, projeto exitoso dos ministros Gilberto Gil e Juca Ferreira, dos quais foi destacado assessor), afirma que “não há pressa, estamos iniciando um processo que nos parece necessário, como demonstraram as manifestações de junho de 2013. Os jovens estão sem referências, querendo participar, e estamos oferecendo uma alternativa nova, aberta a todas e todos”.
A íntegra da Carta Cidadanista está no facebook, nas páginas do movimento.

(*) Antonio Barbosa Filho é jornalista, autor de “A Bolívia de Evo Morales” e de “A Imprensa x Lula”. Vive em Taubaté-SP e em Delft/Países-Baixos.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

A DIFÍCIL SITUAÇÃO DOS PROFESSORES DE SÃO PAULO

Não é fácil não ser professor no estado de São Paulo

Esse problema há anos vem se arrastando, sem que o governo consiga equacionar e muito menos solucionar a questão
Por Bia Pardi

Todo final de ano a secretaria da Educação do Estado de São Paulo se vê diante de um problema crônico que interfere na organização das unidades escolares. Trata-se da falta de professores, tragédia anunciada com antecipação ao processo de escolha de aulas pelos profissionais. Esse problema há anos vem se arrastando, sem que o governo consiga equacionar e muito menos solucionar a questão.

Ainda que o número de efetivos cresça, não tem suprido a necessidade da rede. São 251.906 o total de professores e, destes, 55,31% são efetivos, 22,76% são temporários e 21,93% são estáveis. Embora não tenham passado por concurso, tornaram-se estáveis por legislação constitucional.

Os temporários estão espalhados pelo Estado todo num total de 57.329. São 28 mil no interior, 29 mil na Grande São Paulo e 10.700 na capital. Esses números representam mais de 20% de carência de professores, o que provoca uma instabilidade geral no início das aulas.

Vários são os motivos que geram essa situação como, por exemplo, o número de concursados que foram chamados a se efetivar e a resposta de apenas 1.500 que assumiram as aulas. Ou, nesse ano, a chamada para 56 mil profissionais, dos quais somente 29 mil responderam afirmativamente. Resta anunciar duas condições altamente desestimuladoras ao exercício do magistério: a longa maratona dos concursos e as péssimas condições de trabalho e salário a que são submetidos os docentes da rede pública estadual da Educação Básica.


*Bia Pardi é assessora de Educação da Liderança do PT na Assembleia Legislativa de SP

terça-feira, 28 de outubro de 2014

DESMORALIZADO, MERVAL PRECISA TOMAR UM CALMANTE...

Merval, tome um chazinho…

28 de outubro de 2014 | 11:26 Autor: Fernando Brito
merval
Merval Pereira, por favor, tome um chazinho.
Passiflorina, camomila, jasmim…  Já nem sugiro um daqueles que o pessoal hippie tomava para ficar mais “paz e amor”…
Não fica bem a um acadêmico, quase um lorde, como você ter estes destemperos, que o levaram até a ganhar uns trancos de seus colegas de bancada na Globonews, no dia da apuração dos votos…
Modere-se, Merval, para não cair no ridículo…
Qual Rede Globo, aquela que manipulou criminosamente o debate de Lula e Collor, em 1989?
Aquela Rede Globo que, confessadamente, apoiou o golpe e a ditadura?
Ou a Globo que tem o jornal em que você, Merval, publicou a foto de Leonel Brizola com um presidente de associação de moradores de uma favela dizendo que era com um traficante? Você lembra, Merval, lembra do processo que você tomou por isso?
Ou a Globo que censurou durante anos o filme inglês  “Muito além do Cidadão Kane”, sobre o poder e os métodos do Dr. Roberto?
Você que é quase um jurisconsulto, uma espécie de ministro sem toga dos nossos altos tribunais, não tem uma palavra para a desobediência da ordem judicial feita pela Veja, usando todo tipo de trampa para recusar-se a dar o direito de resposta concedido pelo TSE por aquelas acusações sem prova?
Merval, talvez você não lembre, mas o único movimento golpista contra presidentes recém-eleitos no Brasil aconteceu contra JK, em 1955 e 56.
Sabe o que aconteceu?
Aconteceu que Juscelino é lembrado e admirado pelo povo brasileiro e  Jacareacanga e Aragarças são dois nomes que ninguém sabe o que são, Merval.
Então você, Merval, que pela vasta obra literária que produziu ganhou o direito de ser imortal, acalme-se.
Tome um chá, Merval, como sabiamente tomam os velhinhos do Petit Trianon.
Precisamos de você: daqui a quatro anos tem eleição de novo e como ficará o povo brasileiro sem a sua sabedoria para nos guiar?
Para o outro lado, é claro.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=22586

quarta-feira, 21 de maio de 2014

GLOBO NUNCA FOI DONA DO CANAL 5, DE SÃO PAULO!!!

