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terça-feira, 7 de outubro de 2014
VEJA A ESPANHA E IMAGINE UM BRASIL GOVERNADO PELO PSDB NEOLIBERAL
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quarta-feira, 24 de setembro de 2014
NEM PRESIDENTE DO PARTIDO-CARONA DA MARINA CONHECE O PROGRAMA DA CANDIDATA!!!
AMARAL SOBRE ENTREVISTA DE GIANETTI:
'NÃO LI. AINDA BEM'

Presidente do PSB demonstra notável desconforto
sobre o discurso de Eduardo Gianetti, coordenador
do programa econômico de Marina Silva, que
citou, em entrevista, convergência entre as
propostas de Marina e do tucano Aécio Neves;
trata-se de um "tiro no pé", opinou Roberto Amaral,
segundo relato do boletim Relatório Reservado;
"A Marina está fazendo concessões demais",
acrescentou; dirigente concordou que estão dando
entrevista demais e que o debate eleitoral está
voltado para temas distantes da população; "Para
a maioria dos eleitores, Banco Central
independente e Banco do Brasil independente são a
mesma coisa".
24 DE SETEMBRO DE 2014 ÀS 12:55
247 – O coordenador econômico do programa de Marina Silva (PSB), Eduardo Gianetti, é nítido motivo de desconforto para o presidente do PSB, Roberto Amaral. Segundo relato do boletim econômico Relatório Reservado desta quarta-feira 24, o dirigente do partido socialista respondeu desta forma à pergunta sobre se tinha lido a entrevista do economista no jornal Valor Econômico. "Não li. Ainda bem".
Além disso, Amaral condenou, segundo o RR, o discurso de Gianetti na entrevista, na qual chama a atenção para a convergência entre as propostas de Marina Silva e as do candidato do PSDB, Aécio Neves.
Para ele, a aproximação da campanha do PSB com o partido que
representa o liberalismo, como disse o repórter, é "um tiro no pé".
"A Marina está fazendo concessões demais", acrescentou.
Questionado se achava que tem gente dando entrevista mais do que
deveria, em alusão a Gianetti, Amaral afirmou: "Acho que sim! E me
lembro das minhas conversas com Lula, quando ele dizia que alguns
aliados não podiam nem abrir a geladeira. Eles viam aquela luzinha,
achavam que era televisão e logo queriam dar uma entrevista",
relembrou o presidente do PSB.
Amaral concordou também que o debate eleitoral esteja voltado para
temas distantes da população. "Só cem pessoas no País sabem do
que está sendo dito nesses assuntos. Para a maioria dos eleitores,
Banco Central independente e Banco do Brasil independente são a
mesma coisa".
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/154583/Amaral-sobre-
entrevista-de-Gianetti-'N%C3%A3o-li-Ainda-bem'.htm
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domingo, 13 de abril de 2014
PROGRAMA DE AÉCIO: PRIVATIZAR TUDO E BAIXAR SALÁRIOS
ARMÍNIO DEFENDE AÉCIO E
"MEDIDAS IMPOPULARES"

Cotado para ser ministro da Fazenda num eventual governo Aécio
Neves, o economista Armínio Fraga defendeu a proposta colocada
pelo presidenciável tucano de adotar rapidamente, ainda no
primeiro dia de mandato, o que chamou de "medidas impopulares";
"o custo de tomar as medidas porventura impopulares é muito
menor do que o de não tomar", disse Armínio; "as pessoas têm de
cair na real"; numa longa entrevista, ele defendeu um teto para o gasto
público, a autonomia do Banco Central, mais privatizações e disse
ainda que o salário mínimo cresceu demais nos últimos anos, acima
da produtividade
13 DE ABRIL DE 2014 ÀS 07:28
247 - Desde que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) defendeu, num
encontro com empresários, a adoção de medidas impopulares,
talvez já no primeiro dia de mandato, esse debate começou a
crescer. A senadora Gleisi Hoffmann, por exemplo, cobrou dos
oposicionistas que explicitem que medidas seriam essas (leia
mais aqui). Neste domingo, em entrevista aos jornalistas Ricardo
Grinbaum e Alexa Salomão, do Estado de S. Paulo (leia aqui a
íntegra), o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco
Central, avançou no tema. "O custo de tomar as medidas porventura impopulares é muito menor do que o de não tomar", afirmou. "As
pessoas têm de cair na real".
