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domingo, 3 de agosto de 2014

FERNANDO HENRIQUE, O MENTIROSO, VETOU O BOLSA-FAMÍLIA!

O dia em que FHC rejeitou a Bolsa Família

A Bolsa Família é uma política de universalização da renda mínima com contrapartida de exigência de matricular as crianças na rede escolar.
Ao longo dos anos, tornou-se a principal vitrine do governo Lula, garantiu sua imagem internacional e pelo menos 12 anos de governo ao PT.
O consolo do PSDB é tentar atribuir a origem da política a FHC.
Analisando-se documentos da época, no entanto, constata-se que o cavalo do Bolsa Família passou duas vezes encilhado para o então presidente Fernando Henrique Cardoso – e nas duas vezes, ele deixou de montar.
A última vez foi dois anos apenas antes de Lula apostar na política e se consagrar.
Mais que isso: toda a política de educação do Ministério da Educação implementado a partir do segundo governo Lula, com ampliação das vagas escolares, aumento dos gastos com educação, ampliação dos campus universitários, expansão do instituto técnico, estava presente no Plano Nacional de Educação (PNE) de 2001, aprovado pela Câmara e pelo Senado. E todos esses itens foram vetados por FHC.
***
No início do primeiro governo FHC, o senador Eduardo Suplicy tentou avançar seu Programa de Renda Mínima. No dia 28 de abril de 1996 a Folha entrevistou os diversos Ministérios envolvidos com o tema.
Do Ministro do Trabalho Paulo Paiva (PTB) ouviu que "não podemos simplesmente criar um novo programa que se sobreponha aos atuais". Do Ministro da Previdência Reinhold Stephanes (PFL), ouviu que o governo já tinha programas de renda mínima "e pode aperfeiçoá-los". O Ministro do Planejamento José Serra saiu-se com um não-argumento típico dele. Não era contra, mas o projeto "não tem sido discutido no âmbito do governo". Era só começar a discutir.
Foi a primeira oportunidade perdida.
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A ideia continuou crescendo. Anos depois, foi apropriada pelo então senador Antônio Carlos Magalhães (ACM ) que a incluiu no Plano Nacional de Educação.
O projeto foi aprovado na Câmara e no Senado e chegou para a sanção presidencial. Dizia o item 1.3, subitem 22: "Ampliar o Programa de Garantia de Renda Mínima associado a ações socioeducativas, de sorte a atender, nos três primeiros anos deste Plano, a 50% das crianças de 0 a 6 anos que se enquadram nos critérios de seleção da clientela e a 100% até o sexto ano."
E aí FHC mostrou sua pequena dimensão de homem público.
O item foi vetado sob o argumento de "contrariar o interesse público". E contrariava devido ao fato de "as metas propostas (...) implicam conta em aberto para o Tesouro Nacional, (...) o que não se compadece com o quanto estabelecido nos arts. 16 e 17 da Lei de Responsabilidade Fiscal".
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Não ficou nisso.
Pelas mesmas razões de "interesse público" foram vetados o item que  definia uma meta mínima de 40% do ensino público superior através de parcerias com Estados; o Item que criava um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Superior, para expansão da rede de instituições federais; o item que ampliava o programa de crédito educativo, associando-o ao processo de avaliação de instituições privadas.
E aí por diante.
Dois anos depois Lula assumiria o poder e montaria nos dois cavalões rejeitados por FHC.
http://jornalggn.com.br/noticia/o-dia-em-que-fhc-rejeitou-a-bolsa-familia#.U9wHwLVRNdE.facebook