Requião quer saber como Marinho ficou 

com a TV Globo de São Paulo

Escrito por: Redação
Fonte: Vi o Mundo
da assessoria do senador Roberto Requião (PMDB-PR)



A mesa do Senado aprovou nesta quarta-feira (14) pedido de informações do 
senador Roberto Requião ao ministro das Comunicações, para que este 
esclareça todo o processo de transferência do controle acionário da antiga 
TV Paulista para a TV Globo de São Paulo. A solicitação de Requião foi relatada 
pelo senador João Vicente Claudino (PTB-PI). Com base no relatório favorável, 
a mesa vai enviar o requerimento ao Ministério das Comunicações.
Leia na sequência, a decisão da mesa do Senado, o requerimento do senador 
Requião e o parecer do senador João Vicente Claudino:
Da MESA DO SENADO FEDERAL, sobre o Requerimento nº 135, de 2014, 
do Senador Roberto Requião, que requer, nos termos do § 2º do art. 50, da 
Constituição Federal, combinado com o art. 216 do Regimento Interno do 
Senado Federal, sejam solicitadas ao Senhor Ministro de Estado das 
Comunicações, no prazo constitucionalmente definido, as informações 
abaixo elencadas e, nos termos do art. 217 do Regimento, a remessa de 
cópia de todos os documentos e processos que embasem e comprovem 
as correspondentes respostas.
RELATOR: Senador JOÃO VICENTE CLAUDINO
I - RELATÓRIO

Vem à consideração desta Mesa o Requerimento nº 135, de 2014, de autoria 
do Senador Roberto Requião, que solicita, com base no § 2º do art. 50 da 
Constituição Federal, e nos arts. 216 e 217 do Regimento Interno do Senado 
Federal (RISF), sejam requeridas ao Ministro de Estado das Comunicações 
informações referentes à transferência do controle acionário da ex-Rádio 
Televisão Paulista S/A, mais tarde TV Globo de São Paulo, para o senhor 
Roberto Marinho.
Conforme o autor do requerimento:
Salvo melhor avaliação, o ato de transferência das ações do canal 5 de São 
Paulo jamais existiu na ordem jurídica e governamental, visto que o negócio 
somente poderia ter se concretizado com a obrigatória prévia aprovação das 
autoridades competentes e mediante a participação dos verdadeiros acionistas 
fundadores ou de herdeiros da empresa de comunicação de um lado e de outro 
do jornalista Roberto Marinho. SF/14109.89260-47
Ademais, afirma que:
(?) a posterior obtenção da renovação da concessão também não poderia ter se 
consumado pelo comprovado descumprimento das cláusulas condicionantes da 
Portaria 163/65 e pelo agravante de a Assembleia Geral Extraordinária de 30 de 
junho de 1976, ao invés de buscar regularizar situação societária ilegal, que se 
arrastava por mais de 10 anos, ter sido usada pelo jornalista-empresário Roberto 
Marinho para eliminar o direito acionário e intransferível de seus mais de 600 
acionistas?
Informa o autor, por fim, que sobre esses e outros fatos:
(?) a procuradora da República Cristina Marelim Vianna, falando nos autos do 
procedimento administrativo 1.34.001.001239/2003-12, instaurado para apurar 
ilegalidades no negócio tido como realizado pelo senhor Roberto Marinho, exarou 
parecer no qual assinala que resta, pois, investigar suposta ocorrência de 
irregularidade administrativa na transferência do controle acionário da emissora, 
visto a necessidade de autorização de órgão federal. Tal como se deu, esteado 
em documentação falsificada, o ato de concessão estaria eivado de nulidade 
absoluta.
Essas as razões que fundamentam a apresentação do presente requerimento. 
A iniciativa vem à apreciação e decisão deste Colegiado em razão do que dispõe 
o art. 215, inciso I, alínea a, do Regimento Interno desta Casa, segundo o qual o 
encaminhamento de requerimentos de informação a Ministro de Estado depende 
de decisão da Mesa do Senado.
II - ANÁLISE
O Requerimento nº 135, de 2014, atende a todos os requisitos constitucionais, 
particularmente aqueles inscritos no § 2º do art. 50 de nossa Carta Política, o 
qual confere à Mesa do Senado Federal a competência para encaminhar pedidos 
de informação a Ministros de Estado ou demais titulares de órgãos diretamente 
subordinados à Presidência da República.
A proposição em análise apresenta-se como instrumento para concretização da 
competência constitucionalmente atribuída ao Congresso Nacional de fiscalizar 
e controlar os atos do Poder Executivo, seja diretamente, seja por qualquer de 
suas Casas, consubstanciando, dessa forma, o comando inscrito no inciso X do 
art. 49 da Carta Cidadã.
Complementarmente, o requerimento em exame apresenta-se em conformidade 
com as disposições do Ato da Mesa do Senado Federal nº 1, de 2001, que regula 
a tramitação dos requerimentos de informação. Verifica-se, assim, a 
regimentalidade da proposição.
Da mesma forma, afigura-se adequado o endereçamento da solicitação ao 
Ministro de Estado das Comunicações, tendo em vista a competência do órgão 
que dirige para tratar de outorgas e renovações para exploração dos serviços de 
radiodifusão.
III - VOTO
À luz do exposto, o voto é pela aprovação do Requerimento nº 135, de 2014.
Sala de Reuniões, Presidente, Relator
SF/14109.89260-47
http://fndc.org.br/clipping/requiao-quer-saber-como-marinho-ficou-com-a-tv-globo-de-sao-paulo-936646/

