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terça-feira, 6 de outubro de 2015

JUIZ FALASTRÃO AFASTADO NÃO É NOVIDADE NO TCU

Antecedente trabalha pelo afastamento de Nardes


Valter Campanato/Agência Brasil: Brasília- DF- Brasil- 19/11/2014- O ministro Augusto Nardes, do TCU, vai dar uma palestra sobre desafios de governança - contas públicas, no auditório do STJ. (Valter Campanato/Agência Brasil)










Para quem ainda  acredita que a ideia de que o ex-deputado da Arena  Augusto Nardes deve ser afastado da função de relator das contas do governo Dilma no TCU é um simples exotismo cabe conhecer um episódio de 2005.    
Em março daquele ano, ocorreu um caso semelhante. O  ministro Lincoln Magalhães da Rocha foi forçado a renunciar à relatoria de uma  representação que pedia a exoneração de parentes de deputados que foram contratados pela Câmara sem passar por concurso público.
O pedido de renúncia foi feito pelo presidente do TCU na época, Adylson Motta, e apresentado pelo Ministério Público Federal. Ambos reagiram a uma situação idêntica aquela que se verifica dez anos mais tarde.
A causa foi a mesma, informa a Folha de S. Paulo da época: os dois "consideraram inaceitáveis as declarações feitas pelo ministro dando a entender que iria rejeitar o pedido (de exoneração)". 
Vejam só. Para começar, não estamos falando de um parlamentar que obteve sua indicação para o TCU na bacia das almas das negociações do Congresso.
Lincoln Magalhães da Rocha era advogado de profissão, jurista por formação. Hoje é professor na Universidade de Brasília. Dois anos antes do debate sobre nepotismo, recebera o premio "Global Alumni", oferecido pela Southern Methodist University, nos Estados Unidos, em função de "feitos e serviços consideráveis" na área de Direito. Mesmo assim teve de abandonar o caso. 
Ele havia antecipado sua decisão, como Nardes? Nada disso. Suas declarações podem preencher 2 000 páginas de em reportagens de jornais e revistas, como acontece agora? Também não.
Lincoln apenas se permitiu argumentar – ele garante que se tratava de uma conversa reservada, e não uma entrevista formal – que era a preciso encarar a denúncia de nepotismo com argumentos que ia além do simples laço de parentesco. Lembrou que a simples contratação de parentes pode ser condenada sempre que envolvia "má prática administrativa", isto é, quando envolvia pessoas sem preparo para a função. Caso contrário, quando envolvesse o pedido de exoneração de um cidadão apto para a função, a medida "discriminaria a família legalmente constituída."
Sem entrar no mérito da representação, o procurador Lucas Rocha Furtado pediu o afastamento de Lincoln lembrando o  artigo 36 da Lei Orgânica da Magistratura que impede ao magistrado "manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento, seu ou de outrem."
Este mesmo artigo 36, sabemos todos, tem sido usado para questionar a relatoria de Augusto Nardes, acusado de exibir um comportamento ainda mais  inapropriado. Chegou a reunir-se com lideranças dos partidos políticos que pretendem usar a sentença do TCU para obter o impeachment da presidente. No encontro estavam Ronaldo Caiado, Aécio Neves, Agripino Maia. Imagino do que conversaram. 
Há dez anos, o artigo 36 serviu para alvejar Lincoln Rocha por uma entrevista que, segundo ele próprio, era uma conversa em "off" onde falou "em tese". Ironicamente, os parentes denunciados haviam sido indicados por Severino Cavalanti e Ciro Nogueira, estrelas notórias do Partido Popular, último partido a que Augusto Nardes foi filiado antes de iniciar a carreira no TCU.
As diferenças, entre um caso e outro, trabalham contra Nardes. Não se trata de um depoimento – em off ou não – a um jornal. Não é uma conversa abstrata, uma teoria  geral sobre determinado assunto, mas um caso específico, com nome e endereço. São vários depoimentos, inclusive gravados pelo rádio.