terça-feira, 29 de julho de 2014

"RAMEIRA"(PROSTITUTA) DE FERNANDO HENRIQUE ATACA BRASILEIROS, NA ESPANHA

Ex-amante de FHC atua como propagandista anti Dilma na Espanha

Rameira! Ponha-se daqui pra fora!
Fernando Henrique Cardoso, em 1990

O escritor Palmério Dória não poderia ter sido mais feliz ao iniciar o best-seller “O Príncipe da Privataria” (Geração Editorial) com o relato da expulsão de uma então jornalista da Globo do gabinete do então senador Fernando Henrique Cardoso, no início dos anos 1990, quando ele se preparava para disputar a Presidência da República pela primeira vez.
Para quem não leu a saborosa obra de Dória, vale explicar que aquela jornalista fora comunicar a FHC – então casado com a hoje falecida antropóloga Ruth Cardoso – que esperava um filho seu, o que, para si, constituiria uma tragédia política.
Essa passagem do livro narra a gênese da longa trajetória de Miriam Dutra Schmidt que começaria a partir dali, quando foi ao gabinete do promissor político que se tornaria o novo ícone da direita brasileira, posição que ocupa até hoje.
Com o “problema” político para aquele que se tornaria o grande aliado da Globo ao longo de seu mandato como presidente da República (1995-2002), a emissora decidiu “exilar” a moça, tornando-a sua “correspondente” na Espanha, onde permanece até hoje.
A personagem “Miriam Dutra” impressiona pela escassez de informações sobre si, apesar de seu caso com um dos políticos mais importantes do país. Mesmo fazendo busca no site Globo.com, o que se encontra é muito pouco.
Em busca no portal da Globo, além de reprodução de matérias que saíram em toda grande imprensa quando FHC decidiu reconhecer publicamente o filho que teve com Miriam (2009), só há algumas raras matérias que ela fez para a emissora.
O pouco que há no site da Globo sobre Miriam como sua correspondente na Espanha só chega até o início de 2010. Uma das matérias que sustentaram a “dolce vita” da ex-amante de FHC na Europa após supostamente engravidar dele é de janeiro de 2010, no programa “Em Cima da Hora”, que tratava do “caos nas praias brasileiras”. Coube a Miriam exaltar a diferença entre as praias espanholas e as brasileiras.
Clique na imagem para ver a matéria
Em agosto de 2010, na busca da Globo.com há um outro link para outro dos raros trabalhos de Miriam para a emissora. O site informa que se trata de “entrevista feita pela correspondente Mirian Dutra com o jornalista e porta-voz dos dissidentes cubanos em Madri, Julio César Galvéz”.
Curiosamente, porém, ao tentar assistir ao vídeo o internauta é informado de que se trata de “conteúdo não disponível”. Clique na imagem para acessar a página.
Contudo, comentário postado por uma leitora da Globo.com nessa página indica como foi feita a matéria, ainda que não explique por que ela foi retirada do ar.
Diz a internauta “Maria Adelia Endres”, em 6 agosto de 2010 às 17:35 hs:
Seria muito importante que a entrevista fosse passada no Fantástico, onde toda a população brasileira pudesse ver a vergonha que é Cuba. A vergonha que Fidel tornou o país. Eu visitei Cuba na década de 90 o sistema já estava mais do que podre, e tudo o que vejo recentemente está 200 vezes pior (…)”
Enfim, essa “importante” atuação jornalística de Miriam na Globo termina em 2010. De lá para cá, nada mais consta no site da Globo sobre a ex-amante do ex-presidente tucano. E a última notícia sobre ela na grande mídia brasileira é de 2011, quando se tornou público que um exame de DNA mostrara que o filho que a jornalista teria tido com FHC, não era dele.
No início de junho, porém, um vídeo surge no You Tube. Mostra Miriam Dutra Schmidt em um programa da televisão espanhola engrossando o coro de certa “esquerda” contra a realização da Copa de 2014 no Brasil.
Tratou-se do programa “Detrás de la razón”, ou, em bom português, “por trás da razão”. O apresentador faz uma introdução em que encampa, ipsis-litteris, o discurso anticopa da tal “esquerda” que, em plena competição, tratava de tentar manter o movimento vivo promovendo protestos pequenos, porém muito violentos.
Eis que o apresentador chama para um debate ninguém mais, ninguém menos do que ela, Miriam Dutra, e o acadêmico chileno Pablo Jofré. As missões de ambos, naquele programa, eram, respectivamente, atacar e defender a realização da Copa no Brasil.
O que chama atenção nas falas de Miriam é o espanhol capenga, apesar de residir por tantos anos na Espanha. Mas não só: a ex-amante de FHC cita uma série de dados errados sobre a Copa, tais como custo etc. Além disso, ataca duramente o povo brasileiro com frases como “Não sabe escrever, mas sabe jogar futebol”.
O apresentador abre o programa perguntando a Miriam sobre frase dos militontos que protestavam violentamente contra a Copa: “Um professor vale mais do que Neymar”, como se alguém estivesse comparando ou fazendo tal escolha”.
Em mau espanhol, Miriam começa a catilinária antibrasileira “explicando” que “Es las contradiciones de Brasil”, ao invés de dizer que “SON LAS CONTRADICIONES DE BRASIL”. Em seguida, diz que professores são mais importantes que Neymar, dando a entender ao público espanhol que o governo investe no craque em lugar de investir em educação.
O analista internacional Pablo Jofré rebate, explicando que não são contradições “do Brasil”, mas dos países latino-americanos.
O programa transcorre com o embate entre o perplexo acadêmico chileno e a verborrágica jornalista brasileira, que distorce dados, cita números errados e diz a enormidade de que o sucesso de organização da Copa se deve “ao povo brasileiro”, que pouco antes insultara com a frase sobre não saber escrever, mas saber jogar futebol.
A grande questão que o ressurgimento de Miriam Dutra levanta é a coincidência entre suas opiniões políticas e as da Globo e as do seu ex-amante, bem como do partido dele.
Miriam Dutra não importa, mas o trabalho que está promovendo na mídia espanhola é relevante. Sugere que suas relações políticas com a mídia tucana e com FHC prosseguem informalmente e, mais do que isso, que tucanos e a mídia que os apoia tratam de espalhar pelo mundo a difamação do Brasil, do seu povo e do seu governo.
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/07/ex-amante-de-fhc-atua-como-propagandista-anti-dilma-na-espanha/

sábado, 19 de julho de 2014

IMPERDÍVEL, HILARIANTE: MILLÔR ANALISA A OBRA LITERÁRIA DE FHC!!!