sexta-feira, 25 de abril de 2014

MOSTEIRO DE S. BENTO, DA BAHIA, COLOCA OBRAS RARAS NA INTERNET

Mosteiro de São Bento lança site com acesso grátis a 60 obras raras digitalizadas


Escrito por: Redação
Fonte: Correio da Bahia

Segunda maior biblioteca de obras raras do país guarda títulos importantes de várias áreas do conhecimento

Dom Emanuel d"Able (Foto: Marina Silva)

Em 1582, monges beneditinos portugueses fundaram o Mosteiro de São Bento da Bahia, o primeiro da nova colônia e um dos primeiros fora da Europa. Durante a imigração, os monges trouxeram manuscritos, iluminuras, livros, documentos históricos, cartas, testamentos, mapas, partituras musicais, desenhos e plantas de arquitetura que hoje compõem o acervo da Biblioteca do Mosteiro de São Bento.

Algumas dessas preciosidades agora estão disponíveis para o público geral. Depois de um processo de restauração, o mosteiro lançou, ontem, o portal Livros Raros, que disponibiliza uma valiosa coleção com 60 obras raras da biblioteca digitalizadas e que podem ser acessadas gratuitamente através do site www.saobento.org/livrosraros.

O projeto de recuperação, que durou cerca de dois anos, contemplou obras dos séculos XVI ao XIX que tratam não só de teologia como também de medicina, homeopatia, história, sociologia e literatura. Além de português, há textos em latim, francês, galego, es panhol, italiano e árabe - muitos não identificados em nenhuma outra biblioteca do mundo.

Publicações como Comentario as Sentenças de Duns Scoto, do Fr. Nicolau de Orbellis, de 1503; e Suma Theologica Secundae, de São Tomas de Aquino, de 1534 - os textos digitalizados mais antigos -, além da coleção Obras Completas de Luiz de Camões, de 1873; o compêndio Cartas Selectas, de Padre Antônio Vieira, de 1856; o Index Librorum Prohibitorum, do Papa Bento XIV, de 1764; e a Historia dos Judeos, de Flavio José, de 1793, podem ser lidas com apenas alguns cliques.


Desinfecção
 A tecnologia, chamada "desinfestação por atmosfera anóxia", parece coisa de filme de ficção. O livro é colocado dentro de uma bolha com um gerador de nitrogênio. O processo retira todo o oxigênio dos livros e extermina as pragas por asfixia. Enquanto algumas peças precisaram apenas de higienização, outras não tinham condições de sequer serem manuseadas e passaram por um processo de restauração ainda mais rigoroso.

Mônica Pedreira de Souza, uma das responsáveis pela equipe de restauro, explica que cada livro levou entre um e três meses para ser reparado. "O tempo de restauração depende do tamanho do livro e do estado em que se encontra, se está mais destruído, corroído por inseto, mofo", completa. Mônica revela que, depois de diagnosticar a condição da obra, é feita a higienização e depois um teste de acidez, para atestar se o livro vai passar por um banho de desacidificação ou a velatura, uma técnica de aplicação de tinta transparente ou verniz.