Armínio, que deve ser anunciado por Aécio como seu ministro da
Fazenda, caso seja vitorioso nas eleições de outubro, tocou em vários
pontos que, aos olhos de muitos, seriam impopulares. Eis alguns
deles.
Salário mínimo
"É outro tema que precisa ser discutido. O salário mínimo cresceu
muito ao longo dos anos. É uma questão de fazer conta. Mesmo as
grandes lideranças sindicais reconhecem que, não apenas o salário
mínimo, mas o salário em geral, precisa guardar alguma proporção
com a produtividade, sob pena de, em algum momento, engessar o
mercado de trabalho."
Gasto público
"O Brasil precisa, urgentemente, pensar numa reforma tributária que simplifique o sistema. Isso envolveria, essencialmente num primeiro
momento, todo o aparato de tributação indireta. ICMS. IPI. Organizar
e simplificar seria muito bom. Cabe mencionar que, ao meu ver, o
crescimento da carga tributária precisa ser limitado. Para isso, volto
um pouquinho ao lado macro - o Brasil precisa também adotar um
limite para relação gasto público e PIB."
Privatizações
"Mas penso que todos os [setores] da infraestrutura se oferecem bem
para esse caminho - o que o governo chama de concessões. É a
mesma coisa. Eu não tenho medo de usar a palavra que acho correta.
Mas praticamente todos da infraestrutura cabem em regimes de
concessão, em parcerias público privadas, sem perda de controle do regramento que cabe ao Estado em vários desse setores."
Bancos públicos
"Mas o BNDES vem se agigantando, fazendo empréstimos a taxas
muito baixas, sem, ao meu ver, uma análise do impacto social desses programas, até para que se possa decidir se vale a pena continuar
ou não. Carece de transparência. Minha impressão é que vai ser
preciso fazer essa análise - e o papel do BNDES, a médio prazo, será
menor."
Autonomia do Banco Central
"Eu gosto de usar a nomenclatura "autonomia operacional". Ou seja:
a definição das metas ficaria com o governo e, claro, deveriam ser
metas de longo prazo para não ficarem expostas aos ventos do círculo
político. Mas o governo preservaria esse direito. Isso significa ter
mandatos para os dirigentes do Banco Central. Claro que se houvesse problemas na atuação, se não estiverem cumprindo os seus objetivos,
o governo, no limite, poderia pedir ao Senado a remoção de quem for,
inclusive do presidente. Esse é um sistema bem testado e requer um
Banco Central transparente."
Política externa
"Toda a política externa do Brasil precisa ser repensada. Essa estranha predileção por parcerias e aproximações com regimes autoritários,
como Cuba e outros exóticos, não tem trazido nenhum benefício ao
Brasil. Não quero dizer que o Brasil não precisa ter um diálogo com
todo mundo, com a Venezuela, por exemplo. Mas o Brasil precisa se
engatar nas grandes locomotivas mundiais."
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/136613/Arm%C3%ADnio-
defende-A%C3%A9cio-e-medidas-impopulares.htm
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terça-feira, 11 de março de 2014
EM CRISE, CAPITALISMO SEMPRE APELA AO FASCISMO
O NINHO DA SERPENTE
Mauro Santayana
Há um velho ditado que reza que, toda vez que o capitalismo se vê ameaçado, ele sai para passear com o fascismo.
Como um skinhead e seus pit-bulls, que pode ser por eles atacado, depois de tentar prendê-los à força no canil, ao voltar para casa, bêbado drogado, a Europa mostra que não aprendeu nada com as notícias dos jornais, nem com as lições do passado.