LIÇÃO PRIMEIRA
De uma coisa ninguém podia me acusar — de ter perdido meu tempo lendo FhC (superlativo de PhD). Achava meu tempo melhor aproveitado lendo o Almanaque da Saúde da Mulher. Mas quando o homem se tornou vosso Presidente, achei que devia ler o Mein Kampf (Minha Luta, em tradução literal) dele, quando lutava bravamente, no Chile, em sua Mercedes (“A mais linda Mercedes azul que vi na minha vida”, segundo o companheiro Weffort, na tevê, quando ainda não sabia que ia ser Ministro), e nós ficávamos aqui, numa boa, papeando descontraidamente com a amável rapaziada do Dops-DOI-CODI.
Quando, afinal, arranjei o tal Opus Magno — Dependência e Desenvolvimento na América Latina — tive que dar a mão à palmatória. O livro é muito melhor do que eu esperava. De deixar o imortal Sir Ney morrer de inveja. Sem qualquerpartipri, e sem poder supervalorizar a obra, transcrevo um trecho, apanhado no mais absoluto acaso, para que os leitores babem por si:
“É evidente que a explicação técnica das estruturas de dominação, no caso dos países latino-americanos, implica estabelecer conexões que se dão entre os determinantes internos e externos, mas essas vinculações, em que qualquer hipótese, não devem ser entendidas em termos de uma relação “casual-analítica”, nem muito menos em termos de uma determinação mecânica e imediata do interno pelo externo. Precisamente o conceito de dependência, que mais adiante será examinado, pretende outorgar significado a uma série de fatos e situações que aparecem conjuntamente em um momento dado e busca-se estabelecer, por seu intermédio, as relações que tornam inteligíveis as situações empíricas em função do modo de conexão entre os componentes estruturais internos e externos. Mas o externo, nessa perspectiva, expressa-se também como um modo particular de relação entre grupos e classes sociais de âmbito das nações subdesenvolvidas. É precisamente por isso que tem validez centrar a análise de dependência em sua manifestação interna, posto que o conceito de dependência utiliza-se como um tipo específico de “causal-significante’ — implicações determinadas por um modo de relação historicamente dado e não como conceito meramente “mecânico-causal”, que enfatiza a determinação externa, anterior, que posteriormente produziria ‘conseqüências internas’.”
Concurso – E-mail:Qualquer leitor que conseguir sintetizar, em duas ou três linhas (210 toques), o que o ociólogo preferido por 9 entre 10 estrelas da ociologia da Sorbonne quis dizer com isso, ganhará um exemplar do outro clássico, já comentado na primeira parte desta obra: Brejal dos Guajas — de José Sarney.
LIÇÃO SEGUNDAComo sei que todos os leitores ficaram flabbergasted (não sabem o que quer dizer? Dumbfounded, pô!) com a Lição primeira sobre Dependência e Desenvolvimento da América Latina, boto aqui outro trecho — também escolhidoabsolutamente ao acaso — do Opus Magno de gênio da “profilática hermenêutica consubstancial da infra-estrutura casuística”, perdão, pegou-me o estilo. Se não acreditam que o trecho foi escolhido ao acaso, leiam o livro todo. Vão ver o que é bom!
Estrutura e Processo: Determinações Recíprocas
“Para a análise global do desenvolvimento não é suficiente, entretanto, agregar ao conhecimento das condicionantes estruturais a compreensão dos ‘fatores sociais’, entendidos estes como novas variáveis de tipo estrutural. Para adquirir significação, tal análise requer um duplo esforço de redefinição de perspectivas: por um lado, considerar em sua totalidade as ‘condições históricas particulares’ — econômicas e sociais — subjacentes aos processos de desenvolvimento no plano nacional e no plano externo; por outro, compreender, nas situações estruturais dadas, os objetivos e interesses que dão sentido, orientam ou animam o conflito entre os grupos e classes e os movimentos sociais que ‘põem em marcha’ nas sociedades em desenvolvimento. Requer-se, portanto, e isso é fundamental, uma perspectiva que, ao realçar as mencionadas condições concretas — que são de caráter estrutural — e ao destacar os móveis dos movimentos sociais — objetivos, valores, ideologias —, analise aquelas e estes em suas relações e determinações recíprocas. (…) Isso supõe que a análise ultrapasse a abordagem que se pode chamar de enfoque estrutural, reintegrando-a em uma interpretação feita em termos de ‘processo histórico’ (1). Tal interpretação não significa aceitar o ponto de vista ingênuo, que assinala a importância da seqüência temporal para a explicação científica — origem e desenvolvimento de cada situação social — mas que o devir histórico só se explica por categorias que atribuam significação aos fatos e que, em conseqüência, sejam historicamente referidas.
(1)  Ver, especialmente, W. W. Rostow, The Stages of Economic Growth, A Non-Communist Manifest, Cambridge, Cambridge University Press, 1962; Wilbert Moore, Economy and Society, Nova York, Doubleday Co., 1955; Kerr, Dunlop e outros, Industrialism and Industrial Man, Londres, Heinemann, 1962.”