Com ajuda de meios de comunicação empenhados no afastamento da presidente,  Nardes fez sua parte para criar um clima político capaz de intimidar o tribunal e abrir as portas para um golpe de Estado. Cada um pode ter a opinião que quiser sobre as pedaladas fiscais. Já escrevi sobre isso neste espaço, ontem.
O desrespeito pela Lei Orgânica da Magistratura é apenas o primeiro passo para o desrespeito pela Lei Maior.
Alguma dúvida?
http://www.brasil247.com/pt/blog/paulomoreiraleite/199755/Antecedente-trabalha-pelo-afastamento-de-Nardes.htm

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

PMDB GOLPEARIA TEMER PRÁ AJUDAR O PSDB? KKKKK

Temer assinou pedaladas. Deve ser afastado?


: <p>Foto: Luna� Parracho / Mobiliza��o Nacional Ind�gena</p>
O governo reagiu mais fortemente ao golpismo esta semana porque sentiu que a oposição avançou na articulação do impeachment. Os dois lados já contam votos para o confronto e a oposição diz ter 288 garantidos para aprovar o recurso ao plenário e garantir a abertura do processo contra a presidente Dilma. O dilema continua sendo sobre quem sucederia Dilma no governo. Agora se descobriu que o vice-presidente Michel Temer assinou cinco dos 15 decretos sem número, do final do ano passado, abrindo créditos orçamentários suplementares sem autorização do Congresso.
A oposição sustentará que tais decretos configuram o crime de responsabilidade de Dilma, mas como fazer isso sem pedir também punição para Temer? E afastando Dilma e Temer pela via parlamentar, quem iria governar o Brasil? O próximo da lista seria Eduardo Cunha...
Por que digo que a oposição avançou no processo? Por que deu alguns passos importantes esta semana, embora o governo também tenha saído das cordas e da inércia com o pacote fiscal de R$ 65 bilhões. Hoje foi entregue ao presidente da Câmara o pedido de abertura de processo subscrito pelo ex-deputado petista Hélio Bicudo, com as devidas correções jurídicas. Diferentemente do que dizem a mídia e a oposição, Bicudo não foi fundador do PT, conforme disse ele mesmo em entrevista à revista Teoria e Debate. Mas foi um quadro importante do partido e é uma figura respeitável, situando-se bem acima das figuras obscuras dos movimentos de rua que assinaram outros pedidos de impeachment.  Eduardo Cunha ajudou bastante, naturalmente. Se o pedido tinha erros formais, deveria ter sido arquivado e pronto. É o que faz um juiz quando um advogado entra com uma petição inadequada. Mas ele deu uma chance a todos os autores de corrigirem seus documentos imperfeitos. Agora o pedido de Bicudo leva também a assinatura do jurista tucano Miguel Reale Júnior. Parceria fechada.
Mais importante, porém, foi a questão de ordem apresentada pela oposição esta semana sobre o rito do processo. Eduardo Cunha deve respondê-la na semana que vem. Depois virá uma “cobrança” da oposição para que ele decida sobre os pedidos de abertura de processo, especialmente sobre o de Bicudo. Cunha rejeitará todos. De olho na escrita da História, não deixará sua digital nisso. A oposição então recorrerá ao plenário e para vencer esta batalha é que já contaria com 288 votos. Será necessária a presença e o voto da maioria absoluta, 257 votos. O problema é que uma primeira derrota do governo, ainda que esta seja uma batalha preliminar, terá um efeito político demolidor. E econômico também.
Hoje, porém, a oposição não tem os 342 votos (2/3) necessários para autorizar a abertura do processo. Quando isso acontece, o presidente é imediatamente afastado do cargo, temporariamente, até que o Senado conclua o processo e o julgamento. A oposição que os votos faltantes virão por gravidade e que o afastamento de Dilma ainda ocorrerá este ano.
Ao fixar o rito, Cunha estabelecerá também o número de sessões que serão garantidas ao governo para o direito de defesa na comissão especial que analisaria o pedido, depois de aprovado o recurso. E assim, será simples calcular o dia em que a matéria irá ao plenário. Como diz um petista desalentado, “quando uma votação deste tipo tem data marcada, fica mais fácil juntar gente a favor na rua a favor. E diante da pressão da rua, será difícil o governo segurar a seu lado 171 deputados”.
As sutilezas do golpe
(Leia a íntegra desta excelente análise em: http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/197349/Temer-assinou-pedaladas-Deve-ser-afastado.htm)

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

OLAVETES QUE AMEAÇARAM O TCU ESTÃO NA MIRA DA POLÍCIA FEDERAL


Investigação facílima para a PF: os culpados anunciam seus crimes pela internet, começando pelo líder da seita, Olavo de Carvalho: 

Olavo de Carvalho

Acorda, Brasil: por que o povo tem de respeitar as "autoridades constituídas", se ele é a SUPERIOR AUTORIDADE CONSTITUINTE que elas não respeitam?