Dirigentes europeus – e norte-americanos – tiram fotos, sorridentes, ao lado dos líderes do Partido Svoboda ucraniano, que podem ser vistos, em outras fotos, recentes, discursando em tribunas nazistas e saudando com a palma da mão levantada.
A cruz celta, símbolo da supremacia branca, as suásticas, os três dedos que lembram o tridente tradicional usado pelos neofascistas ucranianos, os raios assassinos das SS nazistas, destacam-se nas bandeiras e braçadeiras portadas pela multidão, na qual desfilam, triunfantes, membros das 22 organizações neonazistas que existem no país, que, segundo analistas locais, são muito mais radicais que o “Svoboda”.
As notícias que vem de Kiev dão conta de que há indícios de que os atiradores que mataram manifestantes durante os protestos, antes do golpe, teriam sido contratados pelos próprios neonazistas para fazê-lo. Sinagogas têm sido incendiadas nos úlimos meses, professores e estudantes de Yeshivas – assim como estrangeiros e homossexuais – têm sido insultados e espancados pelas ruas.
Na Ucrânia atual o anti-semitismo é tão forte, que nos últimos 20 anos, depois da derrocada da União Soviética – que sempre protegeu os judeus como etnia – 80% dos 500.000 hebreus que viviam no país o abandonaram, desde 1989, em um êxodo sem precedentes no pós-guerra. Hoje, em uma população mais de 44 milhões de habitantes, há menos de 70.000 judeus ucranianos.
Se a situação é ameaçadora para a população judaica, é ainda pior para os cerca de 120.000 a 400.000 ciganos que vivem na Ucrânia, uma minoria que não conta com recursos para deixar o país, nem com um destino, como Israel, que os possa receber.
Com a desmobilização da polícia e do exército, e sua substituição por brigadas paramilitares compostas de vândalos e arruaceiros, os neonazistas têm circulado livremente pelos bairros ciganos da periferia de Kiev e de cidades do interior do país, insultando e agredindo. impunemente, qualquer homem, mulher, criança, idoso, que encontrem pela frente.
Não é preciso lembrar que os roms, assim como os judeus, foram torturados e mortos – seis milhões de judeus e um milhão de ciganos, pelo menos – nos campos de concentração e de extermínio nazistas, a maioria deles pelas mãos de voluntários ucranianos, que serviam de “guarda” auxiliar para os alemães, em lugares como Treblinka, Auschwitz e Sobibor.
Os nazistas ucranianos não apenas forneceram assassinos e torturadores para o holocausto – e a eliminação de prisioneiros políticos e de homossexuais – mas também lutaram ao lado dos alemães, por meio da sua famigerada Legião Ucraniana de Autodefesa e da Divisão SS Galitzia, contra os russos, na Segunda Guerra Mundial.
Longe de renegar esse passado, do qual toma parte o extermínio da própria população ucraniana – em Baby Yar, uma ravina perto de Kiev, foram massacrados, com a ajuda de soldados e policiais ucranianos, 150.000 mil civis, entre ciganos, comunistas, e judeus ucranianos, 33.700 deles apenas nos dias 29 e 30 de setembro de 1941 – a direita ucraniana o venera e honra.
No dia primeiro de agosto de 2013, com a presença de um padre ortodoxo, dezenas de pessoas vestindo uniformes da Waffen SS, em meio a uma profusão de bandeiras ucranianas e de suásticas, se encontraram na cidade de Chervone, na Ucrânia, para honrar o “sacrifício” dos “heróis” ucranianos da Divisão SS Galitzia.
Os nazistas ucranianos não foram os únicos a combater, ao lado de Hitler, contra a União Soviética e a colaborar no extermínio de judeus e ciganos e da sua própria população.
O massacre de Odessa, também na Ucrânia, de outubro de 1941, no qual morreram 50.000 judeus, foi cometido, sob “organização” alemã, por tropas do exército romeno, um dos diversos países que participaram, como aliados do nazismo, da invasão da URSS na Segunda Guerra Mundial.
Entre elas, estavam, além da Itália, da Espanha e da Romênia, Bulgária, Hungria e Eslováquia, países não por acaso colocados – para que isso não viesse a acontecer de novo – sob a esfera de influência soviética, após o fim do conflito.