Comentário do Millôr, intimidado:A todo momento, conhecendo nossa precária capacitação para entender o objetivo e desenvolvimento do seu, de qualquer forma, inalcançável saber, o professor FhC faz uma nota de pata de página. Só uma objeçãozinha, professor. Comprei o seu livro para que o senhor me explicasse sociologia. Se não entendo o que diz, em português tão cristalino, como me remete a esses livros todos? Em inglês! Que o senhor não informa onde estão, como encontrar. E outra coisa, professor, paguei uma nota preta pelo seu tratado, sou um estudante pobre, não tenho mais dinheiro. Além  do que, confesso com vergonha, não sei inglês. Olha, não vá se ofender, me dá até a impressão, sem qualquer malícia, que o senhor imita um velho amigo meu, padre que servia na Paróquia de Vigário-Geral, no Rio. Sábio, ele achava inútil tentar explicar melhor os altos desígnios de Deus pra plebe ignara do pequeno burgo e ensinava usando parábolas, epístolas, salmos e encíclicas. E me dizia: “Millôr, meu filho, em Roma, eu como os romanos. Sendo vigário em Vigário-Geral, tenho que ensinar com vigarice”.
LIÇÃO TERCEIRAHá vezes, e não são poucas, em que FhC atinge níveis insuperáveis. Vejam, pra terminar esta pequena explanação, este pequeno trecho ainda escolhido ao acaso. Eu sei, eu sei — os defensores de FhC, a máfia de beca, dirão que o acaso está contra ele. Mas leiam:
“É oportuno assinalar aqui que a influência dos livros como o de Talcot Parsons, The Social System, Glencoe, The Free Press, 1951, ou o de Roberto K. Merton, Social Theory and Social Structure, Glencoe, The Free press, 1949, desempenharam um papel decisivo na formulação desse tipo de análise do desenvolvimento. Em outros autores enfatizaram-se mais os aspectos psicossociais da passagem do tradicionalismo para o modernismo, como em Everett Hagen, On the Theory of Social Change, Homewood, Dorsey Press, 1962, e David MacClelland, The  Achieving Society, Princeton, Van Nostrand, 1961. Por outro lado, Daniel Lemer, em The Passing of Traditional Society: Modernizing the Middle East, Glencoe, The Free Press, 1958, formulou em termos mais gerais, isto é, não especificamente orientados para o problema do desenvolvimento, o enfoque do tradicionalismo e do modernismo como análise dos processos de mudança social”.
Amigos, não é genial? Vou até repetir pra vocês gozarem (no bom sentido) melhor: “formulou (em termos mais gerais, isto é, não especificamente orientados para o problema do desenvolvimento) o enfoque (do tradicionalismo e do modernismo) como análise (dos processos de mudança social)”.
Formulou o enfoque como análise!
É demais! É demais! E sei que o vosso sábio governando, nosso FhC, espécie de Sarney barroco-rococó, poderia ir ainda mais longe.
Poderia analisar a fórmula como enfoque.
Ou enfocar a análise como fórmula.
É evidente que só não o fez em respeito à simplicidade de estilo.
Tópico avulso sobre imodéstia e pequenos disparates do eremita preferido dos Mamonas Assassinas.
Vaidade todos vocês têm, não é mesmo? Mas há vaidades doentias, como as das pessoas capazes de acordar às três da manhã para falar dois minutos num programa de tevê visto por exatamente mais ou menos ninguém. Há vaidades patológicas, como as de Madonas e Reis do Roque, só possíveis em sociedades que criaram multidões patológicas.
Mas há vaidades indescritíveis. Vaidade em estado puro, sem retoque nem disfarce, tão vaidade que o vaidoso nem percebe que tem, pois tudo que infla sua vaidade é para ele coisa absolutamente natural. Quem é supremamente vaidoso, se acha sempre supremamente modesto. Esse ser existe materializado em FhC (superlativo de PhD). Um umbigo delirante.
O que me impressiona é que esse homem, que escreve mal — se aquilo é escrever bem o meu poodle é bicicleta — e fala pessimamente — seu falar é absolutamente vazio, as frases se contradizem entre si, quando uma frase não se contradiz nela mesma, é considerado o maior sociólogo brasileiro.
Nunca vi nada que ele fizesse (Dependência e Desenvolvimento na América Latina, livro que o elevou à glória, é apenas um Brejal dos Guajas, mais acadêmico) e dissesse que não fosse tolice primária. “Também tenho um pé na cozinha”, “(os brasileiros) são todos caipiras”, “(os aposentados) são uns vagabundos”, “(o Congresso) precisa de uma assepsia”, “Ser rico é muito chato”, “Todos os trabalhadores deviam fazer checape”, “Não vou transformar isso (a moratória de Itamar) num fato político”. “Isso (a violência, chamada de Poder Paralelo) é uma anomia”. E por aí vai. Pra não lembrar o vergonhoso passado, quando sentou na cadeira da prefeitura de São Paulo, antes de ser derrotado por Jânio Quadros, segundo ele “um fantasma que não mete mais medo a ninguém”.
Eleito prefeito, no dia seguinte Jânio Quadros desinfetou a cadeira com uma bomba de Flit.
E, sempre que aproxima mais o país do abismo no qual, segundo a retórica política, o Brasil vive, esse FhC (superlativo de PhD) corre à televisão e deita a fala do trono, com a convicção de que, mais do que nunca, foi ele, the king of the black sweetmeat made of coconuts (o rei da cocada preta), quem conduziu o Brasil à salvação definitiva e à glória eterna. E que todos querem ouvi-lo mais uma vez no Hosana e na Aleluia. Haja!
Millôr Fernandes