Cardozo determina que PF investigue ameaças a relator das contas de Dilma

Pedro Ladeira - 23.jul.2015/Folhapress
BRASILIA, DF, BRASIL, 23-07-2015, 12h00: O presidente do senado federal senador Renan Calheiros (PMDB-AL) recebe o ministro Augusto Nardes, do TCU, relator do processo que analisa as contas do governo Dilma e as chamadas pedaladas fiscais, na residência oficial do senado. Nardes pediu urgência para a análise das contas anteriores do governo pelo congresso. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress, PODER)
O presidente do Senado, Renan Calheiros (à dir.), recebe o ministro do TCU Augusto Nardes
O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) determinou à Polícia Federal que investigue as supostas ameaças sofridas pelo ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) Augusto Nardes, relator das contas de 2014 do governo Dilma Rousseff.
De acordo com o TCU, o ministro recebeu mais de 13 mil emails –a maioria, pedindo a rejeição das contas. Alguns, porém, foram acompanhados de ofensas e xingamentos. Numa das mensagens, o emissário prometia: "Vou acabar com você".
Ele solicitou ao tribunal o reforço de sua equipe de segurança. Desde terça (15), o ministro passou a ser acompanhado por dois seguranças, em vez de um.
Nardes também comunicou o episódio ao Ministério da Justiça, o que ensejou a determinação para a PF abrir inquérito sobre o caso. Ainda segundo o TCU, a PF e a Polícia Rodoviária Federal foram acionadas para escoltar Nardes em viagens para fora de Brasília onde haja risco. 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

GRUPOS FASCISTAS PAGOS EM DÓLAR AMEAÇAM TRIBUNAL BRASILEIRO

         Movimentos pressionam TCU 

           sobre contas de Dilma

:
O movimento “Vemprárua” e outros grupos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff fazem desde ontem, segunda-feira, uma “Blitzkrieg” junto aos ministros do TCU que devem avaliar as contas da presidente Dilma Rousseff relativas a 2014 até o próximo dia 7 de outubro. Eles pedem que os ministros rejeitem pressões políticas do governo e dos partidos para aprovar as contas de Dilma, ainda que com ressalvas.
- O que temos dito a eles é que se prendam ao julgamento técnico repelindo pressões políticas e que contem com o nosso apoio para isso – disse ao 247 o coordenador da atividade pelo VemPráRua, Jailton Almeida.
Reservadamente, dois ministros do TCU nos revelaram ter sido assediados pelos visitantes que tentaram lhes cobrar compromisso com o voto pela rejeição das contas. “Foi uma tentativa de constrangimento desagradável, dentro do meu gabinete”, queixou-se um ministro.
Como se sabe, o relator das contas, ministro Augusto Nardes, apresentará um parecer que poder ser acolhido ou não pelo plenário do TCU. Este parecer, que pode ser pela aprovação, rejeição ou aprovação com ressalvas das contas do governo é que será apreciado pelo Congresso, a quem cabe a palavra final. A oposição aposta na rejeição das contas de Dilma pelo Congresso porque terá com isso o fundamento jurídico para um pedido mais consistente de abertura de processo de impeachment contra ela. Os 13 pedidos já apresentados, e que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, devolveu aos autores para que sejam enquadrados nas exigências técnicas da Casa, não apontam infrações cometidas pela presidente que possam ser enquadradas como crime de responsabilidade. Nem mesmo o do jurista Hélio Bicudo, adotado pela oposição, que é o melhor fundamentado e também foi devolvido ao autor. 
A rejeição das contas do governo pelo Congresso resolverá este problema para a oposição, que não gostaria de conduzir um processo de impeachment que possa ter sua legalidade contestada e que, por inconsistência jurídica, possa ser caracterizado como golpismo.
No cronograma da oposição, o pedido de Hélio Bicudo deve ser reapresentado depois da votação do parecer de Augusto Nardes pelo TCU, o que dará uma fundamentação mais consistente ao pedido, ainda que o Congresso não tenha apreciado a matéria.  A oposição ainda discute se vai apenas apoiar o pedido de Bicudo ou se,  através de seus líderes, irá subscrevê-lo.