Engrossada pela deterioração do estado de bem-estar social, a crise econômica, o desemprego e a pressão migratória – criada em boa parte pela própria Europa com o incentivo ao terrível pesadelo da “Primavera Árabe” – a baba do racismo, do ódio contra os ciganos e os árabes, do antissemitismo e do anticomunismo mais arcaico e bestial, espalha-se como peste seguindo o curso de grandes rios como o Dnieper e o Danúbio, criando uma sopa densa e corrosiva, apropriada para alimentar as ovas – nunca totalmente inertes – da serpente nazista.
Fruto de uma nação multiétnica, que estabelece seu passado e seu futuro na diversidade universal de sua gente, nenhum brasileiro pode ficar ao lado dos golpistas neofascistas ucranianos.
Não é possível fazê-lo, não apenas pelo senso comum de não apoiar uma gente que odeia e despreza tudo o que somos.
Mas, também, porque não podemos desonrar o sangue e a memória daqueles cujos ossos descansaram no solo sagrado de Pistóia.
De quem, em lugares como Monte Castelo e Fornovo di Taro – onde derrotamos, em um único dia, a 148 Divisão Wermacht e a Divisão Bersaglieri Itália, obtendo a rendição incondicional de dois generais e de milhares de prisioneiros – combateu, com a FEB, o bom combate.
Dos soldados e aviadores que, com a força e a determinação de 25.700 corações brasileiros, ajudaram a derrotar, naquele momento, a serpente hitleriana.
No afã de prejudicar e sitiar a Rússia, criando problemas à sua volta, em países que já a atacaram no passado, o que a UE não entendeu, ainda, é que o que está em jogo na Ucrânia não é o apenas o futuro do maior país europeu em extensão territorial, nem mesmo o de Putin, mas o da própria Europa.
Até agora, o neonazismo se ressentia de um território grande e simbólico o suficiente, do ponto de vista de uma forte ligação com o anticomunismo e com o nacional-socialismo, no passado, para servir de estuário para o ressentimento e as frustrações de um continente decadente e nostálgico das glórias perdidas, que nunca se sentiu realmente distante, ou decididamente oposto, ao fascismo.
Faltava um lugar, um santuário, onde se pudesse perseguir o mais fraco, o diferente, impunemente. Um front ideológico e militar para onde pudessem convergir – como voluntários ou simpatizantes – militantes da supremacia branca de todo o mundo.
Um laboratório para a criação de um novo estado, com leis, estrutura e ideologia semelhantes às que imperavam na Alemanha há 70 anos.
Se, como tudo indica, os neonazistas se encastelarem no poder em Kiev, por meio de eleições fraudadas, ou da consolidação de um golpe de estado desfechado contra um governante eleito, o ninho da serpente poderá renascer, agora, no conflagrado território ucraniano.
http://www.conversaafiada.com.br/politica/2014/03/10/santayana-ameacado-capitalismo-passeia-com-o-fascismo/
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
ITÁLIA TENTA SAIR DA CRISE PELA CENTRO-ESQUERDA
Italia: el carismático Matteo Renzi sería el jefe de gobierno más joven y transgresor de Europa
El carismático líder centrozquierdista Matteo Renzi, de 39 años, sin experiencia ministerial o parlamentaria, está por convertirse en el jefe de gobierno más joven de la Unión Europea, con una notoriedad basada en promesas de arrasar con los privilegios de casta de los políticos.
Lunes 17 de febrero de 2014 | 14:56

Matteo-Renzi ganó las elecciones internas del Partido Democrático por amplia mayoría en el pasado mes de diciembre
Renzi, alcalde de Florencia, se presenta con una imagen que parece inspirarse del ex primer ministro británico Tony Blair y del actual presidente estadounidense, Barack Obama, que encarnaron la ruptura generacional y rompieron o quisieron romper moldes tradicionales de acción y de comunicación.