http://esquerdopata.blogspot.nl/2010/04/o-pensamento-de-fhc-analisado-por.html

sexta-feira, 6 de junho de 2014

MAIORIA ABSOLUTA NÃO VOTA EM QUEM FHC APOIAR. ADEUS AECINHO!....

Datafolha e o beijo da morte de FHC

Mesmo concedendo o benefício da dúvida à pesquisa Datafolha – ou seja, que a boa e velha “margem de erro” não foi usada para corroborar as preferências do jornal que a divulgou –, pode-se dizer que a Folha de São Paulo, que controla o instituto, manipulou ao menos as manchetes sobre os números da disputa pela Presidência da República.
Diz a manchetona de primeira página: “Dilma mantém tendência de queda; rivais não sobem”. Ora, basta ler a reportagem sobre a pesquisa que se descobre que a manchete é inexata. O correto seria dizer que Dilma, Aécio e Campos caem e indecisos sobem.
Segundo o Datafolha, Dilma Rousseff caiu de 37% para 34%, Aécio Neves caiu de 20% para 19% e Eduardo Campos caiu de 11% para 7%, enquanto que o pastor Everaldo subiu para 4%.
A manipulação ao relatar os dados captados pela pesquisa não para por aí e a manchete distorcida nem é a maior das manipulações. Antes de abordar esse ponto, porém, vale comentar o que escreveu em sua coluna na mesma Folha Eliane Cantanhêde, casada com um marqueteiro do PSDB e que parece acreditar no que diz.
Ultimamente, a colunista vem reclamando de que Dilma tem muito espaço concedido pelo cargo e que por conta disso a pesquisa é pior para “quem disputa a reeleição”. Diz ela que “Mesmo com todos os seus instrumentos à mão, mesmo com todas as entrevistas, mesmo com a maior coligação partidária do planeta, Dilma continua perdendo pontos”.
A colunista parece achar pouco que todos os grandes impérios de mídia do país batam no governo e em sua titular todo santo dia, enquanto poupam seus adversários. Mas, enfim, o autoengano é quase um direito humano…
Mas o maior escândalo na forma como a Folha noticiou o que seu instituto de pesquisas apurou não é a manchetona mentirosa que diz que Dilma caiu e que os adversários “não sobem”, mas um dado altamente relevante da pesquisa e que ficou muito bem escondidinho em uma das três matérias do jornal que tratam do assunto.
Uma dessas três matérias foi publicada sob o título “Joaquim Barbosa é o segundo voto mais influente da eleição” – o primeiro voto mais influente é de ninguém mais, ninguém menos do que dele, Lula, é claro.
O que a matéria diz de altamente relevante não está aí, mas na influência que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem sobre o eleitorado. Lá no finzinho da matéria, bem escondidinha, consta a informação espantosa que a personalidade com menos influência positiva e mais influência negativa na decisão de voto do eleitor é ele mesmo, FHC.
É um terremoto, essa notícia. Simplesmente porque 57% dizem que não votam de jeito nenhum em um candidato apoiado por FHC. Ou seja, os planos largamente anunciados por Aécio de incluir o ex-presidente em sua campanha, resgatando seu “legado”, foram para o ralo. E, pela quarta vez desde 2002, FHC terá que ser escondido do eleitorado.
Afinal, 57% é a maioria do eleitorado e, se não votam em quem é apoiado por FHC e se este apoia Aécio, em teoria a candidatura tucana está inviabilizada.
E mesmo para esconder FHC haverá que combinar com os russos. Não basta Aécio escondê-lo se os seus adversários o trouxerem à luz, lembrando ainda mais aos brasileiros daquele período que faz com que o eleitor nem queira ouvir falar do ex-presidente tucano, de triste memória.
E, como se sabe, mais uma vez o PT irá pendurar FHC no pescoço de um candidato do PSDB.
Há, ainda, a questão da rejeição de Dilma, que subiu para 35% enquanto que as de Aécio e Campos caíram para 29%. É óbvio que isso teria que acontecer porque eles pouco aparecem na mídia, enquanto que Dilma só aparece apanhando. Vamos ver o que acontecerá quando o eleitor for informado de que Aécio é o candidato de FHC…
Aliás, vale lembrar que a rejeição de Lula é de míseros 17%, ou seja, enquanto que o ex-presidente terá influência positiva na campanha de Dilma, o patrono de Aécio terá influência sobre seu desempenho que pode ser considerada fatal.
Fora isso tudo ainda há muito a comentar sobre a pesquisa Datafolha recém-divulgada, mas serão outras histórias que a ser contadas ao longo dos próximos dias, inclusive à luz de outras pesquisas, como uma privada do Vox Populi que mostra números substancialmente diferentes e que ainda virá à luz.
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/06/datafolha-e-o-beijo-da-morte-de-fhc/

terça-feira, 3 de junho de 2014

PSDB ACOVARDOU-SE E NÃO UTILIZOU O RIO SÃO FRANCISCO CONTRA A SECA

O QUE FHC FEZ NA OBRA
DO SÃO FRANCISCO? DESISTIU !