http://www.brasil247.com/pt/blog/terezacruvinel/196998/Movimentos-pressionam-TCU-sobre-contas-de-Dilma.htm

domingo, 23 de agosto de 2015

PSDB QUER RENÚNCIA DE DILMA INOCENTE, MAS DEFENDE CUNHA...

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

AÉCIO INSUFLA GOLPISTAS MAS FICA NA SUA TOCA...

Dilma reage e Aécio não sabe se vai a ato golpista que convocou

A contraofensiva da presidenta Dilma Rousseff surtiu efeito, pois parafraseando o velho ditado: Aécio surta, mas não rasga dinheiro. O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG), candidato derrotado nas urnas, disse nesta terça-feira que está “amadurecendo”, ainda, a ideia de ir aos atos convocados pelos grupos golpistas para este domingo (16).


  
A afirmação não é nenhuma novidade já que desde a derrota nas urnas após o fim do segundo turno em 2014, Aécio convoca os atos golpistas, mas não comparece. “É uma decisão que estou amadurecendo. Tenho, já disse, vontade pessoal de participar como cidadão, mas carrego comigo uma institucionalidade”, disse ele, admitindo o caráter golpista do ato.

O fato novo dessa história é que os tucanos decidiram assumir oficialmente a campanha golpista e estão convocando para o ato de domingo. Desta vez, parecia que Aécio estava decidido a comparecer e, empolgado, chegou a mandar recado por meio do deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), anunciando o lançamento de sua candidatura para as "eleições de 2015", conforme reportagem publicada no Portal Vermelho desta terça (11).

Mas o bravateiro não contava com a reação da presidenta Dilma, que rebateu a política tucana do “quanto pior, melhor”, afirmando que quem aposta nesse caminho está contra o Brasil. A demonstração disso está na declaração de Aécio quando questionado sobre a divisão interna dos caciques tucanos sobre a governabilidade e o impeachment. “Essas divergências em relação ao que pensa o Alckmin, até Serra [senador José Serra] e Aécio, vejo na imprensa, não nas nossas conversas. Não cabe ao PSDB se essa ou aquela é a melhor saída. Cabe ao PSDB dizer quais são as alternativas possíveis, inclusive a da própria permanência da presidente”.

Mas acrescentou: “Se ela readquirir as condições de governabilidade – muitos dos seus aliados acham que isso não é mais possível – existem saídas via parlamento, a partir de decisão do TCU e via TSE. Todas elas dentro da ordem constitucional”.

Insuflando o golpismo

Sobre a adesão oficial do PSDB aos protestos, já que antes dizia que era uma posição individual dos tucanos e não da legenda, Aécio declarou que "a nossa manifestação é de solidariedade, é de apoio, como não podia deixar de ser".

Uma das formas de “apoio” está sob a fachada de “campanha de filiação ao partido”. Os tucanos vão colocar pessoas nas ruas nesta sexta (14) para divulgar o ato de domingo. A informação foi confirmada pelo próprio Aécio, que vai participar de “evento” de filiação em Maceió (AL), na sexta, com transmissão por teleconferência para os demais atos espalhados pelo país.
 