El joven florentino, que su juventud formó parte de la Democracia Cristiana, pretende transformar los equilibrios internos de un país que vive sucesivas crisis políticas y se sobrepone a duras penas de la recesión.
En diciembre pasado, ganó por amplia mayoría las elecciones internas del Partido Democrático(PD), el principal de la actual coalición gubernamental de fuerzas de izquierda y de derecha.
Y desde entonces se dedicó a cuestionar al primer ministro Enrico Letta, también del PD, acorralándolo hasta obtener su renuncia la semana pasada.
Tras verse confiar este lunes por el presidente Giorgio Napolitano la misión de formar un nuevo gobierno, Renzi prometió poner en ello “toda su energía y entusiasmo”.
Gracias a sus eslóganes ocurrentes, sus hashtags y su estilo informal, cuenta con un respaldo aun mayor entre los jóvenes, muchos de ellos en contacto a través de las redes sociales.
Su poder de seducción alcanza al electorado de derecha y hasta el ex jefe de gobierno conservador y magnate de las comunicaciones, Silvio Berlusconi, se dijo impresionado por la nueva estrella de la política italiana.
http://www.lr21.com.uy/mundo/1159676-italia-el-carismatico-matteo-renzi-seria-el-jefe-de-gobierno-mas-joven-y-transgresor
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
VEJA DO QUE LULA E CELSO AMORIM NOS SALVARAM...
Nafta trouxe pobreza e baixos salários ao México
7 de janeiro de 2014 | 08:10 Autor: Miguel do Rosário
Começamos o dia com uma reportagem publicada ontem no Valor, que é de arrepiar os cabelos. Não teve destaque no próprio Valor, nem terá em nenhuma outra mídia. Foi feita, naturalmente, por repórter estrangeiro, Mark Stevenson, da Associated Press, pois duvido que algum barão da mídia permitisse que um jornalista brasileiro fosse tão ousado.
A reportagem diz, em suma, que a Nafta, o acordo comercial entre México e EUA (que inclui o Canadá também), que derrubou uma série de barreiras comerciais e trabalhistas entre os dois países, não trouxe contribuição social relevante ao México.
Ao contrário, a situação piorou. Confira os trechos abaixo:
“(…) o México é o único dos grandes países latino-americanos em que a pobreza também cresceu nos últimos anos.
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), a pobreza caiu de 48,4% em 1990 para 27,9% em 2013 em toda a América Latina. No México, onde estava em 52,4% em 1994, a taxa de pobreza chegou a cair para 42,7% em 2006; mas em 2012 tinha voltado a subir para 51,3%.”
“(…) os empregos do setor no México são notoriamente mal remunerados, e pouco se avançou em reduzir o fosso salarial em relação aos EUA.
(…) A média dos salários na indústria de transformação do México correspondia a cerca de 15% dos pagos nos EUA em 1997. Em 2012 esse percentual tinha aumentado para apenas 18%. Em alguns setores, os salários praticados na China, na verdade, superaram os pagos no México. “
O Nafta corresponde a Alca, o acordo que os EUA queriam implantar em toda a América do Sul. Foi enterrada com a eleição de Lula e outros governantes progressistas. Agora sabemos os resultados a que ela se propunha. Não teríamos o combate a pobreza que vimos por aqui e os EUA ficariam ainda mais ricos.
A íntegra da matéria está aqui, para assinantes.
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
"OCCUPY" FOI O LEMA DE 2011
A palavra do ano é “Occupy”
Hoje, já é praticamente impossível ouvir essa palavra, sem pensar nos militantes instalados nas praças e ruas do mundo
Por Samy Alim [01.01.2012 11h20]O New York Times volta a falar do lugar que a palavra “ocupar” [#Occupy] passou a ter nos movimentos sociais que se multiplicaram esse ano em todo o planeta. E propõe que se colha a oportunidade para “ocupar a linguagem” e refletir sobre como damos nomes às coisas e às pessoas – em especial aos estrangeiros.