Maior obra hídrica do Brasil, com mais de 10 mil empregos criados, ficou a ver navios com o Príncipe da Privataria


Com mais de 56,6% de avanço nas obras, a transposição do Rio São Francisco ficará totalmente pronta no fim de 2015, de acordo com o Ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira. Já são mais de 10 mil vagas criadas, o que faz da obra não ser só água, ser, também, emprego.

Orçado em R$ 8 bilhões, o projeto foi concebido em 1985 pelo já inexistente Departamento Nacional de Obras e Saneamento, mas chegou a ser planejado no reinado de D. Pedro 2º. 

(Clique aqui para ler “Obra do São Francisco: Chora, Kamel, chora”

E aqui para “Dilma e a seca: saiu do NE e foi para SP”)

A construção, que começou no governo Lula e segue no da Presidenta Dilma, garantirá água para 12 milhões de pessoas, em 390 municípios nos estados do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Benefícios que não foram desfrutados pela população do semiárido brasileiro nos tempos de Fernando Henrique Cardoso. E que, provavelmente, não seriam, já que o ex-presidente desistiu da obra, como noticiou a Fel-lha (*) em 2001:



BRASIL EM AÇÃO

Projeto, adiado pela primeira vez por d. Pedro 2º, foi uma das promessas das campanhas de 1994 e 1998

FHC DESISTE DE TRANSPOR O RIO SÃO FRANCISCO


O presidente Fernando Henrique Cardoso desistiu de realizar a transposição do rio São Francisco, uma das suas promessas eleitorais das campanhas de 1994 e 1998. A decisão foi comunicada a assessores e parlamentares, segundo apurou a Folha.

(…)


“Agora não dá”

A decisão de abandonar o projeto da transposição foi transmitida pelo presidente nas últimas semanas a assessores e parlamentares. Nas conversas, o presidente usou como razão a atual seca no Nordeste, que reduziu a vazão do São Francisco para os níveis mais baixos dos últimos 30 anos.

Repetiu o argumento em entrevista publicada na sexta-feira no jornal “Correio Braziliense”: “Transposição, agora, não dá. Não tem água no São Francisco”, disse o presidente.

Na assessoria do Planalto, são enumerados outros quatro motivos para descartar a transposição. O primeiro é circunstancial. Segundo o próprio relatório de impacto ambiental encomendado pela Integração Nacional, a obra pode derrubar em até 10% a produção de energia da Chesf (a central hidrelétrica que utiliza as águas do rio) entre os reservatórios de Itaparica e Xingó.

(…)
http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/06/02/o-que-fhc-fez-na-obra-do-sao-francisco-desistiu/