Do Portal Vermelho, Dayane Santos, com informações de agências

sexta-feira, 31 de julho de 2015

ENCONTRO COM GOVERNADORES FOI PONTO PARA DILMA

Escrevo antes de começar a aguardada reunião da presidente Dilma Rousseff com todos os governadores, marcada para as 16 horas desta quinta-feira, no Palácio do Planalto.
A grana acabou e a arrecadação de todos está caindo. Em resumo, este é o ponto em comum entre o governo federal e os estaduais neste momento.
O que podemos esperar deste encontro, além da foto oficial com todos juntos e sorridentes, que certamente tem um peso político próprio?
Os governadores vão pedir mais recursos a Dilma, o que a presidente não tem como atender, por conta do ajuste fiscal. Dilma vai pedir apoio político a eles para barrar as "pautas bomba" na Câmara prometidas por Eduardo Cunha, como o aumento de 70% para os servidores do Judiciário, parcelado nos próximos quatro anos, que custaria R$ 25 bilhões aos já combalidos cofres federais.
Fala-se em "pacto federativo" e "agenda positiva", mas é difícil descobrir como isso será possível, já que os governadores não têm controle sobre suas bancadas para impedir a aprovação de projetos que aumentem os gastos públicos, com impacto também nos Estados, muito menos a instalação de novas CPIs.
Entre os acordos possíveis, está a criação de fundos de compensação para a reforma do ICMS, que prevê a unificação das alíquotas em 4%, para evitar a guerra fiscal. Outra demanda dos governadores é a sanção do projeto de lei que permite a Estados e municípios o uso como receita de parcela dos depósitos judiciais.
Domingo, 26/07, estive com os amigos Audálio Dantas e Ricardo Kotscho, na festa de aniversário do primeiro.
Limitar as discussões a questões financeiras, fiscais e administrativas, passando ao largo das polêmicas políticas, como a votação das contas do governo pelo TCU em agosto, é uma forma de evitar atritos com os governadores de oposição, mas não contribuirá em grande coisa para o estancamento da crise.
Em política, as ações simbólicas por vezes valem mais do que os resultados. Desta forma, o simples fato de conseguir promover esta reunião com todos os chefes dos executivos estaduais, contrariando os líderes da oposição, num momento delicado do seu governo, pode servir para a presidente Dilma retomar o folego e a iniciativa da pauta política, dominada no primeiro semestre pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Afinal, agosto vem aí, e é preciso reforçar a defesa para enfrentar os obuses colocados no horizonte. Todo cuidado é pouco nesta hora.
http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2015/07/30/estados-querem-grana-e-dilma-pede-apoio-politico/

quinta-feira, 30 de julho de 2015

GOVERNO INTENSIFICA DIÁLOGO COM A SOCIEDADE

Rossetto: Diálogo será ofensiva do governo para recuperar estabilidade

O governo Dilma Rousseff aposta em três ações estratégicas para colocar fim à crise política e afastar de vez o fantasma do impeachment: estabilizar as relações com o Congresso, estimular o ambiente de cooperação com governadores e prefeitos e criar mecanismos de diálogo direto com a sociedade.

Por  Najla Passos, na Carta Maior


'Vivemos uma instabilidade política que esta geração nunca viu', diz Rossetto'Vivemos uma instabilidade política que esta geração nunca viu', diz Rossetto
Quem afirma é o ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, para quem o cenário de instabilidade é real e não pode ser desmerecido, embora ele siga otimista que o país tem maturidade democrática para superar a crise. "Nós vivemos uma instabilidade política como esta geração nunca viu", afirma.

Rossetto admite a gravidade deste momento político em que a oposição brasileira está mais "venezuelana" e "aventureira" do que nunca. "É uma oposição que não se contenta mais em criticar o governo: quer impedi-lo de governar", alerta.

Ele, entretanto, projeta perspectivas futuras positivas, tanto em relação à economia quanto à política "A economia brasileira é grande, diversificada, uma das maiores do mundo. Por isso, o país vai superar a crise econômica. Da mesma forma, nossas instituições políticas são sólidas e democráticas. O que a sociedade vai produzir ao longo desses meses é um empurrão ao equilíbrio e às normas jurídicas", afirma.

Para o ministro, a tese de impeachment está derrotada e só sobrevive no discurso de alguns poucos irresponsáveis. "Esta é uma tese derrotada do ponto de vista político, além de socialmente descabida. Não há nada que a sustente", avalia.

Rossetto reconhece, no entanto, que o momento inspira cuidados e a crise política ainda pode se aprofundar nos próximos meses. Colaboram para este cenário, segundo ele, a manifestação de rua marcada para o próximo dia 16, que reivindica o impeachment da presidenta, além, é claro, dos possíveis desdobramentos da Operação Lava Jato.