Em outubro passado, parti de San Francisco, sobrevoando os portos da costa oeste dos EUA paralisados pelo movimento Occupy Oakland, antes de chegar à Alemanha, em meio aos tumultos provocados por Occupy Berlin. Hoje, só resta constatar que o movimento Occupy transformou, não só o espaço público, mas, também transformou o discurso público.
Occupy[1]. Hoje, já é praticamente impossível ouvir essa palavra, sem pensar nos militantes instalados nas praças e ruas do mundo.
Até o célebre lexicógrafo Ben Zimmer estima que Occupy tem grandes chances de ser escolhida “a palavra do ano” pela American Dialect Society. O vocábulo já conseguiu modificar os termos do debate, tirando de cena “teto de endividamento” e “crise orçamentária”, substituídos por “desigualdade” e “ganância”.
A ironia da palavra “ocupar”, para designar uma corrente social progressista que visa a redefinir o debate em torno das noções de equidade e democracia, certamente está bem visível. Afinal, na linguagem corrente, só países, exércitos, polícias, “ocupam” territórios, praticamente sempre pela força. Sobre isso, aliás, os EUA nada têm a aprender.
E em apenas poucos meses, o movimento Occupy mudou completamente o significado da palavra “ocupação”. Até setembro, “ocupar” significava operação militar. Hoje, “ocupar” é sinônimo de luta política progressista [e quem, no ocidente, queira falar do que Israel faz na Palestina, ficam com a tarefa revolucionária de buscar, ou de inventar, palavras mais adequadas para o que Israel faz na Palestina: invasão pela força, com violência, ilegal, contra a razão democrática e civilizada do mundo (NTs)].
Hoje, “Ocupar” é denunciar injustiças, desigualdades, abusos de poder. E em nenhum caso se trata de apenas impor-se num espaço: hoje, ocupar significa também transformar os espaços. Nesse sentido, o movimento Occupy Wall Street ocupa literalmente a língua, e é hoje autor [não proprietário (NTs)] da palavra OCUPAR!
A primeira vez que a palavra “ocupar” apareceu em inglês, associada a manifestações sociais, remonta aos anos 1920s, quando operários italianos decidiram ocupar as fábricas em que trabalhavam, até que suas reivindicações fossem satisfeitas. Já foi uso muito distante da origem da palavra. O Dicionário Oxford English ensina que, na origem, “occupy” significou “ter uma relação sexual”. Hoje, a mesma palavra, já ressignificada, serve para preencher [ocupar?] muitos vazios gramaticais do discurso.
E se mudássemos mais uma vez o significado da palavra “ocupar”? Mais exatamente, e se pensássemos no “discurso do movimento Occupy” não mais como discurso dos militantes de Occupy, mas como movimento total, ele todo, de Ocupar a Linguagem? E o que desejariam esses “ocupantes da linguagem”?
“Occupy a Linguagem” [ing. Occupy Language] bem poderia inspirar-se, ao mesmo tempo, no movimento Occupy – que nos faz lembrar que as palavras sempre significam e que a língua não é estática, fechada – e dos movimentos locais que contestam os usos locais da linguagem e fazem lembrar que a língua pode ser tanto ferramenta de libertação quanto ferramenta de opressão; tão potente para unir, quanto para segregar.
O movimento portanto poderia começar por refletir sobre ele mesmo. Em recente entrevista, Julian Padilla, do People of Colour Working Group [Grupo de Trabalho das Pessoas de Cores], convocava os militantes a examinar as próprias escolhas lexicais: “Ocupar significa tomar posse de um espaço, e acho que ver um grupo de militantes anticapitalismo tomar posse do espaço na Rua do Muro [ing. Wall Street] é um símbolo muito potente. Mas gostaria que eles se dessem conta da história dos povos nativos, dos peles vermelhas e dos peles negras e dos pele amarela do imperialismo em todo o mundo. E que passassem a chamar o próprio movimento de “Descolonizar a Rua do Muro” [orig. fr. “Décoloniser Wall Street”]. Ocupar um espaço não é necessariamente ação negativa. Tudo depende de o que se faz, como e por quê. Quando os colonizadores brancos ocupam um país, eles não vêm para ficar, vêm de passagem, vêm para pilhar e destruir. Quando descendentes de tribos nativas dos EUA ocupam Alcatraz (entre 1969 e 1971), é ato de contestação.”