"Depois, o livro recebe um banho de água morna para retirar a sujidade e depois um banho para estabilizar o PH com hidróxido de cálcio", detalha. O livro ainda passa pela máquina de obturação de papel, a secadora e, por fim, a prensa para planificar. "A única coisa que não recuperamos é a capa, porque ainda não fazemos restauração em couro", diz Mônica.

Democracia

O arquiabade do mosteiro, dom Emanuel d'Able do Amaral, revela que a ideia que culminou nesse projeto nasceu em 1996, quando a biblioteca ganhou um novo espaço. "Essa foi a primeira etapa do que estamos vendo hoje. A segunda foi quando criamos o laboratório de restauração, que era raro no Nordeste. E a terceira etapa do processo começou com o trabalho do grupo de pesquisa da Faculdade São Bento e de outras instituições que tiveram acesso ao material", afirma.

Para dom Emanuel, o objetivo principal da biblioteca - a segunda maior em acervo de obras raras do país - é democratizar a informação e, principalmente, a cultura. "Não tem sentido ter um acervo se ele ficar trancado e ninguém ver. Um livro que não é lido perde sua finalidade. Em nosso país falta não só a partilha dos bens materiais, como também dos bens culturais. E é isso que queremos: a democracia cultural", afirma.

A coordenadora do Centro de Pesquisa do mosteiro, Alícia Lose, também celebra a iniciativa, pouco comum para instituições religiosas. "É uma raridade estar vivendo esse momento. Acervos eclesiásticos são privados, mas são de interesse público. Aqui temos livros que remontam o século XVI, que vieram com os monges e ficaram mais de 400 anos trancados", analisa.


"Esse é um trabalho feito para a comunidade. Os livros continuam no setor de obras raras, preservados, mas podem ser acessados por qualquer um e a qualquer hora. Pense que se um livro tivesse alma, estaria chorando por estar preso sem poder ser lido. Mas agora ele não vai mais chorar", brinca o arquiabade dom Emanuel.

Acervo Geral
Acesso livre para consulta, de segunda a sexta, das 8h às 18h, e sábado, das 8h às 13h. Para empréstimo, somente para alunos da Faculdade São Bento da Bahia.

Acervo Obras Raras
Acesso para pesquisadores com a presença de funcionários da biblioteca. Acesso livre e gratuito no site www.saobento.org/livrosraros.

Arquivo Acesso apenas mediante a autorização prévia. O arquivo conta com documentos importantes denominados de Memória do Mundo da Unesco.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

AGÊNCIA INDEPENDENTE DE NOTÍCIAS PEDE APOIO

Adital luta para conseguir financiamento e 
reabrir em 2014


Adital
Em 2013, a Adital passou por reestruturações em sua equipe editorial e, apesar das
dificuldades financeiras, termina o ano com esperanças de renovação e avanços na
prática de um jornalismo cada vez mais independente. Mesmo com todas as incerte-
zas estruturais, a equipe Adital conseguiu trazer ao conhecimento dos seus leitores
temas relevantes para a agenda do movimento social latino-americano neste ano
que termina.
Mesmo com recorde de doações em novembro, alcançando R$ 11 mil, até 16 de de-
zembro, a quantidade de doações ainda não havia chegado a R$ 4 mil, o que deixa
ainda mais a Adital em risco de fechar suas portas. Por ter em sua linha editorial o con-
ceito de uma comunicação independente, voltada aos movimentos sociais de toda
América Latina e do Caribe, é difícil captar investidores interessados.
Em cerca de 14 anos de vida, é a quinta vez que a Agência passa por problemas de
sustentação financeira. Na tentativa de encontrar uma solução, a Adital continua bus-
cando conseguir financiamento de algumas agências estrangeiras, da Igreja Católica
e por meio das doações voluntárias dos leitores. Ainda assim, esses recursos não têm
sido suficientes.
"Já faz quatro ou cinco anos que temos essa campanha, mas faz oito meses que tem
se intensificado, principalmente depois da entrevista que publicamos em outubro de
2013. No entanto, os leitores ainda têm dificuldade de postar numa coisa nova que
aparece”, declara o diretor executivo, padre Ermanno Allegri, agradecendo às pessoas
que fizeram doações.
O fato é que a Adital ainda está com dificuldades. Neste ano, dois projetos planejados
pela agência não vingaram. "Nós tínhamos dois projetos que esperávamos que fossem
aprovados, mas, na última hora, falharam por completo”, lamenta o diretor. Tendo em
vista que o mês de novembro respondeu à expectativa de doações, Allegri ressalta que
a equipe ficou mais animada a dar continuidade ao trabalho, nem que seja com um nú-
mero reduzido de funcionários, a partir de fevereiro de 2014.
Para a equipe trabalhar com um mínimo de segurança, a agência precisaria chegar a
R$ 450 mil de financiamento por ano. São quase 100 mil pessoas diariamente recebendo
um boletim. "Se dessas 100 mil pessoas, 20 mil dessem R$ 30,00 por ano, nós che-
garíamos a 600 mil reais e passaríamos a ter recursos suficientes para os custos da agên-
cia”, ressalta Allegri.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

247: MARINA SILVA QUER TERRORISMO DURANTE A COPA!