quarta-feira, 26 de março de 2014

FHC ADMITE: JOÃO GOULART SERIA REELEITO EM 65, SEM O GOLPE

Para ex-presidente FHC, Jango se reelegeria em 1965


Fernando Henrique Cardoso fez a previsão de que o ex-presidente João Goulart, o Jango,  se reelegeria em 1965 (quando haveria eleição presidencial se não tivesse havido o rompimento institucional) ao participar no Sesc Consolação, em São Paulo, de seminário sobre os 50 anos do golpe civil-militar de 1964, promovido pelo CEBRAP, centro que ele fundou em 1975
O ex-presidente da República tucano adiantou não saber se foram realizadas pesquisas de opinião na época, que confirmassem sua previsão. Foram e nós a colocamos aqui, ao final desta nota. A participação do ex-presidente no seminário serviu para ele evocar lembranças pessoais e análise política daquele período.
Brasil dividido
FHC lembrou, por exemplo, que naqueles dias de 1964, a sociedade brasileira estava dividida e incertezas marcaram os dias que antecederam o golpe a 1º de abril. Observou que no dia 13 de março, quando o presidente Jango anunciou seu programa de reformas de base no comício da Central do Brasil, ele passou pela Zona Sul carioca e viu velas acesas em quase todas as janelas. “Sinal das apreensões da classe média”, completou, temerosa quanto ao comunismo e o perigo vermelho tão disseminados então pelos golpistas e pela mídia.
No 13 de março, recordou, ele passou pelo comício – mas não participou -, impressionou-se com a “enorme” multidão reunida em apoio ao presidente Jango e no trem encontrou-se com personalidades da esquerda. A confusão era tanta no país que muitos dos seus interlocutores naquela viagem acreditavam que o golpe seria dado pelo presidente, e não pelos militares. Já em São Paulo, descobriu que vários professores de esquerda da USP (onde ele também lecionava) articulavam um manifesto contra o governo.
FHC reiterou o que disse e a Folha de S.Paulo publicou 2ª pp: nem os militares tinham certeza do sucesso do seu golpe. A posição do general Amaury Kruel (compadre de Jango), comandante do II Exército, era desconhecida e o então chefe do Estado Maior das Forças Armadas (EMFA), Castello Branco, era vista como legalista. O marechal Castelo foi o 1º presidente da ditadura, governando de abril/64 a março de 67.
Proliferavam as avaliações equivocadas
O Partido Comunista Brasiloeiro (PCB) julgava que os industriais se opunham ao capitalismo americano; seu secretário-geral, Luís Carlos Prestes, dissera semanas antes que eles já tinham o governo, faltava o poder; o sociólogo Hélio Jaguaribe, do PSDB.  julgava que o regime tinha como objetivo a desindustrialização; e o economista Celso Furtado (ministro nos governos Jango e Sarney), que o regime só duraria dois anos. De acordo com as reflexões de FHC expostas ontem, demorou-se a entender o que tinha acontecido.
Há poucos dias o blog do Luís Nassif publicou pesquisas IBOPE realizadas até no mês em que ocorreu o golpe. Nesta semana, também a Carta Capital  fala sobre elas, junto com uma entrevista do historiador Luiz Antônio Dias. Estas pesquisas foram doadas pelo Instituto à UNICAMP. O professor tem feitos estudos e publicado trabalhos sobre elas.
Números e índices publicados por Nassif
Transcrevemos, abaixo, o trecho em que o Nassif publicou números e percentuais da pesquisa. como diz ele “os números são impressionantes”:
· Em junho de 1963, Jango era aprovado por 66% da população de São Paulo, desempenho superior ao do governador Adhemar de Barros (59%) e do prefeito Prestes Maia (38%).
· Pesquisa de março de 1964 revela que, caso fosse candidato no ano seguinte, Goulart teria mais da metade das intenções de voto na maioria das capitais pesquisadas. Apenas em Fortaleza e Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek tinha percentuais maiores
· Havia amplo apoio à reforma agrária, com um índice superior a 70% em algumas capitais.
· Pesquisa na semana anterior ao golpe, realizada em São Paulo a pedido da Fecomercio, apontava que 72% da população aprovava o governo Jango.
· Entre os mais pobres a popularidade alcançava 86%.
· 55% dos paulistanos consideravam as medidas anunciadas por Goulart no Comício da Central do Brasil, em 13 de março, como de real interesse para o povo.
· Entre as classes A e B, a rejeição a Goulart era um pouco maior em 1964. Ao menos 27% avaliavam o governo como ruim ou péssimo na capital paulista.”
 http://www.zedirceu.com.br/para-ex-presidente-fhc-jango-se-reelegeria-em-1964/

terça-feira, 11 de março de 2014

SENADORA PÕE FERNANDO HENRIQUE NO SEU LUGAR: EX.

FHC achincalha Congresso e não tem direito de nos tomar por tolos
Gleisi Hoffmann 

Não me passaria pela cabeça que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pudesse iniciar um artigo de opinião censurando o sorriso de alguém. Ao indagar com tanto mau humor a razão da alegria estampada na foto da presidenta Dilma com o ex-presidente Lula no Palácio da Alvorada, o ex-presidente surpreende pelo azedume e pela amargura.

A sequência de ataques do artigo parece indicar que o autor renunciou à cadeira de referencial de equilíbrio e estabilidade do debate nacional, que muitos lhe atribuem, para especular sobre uma imaginária (e inexistente) indiferença da presidenta Dilma, e do poder central, em relação às manifestações das ruas e a alguns acontecimentos dos últimos dias. Com todo o respeito, cumpre que o ex-presidente volte à razão.

Testemunhei na Casa Civil o esforço da presidenta para entender e atender as ruas. Ela foi praticamente a única, entre as lideranças políticas deste país, a expor-se, a manifestar-se claramente, a ter iniciativas. As manifestações carecem ainda de melhor análise histórica, mas, seguramente, erra quem insiste em tentar atribuir toda a insatisfação ao governo central. Será que o ex-presidente acredita que as manifestações eram a favor da oposição? Nenhum governante da oposição foi alvo de protestos?

Ele fala de crise do setor elétrico como se o apagão de 2001/2002 não estivesse na memória do país. A crítica à suposta imprevidência só pode ser a si mesmo e a seu governo. Sobre a inflação, diz que é "bem mais" que 6% ao ano, sem citar, contudo, qualquer fonte que possa sustentar seu índice impreciso e irreal.

Esquece-se de que deixou ao país uma inflação de 12,7% em 2002.

Com sua prosa instruída, sua cultura e sua força retórica, o ex-presidente cita Maria Antonieta e tenta, em vão, associá-la a personagens da história brasileira no presente. Não faz sentido. Os líderes do atual governo, a começar pela presidenta Dilma, podem orgulhar-se da enorme proximidade com as pessoas. Governam para a maioria. Não é por acaso que os pobres melhoraram de vida e passaram a ter otimismo e esperança.

Fernando Henrique agora critica o clientelismo e a inépcia assegurada por 30 partidos no Congresso. Nem parece que passou oito anos no comando do Executivo, sem dizer "a" ou "b" sobre reforma política. E que governou com um sistema de base parlamentar tão ampla que alterou a Constituição Federal para garantir sua reeleição.

O curioso é que, depois de achincalhar o Congresso, o ex-presidente conclama o conjunto da "classe política" a assumir parcelas de responsabilidade sobre os rumos do Brasil para construírem a política do amanhã. Fiquei pensando: ele tem direito de dizer o que muito bem quiser. Não tem é o direito de nos tomar por tolos.