O movimento “Occupy Language” também poderia fazer campanha para impedir que os veículos de mídia continuem a usar o adjetivo “ilegal” aplicado a imigrados sem documentos. Os que defendem essa causa explicam que o adjetivo illegal em inglês [em português do Brasil, em termos jurídicos precisos, TAMBÉM (NTs)], só se aplica a ações e objetos inanimados. Usar o termo “os ilegais” [ing. illegals; fr. les illégaux) aplicado a pessoas, opera portanto, em primeiro lugar, a des-humanização das pessoas às quais se aplica.
Mas o New York Times só recomenda aos seus jornalistas que evitem as expressões “estrangeiro ilegal” [ing. illegal alien; fr. étranger illégal] ou “estrangeiro sem documentos” [ing. undocumented alien; fr. sans-papiers]. O New York Times nada diz sobre não usar a palavra “os ilegais” [ing. illegals].
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[1] A palavra Occupy [nas redes sociais, sempre #Occupy] é, sim, um belo achado, uma bela invenção internacionalista, dos muitos que se dizem, nós-vós-vóz-de-nós-mesmos: “ocupai/ocupar/ocupemos!”
Em português, há aí também um traço performativo de palavra-de-ordem: “Ocupai!” – modo imperativo, 2ª pess. do plural, do verbo ocupar, como “falai!”, “cantai!”, “sentai!”, “andai!”, “marchai!”, “manifestai!”, “ocupai e não arrasteis o pé daí, nós-vós-vóz-de-nós-mesmos, os 99%”. Em inglês, há aí, o traço declarativo (tb performativo, portanto) do infinitivo (“ocupar”) que ecoa, também para os bilíngues, com inglês, em todo o mundo [NTs].
Em outubro passado, parti de San Francisco, sobrevoando os portos da costa oeste dos EUA paralisados pelo movimento Occupy Oakland, antes de chegar à Alemanha, em meio aos tumultos provocados por Occupy Berlin. Hoje, só resta constatar que o movimento Occupy transformou, não só o espaço público, mas, também transformou o discurso público.
Occupy[1]. Hoje, já é praticamente impossível ouvir essa palavra, sem pensar nos militantes instalados nas praças e ruas do mundo.
Até o célebre lexicógrafo Ben Zimmer estima que Occupy tem grandes chances de ser escolhida “a palavra do ano” pela American Dialect Society. O vocábulo já conseguiu modificar os termos do debate, tirando de cena “teto de endividamento” e “crise orçamentária”, substituídos por “desigualdade” e “ganância”.
A ironia da palavra “ocupar”, para designar uma corrente social progressista que visa a redefinir o debate em torno das noções de equidade e democracia, certamente está bem visível. Afinal, na linguagem corrente, só países, exércitos, polícias, “ocupam” territórios, praticamente sempre pela força. Sobre isso, aliás, os EUA nada têm a aprender.
E em apenas poucos meses, o movimento Occupy mudou completamente o significado da palavra “ocupação”. Até setembro, “ocupar” significava operação militar. Hoje, “ocupar” é sinônimo de luta política progressista [e quem, no ocidente, queira falar do que Israel faz na Palestina, ficam com a tarefa revolucionária de buscar, ou de inventar, palavras mais adequadas para o que Israel faz na Palestina: invasão pela força, com violência, ilegal, contra a razão democrática e civilizada do mundo (NTs)].
Hoje, “Ocupar” é denunciar injustiças, desigualdades, abusos de poder. E em nenhum caso se trata de apenas impor-se num espaço: hoje, ocupar significa também transformar os espaços. Nesse sentido, o movimento Occupy Wall Street ocupa literalmente a língua, e é hoje autor [não proprietário (NTs)] da palavra OCUPAR!