O ministro elenca ainda entre os desafios a serem enfrentados a superação do problema da prestação de contas do primeiro mandato de Dilma, que deve ser julgado nos próximos dias pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

De acordo com ele, as chamadas "pedaladas fiscais", que os opositores usam para sustentar a tese de impeachment, são operações contábeis utilizadas pelos sucessivos governos desde 1991, e sistematicamente aprovadas pelo próprio TCU. "Nós estamos muito seguros da qualidade dos argumentos que apresentamos ao TCU. O que fizemos é feito desde 1991 e homologado pelo tribunal", justificou.

Rosseto garante também que o governo não tem o que temer com o julgamento das contas de campanha da presidenta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, a prestação de contas da campanha não dará nenhum motivo para problema. "Acredito no que o ministro Dias Toffolli [presidente do TSE] já disse logo após as eleições: não haverá 3º turno", observou.

O diálogo como estratégia
As três ações estratégicas elencadas pelo ministro para tentar conter a crise política têm como base a melhoria da capacidade do governo de dialogar com os diferentes públicos. Por isso a presidenta Dilma lançou na terça (28) a plataforma digital Dialoga Brasil, destinada a ouvir a opinião da população sobre os programas de governo.

Para Rossetto, a iniciativa corajosa da presidente de colocar seus programas de governo para apreciação pública em um momento de crise deverá favorecer o diálogo com o cidadão desvinculado de movimentos organizados, mas também reaproximar governo e entidades da sociedade civil organizadas que se distanciaram do governo por oposição, principalmente, ao pacote de ajuste fiscal.

"Não houve ruptura política entre essa vanguarda social e o nosso projeto. Houve distanciamento, mas não ruptura. E esse é um valor estratégico que temos que valorizar", justificou.

O ministro também ressaltou a tentativa de aprofundamento do diálogo com governadores e prefeitos como imprescindível para a retomada da estabilidade. De acordo com ele, uma reunião entre a presidenta e os governadores já está agendada para esta quinta (30), com o objetivo de promover um ambiente de maior cooperação política entre eles. Outras serão agendadas com os prefeitos.

A ação mais emblemática é a que visa promover maior estabilidade no parlamento que, pelo menos até segunda ordem, continua com Eduardo Cunha (PMDB-RJ), inimigo confesso do Planalto, a liderar a Câmara dos Deputados em um período em que abundam as chamadas "pautas bombas".

"Não é razoável que o Congresso continue a aprovar projetos que estourem as contas do governo como ocorreu neste semestre", observa ele, em referência à aprovação das matérias legislativas que garantiram a mudança no fator previdenciário, o fim da cobrança de PIS/Cofins do Diesel e o reajuste para os servidores do judiciário.

"O governo entende que tem que buscar uma maior estabilidade congressual e, por isso, vamos dialogar, principalmente, com os partidos que compõem nossa base. Vamos ouvi-los mais", garante.
 