Gosto da ideia de buscarmos unir a todos os brasileiros em torno das questões fundamentais para a nossa nação. Não concordo que os temas essenciais sejam a troca da guarda nem a revolta contra o sorriso, mas sem dúvida é preciso aprofundar o debate sobre a economia, a política e as questões sociais. Isso é o fundamental para a construção do futuro. E o futuro pode ser edificado sim com alegria e sorrisos.

 *Gleisi Hoffmann é senadora pelo PT-PR e ex-ministra da Casa Civil (2011-2014).
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FERNANDO HENRIQUE JÁ FUGIU DE DEBATE COM LULA. E VAI FUGIR SEMPRE

Noblat diz que FHC desafiará Lula para debate, mas em 98 tucano fugiu


Um fofoqueiro da Globo postou em seu blog que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso “Pensa em desafiar Lula para um debate. Sobre o que Lula quiser. Onde Lula quiser”.
Na mesma postagem, o autor dessa estória atribuiu ironicamente a informação a “Mãe Dináh”, vidente brasileira que ganhou certa notoriedade no final do século passado por ser apontada como “vidente pessoal” do ex-presidente Fernando Collor de Melo.
Abaixo, o post do blogueiro Ricardo Noblat, no portal de O Globo
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Blog do Noblat
10 de março de 2014
Por aí, Mãe Dináh é uma vidente conhecida pelo acerto de suas profecias. Em Brasília, Mãe Dináh é o apelido de um ex-senador nordestino que tem fama de enxergar longe. E de ser um bom analista político.
Merecida fama. Esquerda e direita o procuram.
Recentemente, a Mãe Dináh de Brasília recebeu um telefonema de Fernando Henrique. Dessa vez o ex-presidente nada lhe perguntou – disse. O quê?
Que pensa em desafiar Lula para um debate. Sobre o que Lula quiser. Onde Lula quiser.
Mãe Dináh limitou-se a prever que Lula recusará o convite.
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Estranha previsão de “Mãe Dináh”. Dela ou de algum blogueiro travestido de “vidente”. Aliás, a previsão denota falta de memória, capacidade que, se falta à vidente ou ao blogueiro global, sobra a este que escreve.
Por que FHC quereria debater com Lula após ter se recusado a fazê-lo durante a campanha eleitoral de 1998?  Há 16 anos o tucano não parecia tão seguro de si quanto “Mãe Dináh” quer fazer parecer que está hoje.
Matéria da Folha de São Paulo de 8 de agosto de 1998 comprova que, há 16 anos, esse que hoje aceita debater com Lula sob quaisquer termos esnobou o petista quando fazia todo sentido debaterem, pois ambos disputavam a Presidência da República.
Confira, abaixo, a eloquente matéria do jornal paulista.
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FOLHA DE SÃO PAULO
10 de março de 1998
BERNARDINO FURTADO
CARLOS EDUARDO ALVES
enviados especiais ao Vale do Paraíba

Luiz Inácio Lula da Silva desafiou ontem o presidente Fernando Henrique Cardoso, candidato à reeleição, para um debate em praça pública sobre o desemprego.
“Pode escolher um local neutro, pode ser na praça da Sé, no vale do Anhangabaú, eu vou até Brasília para debater sobre as propostas de combate ao desemprego, a dele e a nossa, para ver qual é a melhor.”
Lula disse que não queria chamar a proposta de desafio, porque, segundo ele, trata-se de uma palavra que sugere prepotência. Lula afirmou que estava fazendo um convite.
A proposta de Lula foi feita como fecho de um discurso do candidato em seminário sobre emprego promovido pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) em Taubaté (134 km a nordeste de São Paulo).
Em resposta, o porta-voz da Presidência, Sergio Amaral, disse que o presidente Fernando Henrique Cardoso não está pensando em participar de debates sobre temas eleitorais.
Lula disse que as medidas para geração de emprego anunciadas anteontem por FHC “apenas servirão para maquiar as estatísticas sobre desemprego”.
O candidato petista afirmou que algumas medidas anunciadas já constavam do pacote lançado por FHC durante a crise das Bolsas asiáticas em outubro passado. Ele citou o fundo para empréstimos para micro e pequenas empresas.
“O Fernando Henrique virou um candidato promessinha. Ele quer que as pessoas esqueçam o que ele prometeu e não cumpriu para que possa prometer de novo. Ele é o presidente do desemprego.”
No final da tarde, em São José dos Campos, o petista disse em palestra a pequenos empresários e militantes que é chegada a hora de o setor patronal parar de reclamar.
“Se vocês quiserem parar de chorar, têm que votar em mim”, afirmou, dirigindo-se aos empresários reunidos na Associação Comercial e Industrial de São José dos Campos.
Lula insistiu na tese sobre uma suposta destruição do setor industrial nacional.
  • Colaborou a Sucursal de Brasília
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Seja como for, este Blog recomenda cuidado ao ex-presidente tucano… Vai que Lula aceita.
http://www.blogdacidadania.com.br/2014/03/noblat-diz-que-fhc-desafiara-lula-para-debate-mas-em-98-tucano-fugiu/