A primeira vez que a palavra “ocupar” apareceu em inglês, associada a manifestações sociais, remonta aos anos 1920s, quando operários italianos decidiram ocupar as fábricas em que trabalhavam, até que suas reivindicações fossem satisfeitas. Já foi uso muito distante da origem da palavra. O Dicionário Oxford English ensina que, na origem, “occupy” significou “ter uma relação sexual”. Hoje, a mesma palavra, já ressignificada, serve para preencher [ocupar?] muitos vazios gramaticais do discurso.
E se mudássemos mais uma vez o significado da palavra “ocupar”? Mais exatamente, e se pensássemos no “discurso do movimento Occupy” não mais como discurso dos militantes de Occupy, mas como movimento total, ele todo, de Ocupar a Linguagem? E o que desejariam esses “ocupantes da linguagem”?
“Occupy a Linguagem” [ing. Occupy Language] bem poderia inspirar-se, ao mesmo tempo, no movimento Occupy – que nos faz lembrar que as palavras sempre significam e que a língua não é estática, fechada – e dos movimentos locais que contestam os usos locais da linguagem e fazem lembrar que a língua pode ser tanto ferramenta de libertação quanto ferramenta de opressão; tão potente para unir, quanto para segregar.
O movimento portanto poderia começar por refletir sobre ele mesmo. Em recente entrevista, Julian Padilla, do People of Colour Working Group [Grupo de Trabalho das Pessoas de Cores], convocava os militantes a examinar as próprias escolhas lexicais: “Ocupar significa tomar posse de um espaço, e acho que ver um grupo de militantes anticapitalismo tomar posse do espaço na Rua do Muro [ing. Wall Street] é um símbolo muito potente. Mas gostaria que eles se dessem conta da história dos povos nativos, dos peles vermelhas e dos peles negras e dos pele amarela do imperialismo em todo o mundo. E que passassem a chamar o próprio movimento de “Descolonizar a Rua do Muro” [orig. fr. “Décoloniser Wall Street”]. Ocupar um espaço não é necessariamente ação negativa. Tudo depende de o que se faz, como e por quê. Quando os colonizadores brancos ocupam um país, eles não vêm para ficar, vêm de passagem, vêm para pilhar e destruir. Quando descendentes de tribos nativas dos EUA ocupam Alcatraz (entre 1969 e 1971), é ato de contestação.”
O movimento “Occupy Language” também poderia fazer campanha para impedir que os veículos de mídia continuem a usar o adjetivo “ilegal” aplicado a imigrados sem documentos. Os que defendem essa causa explicam que o adjetivo illegal em inglês [em português do Brasil, em termos jurídicos precisos, TAMBÉM (NTs)], só se aplica a ações e objetos inanimados. Usar o termo “os ilegais” [ing. illegals; fr. les illégaux) aplicado a pessoas, opera portanto, em primeiro lugar, a des-humanização das pessoas às quais se aplica.
Mas o New York Times só recomenda aos seus jornalistas que evitem as expressões “estrangeiro ilegal” [ing. illegal alien; fr. étranger illégal] ou “estrangeiro sem documentos” [ing. undocumented alien; fr. sans-papiers]. O New York Times nada diz sobre não usar a palavra “os ilegais” [ing. illegals].
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[1] A palavra Occupy [nas redes sociais, sempre #Occupy] é, sim, um belo achado, uma bela invenção internacionalista, dos muitos que se dizem, nós-vós-vóz-de-nós-mesmos: “ocupai/ocupar/ocupemos!”
Em português, há aí também um traço performativo de palavra-de-ordem: “Ocupai!” – modo imperativo, 2ª pess. do plural, do verbo ocupar, como “falai!”, “cantai!”, “sentai!”, “andai!”, “marchai!”, “manifestai!”, “ocupai e não arrasteis o pé daí, nós-vós-vóz-de-nós-mesmos, os 99%”. Em inglês, há aí, o traço declarativo (tb performativo, portanto) do infinitivo (“ocupar”) que ecoa, também para os bilíngues, com inglês, em todo o mundo [NTs].
Tradução: Coletivo Vila Vudu
Texto publicado no NYTimes. Original aqui
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