http://www.vermelho.org.br/noticia/268263-1
*Jornalista da Carta Maior

terça-feira, 28 de julho de 2015

MÍDIA ESCONDE APOIO DE GOVERNADORES A DILMA

Grande imprensa finge não existir apoio ao pacto

por Augusto Diniz

Enquanto a grande imprensa abre espaço ao PSDB para ironizar suposto aceno do governo ao diálogo com seus críticos, ignora atos de governadores eleitos (inclusive da oposição) do Norte-Nordeste pela governabilidade.
É como se posição às conversações pelo pacto se resumisse aos indignados do partido de FHC.
A “Carta de Manaus”, assinada em fórum de governadores da Amazônia Legal, propõe canais imediatos de diálogo com o governo federal em várias frentes para enfrentar a crise. Dias antes, governadores do Nordeste divulgaram um manifesto de apoio ao cumprimento de mandato de Dilma e também pelo diálogo.
São ao todo 18 estados nesse grupo, das regiões Norte-Nordeste e um do Centro-Oeste (MT), de partidos diversos da base aliada e da oposição – somam-se a eles os estados de GO, SC, RJ e MG (este governado pelo PT), cujos governadores têm se manifestado contrários à interrupção de mandato da presidente, sendo um deles pertencente a um partido declaradamente de oposição (o de Goiás, do governador Marconi Perillo, do PSDB).
O pacto com os governadores, se consolidando, tende a desafogar Dilma – e os próprios governadores que precisam tocar seus projetos de campanha (Dilma promete encontro com todos eles nos próximos dias).
A opção definitiva com o velho PSDB paulista crítico ao governo escancara de vez uma imprensa tradicional indiferente aos vários Brasis – e a luta desesperada pelos seus interesses em meio à crise econômica.
Rejeição provável às contas do governo pelo desacreditado TCU, a animosidade do Congresso ao Planalto (ainda sob os últimos atos da era Cunha) e as manifestações previstas a favor do impeachment lideradas pela extrema direita prometem um agosto tenso – e propício às pautas de interesse da mídia, abafando momentaneamente as propostas de pacto já declaradas por boa parte dos governadores recém-eleitos.
No fim, quem perde é a sociedade, que segue desinformada do que pensa os diferentes Brasis, como sempre aconteceu.
http://jornalggn.com.br/blog/augusto-diniz/grande-imprensa-finge-nao-existir-apoio-ao-pacto-por-augusto-diniz

quarta-feira, 15 de julho de 2015

GOLPE É COISA DE REPÚBLICA DE BANANAS. COXINHAS GOSTAM DO ATRASO?

Reproduzo o texto do colega Washington Luiz de Araújo, que traduz o pensamento de todos os democratas e nos convoca a resistir sempre à simples idéia de golpismo. Quem defende golpe merece viver em Repúblicas de Bananas, coisa que o Brasil deixou de ser faz tempo...

Golpe: a infâmia que se há de combater

Golpe? Nem de ar. Ainda mais porque já me aproximo dos 60 anos numa velocidade merecedora de multa grave. O golpe político que sentimos no ar e na terra nos últimos tempos precisa ser combatido a todo o momento. Eles dizem que não são golpistas, mas pregam a derrubada de uma presidenta eleita legitimamente. Buscam os argumentos mais pífios e vão martelando via rádio, televisão, jornais, internet...
Levam a público sua ameaça com vozes graves, muxoxos, ironias. Superestimam uma crise que, se real, está bem abaixo do que enfrentaram e enfrentam vários países europeus e a superpotência Estados Unidos. Dão conotações de catástrofe a irregularidades, volta e meia diminutas, levantadas pelo aliado (deles) TCU – Tribunal de Contas da União. Estão abertos para vazamentos da Polícia Federal, Ministério Público ou qualquer outra instância, mas só àqueles que dizem respeito ao PT e ao governo federal. Bombardeiam nossos ouvidos e olhos e estômagos com notícias ruins. Tudo para semear o caos, nos tirar do sério e influenciar o máximo possível de pessoas.
Aqueles que cometem crimes de calúnia, injúria e difamação, se o fazem contra o governo, ganham o beneplácito do silêncio, e, muitas vezes, até recebem apoio, com repercussão sem qualquer crítica à atitude que deveria ser condenada, fosse outro momento. Mas como o momento é de costura de golpe, consideram como aliados todos aqueles que se postarem contra o governo. Que sejam pedófilos, torturadores, homofóbicos, corruptos históricos ou racistas, isso não importa: terão o apoio dos golpistas, pois não é hora de ficar vendo defeito nos parceiros da ora, formadores dessa infame frente golpista.
O golpe, não se iludam, só será combatido se retomarmos as ruas, se mostrarmos que a legalidade deve ser cobrada a todo o instante, se apontarmos que a democracia só será plena se a justiça realmente for para todos, se a imprensa for ética. Com a minha idade, tendo passado pelo que já passei, temo golpes de ar, admito, mas combaterei com absoluta veemência o golpe político, esse puxar de tapete que está sendo engendrado por aqueles que consideram o estado de direito um empecilho abjeto quando ele não serve aos seus interesses.


http://www.brasil247.com/pt/colunistas/washingtonluizdearaujo/188853/Golpe-a-inf%C3%A2mia-que-se-h%C3%A1-de-combater.htm