Marina pede novos protestos de rua em 2014

:
Ex-senadora Marina Silva, que tentou criar um partido, a Rede, cujos líderes
estiveram diretamente envolvidos na organização de manifestações e até em
depredações de patrimônio público, como no caso do Itamaraty, exalta os
protestos de junho e pede mais em 2014; "voto nessa bela multidão que foi às
ruas como personalidade do ano de 2013 e desejo-lhe mais força e criativida-
de para renovar a democracia no Brasil em 2014", diz ela

27 de Dezembro de 2013 às 07:02

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

TWITTAÇO PELA INTERNET BANDA LARGA! PARTICIPE, É HOJE!!!


Banda larga: Tuítaço pela qualidade já

Participem do tuítaço esta quarta-feira na véspera da votação em que a  Anatel irá definir padrões de qualidade da banda larga. O Conselho Diretor vai se reunir para votar critérios de atendimento, capacidade de rede e variações máximas de velocidade no serviço de acesso à Internet.  Para fazer pressão pela aprovação de parâmetros fortes vamos tuitar pedindo “Qualidade Já”.
O tuítaço é quarta-feira, 26 de outubro,concentração às 16h.
Hashtags#QualidadeJa e @brasil_ANATEL
Participe tuitando:
@brasil_ANATEL: garanta a qualidade da banda larga! #qualidadeja http://bit.ly/nVxtSY
@brasil_ANATEL: chega de receber só 10% da velocidade contratada #qualidadeja http://bit.ly/nVxtSY
SIM ao limite de 80% de ocupação da rede #qualidadeja não dá para vender se não tem para entregar http://bit.ly/nVxtSY
@brasil_ANATEL Chega de problemas na banda larga! #qualidadeja http://bit.ly/nVxtSY
Brasil tem a Banda Larga mais cara do mundo:http://bit.ly/qEREpz E não tem fiscalização de qualidade @brasil_ANATEL#QualidadeJá
@brasil_ANATEL: o consumidor tem o direito de medir a qualidade da banda larga que recebe! http://bit.ly/qEREpz

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

CONTROLE DA INTERNET É POSSÍVEL

Assim como o ditador Hosni Mubarak silenciou a internet em seu território, os Estados Unidos têm projetos para causar "apagões" da rede em qualquer país com o qual entre em conflito. É uma das armas mais poderosas no atual estágio das comunicações. 

Aqui um trecho do artigo que pode ser lido na íntegra no Blog do Miro:


Altamiro Borges: EUA podem derrubar a internet?

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
por Altamiro Borgesno seu blog
Na convulsão popular que contagia o Egito, um fato chamou a atenção. O ditador Hosny Mubarak, apavorado com a alardeada capacidade de mobilização das redes sociais, conseguiu tirar do ar a internet por longas horas. O golpe contra a liberdade de expressão não surtiu os efeitos desejados, mas levantou suspeita sobre a real liberdade na rede.
Vários estudos confirmam que a internet é, de fato, vulnerável. Em momentos de maior tensão na luta de classes, ela pode ficar à mercê das grandes corporações empresariais do setor e também dos governos. Artigo recente do sítio Cuarta Generación evidencia que os EUA estão investindo pesado para não serem mais surpreendidos pela rede.
Os “bombardeios lógicos” do império
Segundo a reportagem, o Pentágono já desenvolveu os chamados “bombardeios lógicos”, que podem “desconectar a internet de países adversários” e até interromper a comunicação online. Além de tirar do ar a rede, os EUA também podem interferir nas próprias transmissões de mensagens e textos.
“Através da aeronave central de transmissões dos EUA, denominada ‘Comando Único’, o Pentágono é capaz de fazer transmissões de guerra psicológica em rádios AM, FM e UHF e TVs UHF e VHF: sobrevoando uma área sem conexão à internet, o “Comando Único” pode transmitir em uma grande zona de acesso Wi-Fi desprotegido”.